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quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Conheça os alimentos amigos do coração



Nutricionista dá dicas de alimentos benéficos a saúde cardíaca

De acordo com a última pesquisa da Organização Mundial da Saúde sobre as principais causas de morte, as doenças cardiovasculares – infarto, AVC e insuficiência cardíaca – são as que mais causam vítimas no mundo inteiro. No Brasil, uma pessoa a cada dois minutos vai a óbito por males no coração, o que coloca o país entre os dez com o maior índice desse tipo de mortalidade. São muitos os motivos responsáveis pelo desenvolvimento de doenças cardíacas – como hipertensão, diabetes, colesterol elevado, tabagismo, estresse, genética, entre outros – porém todos eles podem ser agravados com uma alimentação repleta de sal e gorduras. Para orientar sobre refeições saudáveis aos cardíacos, a nutricionista do Hospital e Maternidade São Cristóvão Cintya Bassi dá algumas dicas.

“Os alimentos que favorecem a saúde do coração são as frutas, verduras, legumes, queijos magros, peixes, carnes e aves magras, alimentos integrais e ricos em fibras, óleos vegetais, soja e cacau”, exemplifica a nutricionista. Segunda ela, o ideal é comer alimentos considerados cardioprotetores, porque contribuem para a redução do colesterol ruim e triglicérides, reduzem a pressão arterial e diminuem a agregação plaquetária, condição  que pode favorecer a formação de trombos e  prejudicar a circulação sanguínea.

                Já os alimentos que devem ser evitados por pessoas com propensão a problemas cardíacos são aqueles que necessitam de acréscimo de sal e com teor elevado de sódio, como enlatados, frios e embutidos, queijos amarelos, carnes defumadas, salgadinhos e pratos prontos. "Além desses, o consumo de álcool, gorduras e açúcar também não é aconselhável pois eles podem gerar descontrole na pressão arterial, alteração no ritmo cardíaco, enrijecimento das artérias, problemas renais e obesidade”, explica Cintya. 

                Ela também ensina alternativas para substituir o sal, utilizando de maneira correta ervas e temperos. “Utilizar vários temperos ao mesmo tempo pode mascarar o real sabor do prato e contribuir para a sensação de que o sal faz falta. É importante saber escolher e preparar. Por exemplo, o alho contém uma substância chamada alicina que é associada a uma melhor elasticidade dos vasos sanguíneos”. Outra opção é utilizar o sal light que apresenta metade da quantidade de sódio comparado ao sal comum e possui maior quantidade de potássio, o que beneficia a redução da pressão alta. Contudo, ela alerta que o sal light deve ser evitado por pacientes com problemas renais e que, como o poder de salgar é menor, necessita cuidado para não exagerar na quantidade.

                Cintya também adverte quanto à facilidade das papilas gustativas se adaptarem aos alimentos salgados, resultando em uma demora de até três meses para se acostumar com uma dieta com o teor de sal reduzido. “Para estimular esse processo, em 2013, entrou em vigor uma determinação do Ministério da Saúde que solicita a redução de sódio nos alimentos processados no Brasil”, finaliza a nutricionista.

        
Confira receita benéfica ao coração elaborada pela nutricionista do Hospital e Maternidade São Cristóvão Cintya Bassi:

Bife a Rolê recheado com queijo e espinafre

Ingredientes:

1 kg de coxão duro magro cortado em bife fino
2 colheres (sopa) de azeite de oliva
1 maço de espinafre higienizado e picado
1 xícara de tomate-cereja picado
200 g de queijo cottage ou ricota
1 cebola grande picada
4 dentes de alho amassado
1 xícara (chá) de salsinha e cebolinha higienizada
1 pitada de sal
Pimenta a gosto
1 xícara (chá) de molho de tomate ao sugo

Modo de Fazer:

Tempere os bifes com um pouco de sal.
Faça uma mistura com o queijo, espinafre, tomate-cereja, ¾ do alho, ¾ da cebola, salsinha, cebolinha e pimenta e recheie cada bife com a mistura, prendendo-os no final com palitos de dente.
Numa panela de pressão, coloque o azeite e o restante do alho e da cebola. Frite os bifes até dourar bem.
Cubra-os com água. Coloque caldo de carne caseiro, tampe a panela e cozinhe por aproximadamente 30 minutos.
Após, aqueça o molho de tomate ao sugo e coloque em uma travessa sobre os bifes.


