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quinta-feira, 13 de abril de 2023

Programa de Compliance voltado para a Integridade não é mais uma recomendação, é lei

 Estar em compliance, em bom português, significa estar em conformidade e um Programa de Compliance envolve a identificação dos riscos de não conformidade da empresa em relação às normas que deve cumprir, sejam elas formalizadas em lei (por exemplo, a legislação trabalhista ou fiscal), sejam aquelas de caráter ético, impostas pela sociedade, voltadas especialmente para a questão da integridade de suas atividades, além da adoção e monitoramento de medidas que devem ser adotadas para sua mitigação. 

Estar em conformidade no âmbito dos negócios, até relativamente pouco tempo atrás, estava associado apenas à responsabilidade corporativa, isto é, esperava-se que a empresa, por princípio, operasse de modo a cumprir todas as obrigações que lhe são inerentes, impostas ou não por lei, tendo como principais benefícios o aumento da credibilidade e confiança para com quem se relaciona, além de diminuir os riscos de prejuízos reputacionais e financeiros. Por isso, inclusive, o Programa de Compliance é há bastante tempo adotado por muitas grandes empresas. 

Porém, desde a Lei Anticorrupção, promulgada em 2013 (n. 12.846), até a recente alteração da Lei de Licitações (n. 14.133 de 2021), que entrou definitivamente em vigor a partir de 03 de abril de 2023, a implementação de um Programa de Compliance voltado especialmente para a integridade da atuação da empresa vem ganhando força de lei. 

Ambas as normas estabelecem incentivos em relação à adoção desse Programa pelas empresas em geral, prevendo, por exemplo, a aplicação de penalidades menores para as empresas que, apesar de adotarem um Programa de Integridade, acabaram se envolvendo no descumprimento das suas disposições. 

Outro ponto interessante é que enquanto a Lei Anticorrupção impõe a sua implantação nos acordos de leniência firmados, com o objetivo de se prevenir a ocorrência de novos malfeitos, a nova Lei de Licitações prevê a obrigatoriedade de adoção de Programa de Integridade em até 6 meses após a celebração de contratos de grande vulto, ou seja, com valores maiores de R$ 200 milhões. É também um critério de desempate, caso duas empresas apresentem a mesma proposta no processo de licitação e se exige a sua implementação para reabilitação de companhias declaradas inidôneas para participar de novos pleitos. 

A implementação de um Programa de Compliance efetivo, voltado para a integridade, contudo, não é simples, até porque pode envolver uma mudança de práticas pouco ou nada éticas, muitas vezes arraigadas dentro das organizações, como o pagamento de um presente caro para o responsável pela aprovação de uma compra ou a tomada de decisão que beneficie um parente ou amigo próximo. 

Por isso, inclusive, que se fala que a sua implementação envolve o estabelecimento de uma cultura organizacional da integridade, para se garantir a verdadeira conscientização de todos os envolvidos com a organização em relação à adoção de posturas éticas nas atividades do dia a dia do negócio.

 

Para isso, alguns passos são essenciais: 

1.    identificar os riscos de conformidade associados à integridade em função das atividades desenvolvidas pela empresa;

2.    definir os tratamentos que serão adotados para mitigação desses riscos em termos de probabilidade de ocorrência e/ou dos prejuízos que possam causar, como, por exemplo, a adoção de um Código de Ética para orientação das posturas a serem adotadas pelos envolvidos com a empresa, melhores controles internos e um Canal de Denúncia;

3.    implementar treinamentos e um plano de comunicação voltados para a conscientização dos envolvidos nos negócios da empresa;

4.    monitorar de forma contínua as ações adotadas para identificação de pontos de melhoria; e,

5.    tudo isso sempre com o apoio e suporte da Alta Direção da empresa. Afinal é com o bom exemplo que se tem êxito na mudança de posturas.

 

Ainda que relativamente trabalhoso, a implementação pelas empresas em geral de um Programa de Compliance voltado para integridade deixou de ser apenas uma recomendação, a partir do princípio da responsabilidade corporativa, e passou a ser imposta por lei, e cada vez mais terá peso para a efetivação de novos negócios com os órgãos públicos e, também, com grandes empresas que já entenderam a sua relevância para se garantir negócios mais seguros e lucrativos.

 

Monica Bressan - especialista em governança corporativa, compliance, ISO 37001, ISO 31000, contratos e finanças. Consultora, palestrante e professora. Formada em Direito e em Administração de Empresas, com especialização em Direito Tributário e Mestre em Finanças Corporativas. Com certificação ISO 31000 Lead Risk Manager (Gestão de Riscos) e ISO 37001 Provisional Auditor (Antissuborno). Membro da Comissão de Compliance da OAB/SP. Com mais de 20 anos de experiência organizacional e jurídica. Saiba mais em www.ledonnectd.com.br.


Especialista em concursos públicos dá dicas para interessados no Concurso Unificado do TSE

Fabiano Pereira foi reprovado 13 vezes até desenvolver o método de estudo que o fez ser aprovado em quatro concursos federais 

 

O Concurso Unificado do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é o maior e um dos mais aguardados concursos de 2023, com cargos cuja remuneração varia de R$ 9.052,02 (técnico) a R$ 14.852,65 (analista). Embora o edital ainda não tenha sido publicado, o Tribunal Superior Eleitoral já confirmou a realização da seletiva este ano e muitos interessados estão dando início aos estudos.

O professor de Direito Eleitoral e Direito Administrativo Fabiano Pereira já está formando turmas de alunos focados neste concurso. Docente de alguns dos principais cursinhos do país, Pereira é autor de livros e criador de um método preparatório que já ajudou milhares de candidatos a conquistarem a aprovação.

Ele explica que o concurso consiste em uma única prova para todos os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) do país. “Embora os TREs não estejam obrigados a participar do concurso unificado, a maioria deve aderir. Nesse caso, o candidato poderá escolher em qual TRE deseja disputar uma vaga e fará a prova nesse estado”, explica ele.

Com 18 anos de experiência em concursos públicos, Pereira foi reprovado 13 vezes até desenvolver o método que o fez ser aprovado e nomeado em quatro concursos federais, incluindo os cargos de Analista e Técnico Judiciário do TSE.


Dicas importantes

Entre as principais dicas do especialista estão: estudar todos os dias, escolher o melhor material didático, elaborar um bom planejamento de estudos, aprender a estudar com foco na memorização do conteúdo, gerenciar os percentuais de acertos, resolver simulados periodicamente, focar nas disciplinas básicas e, claro, iniciar a preparação com antecedência.

“Recentemente fiz uma pesquisa e fiquei surpreso ao saber que 73% dos alunos recém-chegados às minhas aulas não gerenciavam os percentuais de acertos de questões em cada disciplina. Se você não sabe em quais disciplinas os seus percentuais estão baixos, como vai tomar decisões para melhorá-los?”, explica ele. 

