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terça-feira, 11 de abril de 2023

Beijo saudável depende de uma boa higiene bucal

O Dia Internacional do Beijo é celebrado na próxima quinta-feira (13). E, para você beijar em segurança, o Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP) destaca a importância de alguns cuidados importantes para evitar a transmissão de doenças.

Para o Cirurgião-Dentista, professor da disciplina de Periodontia da Universidade Santo Amaro (UNISA) e membro da Câmara Técnica de Periodontia do CROSP, Dr. Ricardo Schmitutz Jahn, embora o beijo seja um hábito muito antigo, deve ser sempre abordado com atenção.

O cuidado, segundo Dr. Ricardo, não se restringe ao beijo de relacionamentos adultos, mas também se aplica aos mais rotineiros, entre crianças e seus pais, avós e pessoas queridas. Ele explica que pessoas que não têm boa higiene oral podem ter cáries, gengivites, periodontites (infecção bacteriana dos tecidos, ligamentos e ossos específicos que envolvem e sustentam os dentes), entre outras tantas lesões na boca.

“Todas essas condições causam desconforto, dor e quase sempre o mau hálito. A quantidade de bactérias está aumentada nos indivíduos que têm má higiene. Além disso, muitos vírus podem estar circulantes na cavidade bucal, especialmente na saliva”. 

Com relação às doenças, o professor lembra que atualmente é preciso ter uma preocupação especial com a transmissão de diversos vírus que podem ser transmitidos pela saliva, como os causadores de alguns tipos de gripes e, inclusive, Covid-19.

As faringites, amigdalites e herpes também podem acontecer e requerem bastante cuidado, pois, segundo o Cirurgião-Dentista, essas são doenças que podem passar sem causar sintomas, mas também podem gerar febre sensação de cansaço e algumas vezes complicações em outros órgãos do corpo.

Para manter a saúde bucal em dia e garantir um beijo saudável, Dr. Ricardo recomenda que as consultas ao Cirurgião-Dentista sejam realizadas com frequência. Desta forma, é possível prevenir todas as doenças bucais, inclusive a halitose, que tem na boca a sua principal causa. “Estimamos que 90% dos casos de halitose (mau hálito) são de origem intrabucal, relacionada à cárie e às doenças periodontais. Aquele pequeno sangramento na gengiva deve ser sempre investigado. Dores nos dentes, cavidades ou, ainda, mau cheiro quando escovar ou usar fio dental podem ser sinais importantes”.

 

Higiene bucal em dia

Realizada de forma correta, a higiene bucal contribuirá para um beijo agradável e, o mais importante, para a manutenção da saúde de forma geral.

Pensando na higienização, Dr. Ricardo cita um outro problema relacionado à limpeza que prejudica a saúde da boca, a língua saburrosa. Ele explica que, nessa situação, a língua chega a mudar de cor por causa de acúmulo de sujeiras e bactérias, que são as principais causas do mau hálito. Segundo o Cirurgião-Dentista, limpar a língua com auxílio de uma escova ou limpador de língua evita esse acúmulo e aumenta sua sensação de conforto e limpeza.

O uso de itens como fio dental também é fundamental para uma boa higienização, garante Dr. Ricardo. “O fio dental deve ser usado diariamente entre os dentes com movimentos de polir as superfícies dentárias. A escovação diária dos dentes deve ser realizada com escova de cabeça pequena, cerdas macias, usando o tempo necessário para ser efetivo em todas as áreas da boca e de preferência com um creme dental fluoretado”.

 

3 doenças transmitidas pelo beijo 

Mononucleose:  conhecida como doença do beijo. Em geral, ocorre pelo contato com saliva de pessoas infectadas. Pode causar febre, ínguas no pescoço, fadiga e inflamação na garganta e ainda manifestações neurológicas como convulsões podem aparecer.

Herpes: é uma doença causada pelo vírus herpes simplex. Oportunista, ele se manifesta através de lesões bolhosas no entorno da boca quando a pessoa está com sua imunidade mais baixa. A principal forma de transmissão é o contato com as vesículas infectadas, principalmente durante o beijo. Sintomas: em dores nevrálgicas, parestesias, ardor, coceiras, febre e dor de cabeça.

Candidíase oral: causada por um fungo (Candida Albicans), também conhecida como sapinho, causa pequenas lesões avermelhadas ou esbranquiçadas na língua, que podem ser doloridas e durar cerca de 5 dias. Entretanto, em pessoas com a imunidade enfraquecida, como bebês, pessoas desnutridas ou com doenças crônicas, por exemplo, podem desenvolver a forma mais grave da infecção, com várias placas brancas na boca. Sua transmissão se dá principalmente através do beijo.

 

Conselho Regional de Odontologia de São Paulo - CROSP

www.crosp.org.br

 

Dias mais frios aumentam o risco de doenças respiratórias

pexels
Especialista dá dicas de como se proteger e prevenir as doenças típicas do inverno

 

O início do outono marca a chegada das temperaturas mais baixas em todo o país, especialmente nas regiões sul, onde a incidência do frio é maior. Junto às baixas temperaturas vêm a atenção redobrada com os vírus causadores de infecções respiratórias, como gripe, rinite, sinusite, asma, pneumonia e a própria COVID-19.

Segundo a médica otorrinolaringologista e especialista em saúde da família, Caroline Beal, a transmissão dessas doenças aumenta nesta época do ano devido à uma maior permanência em ambientes fechados, com pouca ventilação e ao ar estar mais seco, o que aumenta a concentração de poluentes na atmosfera. “Em ambientes fechados e com pouca ventilação, a circulação de microrganismos é maior, principalmente dos vírus respiratórios, pois ali eles encontram um ambiente favorável que possibilita que fiquem mais tempo no ar e caiam ainda ativos nas superfícies, contaminando assim muito mais pessoas”, conta a médica.