Instituto IRIS doa quatro cães-guia para pessoas com deficiência visual





Na nesta sexta-feira (30/9), às 16 horas, quatro pessoas com deficiência visual estarão reunidas no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, para uma viagem especial. O quarteto embarca para os Estados Unidos para a última etapa de treinamento dos cães-guia destinados a cada um deles. A doação é resultado da parceria do Instituto IRIS com a ONG norte-americana Leader Dogs for the Blind, instalada em Rochester (Michigan). Parte dos recursos destinados à doação de cães-guia é o resultado da campanha de crowdfunding “Cão-Guia: quanto vale o seu olhar?”, lançada pelo Instituto IRIS.


“Há nove anos, eu não sei o que é cair na rua”, conta Liana Maria Conrado sobre a experiência de ser guiada pelo labrador Sirius. A cantora lírica integra o quarteto de pessoas com deficiência visual que embarcam para os Estados Unidos, nesta sexta-feira (30/9), para buscar os novos companheiros. Com Liana, viajarão o casal Genival e Kátia Santos – donos de Leila e Sam, respectivamente – que também aguardavam ansiosos a aposentadoria dos labradores; cães que durante anos permitiram uma rotina de independência. Marcelo Panico é o quarto membro da comitiva, que viajará na companhia de Moisés Vieira Júnior, instrutor internacional do IRIS.

Parte dos custos da doação e viagem está sendo custeada pelo Instituto IRIS, que arrecadou fundos via crowdfunding, pela plataforma Kickante. A campanha Cão-Guia: quanto vale o seu olhar? foi uma vaquinha virtual que possibilitou repor quatro cães para pessoas com deficiência visual que precisavam “aposentar” os guias atuais (após oito a nove anos de serviços prestados). O custo envolvido no treinamento é de cerca de R$ 35 mil por cão-guia.

“Essa é uma conquista muito importante, porque é muito difícil para uma pessoa que perde o cão-guia, por aposentadoria ou outro motivo, voltar à condição anterior após estar plenamente adaptada. É pior do que perder a visão”, afirma a cientista de dados Kátia Santos, que conheceu o marido Genival na viagem anterior, quando foi buscar o seu primeiro cão-guia, o labrador Sam. Agora, juntos e casados, retornam aos Estados Unidos para buscar novos companheiros.

Treinamento nos Estados Unidos
A parceria do Instituto IRIS com a ONG norte-americana Leader Dogs for the Blind permite a doação de cães-guia aos brasileiros, que precisam viajar para os Estados Unidos para um período de treinamento conjunto. São 26 dias de capacitação dos condutores com os novos cães-guia, um treinamento que tem o objetivo de adaptar ambos a uma nova rotina. Nesse período, o instrutor brasileiro Moisés Vieira Júnior ministra aulas, em português, que incluem conhecimentos sobre cuidados diários com os cães, trajetos (em cidades e zona rural) e condução.

A formação de um cão-guia é lenta, requer investimento, cuidados especiais e é um trabalho que só pode ser executado por profissionais especializados. Depois de formado, o cão-guia é entregue gratuitamente à pessoa com deficiência visual inscrita no IRIS. A proposta do Instituto, em médio prazo, é aposentar 10 cães-guia que precisam ser repostos – e entregar novos para pessoas com deficiência visual inscritas em uma lista que reúne 3 mil pessoas.

Segundo a advogada Thays Martinez, fundadora e presidente do Instituto IRIS, a organização tem planos de intensificar o treinamento no Brasil; nos últimos dois anos, o IRIS já treinou no país 10 cães-guia.

O Brasil possui 6,5 milhões de pessoas com deficiência visual – 582 mil cegos e seis milhões com baixa visão, de acordo com o Censo 2010 conduzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O IRIS, entidade sem fins lucrativos criada para promover a inclusão social prioritariamente das pessoas com deficiência visual por meio do cão-guia, estima que existam apenas 100 cães-guia no país.



