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segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Cinco sinais que podem detectar o câncer de mama masculino




Dr. Daniel Gimenes, oncologista do Centro Paulista de Oncologia – CPO (Grupo Oncoclínicas), traz cinco orientações para alertar os homens sobre um possível caso de câncer de mama 


Assim como as mulheres, homens também apresentam glândulas mamárias. Apesar da baixa incidência, o câncer de mama masculino pode se manifestar e existe um alto percentual de mortalidade. Em cerca de 100 casos da doença, apenas um ocorre no sexo masculino. Nos Estados Unidos, por exemplo, foram registrados 1910 casos e, na maioria das vezes, o diagnóstico é tardio, já que homens não costumam realizar a mamografia anualmente.

“Existe um problema muito comum que faz com que os homens não procurem um médico por questões de machismo, pois não passa pela cabeça de ninguém que o homem pode desenvolver um câncer de mama. Por isso, qualquer mudança suspeita na região mamária, é preciso procurar um especialista para que o câncer não seja descoberto tarde demais”, explica Dr. Daniel Gimenes, oncologista do Centro Paulista de Oncologia – CPO (Grupo Oncoclínicas).

Para detectar qualquer tipo de problema, é preciso que o homem realize o exame de autoexame com frequência, principalmente depois dos 50 anos para frente, que é a faixa etária em que ocorrem mais casos do câncer de mama masculino.

Abaixo, o especialista destaca os cinco principais fatores que podem ser importantes na hora de detectar um câncer de mama no homem:

1- Genética: Se existir um caso alguma mulher (tia, mãe, avó) com câncer de mama na família, as chances do homem desenvolver aumenta discretamente, mas se for relacionado à mutação do BRCA, aumenta bastante. Para isso, é recomendável que o homem faça uma pesquisa de mutação para saber se terá chances de desenvolver a doença. Além disso, existe uma síndrome genética, associada ao alto nível de estrogênio, uma condição que aumenta o índice câncer de mama em homem, principalmente quando tem a mutação do gene BRCA. Se, por exemplo, um homem no qual a irmã/mãe teve câncer de mama, as chances são maiores, por isso, é preciso ser feito um acompanhamento mais de perto.

2- Hormônios: O principal motivo pelo qual as mulheres apresentam câncer de mama com mais frequência do que os homens são os hormônios. A mulher produz muito mais estrógeno do que o homem. A maioria dos cânceres de mama femininos se desenvolve por conta de hormônios sensíveis. O homem apresenta uma baixa taxa se estrógeno no corpo, contendo mais testosterona, que não leva a este tipo de câncer.

3- Caroço na área do tórax: Como os homens não tem o costume de realizar exames mamários frequentemente é preciso que se atentem a alguns sintomas suspeitos. Caroço na área do tórax é dos principais sintomas do câncer de mama masculino que pode ser acompanhado de inchaço nos linfonodos axilares.

4- Retração na pele: Em situações mais avançados da doença, também pode ocorrer uma retração do mamilo, ou seja, um inchaço significativo ou distorção da pele, em alguns casos acompanhados de sangue na região. Quando estes sinais são detectados, é imprescindível que se procure um médico para saber o diagnostico correto.

5- Cirrose/alcoolismo/obesidade: Pacientes com distúrbios do fígado (cirrose, alcoolismo e obesidade) correm mais risco de desenvolver câncer de mama e, quanto mais velho o homem for, maior a possibilidade de a doença aparecer. Na maioria das vezes o homem com câncer de mama procura uma orientação quando a neoplasia ainda está no começo, dificultando o tratamento. Quando mais cedo o câncer é diagnosticado, maiores são as chances de cura. Por isso, já que a mamografia masculina não é recomendada como um exame de rotina, homens que estão na área de risco de desenvolver um câncer de mama, precisam realizar o autoexame.




Médico questiona ligação entre miopia e falta de sol



Para oftalmologista pesquisa inédita  que associa a miopia à falta de sol é perigosa para a saúde dos olhos.


A miopia, dificuldade de enxergar à distância, uma das alterações oculares que mais cresce no mundo, pode ser combatida entre adultos  pela maior exposição à radiação UV (ultravioleta) emitida pelo sol durante a adolescência e juventude. Esta é a principal conclusão de uma pesquisa inédita que acaba de ser publicada no renomado periódico, Jama Ophthalmology.

Para o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier de Campinas a conclusão é controversa. Isso porque,  a exposição dos olhos ao sol eleva o risco de contrair varias doenças, entre elas a catarata, o pterígio e  a degeneração macular que leva à perda irreparável da visão.

Liderado por Astrid E. Fletcher da London School of Hygiene and Tropical Medicine, o estudo reuniu europeus de diversos países com idade média de 65 anos.  A maioria, 2.797 sem miopia, e 371 míopes. Em todos os participantes foi realizado exame de sangue para analisar o nível de vitamina D. Isso porque, a alta concentração dessa vitamina indica menor risco de miopia conforme estudo anterior. Os pesquisadores calcularam  a exposição à radiação UV de acordo com a incidência do sol na região de cada pessoa, somada ao tempo diário de atividades externas relatado em entrevista. A pesquisa concluiu que quanto maior a exposição ao sol menor é o risco de miopia, mas não prova esta relação.


