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quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Doce veneno: O açúcar como uma droga viciante



Se você quer sentir-se bem, precisa lidar com seu vício em açúcar. Você diz que não é viciado? Pense de novo. Estudos têm mostrado que ratos se esforçam tanto para receber um bocado de água açucarada quanto para receber uma injeção de cocaína! Mesmo que você não coma açúcar puro, seu corpo o fabrica a partir de alimentos que você ingere, e pode ser a maneira que você consegue o seu “barato”. Todos os carboidratos refinados, produtos feitos com farinha branca, tais como pão e macarrão, no momento em que entram em contato com a saliva na sua boca. O açúcar é uma droga num sentido muito real, e somos viciados na sensação “para cima” que temos quando níveis de açúcar no sangue aumentam. Esta substância afeta diretamente nossas moléculas da emoção – a principal delas é a insulina. Drogas externas, químicas internas e as emoções – todas elas usam exatamente os mesmos caminhos e receptores.

O pó branco que você compra no supermercado é, na verdade, sacarose e consiste em dois açúcares: Frutose acoplada a glucose. Esses formam um dissacarídeo que tem gosto doce e pode ser decomposto em seu corpo.

Seu cérebro funciona com glucose, a única forma de açúcar que ele pode usar como combustível. Por essa razão, os níveis de glucose no sangue são muito cuidadosamente monitorados pela insulina, bem como numerosos outros neuropeptídeos, para que eles permaneçam dentro de um escopo estreito. Seu pâncreas contém diferentes moléculas da emoção que regulam cuidadosamente o fluxo de glucose para o seu sangue e de lá para o cérebro.

A glucose é tão importante para a maneira como você se sente que, quando seus níveis sobem, você sente tontura. Quando a quantidade diminui, você pode sentir pânico, agitação ou depressão. A demanda por glucose pode dominar seu comportamento, assim como o anseio por heroína, impelindo-o a não só procurar mais e mais alimentos doces, mas também a ter comportamentos associados a aumento dos níveis de açúcar no sangue.

Diferente da heroína, porém, o açúcar é uma substância legalizada, abundante e barata, portanto, você pode satisfazer esse impulso com o suprimento disponível a ficar dependente sem mesmo saber. Igual a qualquer droga, quanto mais ingerir dessa substância externa ao corpo, tanto menos será capaz de fabricar sua própria versão, assim como os viciados em heroína reduzem sua capacidade de fabricar endorfinas. Doces, assim como a heroína, entram no sangue (e daí no cérebro), muito rapidamente, fornecendo uma “corrida de açúcar” que dispara a libertação de outros neropeptídeos para compensar. Quanto mais alto o índice glicêmico de um alimento específico, tanto mais rápido o açúcar é capaz de deixar o seu estômago e correr para o seu cérebro. A fibra natural na dieta desacelera esse “barato”, e também o inevitável abatimento que se segue algumas horas depois.

A frutose é fabricada do milho diferido enzimaticamente, um adoçante barato, usado comumente em muitas bebidas e alimentos processados. Embora a frutose se encaixe no receptor de açúcar das células e tenha gosto doce, não pode ser usada pelo seu cérebro. Ela engana seu corpo e o faz pensar que está recebendo uma dose de combustível para o cérebro, quando, de fato, não está, causando uma reação em algumas pessoas sensíveis.

Quando eu estava numa dieta muito bem controlada com restrições de açúcar, meu marido acidentalmente trouxe para casa uma bebida matinal sem proteína que continha fructose, quase indetectável no rótulo em letra miúda. Depois de uma longa e pesada caminhada, bebi o que julgava ser uma bebida sem açúcar e fiquei super agitada pelo resto do dia. Por causa do gosto, meu corpomente pensou que estava recebendo uma dose de glucose, e se ajustou de acordo. Mas, de fato, eu ingeri uma forma de açúcar que não era rapidamente conversível em glucose, o combustível do cérebro.

A lactose, encontrada no leite, é um açúcar muito saudável porque consiste em glucose essencial, combinada com galactose, que é outro açúcar vital. Desses dois açúcares, os nossos corpos podem fabricar todos os outros de que precisamos. Embora ouçamos muito sobre “intolerância a lactose”, o leite pode ser muito saudável, especialmente quando fervido para destruir os alergenos. Satisfaz bem quando misturado com canela e bebido antes de deitar, já que a lactose fornece os dois açúcares essenciais dos quais você precisa, e o leite quente ajuda a dormir.