Quanto à memorização, ele também dá dicas valiosas: “Para conquistar a aprovação em um concurso, o processo é bem simples: ler, assistir as aulas, assimilar as informações, memorizá-las e lembrar delas no dia da prova. Parece simples, mas existem duas etapas que costumam ser deixadas de lado pela maioria dos candidatos: a assimilação e a memorização”, alerta.

Segundo ele, assimilar um conteúdo significa entender o que foi estudado, elaborar um rápido resumo e imaginar aquela situação acontecendo, criando associações de imagens. 

“A memorização está relacionada à capacidade que o candidato tem de, alguns meses depois de ter estudado o assunto, lembrar-se das informações estudadas e acertar as questões da prova. Quanto mais técnicas de memorização o candidato utilizar no dia a dia de estudos, mais chances tem de acertar as questões no dia da prova”, explica Pereira.

Pereira lembra que as provas ocorrerão em horários distintos (manhã e tarde), o que oferece a possibilidade de o candidato disputar uma vaga tanto para o cargo de técnico quanto para o cargo de analista judiciário. Aos interessados nesses dois cargos, o professor publica aulas e dicas semanalmente em seu canal do Youtube


Violência nas escolas: Por que estamos emocionalmente doentes?

Antes de passarmos pelo doloroso período de isolamento social imposto pela pandemia, a saúde emocional era um tema secundário, relegado aos terapeutas e alguns profissionais da área comportamental. Durante o lockdown e, principalmente, nesse período pós-pandemia, temos pagado o preço por termos negligenciado a gestão das emoções.

Temos vivido um período de fortes evidências de um processo coletivo de desajuste das nossas emoções. Cada dia mais comuns os casos de esgotamento mental causado pelo trabalho, as relações sociais e conjugais, mais violentas e instáveis, e uma quase normalização da depressão, estresse e das crises de ansiedade.

Chegamos ao ponto do declínio da saúde emocional dos adultos impactar as crianças e adolescentes. O bullying é apenas um aspecto do problema. O racismo, o abuso psicológico, a exposição de fotos e vídeos íntimos gravados pelos adolescentes, suicídio e abuso sexual.

Como viemos parar aqui? O que fazer daqui para frente?

O Ministério da Educação, percebendo a iminência do problema e sua gravidade, decidiu que até o ano de 2020 todas as escolas deveriam tratar ao longo do seu currículo as competências socioemocionais. Essas competências devem levar o aluno a desenvolver sua capacidade de compreensão das emoções, a melhora das relações interpessoais e o refinamento da sua inteligência emocional.

Sobre inteligência emocional, o especialista em comportamento humano e mentor de negócios, José Roberto Marques, afirma que “as emoções também devem ser observadas no campo da inteligência, de modo que inteligência cognitiva sem inteligência emocional, gera pessoas despreparadas para a sociedade, mesmo que com alguma competência técnica bem desenvolvida”.

Por isso, as escolas são convocadas a ver em seus alunos futuros cidadãos e não apenas futuros profissionais, preparando-os para a vida em sociedade. A vida agitada e sem qualidade dos adultos têm interferido também na vida das crianças e adolescentes. A violência que adentra as escolas é a mesma violência que assola a sociedade como um todo.

A falta de significado na vida, na carreira, nas relações amorosas, gera um acúmulo de frustrações, raiva, ansiedade que é difícil para qualquer adulto gerir, imagine uma criança ou adolescente, “eles sentem toda a pressão da vida adulta por meio de seus pais, irmãos, tios e avós, e absorvem esses sentimentos que acabam causando impacto na sua vida”, argumenta José Roberto Marques.

Nos últimos anos, livros, palestras e formações sobre inteligência emocional têm se popularizado. A procura por esses eventos, em que as pessoas aprendem mais sobre suas emoções, sentimentos e como lidar com eles no dia a dia em busca de qualidade de vida, têm aumentado e os especialistas, se tornado cada vez mais frequentes nas redes sociais.

José Roberto Marques, que escreveu o livro Inteligência Emocional: novas formas de compreender e gerenciar as emoções (Editora IBC, 69,90) tem observado um aumento do público que busca cursos e palestras de autoconhecimento para diminuir o impacto da rotina cada vez mais pesada.

“Quanto maior for a inteligência emocional, maiores serão as habilidades sociais. Isso faz com que você seja capaz de se adaptar a praticamente qualquer situação social e consiga se comunicar com pessoas de todos os tipos. Quando você compreende suas emoções, sendo então capaz de entender que outras pessoas têm também suas próprias emoções, você consegue se relacionar, conversar ou até mesmo discutir com alguém sem se sentir ofendido quando essa pessoa não concorda com você.”

Quanto às escolas, é preciso tornas as habilidades socioemocionais um conteúdo cada vez mais presente, como forma de ajudar a toda a comunidade escolar, como professores, coordenadores, secretários, alunos e também famílias de alunos, a pacificarem os espaços de aprendizagem. Ninguém acredita que a Escola será blindada da violência, mas o trabalho com as emoções pode fazer com que a violência não se dissemine pelas práticas escolares e tenha nos estudantes cidadãos capazes de compreender e evitar o aumento dessa mesma violência.

  

José Roberto Marques - Especialista em comportamento humano, presidente e fundador do Instituto Brasileiro de Coaching – IBC, a maior e mais conceituada escola de Coaching do país, Master Coach Senior,  Trainer e escritor. Com um estilo visionário e uma experiência de mais de 30 anos em treinamentos comportamentais, José Roberto Marques inovou ao desenvolver a exclusiva metodologia Self Coaching, que dá base ao Professional & Self Coaching – PSC, o curso de Coaching mais completo e diferenciado do Brasil e do mundo.

 

A inserção das mulheres é um movimento necessário e inevitável para o mundo


Já trabalhei em uma cultura tóxica, talvez você também já tenha vivido essa experiência e definitivamente não é fácil romper e se libertar desse ciclo violento e socialmente aceito nas empresas. Deixam marcas e, pessoalmente, percebi que minha energia feminina tinha sido ocultada. Ocultada, nunca destruída!  

Muitos dos problemas de gestão que colhemos nas empresas são fruto da influência unilateral masculina do ambiente corporativo. As empresas foram construídas por e para homens, o que resultou no desequilíbrio das energias de poder, na ausência do poder feminino. Segundo o relatório Woman In Business 2022, feito pela Grant Thornton Brasil, apenas 38% dos cargos de liderança no Brasil são ocupados por mulheres. Já a pesquisa Woman In the boardroom, realizada pela Deloitte em 51 países e em mais de 10 mil empresas, revela que as mulheres ocupam apenas 5% dos cargos de CEO mundialmente, no Brasil esse índice cai para apenas 1,2%. O relatório ainda menciona que empresas com liderança feminina têm, em média, conselhos mais equilibrados em relação à gêneros do que as lideradas por homens.  