Caroline explica que as doenças mais comuns nesta época são o resfriado, a gripe, a sinusite, a rinite e a pneumonia. “Algumas pessoas confundem o resfriado com a gripe, mas a verdade é que são doenças diferentes. O resfriado tem menor gravidade e sintomas mais brandos, como espirros, nariz escorrendo e febre baixa; já a gripe tem um potencial maior e causa um quadro sistêmico com febre, mal estar, falta de apetite, dor no corpo, etc.”, conta especialista.

O frio também pode ser muito prejudicial para quem têm alguma doença crônica como rinite, asma e outras predisposições pulmonares, pois ele favorece o estreitamento brônquico, ocasionando uma piora na falta de ar e aumentando a possibilidade de infecções. “Recorrer a uma avaliação médica antes da chegada do frio intenso pode ser uma boa forma de prevenção, além disso as vacinas devem estar em dia. Também é muito importante estar atento a qualquer sintoma diferente e procurar um médico em caso de febre persistente”, conta a médica.


Formas comuns de contaminação no inverno e como se prevenir

Caroline reforça que, além dos ambientes fechados, outra forma de contaminação são as mãos, local que demanda uma atenção especial com a correta higienização. “No inverno é muito comum dar aquela preguiça de colocar as mãos na água fria, mas a higienização das mãos pode salvar vidas, pois evita a transmissão e a contaminação por vírus respiratórios e por doenças causadas por bactérias, fungos e outros vírus. A melhor forma é usando água e sabão e esfregando todas as partes das mãos como as palmas, dorso, espaço entre os dedos, unhas e os punhos”, conta a médica.

Além disso, Caroline orienta muita atenção à hidratação, à alimentação, à manutenção de atividades físicas regulares e ao uso de roupas adequadas nessa época do ano. “A prevenção é sempre a melhor solução. Um corpo hidratado e forte tem muito menos predisposição de contrair doenças, já um corpo frágil pode desenvolver uma imunidade mais baixa e facilitar o acesso dos vírus respiratórios ao organismo. Por isso é extremamente importante se manter hidratado, ingerindo muita água, sucos e chás e priorizar uma alimentação saudável com frutas, legumes, verduras e proteínas. Vale ressaltar que altos níveis de estresse também diminuem o sistema de defesa, portanto, manter as atividades físicas em dia, assim como ter períodos de descanso frequentes, são atitudes essenciais para evitar contrair doenças nesse período”, finaliza a médica.


Dicas para evitar doenças respiratórias durante o frio:

  • Mantenha os ambientes arejados e evite aglomerações
  • Lave as mãos com frequência
  • Esteja com as vacinas em dia
  • Mantenha o organismo hidratado e se alimente de forma saudável
  • Evite fumar ou se expor a ambientes com muita poeira ou fumaça
  • Deixe os ambientes aquecidos, mantendo a umidade adequada
  • Utilize roupas apropriadas e quentinhas 
  • Mantenha hábitos saudáveis como tempo de sono adequado e a prática de exercícios físico

 

Caso de leishmaniose humana gera alerta para toda população

Pesquisador científico afirma que as pessoas devem cumprir o dever de dar destinação correta ao lixo que produzem

 Dr. Euribel: não existe vacina para prevenir a leishmaniose visceral humana e uma das formas de prevenção é dar destino correto ao lixo 

 

Registro de caso por leishmaniose visceral humana gera preocupação em Presidente Prudente. A vítima, do sexo masculino, teve seu nome preservado. O local onde mora não foi divulgado; para não gerar alvoroço na vizinhança. Para o pesquisador científico Dr. Luiz Euribel Prestes Carneiro, médico infectologista, o caso registrado pelas autoridades sanitárias no dia 5 deste mês realça o alerta à população de mais de 231 mil habitantes para que faça a lição de casa quanto ao descarte correto do lixo. Pesquisas apontam a existência de 92 pontos com depósitos irregulares em diferentes áreas da cidade e, especialmente, na periferia. Condição que favorece o ciclo biológico da doença.

Conforme dados tabulados nas investigações científicas, de 1999 a 2021 foram registrados 2.952 casos de leishmaniose visceral humana no estado de São Paulo, dos quais 461, o que representa 16,97%, em 45 municípios do oeste paulista: área de abrangência do Departamento Regional de Saúde (DRS-11). No Grupo Vigilância Epidemiológica (GVE) de Prudente, que compreende 24 municípios, regionalmente apresentou entre 2017 e 2023, 30 casos com 1 óbito. O GVE de Presidente Venceslau, formado por 21 municípios, apresentou 120 casos com 8 óbitos.  Na cidade de Prudente o primeiro caso ocorreu em 2013 e até o começo de abril de 2023, eram 15 pessoas que contraíram a doença e 2 pessoas foram a óbito.


Aumento alarmante 

“Na cidade de Presidente Prudente, assim como nas cidades da região oeste do estado de São Paulo, a presença de fatores socioeconômicos, como baixa renda, baixa escolaridade, grande número de cães abandonados e munícipios sem centro de controle de zoonoses aliados a fatores ambientais como falta de saneamento, clima tropical, altamente chuvoso no verão e seco no inverno e o grande desmatamento sofrido pela região, podem favorecer o ciclo biológico da doença, aumentando a presença de parasitas (Leishmania infantum chagasi) do vetor, o mosquito palha (Lu. Longipalpis) e dos reservatórios (cães) favorecendo a manutenção do ciclo evolutivo da doença”, explica.

Indagado sobre o quanto tudo isso é preocupante, o Dr. Euribel comenta que as doenças transmitidas por vetores, especialmente por mosquitos: Aedes aegypti, da dengue e Chicungunya; e palha, transmissor da leishmaniose visceral e cutânea. Mosquitos que estão aumentando de maneira alarmante em Prudente e região, pelos fatores já citados. “Há uma tendência da população em culpar apenas os governantes por essa situação, mas sabemos que a população não faz a lição de casa. Presidente Prudente é um grande lixão a céu aberto”, pontua.


