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quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Cardiologista explica os principais sinais e o que fazer em caso de dores no peito


      
Conforme a última pesquisa da Organização Mundial da Saúde sobre as principais causas mundiais de morte, as doenças cardiovasculares – principalmente o infarto – são as que mais fazem vítimas. Muitos infartados, no momento da ocorrência, demoram a perceber o que realmente está acontecendo e acreditam se tratar apenas de um mal-estar. Por isso, o cardiologista do Hospital e Maternidade São Cristóvão Dr. Fernando Barreto esclarece como prevenir, identificar e agir diante de um infarto.
Normalmente, as pessoas mais suscetíveis para apresentar doenças de coração são as hipertensas, diabéticas, com colesterol elevado, fumantes, sedentários, com alto índice de estresse e com histórico familiar (genético). “Em média, a incidência aumenta nos homens a partir dos 35 anos. Já nas mulheres é a partir da menopausa, porque, durante o período reprodutivo, os hormônios delas oferecem cardioproteção adicional”, compara o cardiologista. Ele alerta para os principais sintomas de que a pessoa está infartando: dores no lado esquerdo do tórax, podendo ser irradiada para o pescoço, mandíbula e braço esquerdo; vômitos; náuseas; e sudorese fria.
                Alguns pacientes podem ter o que a medicina chama de angina pectoris, que significa uma dor no peito menos intensa que a dor do infarto e que o antecede. “A diferença é que na angina há a dor no peito, mas ainda não houve a lesão do músculo do coração. No infarto, há a lesão do músculo cardíaco”, explica dr. Fernando. Para prevenir esses sintomas, o ideal é tratar os fatores de risco, consultando regularmente um clínico ou cardiologista para controle da hipertensão; cuidando da diabetes e do colesterol; iniciando atividades físicas; largando o cigarro; e adotando uma dieta saudável. “Infelizmente, a herança genética não há como mudar, então quem tem história de parentes próximos com angina ou infarto deve se prevenir com consulta médica de rotina”, aconselha.

              Segundo o cardiologista,  outro ponto que merece atenção é quanto ao estresse. “Uma rotina estressante produz mais adrenalina, o que aumenta a dificuldade de circulação sanguínea, além de gerar uma frequência maior de batimentos cardíacos. Também há o fato de que é comum pessoas com alto nível de estresse se alimentarem mal, praticarem pouca atividade física e não terem tempo de ir ao médico”.

                Caso o infarto não possa ser evitado, é importante, assim que começarem os sintomas, procurar um pronto-atendimento hospitalar. “Há um ditado em cardiologia que diz que tempo é músculo. Ou seja, quanto antes for atendido, menos danos ao músculo cardíaco”, atenta Dr. Fernando. Ele recomenda, aos primeiros sinais de infarto, tomar três comprimidos infantis com princípio ativo de ácido acetilsalicílico (300mg) – comum para dor de cabeça – desde que não tenha alergia, e se direcionar o quanto antes a um hospital. A medida tem como intuito afinar o sangue, diminuindo a pressão sanguínea do paciente, o que amenizará as consequências do infarto.



Dia Mundial do Coração é alerta para cuidados com a saúde cardiovascular




Incluir uma alimentação equilibrada na rotina ajuda a prevenir o surgimento de doenças do coração


Responsável por bombear o sangue, levando oxigênio e nutrientes a cada célula, o coração é um dos órgãos mais importantes do nosso corpo. Exatamente por isso, na data de 29 de setembro é comemorado o Dia Mundial do Coração, um alerta para manter o bom funcionamento dele, com alimentação equilibrada e bons hábitos.

Segundo estudos recentes divulgados na National Library of Medicine, evitar o consumo excessivo de gorduras “ruins” e açúcares e aumentar o consumo de fibras na alimentação ajudam a reduzir o risco de doenças cardiovasculares. Numa das publicações, o estudo acompanhou cerca de 2.000 homens, com idades entre 40 e 79 anos. Os adultos que tinham uma alimentação equilibrada apresentaram menor risco de sofrer alguma doença aguda do coração nos dez anos seguintes.

A doença cardiovascular é um termo genérico que se aplica a uma série de enfermidades do sistema circulatório incluindo o coração e os vasos sanguíneos. O Dr Marcelo Bertolami, do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, alerta que existem gorduras que podem fazer bem e outras que causam mal à saúde e que aumentam os riscos dessas doenças. “O primeiro passo é não acreditar no mito de que toda gordura é ruim e aumenta o risco dessas doenças. As gorduras insaturadas podem ajudar a manter níveis adequados de colesterol no sangue”.