Diante destes fatos, ainda encontramos uma prevalência de um paradigma de liderança autoritário, que nasceu do patriarcado e foi inspirado na conduta militar, mas o que antes era visto como sinônimo de poder, hoje é visto como o desarranjo emocional - ou isso espero.  

O típico exercício de poder de uma pessoa sobre outra é comum em uma grande parte das organizações. As empresas eram majoritariamente composta por homens, e por mais que eles precisassem de acolhimento e afeto, seguiam reproduzindo a violência, foram moldados a sustentarem diálogos punitivos entre si. 

 

Inserção feminina no mercado de trabalho, após guerras mundiais 

Somente a partir das duas guerras mundiais que a população feminina entrou no mercado de trabalho, isso aconteceu porque elas se viram em um cenário nunca antes vivido: precisavam sustentar suas respectivas famílias.  

As mulheres assumiram os negócios familiares e alguns cargos dos homens no mercado de trabalho, o ambiente era hostil e muitas delas se adaptaram à energia masculina para sobreviver a violência.  

O desequilíbrio da energia de poder na gestão continua, mesmo que fosse em menor intensidade. Com o passar do tempo, as mulheres foram se reconectando com sua força interior, entregaram (a)fetividade, não só (e)fetividade quando estavam no comando de um time. Foi através desse olhar maternal que nasceu assuntos importantes como bem-estar, clima, direitos trabalhistas, diversidade e inclusão. É também pelo olhar feminino que nasce o cuidado, a empatia e o acolhimento. As pessoas precisam e buscam lideranças com atributos femininos, que se traduzem no cuidado para si e para o outro.

 

O convite do poder feminino é exercer COM o outro e não SOB o outro 

Foi ao despertar meu feminino que me tornei uma liderança completa, que compreendi através dos não-ditos, que cuidei mais de mim e do meu time, me empoderei e agora busco empoderar outras mulheres para que possam ser quem são.  

O modelo de Liderança Shakti desenvolvido por Nilima Bhat e Raj Sisodia propõe para o futuro dos negócios o equilíbrio da energia de poder entre esses dois universos - feminino e masculino - para criar um mundo mais equitativo. Shakti é a força interior que gera cuidado, empatia, elevação, está naturalmente presente na nossa natureza, um poder criativo que nos impulsiona no momento de gerar uma vida. 

Lado a lado. Feminino e masculino. O perfeito encontro dos dois gerará um futuro melhor nas empresas. A inserção das mulheres é um movimento necessário e inevitável para o mundo, precisamos nos reconectar com nosso Shakti, e mostrar que é justamente nessa diferença que mora nossa maior força. 

 

Jéssica Simões - estrategista de LinkedIn, LinkedIn Creator, especialista em reputação de marca pessoal para lideranças, Inteligência e Gestão de Carreira, Employer Branding, Marketing de Comunidade e GhostWriter. Também é Co-Fundadora e Diretora de Relacionamento na Aster, uma empresa especializada em vendas B2B, Captação de Leads e Produção de Conteúdo, responsável por atender grandes marcas do setor da Educação e Tecnologia, com foco em fortalecimento de Cultura Organizacional.



Câmara Municipal do Guarujá/SP abre inscrições para processo seletivo de estágio

Inscrições são gratuitas e podem ser realizadas até o dia 24/04 no site do Centro de Integração Empresa-Escola – CIEE

A Câmara Municipal do Guarujá/SP abriu inscrições para processo seletivo público de estágio. As vagas são destinadas para estudantes do Ensino Superior para cursos de Ciências Contábeis, Direito, Administração, Administração Pública, Comunicação Social - Jornalismo, Administração de Empresas e Comunicação Social - Publicidade e Propaganda.

 

O estagiário receberá uma bolsa-auxílio no valor de R$ 1.302,00 para carga horária de 20 horas semanais. A vaga também conta com auxílio-transporte proporcional aos dias estagiados.

 

As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas até o dia 24/04, através do Portal CIEE, no link:https://pp.ciee.org.br/vitrine/9239/detalhe. Para participar, o candidato deve cumprir os pré-requisitos abaixo:

 

●    Ser morador do Guarujá/SP;

●    Ser brasileiro(a) nato(a), naturalizado(a) ou estrangeiro(a) com visto permanente no País;

●    Ter idade mínima de 18 (dezoito) anos, até a data de posse;

●    Não ter sido exonerado(a) do serviço público;

●    Estar em dia com as obrigações eleitorais, quando maior de 18 anos e das obrigações militares, quando do sexo masculino maior de 18 anos;

●    Não ter feito estágio por período superior a dezoito meses (corridos ou intercalados) na Câmara Municipal de Guarujá, exceto pessoas com deficiência (Art. 11 da Lei 11.788/08).

 

 

Atendimento

O estudante também pode tirar dúvidas através do atendimento via Whatsapp do CIEE no número: (11) 3003 – 2433.


Abril Azul: conheça os direitos previdenciários das pessoas com transtorno do espectro autista

As pessoas portadoras do Transtorno do Espectro Autista (TEA) têm um mês especial de conscientização


As pessoas autistas têm direitos previdenciários e o Abril Azul, mês de conscientização sobre o TEA (Transtorno do Espectro Autista), a cada ano se constitui como um período importante para a causa. Afinal, a proporção de dados adaptados do Center for Disease Control and Prevention dos Estados Unidos para o Brasil indica que há um contingente de 4 milhões de pessoas autistas aqui. No Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) existem diferentes possibilidades para os autistas acessarem direitos. Entre eles, estão a aposentadoria para as pessoas com deficiência (PCDs), auxílio por incapacidade temporária, aposentadoria por incapacidade permanente e o BCP/LOAS.

“De acordo com a Lei 12.764 de 2012, é necessário avaliar se a pessoa se enquadra nos parâmetros clínicos de pessoa portadora da síndrome como, por exemplo, significativa dificuldade de comunicação e interação social. As características dessa pessoa considerada PCD podem garantir um benefício mais rápido a ela. São pessoas que, normalmente, não conseguem trabalhar em meio a outras, estando impedidas a longo prazo”, explica a advogada previdenciária e sócia-fundadora do Brisola Advocacia, Isabela Brisola.