Descaso da população 

Outros dados relevantes são os de que em 2015 foram identificados 56 pontos de depósitos irregulares de resíduos sólidos em diferentes áreas da cidade, principalmente na periferia; e em 2020 e 2021 foram identificados 92 pontos, um aumento de 64,2% em relação a 2015; praticamente nas mesmas regiões onde foram encontrados anteriormente. “Isso mostra o descaso com que a população enfrenta essa questão. Locais que são criadouros de mosquitos da dengue e da leishmaniose, por atraírem animais de sangue quente como os roedores e cães que são fonte de alimento para fêmeas de mosquito”, alerta. 

O Dr. Euribel explica que não existe uma vacina para prevenir a leishmaniose visceral humana. Portanto, compreende que a tendência dos casos humanos é de aumento progressivo. “No entanto, há de se reconhecer o excelente trabalho da Vigilância Epidemiológica, Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), Superintendência de Controle de Endemias e Instituto Adolfo Lutz de Presidente Prudente. Graças a isso, temos um pequeno número de pessoas infectadas quando comparado a outras cidades da região oeste paulista, como são os casos de Dracena, Presidente Epitácio e Presidente Venceslau, do GVE de Venceslau”, diz o pesquisador vinculado à Unoeste, professor na Faculdade de Medicina e nos programas de pós-graduação em Ciências da Saúde e Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional.

 

Parkinson é a sexta patologia com mais prescrições de cannabis no Brasil

Pexels


A doença de Parkinson está entre as condições médicas mais atendidas pelo tratamento de cannabis medicinal no Brasil. Segundo um relatório que é disponibilizado anualmente pela Kaya Mind, a patologia é a sexta com mais prescrições, com 5,2% do total, atrás apenas de dores crônicas, ansiedade, Alzheimer, depressão e TEA (Transtorno do Espectro Autista).


A doença é um distúrbio marcado pela degeneração progressiva dos neurônios produtores do neurotransmissor dopamina, o que afeta importantes funções do corpo, como o movimento, a memória, a motivação e o humor, muitas vezes causando dor, tremores e até depressão. A condição é crônica e progressiva.

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), aproximadamente 1% da população mundial tem a doença. No Brasil, estima-se que 200 mil pessoas sofram com o problema.

Existem tratamentos para o Parkinson?

Ainda não há cura para a doença, mas existem tratamentos que podem controlar os sintomas, como cirurgia e até medicamentos que imitam ou aumentam a dopamina. É o caso do canabidiol (CBD), um dos compostos químicos encontrados na cannabis.

"O canabidiol é uma alternativa saudável e natural aos medicamentos tradicionais. É capaz de aumentar a transmissão de dopamina para o cérebro e melhorar a mobilidade, os tremores, a comunicação e o humor dos pacientes, diminuindo, assim, os sintomas debilitantes do Parkinson", explica Dra. Mariana Maciel, médica especialista em medicina canabinoide e CEO da biofarmacêutica Thronus Medical.

Atualmente, a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) permite a importação de produtos derivados de cannabis. Mas é importante lembrar: a compra e a utilização desses produtos só podem ser feitas sob prescrição médica. A dosagem e as demais orientações devem ser determinadas pelo médico prescritor, que deve manter um acompanhamento contínuo do uso.

 

Thronus Medical INC.

 

Outono: como se proteger das doenças respiratórias que são comuns na estação

Especialista explica o porquê a rinite e sinusite, por exemplo, são mais comuns nessa época e como prevenir as crises


O verão se despediu levando os dias ensolarados e as pancadas de chuvas fortes para dar boas-vindas ao outono. Uma estação de clima ameno e umidade relativa do ar mais baixa. E é aí onde mora o grande problema de quem sofre com doenças respiratórias: as famosas ‘ites’, como rinite e sinusite. Temperaturas mais baixas e ar seco são fatores que facilitam a irritação e a consequente inflamação das vias aéreas.

Somente a rinite alérgica, por exemplo, atinge cerca de 30% a 40% da população mundial de acordo com a Organização Mundial da Alergia. Para o Professor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e otorrinolaringologista da Clínica Dolci em São Paulo, Dr. Eduardo Dolci, quem sofre com doenças respiratórias precisa estar sempre em alerta quanto às mudanças climáticas.

“É claro que uma crise de rinite ou sinusite pode ocorrer em qualquer época do ano. Contudo, é importante levar em consideração que no outono e no inverno as temperaturas podem cair bruscamente ao longo do dia e o clima pode mudar de repente. Esses são fatores desencadeantes de irritação na mucosa nasal. Além disso, ela fica mais suscetível a receber micropartículas de agentes agressores por conta do ar seco, que propaga mais poeira, pólen, vírus, fungos e todo tipo de poluição”, explicou.

Com o ar seco, a mucosa fica desidratada, ou seja, mais sensível. E qualquer coisa que chegar ao nariz pode causar uma agressão, acionando o sistema imunológico e desencadeando uma inflamação. Tudo começa com uma coceira no nariz e nos olhos, espirros, desconforto na garganta e congestão nasal. Evoluindo para um quadro mais intenso em apenas quatro horas. Por isso, uma das principais indicações médicas é manter-se muito bem hidratado e realizar a lavagem nasal diariamente.

“Garantir que a mucosa nasal esteja hidratada deve fazer parte da rotina das pessoas durante o ano inteiro. Isso porque a hidratação impede a passagem de muitos agentes patológicos e evita quadros de inflamação. Além do mais, é fundamental evitar todo tipo de utensílios que possam acumular poeira como carpetes, cortinas e almofadas, ter cuidado em impedir a proliferação de ácaros e fungos usando capas impermeáveis para colchões, e manter o filtro do ar-condicionado sempre limpo”.

A rinite, que é a inflamação da região do nariz, abre uma porta para a proliferação de bactérias, podendo evoluir e chegar às cavidades paranasais ou como são mais conhecidas nos “seios da face”. Quando isso acontece, a pessoa tem um quadro de sinusite. A partir daí a região do rosto passa a acumular secreção do processo inflamatório, a drenagem dos líquidos fica prejudicada e os sintomas de dor começam a surgir.