Causas da miopia
Queiroz Neto afirma que a miopia pode estar relacionada a vários fatores genéticos e ambientais, mas é pouco provável que tenha alguma relação com o sol. Não há dúvida, comenta, que durante a infância a falta de atividade ao ar livre faz com que o  cristalino do olho perca a acomodação visual, ou seja, a capacidade de focar automaticamente para todas as distâncias, podendo causar miopia. Isso ficou comprovado em um estudo feito pelo médico com 360 crianças de 6 a 9 anos que usavam o computador e outras tecnologias por até 6 horas ininterruptas. Resultado: 21% passaram a ter dificuldade de enxergar de longe contra os 12% apontados pelo CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia). 

O médico conta que a criança tem uma maior acomodação visual e o excesso de esforço para enxergar de perto faz com que perca a capacidade de focalizar à distância. Crianças que ficam com os olhos colados na tela do celular ou computador têm miopia transitória que pode ser revertida alternando com atividades externas a cada hora de uso do computador.  Por isso, na opinião do especialista o que influiu na menor incidência de miopia entre os participantes na pesquisa realizada em Londres não foi a exposição ao sol, mas a maior amplitude da acomodação visual permitida pelas atividades externas. Isso também explica, comenta, porque a miopia é mais frequente em pessoas que exercem atividades que exigem muita visão de perto, como por exemplo, as costureiras.


Alimentação preventiva
O oftalmologista também alerta para o fato da pesquisa europeia apontar para a menor incidência da miopia nos participantes que tinham maior concentração de luteína no plasma. No verão, ressalta, devemos redobrar o consumo de alimentos ricos neste nutriente. Os principais são as folhas verde-escuro como couve, espinafre ou  brócolis e os ovos. Isso porque, a luteína é um potente antioxidante que protege os olhos dos efeitos nocivos da radiação UV e da luz azul responsáveis pelo desenvolvimento de catarata, pterígio e degeneração macular. Tanto que a cor amarelada da mácula, porção, central da retina que responde pela visão de detalhes,está relacionada à luteína. 

Porções extras de carotenoides encontrados em  frutas, verduras e legumes de cor alaranjada também devem ser consumidas pelas mesmas razões que as folhas verde-escuro.

O médico lembra que o consumo exagerado de açúcar aumenta a produção de insulina  e  pode interferir no crescimento do eixo óptico onde as imagens são projetadas. A recomendação da OMS (Organização Mundial da Saúde) é consumir seis colheres de chá de açúcar/dia. Acima disso, além de interferir no crescimento do eixo óptico que caracteriza a miopia, dificulta o metabolismo da gordura e colesterol, aumentando a chance de desenvolver degeneração macular.

Estes pequenos cuidados somados ao uso de óculos com filtro UV evitam as doenças relacionadas ao sol e a miopia. 





Cuidados com os ouvidos devem aumentar durante o verão




Segundo especialista casos de infecção aumentam em mais de 80% neste período


As altas temperaturas que chegam com o verão são um convite para diversão e frescor em ambientes aquáticos, como piscinas e praias. 
Porém, além dos cuidados e alertas com a proteção solar, também vale a pena prestar atenção aos ouvidos, que são mais sensíveis em relação à entrada de água.

Segundo o otorrinolaringologista da Clínica Dolci em São Paulo, Dr. Eduardo Landini Lutaif Dolci, os casos de infecções no ouvido aumentam durante o verão, com 80,5% comparado a pouco mais de 19% do restante do ano. Ao mergulhar ou nadar, a água pode entrar na região e pessoas mais sensíveis podem ter problema com isso, já que o acúmulo de água no canal do ouvido pode causar a otite externa. “O local fica úmido, o que facilita o crescimento de bactérias, provocando a dor de ouvido, que pode ficar bem forte após 3 ou 4 dias sem tratamento”, complementa o especialista. 

Alguns sintomas como a sensação de entupimento, perda de audição temporária (enquanto durar a infecção), e zumbido (som tipo apito ou chiado no ouvido), caracterizam o problema. Ainda segundo o médico, para evitar isso é recomendável secar os ouvidos adequadamente após cada entrada na água. “Caso a água tenha entrado no ouvido e haja dificuldades para sair, movimente levemente a orelha ou deite de lado. Mas nunca utilize álcool, azeite ou qualquer outro líquido dentro dos ouvidos sem ter uma ordem médica: isto pode piorar o quadro ou causar outras lesões no ouvido”, finaliza o especialista.





Dr. Eduardo Landini Lutaif Dolci - sócio da Clínica Dolci ­ Otorrinolaringologia e Cirurgia Estética Facial, em São Paulo; Professor Instrutor de Ensino do Departamento de Otorrinolaringologia da Santa Casa de São Paulo; Membro titular da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico ­Facial; Membro eleito da Comissão de Residência e Treinamento da Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-­Facial; Membro titular da Academia Brasileira de Cirurgia Plástica da Face.www.facebook.com/clinicadolci




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