Quanto à aposentadoria à pessoa com deficiência, há duas situações, a aposentadoria da pessoa com deficiência por idade e a pessoa com deficiência por tempo de contribuição. No que tange à primeira situação, no caso de homens, precisa ter 60 anos, 15 anos de contribuição e comprovar o impedimento de longo prazo durante o período de contribuição. As mulheres devem ter 55 anos de idade, 15 anos de contribuição e comprovar o impedimento de longo prazo durante o período de contribuição.

Na situação da aposentadoria por tempo de contribuição o que irá se avaliar é o grau da deficiência, para o homem é necessário comprovar a deficiência de grau grave, com 25 anos de contribuição; deficiência de grau médio, 29 anos de contribuição; e deficiência de grau leve, 33 anos de contribuição. Além disso, também é fundamental o impedimento de longo prazo. Para as mulheres, a deficiência de grau grave requer 20 anos de contribuição; de grau médio, 24 anos de contribuição; e grau leve, 28 anos de contribuição. Em ambos os casos, o impedimento deve ser comprovado ao longo do prazo de contribuição.

“Portanto, quanto mais grave for o transtorno, mais rápido o trabalhador ou trabalhadora vai conseguir se aposentar. E quem atesta os graus é o perito médico do INSS após o requerimento da aposentadoria, após um exame minucioso sobre o cotidiano dessa pessoa no seu ambiente de trabalho a partir de um questionário. Indicamos que a pessoa guarde sempre todos os documentos médicos para comprovação da sua condição”, diz a advogada.


Aposentadoria por incapacidade permanente é outro benefício possível para as pessoas com transtorno do espectro autista

Nesse caso, o benefício é destinado para aqueles segurados que estão incapacitados para o trabalho de forma total e permanente e não podem ser reabilitados para outras funções. Esse caso também passa por perícia médica técnica para definir a aposentadoria por invalidez. Entre os requisitos estão 12 meses de carência do INSS; possuir qualidade de ativa de segurado, ou seja, estar com a Previdência em dia ou dentro do período de graça; e comprovar a incapacidade total e permanente para o trabalho.

“Aqui vai ser avaliado se o segurado não tem a possibilidade de trabalhar”, ressalta Isabela.

Já na hipótese de ser constatada uma incapacidade temporária, o benefício a ser pleiteado diz respeito ao auxílio por incapacidade temporária (anteriormente denominado auxílio-doença).

Acessar o BCP/LOAS é uma possibilidade também

Outra possibilidade é o acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC) garantido pela Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), desde que se cumpra com os seguintes requisitos: é necessário comprovar que não há condições de prover sua subsistência ou ter auxílio da família; no caso, é necessário que a renda familiar seja inferior a um quarto salário-mínimo vigente (R$ 325,50 em abril de 2023) por integrante do núcleo familiar; ter inscrição no Cadúnico com o cadastro devidamente atualizado;  comprovar a existência da deficiência; e ser brasileiro nato ou português naturalizado.

“Esse direito é garantido a pessoas com autismo também e dará à família mais dignidade, com um salário-mínimo, com a mãe podendo cuidar do filho, a depender do grau de TEA que ele tenha. Por isso, o acesso dos autistas aos direitos previdenciários é essencial, proporcionando até mesmo que o tratamento seja feito de forma correta”, avalia.


O que fazer se o benefício for negado?

A partir do momento em que um benefício é negado no INSS, um dos caminhos é entrar com uma ação judicial ou fazer um recurso administrativo que tem prazo de 30 dias contados a partir do resultado do pedido negado. Já a ação judicial não precisa ser feita junto ao INSS, ocorrendo uma nova perícia com avaliação e a decisão do juiz. 

“E lembramos que o Abril Azul é uma ótima maneira de informar a população sobre os direitos dos autistas, ainda mais considerando que temos muitas gerações nessa condição, principalmente naqueles casos que impedem até os pais de poderem trabalhar”, argumenta.

 

 Brisola Advocacia Associados


"Cancelar" outras mulheres, nos torna mais feministas?

O feminismo nunca virou pauta de tantas discussões, desde o Twitter aos debates em universidades, todos querem dar um palpite sobre o que é ser feminista. No entanto, a internet é potencializadora dessas discussões, que traz o novo conceito de “cancelamento” - quando a pessoa é atacada e isolada na web, muitas vezes sem um motivo justificado. 

Hoje, “cancelar” faz parte do vocabulário e cotidiano de quem está nas redes sociais. Para se ter uma ideia, em 2021, a palavra cancelamento foi citada 20 mil vezes na internet, já em 2022, o termo foi mencionado mais de 60 mil vezes, segundo pesquisa da agência Mutato. Principalmente, os dados mostram como a sociedade está dividida e agressiva, tudo nas sociais acaba virando um embate. 

O cancelamento pode, em alguns casos, ser assemelhado à morte. Hoje em dia vivemos um momento muito específico da cultura do cancelamento - quando você discorda da opinião de uma pessoa e a “cancela”, que é uma espécie de morte virtual, incentivando o apagamento dessa pessoa. O impacto disso ocorre principalmente no mundo virtual, onde estão boa parte das interações da atualidade.

 

Cancelamento no feminismo 

E o cancelamento está cada vez mais presente dentro de pautas feministas. Desde Simone de Beauvoir, mulheres discordam sobre as linhas do movimento, porém, existe uma linha tênue entre o debate e a discussão. O cancelamento de outras mulheres cria pessoas que se intitulam mais feministas do que outras, gerando uma hierarquia. Precisamos lutar por um movimento unido, isso não significa que todas devemos concordar, mas respeitar as singularidades de cada uma, criando um diálogo para buscar o bem-comum, no fundo isso são mulheres entrando na lógica da rivalidade feminina do machismo. 

Assim como qualquer movimento, o feminismo tem diversos lados, todos lutam em prol dos direitos femininos, mas de diferentes formas. Existem diversas vertentes do movimento feminista que observam o cancelamento de formas diferentes, é possível perceber uma luta na internet sobre quem mais luta pelo movimento feminista, quem dita as regras, causando um cancelamento de outras mulheres. Assim, alegando que elas não estão contribuindo com a causa, usando os mesmos recursos patriarcais e opressores que invisibilizam a voz feminina, como Paulo Freire diz “Quando a educação não é libertadora, o sonho do oprimido é ser o opressor. 

O cancelamento entre mulheres, de certa forma retoma o discurso machista, voltado à rivalidade feminina. Isso emite como a rivalidade feminina está internalizada, o cancelamento diz muito mais sobre a pessoa que cancela do que a que está sendo cancelada. É importante termos divergências, o problema é não saber ouvir as diferenças, cada vez mais estamos nos fechando em bolhas e interpretando diferenças como ataques pessoais. Usar a cultura da vergonha nunca é a solução, é diferente criticar por criticar de dialogar e buscar aprender em um debate frutífero, não é necessário expor uma mulher para isso.