Além da rinite e sinusite, o outono também pode desencadear mais casos de amigdalite (inflamação nas amígdalas), faringite (inflamação na faringe) e laringite (inflamação nas vias aéreas localizadas nas cordas vocais). Todas decorrentes de vírus e bactérias (em sua maioria) que são transmitidos com mais facilidade durante períodos de tempo seco ou em decorrência de processos alérgicos.

A principal recomendação para todos os quadros é procurar acompanhamento médico e assim preparar o organismo para a chegada das estações frias. Cada pessoa precisa de um tratamento específico que pode incluir medicamentos e imunoterápicos, além de um controle ambiental identificando e removendo tudo que possa engatilhar novas crises. 


Dr. Eduardo Landini Lutaif Dolci - sócio da Clínica Dolci Otorrinolaringologia e Cirurgia Estética Facial, em São Paulo; Professor Instrutor de Ensino do Departamento de Otorrinolaringologia da Santa Casa de São Paulo; Membro titular da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial; Membro eleito da Comissão de Residência e Treinamento da Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial; Membro titular da Academia Brasileira de Cirurgia Plástica da Face. www.facebook.com/clinicadolci


Câncer de testículo é o predominante em homens de 15 a 50 anos

A faixa etária de maior concentração de casos está entre 15 e 34 anos

 

Em uma cena na série espanhola “Machos Alfa”, da Netflix, quatro amigos em férias falam sobre o câncer de testículo que atingiu um colega e logo três deles fazem o autoexame para conferir se há algo diferente. Tirando o fato de estarem em local público na cena, eles estão certos. O autoexame ajuda a identificar suspeitas sobre este tipo de câncer, que, apesar de raro, atinge os homens em idade reprodutiva, entre 15 e 50 anos, e é o predominante nesta faixa etária, sendo que a fase de maior incidência no mundo é entre 15 e 34 anos, e não se deve ficar com vergonha de fazer.   

A fim de conscientizar a população masculina sobre a importância da prevenção, é realizada a campanha Abril Lilás, que tem como objetivo alertar sobre os sintomas da doença e incentivar a realização dos exames preventivos. “É fundamental que os homens façam o autoexame e visitem o urologista ao perceber qualquer alteração de tamanho, forma e também textura no testículo”, diz o presidente da Sociedade Brasileira de Patologia, Dr. Clóvis Klock.  

“É um tipo de câncer com baixa mortalidade. Quando há detecção precoce, o câncer de testículo é geralmente curado”, afirma o patologista, médico que dá o diagnóstico final sobre se há ou não câncer, caso haja doença, qual o estágio em que ela está e qual a classificação do tumor. 

Há outros cuidados preventivos e até bem mais cedo, “é importante que a descida dos testículos seja verificada na infância por um pediatra e corrigida, de preferência antes da criança completar dois anos, como forma de reduzir o risco para o futuro jovem e adulto”, explica o Dr. Klock. Outros fatores relacionados ao maior risco são o histórico familiar deste tumor, a infertilidade, e a exposição ocupacional a agrotóxicos. Além disso, é recomendado que trabalhadores expostos a agrotóxicos realizem exames de rotina para o diagnóstico precoce do câncer de testículo.

 

Atletas

Já foi notado que esportistas como o ciclista Lance Armstrong, o astro do basquete brasileiro Nenê Hilário, e uma série de jogadores de futebol, incluindo o craque Arjen Robben, da seleção holandesa vice-campeã da Copa do Mundo de 2010 na África do Sul e terceiro lugar na Copa de 2014 no Brasil, tiveram câncer testicular. Não se sabe o motivo para o aparente grande número de casos entre atletas profissionais. “O que está comprovado, sim, é que o exercício físico regular ajuda a evitar praticamente todos os tipos de câncer”, afirma o Dr. Klock.  

Mas o esporte profissional talvez ajude o atleta a encontrar o problema. Projetado pelo Palmeiras na primeira década do milênio, tendo chegado a ser convocado pela Seleção Brasileira em 2004 e 2005, Magrão contou em abril de 2015, que soube do seu câncer a partir de um exame antidoping em 2011 nos Emirados Árabes ter dado positivo. Ao procurar a razão para esse resultado, acabou constatando um tumor maligno nos testículos, contou o jogador. 

 

Sociedade Brasileira de Patologia (SBP)


Dia Mundial do Parkinson: inteligência artificial pode ser usada para diagnosticar a doença

 Freepik
Novas tecnologias podem vir a ser usadas no diagnóstico precoce e auxílio em pesquisas de novos tratamentos. Especialistas detalham o impacto da doença na vida dos pacientes e os tratamentos disponíveis hoje em dia


A enfermidade conhecida popularmente como Doença de Parkinson ocorre por causa da degeneração das células situadas em uma região do cérebro chamada substância negra. Essas células produzem a substância dopamina, que conduz as correntes nervosas (neurotransmissores) ao corpo. A falta ou diminuição da dopamina afeta os movimentos, provocando tremores, lentidão de movimentos, rigidez muscular, desequilíbrio, além de alterações na fala e na escrita.
 

Uma pesquisa publicada em outubro de 2022, na revista Gait & Posture, mostrou que algoritmos de aprendizado de máquina podem auxiliar na identificação dos casos de Parkinson por meio da análise de parâmetros espaço-temporais do andar da pessoa. Cientistas do Laboratório de Pesquisa do Movimento Humano (Movi-Lab), sediado no campus de Bauru da Unesp (Universidade Estadual Paulista), usaram inteligência artificial para ajudar no diagnóstico e na identificação do estágio da doença. 

Para Lucas Cruz, neurologista do Hospital Anchieta (Taguatinga- DF), do grupo Kora Saúde, tais tecnologias podem ser usadas futuramente para diagnóstico precoce e auxílio em pesquisas de novos tratamentos. “A doença de Parkinson afeta milhões de brasileiros e gera muitas dificuldades para os pacientes. O sinal principal é chamado de bradicinesia, que significa lentidão para realização de movimentos. Outras características que acompanham a doença são o tremor em repouso, a rigidez e a instabilidade postural”, detalha o neurologista.