Para Dr Marcelo, é importante incluir alguns alimentos na rotina para auxiliar na manutenção da saúde e, principalmente, do coração. “A ingestão de ômegas 3 e 6, por exemplo, é muito importante, já que estes são nutrientes essenciais, ou seja, nosso organismo não consegue produzi-los sozinho”. Peixes, castanhas, óleos vegetais e produtos feitos à base deles, como creme vegetais, são fonte deste tipo de gordura. E, além deles, ainda vale investir no consumo de alimentos ricos em fibras, que também podem contribuir para a saúde do seu coração.



Quiz: Você cuida do seu coração?





Faça o quiz e descubra se você sabe tudo sobre como ter hábitos saudáveis e evitar essas doenças. Confira, também, o infográfico com as principais dicas sobre como cuidar do seu coração. 
1. Qual a principal causa de doenças do coração?
a) Sobrepeso
b) Má alimentação
c) Sedentarismo
d) Todas as alternativas
 
2. Existem gorduras que, consumidas em excesso, podem fazer mal à saúde e que aumentam o risco de desenvolvimento de doenças do coração. Quais são elas?
a) Gorduras trans e saturadas
b) Gorduras poli-insaturadas e monoinsaturadas
c) Todas fazem mal à saúde
d) Nenhuma faz mal à saúde
 
3. Que alimentos ajudam a evitar doenças cardiovasculares?
a) Alimentos ricos em ômegas 3 e 6
b) Creme vegetal com fitoesteróis
c) Aveia
d) Todas as alternativas
 
4. Algumas atitudes podem auxiliar a saúde do seu coração. Qual das alternativas abaixo NÃO é aconselhável?
a) Realizar exames de dosagem de colesterol
b) Caminhar 30 minutos por 5 dias da semana
c) Excluir todos os alimentos com colesterol da dieta
d) Consumir creme vegetal
 
5. O colesterol “ruim” em excesso pode se depositar nas paredes das artérias do seu organismo. Qual a melhor forma de evitar que isso aconteça?
a) Aumentar o consumo de fibras
b) Aumentar o consumo de carnes vermelhas
c) Aumentar o consumo de alimentos com fitoesteróis
d) Apenas as alternativas a e c
 

A nutricionista Lara Natacci, da DietNet, responde: 

1) D – Todas as alternativas. Pessoas que estão acima do peso têm mais chances de ter pressão alta e aumento nos níveis de colesterol e de glicose no sangue, fatores de risco para doenças cardiovasculares. Adotar uma alimentação balanceada também contribui para um coração saudável, isso porque é importante incluir ômegas 3 e 6 na alimentação, já que nosso organismo não produz esses nutrientes e eles são fundamentais para manter níveis adequados de colesterol no sangue.  Aliada a isso, a prática de exercícios físicos pode ajudar a controlar esses fatores de risco e diminuir a probabilidade de desenvolver alguma doença crônica.

2) A – Gorduras trans e saturadas. Gorduras saturadas e trans são as chamadas "gorduras ruins" e cujo consumo em excesso na alimentação contribui para o aumento do colesterol.

3) D – Todas as alternativas. Uma alimentação variada, que inclua fibras, como as presentes na aveia, além de alimentos ricos em ômegas 3 e 6, como  óleos vegetais, cremes vegetais, e peixes é fundamental para auxiliar na melhora do perfil lipídico sanguíneo, ajudando a manter os níveis adequados de colesterol no sangue.

4) C – Excluir todos os alimentos com colesterol da dieta. O colesterol e as gorduras saturadas não precisam ser eliminados completamente da alimentação, já que o colesterol pode ser consumido, desde que dentro dos níveis adequados para cada indivíduo. O importante é aliar na rotina uma alimentação equilibrada e a manutenção de hábitos saudáveis.

5) D – Apenas as alternativas A e C. As fibras solúveis, presentes em alimentos como a aveia, auxiliam na redução do colesterol “ruim” do sangue. Os fitoesteróis são compostos vegetais que auxiliam na redução da absorção do colesterol. São encontrados naturalmente em verduras, legumes e óleos vegetais, porém em pouca quantidade. Para consumi-los em quantidade adequada, produtos adicionados desta substância no mercado, como os cremes vegetais.




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