 

Mayra Cardozo - advogada com perspectiva de gênero, especialista em Direitos Humanos e Penal.

 

São Paulo é considerada a capital da pizza, segundo estudo da Apubra

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A Associação Pizzarias Unidas do Brasil registra um crescimento de 337% do setor na capital do estado de São Paulo 

 

O mercado brasileiro de pizzaria teve um crescimento de 499% nos últimos dez anos, segundo estudo inédito realizado pela Apubra - Associação Pizzarias Unidas do Brasil. Diante desse contexto, São Paulo é considerada a capital da pizza ao registrar um crescimento acumulado de 337%, passando de 467 (2012) para 2.866 (2022) estabelecimentos ativos. O estado, que aparece em primeiro lugar no ranking nacional, com 28% de pizzarias em operação, é seguido pelo Rio de Janeiro (10%) e Minas Gerais (9%). 

No âmbito regional, o Sudeste destaca-se como o maior representante do segmento, visto que concentra quase 60% dos empreendimentos em funcionamento. “Diante desse recorte, SP aparece com 57% de pizzarias ativas. Em seguida, encontra-se Rio de Janeiro (21%), Minas Gerais (18,2%) e Espírito Santo (3,8%)”, diz Gustavo Cardamoni, presidente da Apubra. Já entre as demais regiões estão Nordeste (21%), Sul (15%), Centro-Oeste (9%) e Norte (5%). 

Por conta do crescimento exponencial registrado no Sudeste do país, a região passa a ser um território extremamente competitivo, por isso os empreendedores dessa região devem investir em treinamentos e iniciativas capazes de otimizar o desempenho dos negócios. “Quem deseja trabalhar no setor precisa ter em mente a importância de um bom planejamento estratégico e da busca constante por aprimoramento a fim de se destacar em meio a competidores já estabelecidos”, explica Cardamoni. 

O presidente da Apubra também ressalta o papel de um apoio nessa trajetória empreendedora como, por exemplo, o de uma associação. “Empreender é uma jornada solitária. Portanto, estar próximo de empreendedores que lidam com os mesmos desafios diariamente, é uma oportunidade de unir forças. Nesses ambientes há muita troca de conhecimento e networking, o que permite o alcance de um alto desempenho em um menor período de tempo e com riscos minimizados”, pontua o executivo.


Metodologia 

As informações foram extraídas de fontes oficiais do governo, que compreende empresas cadastradas na Receita Federal, em situação ativa, até dezembro de 2022. O estudo também segue os critérios estabelecidos na pesquisa qualitativa, realizada diretamente pela Apubra, que como atingiu um número relevante de resultados adotou como critério de pesquisa analisar dados de mercado apenas das empresas pertencentes a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) 56 e autodenominadas como pizzaria. 

É importante ressaltar que o número final apresentado no conteúdo não corresponde ao total de pizzarias atuantes no Brasil. Trata-se de uma amostragem e estima-se que esse dado corresponda a 75% do mercado. “Para nós é uma grande satisfação concluir esse estudo, que esperamos servir como guia para todos os profissionais que atuam no mercado da pizza, de empresários a fornecedores, até aqueles que almejam empreendedor no setor. Entendemos a necessidade de investir em capacitação constante e reforçamos o nosso compromisso com essa missão”, finaliza o presidente.

 

Como o ChatGPT pode ajudar a contabilidade das empresas?

Certamente, você já ouviu falar sobre o ChatGPT. A sigla de Generative Pre-Trained Transformer é a primeira grande tecnologia pautada na inteligência artificial aberta ao grande público. Mesmo lançada recentemente, em novembro de 2022, muito se prospecta sobre suas possibilidades de uso, facilidades e benefícios que podem trazer para o mercado. De tantas aplicações, a ferramenta pode, inclusive, ser utilizada a favor da contabilidade empresarial – desde que tenha atenção no que diz respeito à responsabilidade das informações prestadas.

Ainda considerado como um protótipo desenvolvido por meio da IA, o recurso é capaz de realizar diversas tarefas, tais como escrever artigos, notícias, revisões e traduções de texto, até mesmo a criação de códigos de programação cujo primeiro aplicativo desenvolvido com ajuda do ChatGPT já está disponível para download nas principais lojas de aplicativos (Google Play e Apple AppStore). Não à toa, vem despertando grande atenção do mercado por suas respostas detalhadas e articuladas, dando a impressão de que estamos, de fato, conversando com um ser humano. Uma tecnologia impressionante, que angariou 100 milhões de usuários logo nos primeiros dois meses após seu lançamento, segundo a OpenAI.

Como é uma ferramenta que se encontra em fase inicial, é importante destacar que não devemos confiar 100% na veracidade de suas respostas, uma vez que existem vários registros de respostas incorretas, bem como erros de ortografia. Mas, é fato dizer que as empresas têm muito a ganhar com essa IA, desde que seja utilizada como ferramenta de apoio e não como principal fonte de dados.

Analisando seus impactos na gestão contábil, o ChatGPT pode ser extremamente útil fornecendo um norte para um atendimento mais assertivo ao cliente, auxiliando no esclarecimento de dúvidas pontuais, informações referentes ao calendário de obrigações fiscais, dentre outras tarefas.

Na prática, funcionaria como um auxiliador na redação em que, a partir de indicações e dados fornecidos previamente, terá a capacidade de criar textos completos e objetivos que sanem as dúvidas mais costumeiras dos usuários, assumindo um papel de assistente virtual. E, considerando a complexidade da legislação brasileira, esse é um apoio extremamente positivo para as empresas e contribuintes, fornecendo respostas claras e descomplicadas aos clientes e tornando a comunicação mais ágil e eficiente.

Paralelamente, sua capacidade de revisar e traduzir textos em outros idiomas também é um fator positivo para as empresas, especialmente aquelas que costumam ou desejam expandir seu negócio ao exterior. Com o ChatGPT, ficará mais fácil firmar contratos internacionais, contando com o apoio de uma ferramenta que sempre irá se ajustar e aperfeiçoar a escrita com base nos conteúdos que produzir e, ainda, fornecer ideias de textos por meio de seus algoritmos inteligentes.

São muitas possibilidades de uso que ainda estão sendo descobertas. Mas, esse é um software que ainda não poderá ser aplicado para operação autônoma, não devendo ser encarado como 100% verdadeiro em sua aplicação. Mesmo capaz de otimizar o atendimento ao cliente enviando mensagens personalizadas e objetivas, o contador ainda deverá permanecer por trás desse processo por responsabilidade ética e civil.

A presença de um profissional qualificado e capacitado para compreender a complexidade da legislação brasileira é essencial para transpor essa adequação às empresas em sua gestão contábil – contando com o apoio de um software inteligente que consiga automatizar o atendimento ao usuário nas questões mais simples de serem resolvidas e que não necessitem de um contador para tal.