Tratamento
 

O médico explica que, mesmo ainda não tendo cura e por ser uma doença que provoca a falta do neurotransmissor da dopamina, o uso de medicação é a forma mais utilizada para o controle dos sintomas. Segundo ele, o uso de medicação pode controlar os sintomas por vários anos. 

“O tratamento envolve medicamentos que aumentam a quantidade da substância nas transmissões entre os neurônios. Em casos específicos, também há a cirurgia com implante de eletrodo profundo que estimula determinadas regiões do cérebro”, detalha o neurologista. 

Já o fisioterapeuta Hidemi Kishimoto, da Fisio Anchieta, explica que a fisioterapia também tem um papel fundamental no tratamento dos pacientes, pois busca diminuir a disfunção física e permitir ao indivíduo realizar atividades do dia a dia com a maior eficiência e independência possível.

“De forma geral, a fisioterapia irá atuar fortemente nos movimentos e na mobilidade do paciente, com objetivo de recuperar ou manter sua capacidade física e funcional. Atuamos também para prevenir quedas e complicações que podem ser geradas pelo imobilismo, já que esses pacientes têm uma tendência ao isolamento social e inatividade”, pontua o fisioterapeuta.

 

Hospital Anchieta
Kora Saúde

Tosse seca: quando se preocupar?

Divulgação
A Dra. Ingrid Danielle Cardoso Carvalho, pneumologista do Hospital Albert Sabin, fala tudo sobre o tema

 

A tosse é um reflexo do nosso corpo, que tem como principal função proteger nosso pulmão de material estranho, organismos infecciosos e remoção de secreções excessivas das vias aéreas. Normalmente é um dos principais sintomas que leva os pacientes a procurarem atendimento médico.

É possível classificar os tipos de tosse. “Nós, pneumologistas, optamos por classificar o tipo de tosse de acordo com a duração, de modo que uma tosse que dure até três semanas é aguda e uma que persista por mais de oito semanas é chamada crônica. Entre essas duas classificações, tem a que dure de três a oito semanas, a subaguda”, afirma a Dra. Ingrid, pneumologista do Hospital Albert Sabin (HAS).

A tosse seca é caracterizada pela falta ou diminuição da produção de muco ou secreção, causando a sensação de garganta seca, rouquidão e pigarro. Uma das causas frequentes desses sintomas e a presença desse tipo de tosse é o refluxo gastresofágico (DREG), onde pela proximidade do esôfago com a laringe, faringe e fossas nasais, acaba causando inflamação em todas essas regiões. 

Alguns dos motivos para a causa de tosse são doenças como rinite, sinusite, síndrome da tosse das vias aéreas superiores, asma, DREG, aspiração de corpo estranho como alimentos e líquidos.

O tabagismo é diretamente ligado com o sintoma de tosse, já que a fumaça do cigarro é um estímulo irritante e, como reflexo do corpo, a tosse se torna dominante. A tosse crônica pode ser um sintoma indicativo de alguma doença relacionada ao tabagismo como a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) e, nos casos mais graves, até mesmo neoplasia.

“A tosse é um sintoma comum e que pode estar relacionada a diversas situações, desde causas simples até uma doença subjacente crônica de alta mortalidade. Por isso, se a tosse durar mais de 3 semanas e estiver associada á sintomas como falta de ar, sangue no escarro (hemoptise), febre, dor ao respirar profundamente e perda de peso é recomendado procurar um médico, de preferência um especialista da área”, adverte a Dra. Ingrid.

O diagnóstico é feito em consulta médica a partir da percepção pelo especialista dos seguintes parâmetros: 

  • Duração da tosse;
  • Causas associadas, como asma ou tabagismo;
  • Exposição ambiental do paciente (saber se os lugares frequentados pelo paciente possuem mofo, animais, poeira, fumaça e cigarro);
  • Condições inerentes como outras comorbidades;
  • Alterações na rotina quando a tosse começou.

É válido considerar a necessidade de exames adicionais como raio X de tórax, tomografia computadorizada, baciloscopia do escarro, bioquímica do sangue, entre outros.

O tratamento deve ser feito de acordo com a causa, ou seja, não existe uma medicação específica. Por exemplo, se a tosse for por causas nasais deve-se usar medicamentos para hidratação como soro fisiológico, lavagem nasal e até corticoides. “Contudo, é importante salientar que a avaliação médica é de extrema importância, já que o uso indiscriminado de paliativos e xaropes pode retardar o diagnóstico e o tratamento da doença”, conclui a pneumologista do HAS.

 

HAS Clínica 

Rua Barão de Jundiaí, 485 – Lapa - São Paulo – SP 

Central de atendimento:  (11) 3838 4669 

http://www.consultaaqui.com.br/  

https://www.instagram.com/has_clinica/   

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Rinite, asma e influenza – como preveni-las durante o outono/inverno?

Durante o outono e inverno existe uma maior propagação de partículas virais e bactérias, isso porque há maior agrupamento de pessoas em ambientes fechados. 

A redução da umidade do ar, que geralmente fica abaixo dos 30% nessa época do ano, aliada a condições de menor dispersão atmosférica de gases e de materiais particulados, irritam as vias aéreas, predispondo a quadros infecciosos. No Brasil, o padrão de sazonalidade varia entre as regiões, sendo mais marcado naquelas com estações climáticas mais bem definidas, como no Sul, Sudeste e Centro Oeste. 

A Dra. Maria Cândida Rizzo, membro do Departamento Científico de Rinite da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), explica abaixo quais as doenças mais recorrentes nessa época do ano, os tratamentos disponíveis e como prevenir as alergias de inverno.

 

Quais doenças são mais recorrentes nesses períodos? 

A gripe é o exemplo típico da maior transmissibilidade nos meses de inverno, e por isso as campanhas de vacinação se iniciam nos meses de outono. Além do vírus influenza, todos os outros vírus de transmissão respiratórias incluem-se neste contexto, como os rinovírus, adenovírus, coronavírus, bocavírus, metapneumovirus e outros.