Parte integrante do livro (páginas 92 a 94):
 



 “Conexão Mente Corpo Espírito – Para o seu Bem-Estar”, de Candace Pert, PhD com Nancy Marriot, pela Barany Editora.
www.baranyeditora.com.br

Maior especialista do país ensina dez lições sobre o saquê



Celso Ishiy revela todos os segredos da tradicional bebida japonesa que vem conquistando cada vez mais os brasileiros


O saquê praticamente permaneceu no Japão ao longo dos séculos apreciado somente pelos habitantes locais, sendo pouco exportado, se considerado o seu potencial. Mas, isso mudou ao longo dos últimos 20 anos e, agora, as fabricantes estão se esforçando para compartilhar a bebida ao redor do mundo. 

Com uma estreita ligação com o povo japonês e sua cultura, o Brasil possui mais potencial para o crescimento do saquê fora do Japão do que, talvez, qualquer país europeu. O que tem travado esse florescimento é a falta de informação.

É uma bebida cujo tempo chegou. Cheio de sabores a aromas, incrivelmente puro, simples e complexo ao mesmo tempo, profundo em todos os aspectos e surpreendentemente adaptável, o saquê detém grande potencial para a sua apreciação. 

O saquê percorreu uma história fascinante de mais de dois mil anos até chegar a essa mistura que os consumidores vêm bebendo atualmente. Esta bebida é uma das mais naturais e complexas que existem, sendo feita a partir de ingredientes básicos – arroz e água, somados aos agentes de fermentação (levedura e o fungo koji-kin).

Para disseminar a cultura do saquê no Brasil, Celso Ishiy, um dos maiores especialistas da bebida no país e diretor da TRADBRAS, empresa focada na importação e exportação de produtos da cultura oriental, revelou o que chamou de 10 goles de saquê. Confira:

- Saquê é a cachaça do Japão?
Sem desmerecer a nossa cachaça, que está melhorando de qualidade, para começar, eles pertencem a diferentes categorias. A cachaça é um destilado. O saquê é um fermentado de arroz.

- Saquê se toma com sal?
Já vi muita gente colocar sal para tomar um gole de saquê. Antigamente, no tempo dos meus avós, até se bebia assim. Desde o surgimento dos saquês Premium não se faz mais isso. Você mistura energético em um whisky 18 anos?

- Existe mais de um tipo de saquê?
O saquê não é uma bebida genérica. Para se ter uma ideia, há mais de 1800 fabricantes de bebidas no Japão que produzem cerca de 40 mil rótulos, o que confere uma diversidade incrível. Cada um deles produz saquê de diferentes tipos e classificações. A boa noticia é que está cada vez mais fácil encontrá-los no Brasil. 

- O saquê é uma bebida sagrada?
Assim como o vinho tem um significado religioso para a Igreja Católica, o saquê é usado em cerimônias xintoístas, principalmente no Japão, onde é considerado a bebida dos deuses.

- É melhor tomar saquê quente ou gelado?
Hoje, a maioria prefere consumir saquê gelado, mas depende do tipo e ocasião. Muita gente acha que o saquê quente serve apenas para disfarçar a má qualidade. Já adianto que é possível beber excelentes saquês quentes.

- Por que se toma saquê em copo quadrado?
É bonito e exótico, mas hoje em dia não se bebe mais saquê no massu, o copo quadrado de madeira. É um hábito antigo que alguns restaurantes persistem em usar.

- Saquê combina só com comida japonesa?
Muito pelo contrário. O saquê harmoniza com vários tipos de bebida – da italiana à alemã - até com feijoada. Cada prato tem o saquê que merece.

- Existe caipirinha de saquê no Japão?
A caipirinha de saquê é uma invenção brasileira, embora os japoneses usem o saquê comum e shochu (destilado) para preparar outros tipos de coquetéis. No Japão, a versão Premium da bebida é a que tem feito mais sucesso.

- É verdade que o saquê não dá ressaca?
O saquê Premium é uma das bebidas mais puras que existem e isso faz com que não cause ressaca na maioria das pessoas. É bom lembrar que cada corpo reage de maneira diferente à bebida alcoólica.

- O saquê tem prazo de validade?
O saquê não tem prazo de validade se conservado em condições adequadas. Recomenda-se, no entanto, degustarem, em, no máximo, dois anos para sentir o sabor que a fabricante quis propiciar. Existem também saquês envelhecidos, como o vinho.     