Enquanto a Reforma Tributária ainda não for aprovada para simplificar nossas leis, precisaremos permanecer acompanhando o desenvolvimento do ChatGPT, seus benefícios de uso para o trabalho dos contadores e, principalmente, limitações de aplicação. Desde que seja investido como fonte de apoio e suporte, muitos resultados positivos podem ser adquiridos em prol de uma contabilidade mais assertiva.

 


Taís Baruchi - sócia-administradora na Ecovis® BSP.

Thyago Baruchi - sócio responsável pela área de Tecnologia e Segurança da Informação na Ecovis® BSP.


BSP
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quarta-feira, 12 de abril de 2023

Festa do Domingo da Misericórdia

A Festa da Divina Misericórdia tem sua fonte nos escritos de Santa Faustina, onde o próprio Jesus manifestou seu desejo: “Eu desejo que haja a Festa da Misericórdia” (Diário de Santa Faustina, 49). Nessa festa, os padres teriam uma missão especial. Jesus explicou: “Nenhuma alma terá justificação enquanto não se dirigir com confiança à minha misericórdia. E é por isso que o primeiro domingo depois da Páscoa deve ser a Festa da Misericórdia. Nesse dia, os sacerdotes devem falar às almas desta minha grande e insondável Misericórdia” (Diário, 570).

Antes de Jesus pedir a criação da Festa da Misericórdia, pediu a Ir. Faustina a pintura de uma imagem onde deveria retratar Jesus com os raios branco e vermelho saindo do seu coração, com uma inscrição embaixo: “Jesus eu confio em Vós”. E deveria ser exposta publicamente, nesse domingo.


Em resposta ao pedido de Jesus, São João Paulo II, quando papa, instituiu a Festa da Divina Misericórdia, determinando que a partir daquela data (ano 2000), em todos os anos, o segundo domingo do tempo pascal seja o Domingo da Misericórdia., O Papa refletiu: “O que nos trarão os anos que estão diante de nós? Como será o futuro do homem sobre a terra? A nós não é dado sabê-lo. Contudo, é certo que ao lado de novos progressos não faltarão, infelizmente, experiências dolorosas. Mas a luz da misericórdia divina, que o Senhor quis como que entregar de novo ao mundo através do carisma da Irmã Faustina, iluminará o caminho dos homens do terceiro milênio” (homilia em 30 de abril de 2000).


No ano de 2002, no dia da Festa da Divina Misericórdia, o Senhor deu ao padre Jonas Abib uma Palavra, que está em 2Cr 7,15-16: “Meus olhos estarão abertos e os ouvidos atentos à oração feita neste lugar. Pois agora escolhi e santifiquei esta casa dedicada a meu nome para sempre. Meus olhos e meu coração estarão nela todo o tempo”. Foi durante um retiro do  PHN em Araras (SP) que,  vendo pela TV que a canção Nova estava repleta por uma multidão, padre Jonas reconheceu a confirmação da palavra. E assim, foi movido a proclamar essa palavra e mais uma vez, consagrar a Canção Nova para que fosse “o lugar  da Divina Misericórdia”.


Com essa proclamação, tudo foi direcionado para que a Canção Nova, a partir de seus membros, fosse a “Casa da Misericórdia”, no coração e na vida. E foi por inspiração de Deus que o Santuário do Pai das Misericórdias foi projetado e construído.

 

Neste ano de 2023, entre os dias 13 e 16 de abril, será a 21ª festa da Divina Misericórdia que celebramos na Canção Nova, e pela 9ª vez em nosso Santuário do Pai das Misericórdias.


Todas as pessoas precisam receber o Anúncio do Evangelho e saber que Nosso Senhor Jesus virá um dia como Justo Juiz e, portanto, o tempo que Ele nos dá para a reconciliação é o da Divina Misericórdia. Não percamos esse tempo em que Deus oferece a todos nós pecadores a oportunidade de sermos curados e perdoados de nossos pecados. “Buscai o senhor, enquanto Ele se Deixa encontrar!” (Is 55,6).

 

 

Padre João Gualberto Ribeiro da Silva -Reitor do Santuário do Pai das Misericórdias

 

Utilização de medicamento para tratamento da Diabetes Mellitus é ampliado no SUS e deve beneficiar cerca de 200 mil pessoas por ano

Ampliação na distribuição da dapagliflozina ocorreu com base em estudos da Academia VBHC, organização que busca transformar o sistema de saúde, através do conceito de Cuidado à Saúde Baseado em Valor e projetos inovadores. 

 

Pacientes portadores de Diabetes Mellitus (DM) terão a partir de agora o acesso ampliado no SUS ao medicamento dapagliflozina. O anúncio foi feito pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (CONITEC). Até então, a Comissão havia incorporado a dapagliflozina apenas para pacientes com mais de 65 anos e que já haviam apresentado complicações da doença, como infarto ou acidente vascular. 

No entanto, estudos realizados pela Academia VBHC (www.academiavbhc.org) - Value-Based Health Care - Cuidado à Saúde Baseado em Valor, permitiram esclarecer que os benefícios do medicamento são muito significativos na população que ainda não apresentou complicações. Os estudos indicam que a dapagliflozina pode prevenir complicações da diabetes, evitando custos e sofrimentos desnecessários. A Academia VBHC calcula que essa mudança deve beneficiar anualmente cerca de 200 mil brasileiros. 

A dapagliflozina é um medicamento específico para o tratamento de pacientes com DM, que age reduzindo a absorção de glicose (açúcar) pelos rins e aumentando a sua eliminação pela urina, ajudando a controlar os níveis de glicose no sangue. Além disso, estudos recentes mostram que o medicamento traz outros benefícios significativos, como a redução do risco de complicações no coração e nos rins em pacientes com diabetes.


Incorporação com base em estudos científicos da Academia VBHC

Essa incorporação foi possível graças a uma parceria com a Academia VBHC, que realizou estudos que incluem conceitos de Health Economics and Outcomes Research (HEOR) e Value-Based Healthcare (VBHC) para investigar o valor da nova tecnologia no SUS. 

Os estudos incluíram revisão sistemática e meta-análises, estudos que sintetizaram os benefícios do medicamento, assim como estudos econômicos de custo-efetividade por microssimulação que analisaram os impactos do medicamento em todo o ciclo de cuidado do diabetes, incluindo desfechos de longo prazo. Desta forma, foi possível verificar que o medicamento, além de melhorar significativamente os cuidados ao diabetes, reduz significativamente custos de longo prazo para o SUS, como decorrentes de infarto e insuficiência renal.