 

Qual a faixa etária mais suscetível a essas doenças? 

São os as crianças e os idosos. Na criança há uma imaturidade imunológica proporcional à faixa etária e no idoso as respostas tendem a ser mais lentas e, muitas vezes, insuficientes. Isso tem se aplicado à maioria dos agentes infecciosos virais e bacterianos com exceção do novo coronavírus, onde se observou um menor número de agravos em crianças saudáveis. A explicação advém do fato de que a criança apresenta uma boa resposta imunológica inata (que já está pronta desde o nascimento), importante na defesa ao coronavírus.  Quanto aos imunodeficientes (primários ou secundários a tratamentos), trata-se de um grupo extremamente vulnerável a complicações clínicas quando infectados, por falta de defesas imunológicas.

 

E doenças respiratórias alérgicas, quais podemos ressaltar? 

Ressalto a rinite e asma. A rinite alérgica é mais comum após os 2 anos de idade e atinge cerca de 26% das crianças brasileiras. Em adolescentes, esse percentual vai a 30%, de acordo com dados do ISAAC (Estudo Internacional de Asma e Alergias na Infância), aplicados em vários estados brasileiros. 

Os sintomas da Rinite são caracterizados por coceira frequente no nariz e/ou nos olhos, espirros seguidos, principalmente pela manhã e à noite, coriza (nariz escorrendo) frequente e obstrução nasal, mesmo na ausência de resfriados. 

Ressalto também a asma, que acomete cerca de 10% da população brasileira e é a causa de morte de aproximadamente duas mil pessoas por ano. É uma doença inflamatória crônica das vias respiratórias que pode ser causada ou intensificada por diversos fatores como ácaros da poeira, mofo, polens, infecção respiratória por vírus, excesso de peso, rinite, refluxo gastroesofágico, medicamentos e predisposição genética. Da criança até o adulto jovem, as alergias são fatores importantes como causadores de crises de asma.

 

É possível prevenir essas doenças respiratórias de Inverno? 

A forma mais eficaz de prevenção é estar com a carteira vacinal atualizada. Também podemos prevenir das infecções tentando evitar ambientes mal ventilados e com muitas pessoas. 

Outra recomendação importante é o controle de doenças crônicas, respiratórias ou não. Como exemplo a asma e a rinite, que tendem a apresentar maior agravo nas épocas frias do ano e se não estiverem sob controle, os vírus e bactérias certamente causarão um maior processo inflamatório, levando, muitas vezes, a quadros respiratórios graves. 

Outras doenças crônicas como a hipertensão arterial e o diabetes também devem estar controladas para evitar o agravamento dos processos infecciosos respiratórios. Durante a epidemia no novo Coronavírus, este fato foi evidenciado e muitas mortes ocorreram nestes pacientes com comorbidades, em especial os não controlados. 

 

ASBAI - Associação Brasileira de Alergia e Imunologia
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Especialista faz alerta sobre as doenças típicas do outono e inverno

Com a chegada do outono e a proximidade do inverno, as pessoas ficam mais suscetíveis à irritação das mucosas e a doenças respiratórias em razão dos dias serem mais secos e com maior concentração de poluentes. Por isso, o médico pneumologista Valter Eduardo Kusnir, do hospital Santa Casa de Mauá, alerta sobre a importância de reforçar os cuidados com a saúde e a higiene. 

Segundo o especialista, as temperaturas baixas favorecem a proliferação de diversos vírus, como por exemplo, o da Influenza, que causa gripe, e o Adenovírus, os resfriados. Nessa época do ano também são comuns as Pneumonias Adquiridas na Comunidade (PACs) e a Covid-19, além de desencadear as doenças crônicas como asma, bronquite, rinite, sinusite e a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). 

O aumento dessas patologias acontece também porque as pessoas tendem a permanecer por mais tempo em locais fechados e com pouca ventilação. “É importante que os pacientes com doenças crônicas façam o uso da medicação e check-ups regularmente e mantenham a carteira de vacinação em dia. Os portadores de doenças respiratórias crônicas precisam ficar ainda mais atentos, já que uma simples gripe ou resfriado pode complicar a saúde”, orienta Kusnir. 

Para aumentar a proteção é importante uma boa alimentação, beber cerca de dois litros de água por dia e praticar atividades físicas, além de cuidar da higiene pessoal. As mãos são o principal local de contaminação e o ideal é sempre lavá-las com água e sabão e, quando não for possível, higienizá-las com álcool em gel; evitar as aglomerações e os locais fechados; evitar fumar; proteger a boca ao tossir; usar máscara, especialmente em caso de gripes e resfriados, ou em locais com pessoas nessas condições; lavar blusas, mantas e cobertores guardados por muito tempo antes de usá-los e fazer lavagem nasal com soro fisiológico três vezes ao dia. 

 

Hospital Santa Casa de Mauá
Avenida Dom José Gaspar, 1374 - Vila Assis - Mauá - fone (11) 2198-8300.
https://santacasamaua.org.br/


Dia Mundial do Parkinson busca conscientizar a população sobre a doença e reduzir estigmas

O caminhoneiro Fábio Viana é um exemplo de que o Parkinson não atinge apenas idosos. Aos 38 anos, ele recebeu o diagnóstico da doença. “Foi muito difícil. Tive que parar de trabalhar e entrei em depressão”, conta. Hoje, aos 42, ele já conhece melhor a enfermidade e segue todas as orientações da equipe do Hospital Universitário de Brasília (HUB-UnB/Ebserh), onde realiza o tratamento. “A depressão melhorou e alguns sintomas diminuíram. Agradeço por ter descoberto a doença cedo. Vou investir também na fisioterapia e atividade física para conseguir aproveitar muitos momentos com a minha família”, acrescenta Fábio, que é casado e tem quatro filhos.