Celso Ishiy - sommelier de saquê e um dos principais especialistas no assunto no Brasil. Fez diversos cursos no Japão, entre eles o Sake Professional Course, ministrado por John Gauntner, o principal especialista estrangeiro em saquê. Para conhecer o processo de produção em detalhes, trabalhou em diversas fábricas de saquê no Japão. A convite da Jetro (Japan External Trade Organization), órgão do governo japonês para desenvolvimento do comércio entre os países, conheceu mais fabricantes em diversas províncias. Ministrou treinamentos, cursos e palestras sobre o tema em instituições como Fundação Japão, ABB (Associação Brasileira de Bartenders) e evento “Japão à Brasileira”, organizado pela Prefeitura de São Paulo. Elabora cardápios de saquê e ministra treinamentos para restaurantes e empórios. Além disso, é um dos diretores da TRADBRAS, empresa focada na importação e exportação de produtos da cultura oriental. Para mais informações, acesse: www.tradbras.com.br.



Alguns alimentos podem te ajudar a viver por mais tempo



A nossa alimentação pode fazer toda a diferença em vários aspectos da nossa vida. A nutricionista Mirella Guida explica que alguns alimentos podem nos ajudar a viver de forma mais saudável e consequentemente prolongar nossos anos de vida. “Seja melhorando a qualidade de vida ou ajudando o nosso corpo a funcionar melhor, alguns alimentos são riquíssimos em diversas substâncias benéficas”.

Saiba mais sobre alguns ingredientes que podem ajudar a trazer mais saúde para o seu dia-a-dia:


Amêndoas

A principal característica da amêndoa é que ela é uma boa fonte de vitamina E que temos disponível na natureza, uma vitamina com importante ação antioxidante e que também atua na modulação do sistema imune. Por conta do seu perfil de gorduras monoinsaturadas, ela ajuda a diminuir o colesterol “ruim” (LDL), enquanto aumenta o colesterol “bom” (HDL), além de proteger o corpo da formação de radicais livres. O consumo de amêndoas, bem como de outras oleaginosas consiste em uma ótima opção para compor os lanches intermediários.


Batata doce

Famosa em dietas fit, a batata doce é fonte de carboidratos complexos, ou seja, aqueles que não elevam muito o açúcar no sangue por conta de sua absorção mais lenta, o que promove uma maior saciedade, sendo uma boa alternativa para indivíduos diabéticos. Ela contém ainda betacaroteno, precursor da vitamina A, que por sua vez é um nutriente essencial no processo de visão, manutenção epitelial, reprodução e secreção das mucosas. Vale ressaltar que, por ser responsável pela coloração amarelo e alaranjada nos vegetais, o betacaroteno estará mais presente no tipo de batata doce mais próximo dessa coloração. 


Canela

A canela, especiaria originária do Sri-Lanka, que é utilizada em diversos pratos, sobremesas, massas de bolos e pães, também pode ajudar na sua saúde. Estudos mostram que a canela tem uma ação termogênica que pode ser um empurrãozinho a mais para aqueles que buscam emagrecer.  Os polifenóis encontrados na canela podem levar a melhorias em fatores de risco para diabetes e doenças cardiovasculares, como níveis de triglicerídios, glicose e pressão arterial aumentados.


Guaraná

O consumo de guaraná pode estar relacionado à maior longevidade, uma vez que pesquisas sobre o tema tem trazido resultados positivos na cidade com a maior plantação e grande consumo de guaraná do país, Maués. Os hábitos da população desta pequena cidade do Amazonas têm sido estudados, já que apresentam uma das maiores expectativas de vida do Brasil. Além disso, o guaraná, possui ação antioxidante por possuir uma grande quantidade de catequinas, que ajudam no combate a doenças, como as neurodegenerativas e cardiovasculares, por exemplo. “Além disso, ” diz a nutricionista Mirella Guida, “por conta de seu efeito estimulante, o guaraná é bastante utilizado para melhora de performance de atletas e praticantes de atividade física. ” O guaraná é geralmente considerado seguro quando não combinado com outros agentes estimulantes.


Mirtilo

O mirtilo, conhecido também por seu nome em inglês, blueberry, compõe o grupo das frutas vermelhas juntamente com framboesa, amora, cranberry, morango entre outros. Este fruto tem um conteúdo particularmente elevado de polifenóis tanto na casca quanto na polpa, os quais conferem funções de proteção sobre as paredes das células. Além disto contém antocianina, pigmento pertencente ao grupo dos flavonoides que age de maneira benéfica em nosso organismo através do combate contra radicais livres, da ação anti-inflamatório e do controle do LDL colesterol.





Mirella Guida
Nutricionista Especializada em Doenças Crônicas Não Transmissíveis pela Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein.





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