LEADER DOGS FOR THE BLIND
Fundada em 1939 por três integrantes do Lions Club, a Leader Dogs for the Blind oferece cães-guia a pessoas com deficiência visual, tendo por objetivo melhorar a mobilidade, independência e qualidade de vida. Todos os anos, mais de 250 participantes são assistidos pelo programa de capacitação – composto por treinamento intensivo por um período de 26 dias nas dependências da organização, em Rochester Hills, Michigan (Estados Unidos) – para que possam se adaptar com o cão-guia. Única instituição do Hemisfério Ocidental a capacitar deficientes visuais e surdos para atuar com cão-guia, a Leader Dogs ministra, também, cursos destinados a melhorar a qualidade de vida da pessoa com deficiência visual: mobilidade acelerada, capacitação para o uso do Trekker GPS, cursos de computação e seminários com especialistas em mobilidade. Com investimentos de empresas e voluntários, a Leader Dogs for the Blind conta com instalações compostas por residências para os hóspedes, centro de treinamento de cães-guias (Downtown Training Center), canil com capacidade para 310 animais e clínica veterinária. www.leaderdog.org.



IRIS
O Instituto IRIS, entidade sem fins lucrativos, foi fundado em 2002, em São Paulo (SP), com a missão de desenvolver atividades que acelerem o processo de inclusão social das pessoas com deficiência visual. A prioridade institucional é a difusão do cão-guia como grande facilitador do processo de inclusão. O Instituto é um dos poucos no Brasil com um instrutor reconhecido pela International Guide Dog Federation (Inglaterra), especialmente qualificado pela Royal New Zealand Foundation for the Blind – Guide Dog Services (Nova Zelândia) entre 1996 e 1999. www.iris.org.br


Prevenção de doenças cardíacas deve ser intersetorial e multifacetada




No Dia Mundial do Coração, datado em 29 de setembro, a Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC) indica que para a redução da mortalidade por doenças cardiovasculares devem solucionados problemas de acesso


As principais doenças do coração que geram mortalidade hoje no Brasil são infarto do miocárdio e os acidentes vasculares cerebrais. Pessoas com pressão arterial, diabetes, obesidade, estresse, fumo, sedentarismo, devem ser acompanhados ao longo da vida, para o adequado controle destes fatores de risco. As informações são da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC) com foco no Dia Mundial do Coração, datado em 29 de setembro, que alerta a necessidade de cuidados multifacetados e intersetoriais para prevenção de eventos cardiovasculares evitáveis.

“Boa parte das doenças relacionadas ao coração pode ser prevenida com alimentação saudável, prática regular de atividade física, diagnóstico precoce de fatores de risco como pressão arterial, diabetes, obesidade, estresse, fumo, sedentarismo. Todos são fatores preveníveis através de hábitos saudáveis de vida e conscientização coletiva para o combate dos mesmos, especialmente importante para evitar eventos precoces nos curso da vida produtiva das pessoas”, explica Thiago Trindade, presidente da SBMFC.

Segundo ele, o papel do médico de família e comunidade (MFC), na Atenção Primária à Saúde, é promover a saúde com orientação desde a infância e ofertar intervenções multifacetadas para o controle destes fatores de risco. Mas não é trabalho só do médico e da equipe de atenção primária, mas sim de vários setores da sociedade, através da oferta de políticas públicas que garanta a prática de atividade física regular às pessoas, e outras intervenções sociais, pois não são todas as pessoas hoje no país que tem acesso a uma alimentação saudável, esporte e lazer.

”Ao longo da vida, as pessoas precisam ser acompanhadas permanentemente para uma melhor qualidade de vida e controle de doenças, o que resulta na prevenção de doenças cardiovasculares que podem causar mortalidade ou deixar sequelas, caso não sejam diagnosticadas e tratadas. Há também um problema de acesso que atinge a população mais socialmente vulnerável, a qual também tem maiores índices de morbi-mortalidade cardiovascular. Mas que com a atuação da Atenção Primária à Saúde, em atendimentos nas comunidades utilizando práticas equitativas, a partir das Unidades de Saúde, consegue-se identificar este público e diminuir esta desigualdade em saúde”, reforça.

A Atenção Primária à Saúde deve ter um papel importante no diagnóstico precoce de fatores de risco cardiovasculares, que com o diagnóstico oportuno, podem ser controlados, através de intervenções multifacetadas, como a ajuda as pessoas a pararem de fumar e o estimulo a prática de atividade física. Trazendo um impacto importante a estas comunidades que podem ter um melhor controle destes fatores de risco, e viverem com mais qualidade de vida, e com menor mortalidade e morbidade por essas causas.




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