O Parkinson é uma doença degenerativa, crônica e progressiva do sistema nervoso central. Ela é causada pela redução da dopamina, substância que ajuda na realização de movimentos voluntários do corpo. Com a baixa desse neurotransmissor, o controle motor do paciente fica prejudicado. Os principais sintomas são tremores, lentidão motora, rigidez nas articulações e desequilíbrio. O Parkinson não tem cura e o tratamento inclui um acompanhamento multiprofissional, com medicamentos, fisioterapia, fonoaudiologia, suportes psicológico e nutricional e atividade física. Em alguns casos, também pode ser indicado cirurgia.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Parkinson é a segunda doença neurodegenerativa mais frequente no mundo, atrás apenas do Alzheimer. Além dos sintomas motores, pode provocar alterações intestinais, do sono, do humor e urgência urinária. Cerca de 4 milhões de pessoas no mundo vivem com a doença, sendo aproximadamente 200 mil no Brasil. O Dia Mundial do Parkinson é, portanto, uma oportunidade para promover a sensibilização e a compreensão sobre a doença, ajudar na redução do estigma associado e na criação de uma comunidade de apoio e solidariedade.



Atendimentos na Rede Ebserh

O Ambulatório de Distúrbios do Movimento do HUB atende cerca de 50 pacientes e é referência para pessoas com Parkinson no Distrito Federal. A neurologista responsável pelo serviço, Ingrid Faber, lembra que é importante ficar atento aos sintomas emocionais da doença. “O Parkinson provoca neurodegenerações no cérebro que podem favorecer sintomas depressivos. Além disso, receber o diagnóstico costuma abalar o paciente. Por isso, é muito importante ter uma rede de apoio, com convívio com familiares e amigos, e um tratamento psicológico”, explica Ingrid.

A família tem um papel fundamental, podendo ajudar a monitorar a progressão dos sintomas e auxiliando na administração de medicamentos e terapias prescritos. Além de tudo, é necessário ter a consciência de que a doença também pode afetar a dinâmica familiar e as relações pessoais, demandando adaptações para melhoria da autoestima e da autoconfiança. Os familiares também podem se beneficiar de terapia de aconselhamento para aprender a lidar com a doença e seus efeitos no cotidiano.

O neurologista Pedro Brandão atua como voluntário no ambulatório do HUB e é secretário do Departamento de Transtornos do Movimento da Academia Brasileira de Neurologia. “Ter a doença de Parkinson não é uma sentença, muitos pacientes têm uma expectativa de vida igual à da população geral. Hoje temos muitos recursos de tratamento e, se o paciente for bem acompanhado, pode ter qualidade de vida. É importante identificar os sintomas para acelerar o diagnóstico”, afirma Pedro.

O Hospital Universitário Antônio Pedro (Huap-UFF/Ebserh) atende cerca de 250 pacientes com Parkinson em Niterói e municípios vizinhos, acompanhados por uma equipe de assistência, ensino e pesquisa, formada por neurologistas, neurocirurgiões, psicólogos, fisioterapeutas e educadores físicos. Também são realizadas atividades de extensão e reuniões educativas com pacientes, familiares e cuidadores. Segundo o coordenador do Setor de Distúrbios do Movimento do Huap-UFF, Marco Antonio Araujo, conhecer a doença é fundamental para garantir a adesão ao tratamento. “A doença é muito dinâmica e, embora não tenha cura, com a informação e o tratamento o paciente consegue se locomover melhor, entende que é capaz de viver com o Parkinson e sofre menos”, explica.

No Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (HC-UFMG/Ebserh/MEC), o Ambulatório de Distúrbios de Movimento, criado na década de 1990, já atendeu mais de dois mil pacientes. A equipe é composta por seis neurologistas e 20 residentes. A neurologista Sarah Teixeira Camargos reforça que os sintomas não são necessariamente os mesmos para todos os pacientes. “É uma doença muito individual. Há uma linha evolutiva e grande parte dos pacientes segue essa linha, mas nem todos são iguais”, assegura.

O Centro de Referência em Parkinson e Transtornos do Movimento (CerMov) do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG/Ebserh) foi criado em 1996 e é um dos mais antigos do país. Atualmente, atende cerca de mil pacientes, que são acompanhados por médicos, fisioterapeutas e fonoaudiólogos. Um deles é a dona de casa Rosa Lima, de 55 anos, diagnosticada com Parkinson há 15 anos. Além do tratamento convencional, ela passou por duas cirurgias de estimulação cerebral em 2018. “Depois da cirurgia, os tremores nas mãos melhoraram 80%. A medicação também está me ajudando muito”, conta Rosa.

Logo, não há um tratamento considerado o melhor para a doença de Parkinson, pois o procedimento deve ser individualizado e adaptado às necessidades e características de cada paciente. A escolha considera fatores como estágio da doença, sintomatologia, ocorrência de efeitos colaterais, idade do paciente, medicamentos em uso e seu custo. Os medicamentos para Parkinson são disponibilizados gratuitamente pelo SUS através do Programa de Medicamentos Excepcionais.

Com um bom grau de autoconhecimento e de percepção das suas fragilidades cognitivas, emocionais e motivacionais, quem é acometido pelo Parkinson e tem o acompanhamento adequado, poderá desfrutar da vida com qualidade.



Pesquisa

O Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM/Ebserh) participa do projeto de extensão “Movimenta Parkinson”, vinculado ao Departamento de Fisioterapia da UFTM, que estimula a prática de atividades físicas em pacientes com a doença. A pesquisa vai ser realizada ao longo dos próximos dois anos. A reportagem completa pode ser acessada neste link.

Também em Minas Gerais, o Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora (HU-UFJF) participa de um projeto para a tradução, em português, e validação da escala de sintomas não motores da doença de Parkinson. O estudo é uma parceria entre 20 centros de pesquisa do Brasil e de Portugal e o HU-UFJF é o centro coordenador. Essa escala já é utilizada em outros países e foi criada pela Sociedade Internacional de Doença de Parkinson e Distúrbio de Movimento, sediada nos Estados Unidos. Cada um dos centros de pesquisa será responsável por incluir 20 pacientes, totalizando 200 no Brasil e 200 em Portugal. “Nosso centro já está bem avançado, foi o primeiro com aprovação do Comitê de Ética de Pesquisa. A tradução foi feita por médicos independentes com fluência em português e inglês, com o cuidado de encontrar palavras semelhantes ao português de Portugal”, explica o neurologista coordenador da pesquisa no HU-UFJF, Thiago Cardoso Vale.