Segundo, Dr. Henrique Diegoli, um dos sócios fundadores da Academia VBHC, este case de sucesso é um exemplo de como a interação entre VBHC e HEOR pode auxiliar o sistema de saúde a tomar decisões, que aumentem o valor para os pacientes, ampliando expectativa e qualidade de vida e reduzindo custos potencialmente evitáveis. “A avaliação de novas tecnologias em saúde é um processo importante para determinar se uma nova tecnologia é eficaz e segura para uso na saúde. VBHC e HEOR são abordagens diferentes, que ajudam a avaliar se a nova tecnologia é valiosa para os pacientes e se pode ser incorporada ao sistema de saúde com custos razoáveis”, explica ele. 

Academia VBHC atua como uma ponte entre VBHC e HEOR, utilizando ferramentas como revisões sistemáticas em saúde, avaliações econômicas em saúde e estudos de Real-World Evidence (RWE), que investigam o uso de novos tratamentos na prática no Brasil. Também oferece educação e consultoria para a implementação de escritórios de valor, reorganizando os ciclos de cuidado para entregar o que importa para os pacientes. 

Juntas, VBHC e HEOR podem ajudar a aumentar o valor da incorporação de novas tecnologias, garantindo que elas tragam benefícios reais para os pacientes e sejam economicamente viáveis para o sistema de saúde. Com essas ferramentas, a Academia tem contribuído para que o SUS e o sistema de saúde privado ofereçam cada vez mais valor no tratamento de diversas condições de saúde de brasileiros. Esperamos que outras tecnologias que possam aumentar a qualidade de vida dos pacientes e reduzir custos para o SUS também sejam incorporadas em breve, finaliza o Dr. Henrique.

Mais informações:
www.academiavbhc.org/
www.linkedin.com/company/academiavbhc/
www.instagram.com/academiavbhc/

  

Osteopatia auxilia no tratamento de doenças respiratórias

Com a chegada do outono, é comum enfrentarmos climas instáveis, com oscilações de temperatura e baixa umidade relativa do ar. O ar mais seco aumenta a concentração de poluentes na atmosfera, e as baixas temperaturas e poluição do ar aumentam os riscos de doenças respiratórias, como resfriado, gripe, bronquite, sinusite e pneumonia. 

Recentemente, por exemplo, tivemos um expressivo aumento de VSR (Vírus Sincicial Respiratório). Tendo seus maiores índices em bebês e crianças de zero a quatro anos, o vírus pode apresentar grandes problemas também para grupos de risco, como idosos e pessoas com comorbidades. 

Esse vírus afeta principalmente os pulmões e as vias respiratórias, tornando a respiração mais difícil e causando sintomas como tosse, falta de ar e chiado no peito.  

Alguns hábitos e cuidados já conhecidos, como alimentação balanceada, hidratação, e manutenção da carteira de vacinação em dia, ajudam na prevenção e proteção do nosso organismo. 

Ainda assim, estamos suscetíveis e expostos a esses tipos de doenças. Desse modo, o tratamento osteopático se apresenta também como um importante aliado para evitar sequelas e o aparecimento de quadros graves nos pacientes. 

Prática de tratamento manual que busca restaurar a função normal do corpo através do equilíbrio do sistema músculo-esquelético, nervoso e circulatório, a osteopatia atua de forma eficaz e preventiva no tratamento de doenças respiratórias, promovendo melhoria na mobilidade da caixa torácica, da função do diafragma, e da função pulmonar. 

A caixa torácica é composta por uma série de ossos, músculos e articulações que se movem juntos durante a respiração. Quando a caixa torácica não se move adequadamente, pode haver uma diminuição na expansão pulmonar, o que pode levar a sintomas respiratórios. A atuação da osteopatia ajuda a restaurar a mobilidade da caixa torácica, permitindo que os pulmões se expandam, facilitando a respiração. 

No caso do diafragma, músculo importante que ajuda a mover o ar para dentro e para fora dos pulmões, a técnica osteopática permitirá o seu funcionamento correto, de modo a permitir que o ar flua mais facilmente pelos pulmões. 

Além disso, a osteopatia alivia a tensão muscular e melhora a circulação sanguínea, passando a diminuir os casos de fadiga respiratória. O trabalho preventivo no sistema circulatório auxiliará no fornecimento de mais oxigênio aos pulmões, bem como propiciará a melhora no sistema imunológico.  

Com isso, o corpo passa a agir melhor a infecções do sistema respiratório e outros estressores, reduzindo assim o risco de desenvolver doenças respiratórias.

  

Luís Henrique Zafalon - fisioterapeuta especialista em osteopatia, professor e palestrante. 

  

Renovação do ar é estratégia para combater doenças respiratórias no outono

Com o aumento da circulação de vírus causadores de gripes, resfriados e Covid-19 na estação, climatizador evaporativo de ar é alternativa para proteger ambientes, com redução do consumo de energia em até 95% 

 

As quedas nas temperaturas e da umidade relativa do ar, com diminuição dos períodos chuvosos, caracterizam o outono no Brasil. Mas além dos dias iluminados, de céu azul e clima ameno, a estação vem ganhando destaque nos noticiários pela intensa circulação de diferentes vírus que comprometem a saúde de crianças e adultos. Diante do aumento significativo de casos de doenças respiratórias registrados pelo Ministério da Saúde nos três primeiros meses de 2023, infectologistas são unânimes em recomendar que se evitem ambientes fechados e aglomerações para reduzir os riscos de transmissão dos vírus.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, o vírus sincicial respiratório (VSR) está presente em 30% dos casos de doenças respiratórias registradas no País nos três primeiros meses deste ano. De janeiro a março, foram mais de 3,3 mil infecções. Do total, 95% atingiram bebês e crianças de zero a 4 anos de idade. O boletim InfoGripe, da Fiocruz, destaca ainda o aumento percentual de Covid-19 (58% do total de doenças respiratórias), de rinovírus, com sintomas de resfriado comum, e também a alta circulação do vírus influenza, responsável por síndromes gripais dos tipos A e B do patógeno.

Para os infectologistas, há várias condições que favorecem a transmissão de vírus nesta época do ano. No topo da lista aparecem os locais com pouca ventilação e sistemas ineficientes para a renovação do ar. Estes ambientes propiciam, além de disseminação de vírus, desenvolvimento de processos alérgicos, entre outros problemas de saúde.

Mas à medida que a cultura de segurança e salubridade de ambientes com grande afluxo de pessoas em empresas, shopping centers e centros de eventos passa por aprimoramentos, o mercado se empenha em desenvolver e apresentar soluções que priorizem a saúde, com sistemas econômicos e ecologicamente corretos.

Referência no mercado nacional, a Ecobrisa Climatizadores Evaporativos desenvolveu e aprimorou ao longo dos anos um equipamento que reduz a temperatura de maneira eficaz, ao mesmo tempo em que expulsa o ar potencialmente infectado destes ambientes, tornando-os mais saudáveis.

Diferentemente dos aparelhos de ar-condicionado, outra característica notável do climatizador evaporativo de ar da Ecobrisa é a possibilidade de manter abertas as portas de residências, escritórios, escolas, lojas, shopping centers e grandes espaços de eventos. “Esta tecnologia permite a circulação de pessoas, sem que haja interferência ou prejuízos na climatização e renovação do ar”, afirma Carlos Gusmão, gerente de Projetos e Engenharia da Ecobrisa.

Segundo Gusmão, diante da situação atípica, determinada pela grande circulação de vírus causadores de doenças respiratórias, a procura pelo climatizador evaporativo de ar cresceu 30% em 2023, na comparação com o mesmo período do ano passado. “No outono, já é normal que as empresas busquem soluções para seus ambientes com a condição mais seca do clima. Mas o que registramos este ano foi um aumento significativo da procura”, observa o engenheiro.

Em versões portáteis, de parede ou de telhado, o climatizador evaporativo de ar não produz névoa e não dispersa gotículas de água. “Nos ambientes industriais, por exemplo, há diminuição da insalubridade, com a eliminação de gases, poeira ou vapores que prejudiquem a saúde”, destaca.

Se comparado a outros equipamentos de resfriamento, o climatizador da Ecobrisa representa uma economia de energia de até 95%. “Diante da realidade econômica e considerando os impactos ambientais, esta é uma condição importante para quem avalia as melhores soluções para residências e negócios”, finaliza Carlos Gusmão.



Beijar é bom, mas é preciso cautela: entenda os motivos

No Dia do Beijo, celebrado em 13 de abril, especialista do CEJAM orienta sobre algumas das doenças mais populares que podem ser adquiridas durante a troca afetiva 

 

Sendo um ato de demonstração de afeto, que mantém laços afetivos entre pessoas, o beijo carrega consigo um papel bastante importante nas relações humanas. Esse gesto cultural bastante popular tem seus primeiros registros há 1200 a.C. e é, sem dúvidas, um dos comportamentos mais prazerosos à criação de conexões humanas.

Mas, apesar das diferentes sensações positivas no corpo, a ação de beijar pode também transmitir doenças, principalmente se o sistema imunológico de uma das pessoas envolvidas estiver comprometido.

No Dia do Beijo, celebrado em 13 de abril, a estomatologista Lígia Gonzaga Fernandes, do Centro de Especialidades Odontológicas II Vera Cruz (CEO), gerenciado pelo CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim" em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, afirma que, em muitos casos, as doenças são transmitidas pela troca de saliva.

“Há situações em que apenas as gotículas do fluido já são suficientes para transmitir vírus respiratórios como a gripe, Covid-19 e H1N1, além de outras doenças, como mononucleose (doença do beijo), catapora e caxumba”, explica.

Não só isso, existem também os quadros que se originam a partir da presença de feridas na boca. Nestes casos, a pessoa infectada pode transmitir enfermidades como herpes, HPV, sífilis e candidíase oral, apelidada entre os brasileiros de “sapinho”, entre outras doenças.

“O ideal é evitar o contato íntimo com pessoas que apresentem esse sintoma. Mas, é importante lembrar que a maioria, muitas vezes, nem sabe que está infectada, o que acaba facilitando ainda mais o contágio”, alerta a especialista.

Entre as doenças de maior incidência durante o beijo, a profissional destaca o herpes labial; a mononucleose, popularmente conhecida como “doença do beijo”; e as doenças respiratórias, causadas por vírus.

Confira mais detalhes sobre cada uma delas:


Herpes labial

O herpes labial é uma infecção viral, causada pelo herpes simplex 1 (HSV-1). Normalmente, quando infectada, a pessoa apresenta sintomas como coceira, ardência e sensação de formigamento na boca.

Logo após o aparecimento destes sinais, é comum o surgimento de pequenas bolhas na região, que podem se romper e liberar um líquido que contém o vírus. É exatamente nesta fase que o risco de transmissão para outras pessoas é maior, exigindo um cuidado redobrado.



Doença do beijo

A mononucleose, ou doença do beijo, também é uma infecção viral causada pelo Epstein-Barr (EBV). Transmitida pela saliva, a doença afeta principalmente o público mais jovem. Neste quadro específico, é comum que as pessoas infectadas sintam dor de garganta, fadiga, febre e inchaço dos gânglios.



Doenças respiratórias

No geral, a gripe destaca-se como uma das doenças respiratórias mais transmissíveis por meio de beijos. A infecção é causada pelo vírus influenza e pode provocar sintomas como febre e dores na garganta, no corpo e na cabeça, além de tosse e outros sintomas. Dentro desta doença, o H1N1 é classificado no grupo A do vírus e também pode ser facilmente transmitido, causando sintomas muito semelhantes, porém, mais fortes.

E, claro, não podemos esquecer da Covid-19, que ainda é bastante presente na população, apesar da diminuição no número de casos. Essa enfermidade, causada por diferentes variações do vírus, é grave e pode gerar dores de cabeça e garganta, febre, tosse seca, perda do olfato e paladar, diarreia e, em casos mais graves, dificuldades para respirar e dor no peito, entre outros sintomas.



Sapinho

A candidíase oral, ou sapinho, é uma micose na boca que se origina a partir do acúmulo do fungo Candida albicans, que costuma viver na pele e em mucosas. A sua principal característica é a presença de pontos esbranquiçados na língua, gengiva, parte interna das bochechas e, dependendo do grau da infecção, nos lábios.


Mas quando buscar ajuda?

Que beijar é prazeroso, todos sabemos. Mesmo assim, é preciso ficar em alerta ao sentir qualquer um dos sintomas mencionados. Em todo o caso, o indicado é buscar o atendimento especializado ao perceber qualquer alteração nas regiões da boca e lábios.
“O aparecimento de feridas dentro e ao redor da boca, mal-estar, febre, dor de garganta e inchaço no pescoço são alguns dos principais sinais para buscar ajuda profissional”, afirma Lígia.

A partir do atendimento médico, é possível atingir o diagnóstico correto através de exames e o melhor tratamento. Por isso, a importância desse tipo de assistência. “O tratamento varia de acordo com a doença. O herpes labial, por exemplo, é tratado com terapia antiviral. Já o sapinho, com medicações antifúngicas. Quanto a outras infecções, eventualmente, é necessário esperar o curso da doença e apenas controlar os sintomas com antitérmicos, anti-inflamatórios e analgésicos, como é o caso da mononucleose”, finaliza a profissional.

 

 CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”



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