Infectados pelo coronavírus têm 40% mais chances de desenvolver doenças reumáticas e autoimunes

Mesmo com a diminuição dos casos graves de covid-19 em todo o mundo, surge um novo alerta: pessoas que foram infectadas com o coronavírus, especialmente pela variante ômicron, têm 40% mais chances de desenvolver doenças autoimunes e/ou doenças reumáticas, que acometem o aparelho locomotor. O levantamento foi realizado por médicos do University Hospital Carl Gustav Carus Dresden, na Alemanha, e revelou que as doenças podem ser desencadeadas logo após a fase aguda da infecção viral, que ocorre entre a terceira e quarta semana da contração do vírus.

De acordo com o doutor em Medicina Interna e professor do curso de Medicina da Universidade Positivo (UP), Renato Nisihara, uma infecção viral é um fator importante para o desenvolvimento de algumas doenças autoimunes, mas não é o único, tampouco o principal. “Por conta da resposta do sistema imunológico à covid-19, é provável que ela aumente a possibilidade de desencadear uma doença autoimune, mas desde que o paciente já tenha uma predisposição, pois existem vários fatores que contribuem para o desenvolvimento desse tipo de doença, como fatores genéticos, imunológicos e ambientais”, detalha. O professor ressalta ainda que os resultados da pesquisa alemã possivelmente devem-se ao fenômeno chamado de tempestade de citocinas, que ocorre nos pacientes que contraíram o coronavírus. “A tempestade de citocinas é uma resposta imunológica excessiva do corpo que, em alguns casos, pode causar danos respiratórios e circulatórios”, explica.

A pesquisa mostrou que, das 30 doenças investigadas, três se destacaram em maior número: artrite reumatoide, tireoidite de Hashimoto e síndrome de Sjögren, com os diagnósticos aparecendo de 3 a 15 meses após o resultado positivo para covid. Entretanto, assim como as outras doenças autoimunes, essas também não são desencadeadas apenas por uma infecção viral, mas, sim, por uma série de fatores aliados. “Entre 5% e 10% da população mundial tem ou terá alguma doença autoimune, então, não é somente por conta do coronavírus. Essas doenças citadas são comuns em pessoas acima dos 40 anos, principalmente mulheres. A artrite reumatoide, por exemplo, atinge cerca de 1% das pessoas com mais de 50 anos. Ao analisar essas questões, pode-se dizer que, além das predisposições e das infecções virais, o envelhecimento populacional e mudanças nos hábitos de vida, como tabagismo, má alimentação e fatores estressores, podem contribuir para o aumento dos casos”, alerta Nisihara, que aponta também que os estudos da área imunológica levam tempo para serem concluídos, pois são muito aprofundados e contam com inúmeros aspectos interferentes. “Ainda é cedo para afirmar o papel da covid nas doenças autoimunes, mas é altamente provável, pois já se sabe há tempos que a infecção viral é um dos fatores envolvidos nessas patologias”, finaliza. 



Universidade Positivo
up.edu.br/


Cuidados nutricionais do paciente pós-bariátrico

A necessidade de suplementação proteica, além de vitaminas e minerais são indispensáveis nesses casos

 

O Nutricionista possui papel importante antes e após a realização da cirurgia bariátrica. Antes da cirurgia o nutricionista é essencial para já iniciar um processo de educação nutricional, sensibilização, conscientização e auxílio do paciente para a necessidade de mudanças no comportamento alimentar. Esses pontos serão parte de seus novos hábitos e contribuirão para o controle das comorbidades associadas à obesidade, assim como para o início da perda ou controle de peso antes do procedimento, diminuindo o risco cirúrgico.

Segundo Alexandra Corrêa de Freitas, nutricionista e professora do curso de Nutrição da Faculdade Santa Marcelina, nesta etapa, o profissional deve atentar-se à presença ou risco de desenvolvimento de transtornos alimentares, orientar sobre as reais expectativas com a perda de peso e iniciar um preparo do indivíduo sobre as fases da alimentação após a cirurgia. “No momento pós-cirúrgico, o nutricionista auxiliará na orientação da consistência e volume de dieta, bem como da evolução gradual da alimentação. A educação nutricional continua sendo desenvolvida junto ao paciente, buscando incentivar o consumo de alimentos de boa qualidade nutricional e orientando aqueles que devem ser evitados ou por seu baixo valor nutricional ou por ainda não serem permitidos, apesar do desejo de consumi-los”, explica.

A seguir, a nutricionista orienta os pacientes bariátricos nesta nova fase da vida.


Quais são as orientações nutricionais no pós-operatório imediato da bariátrica?

As principais orientações estão focadas no volume a ser ingerido, fracionamento das refeições, consistência do alimento e quais alimentos devem ser excluídos. Esses cuidados no pós-operatório são muito importantes para que aconteça a adaptação alimentar e adequada cicatrização do estômago e do intestino associada à prevenção de efeitos colaterais e de complicações pós-cirúrgicas, como: náusea, vômitos, dumping e deiscência de sutura. Outro ponto importante no pós-cirúrgico diz respeito à avaliação e prescrição de suplementação proteica, quando necessário, além de vitaminas e minerais.


Qual a dieta que o paciente deve fazer após a cirurgia bariátrica?

Atualmente, preconiza-se a introdução da dieta de forma precoce, isto é, dentro das primeiras 24 horas após o procedimento cirúrgico. Essa liberação é feita pelo médico. Inicia-se então alimentação com consistência líquida, coloração clara e baixo teor de açúcar e gordura, com oferta de 50 ml a cada 30 minutos. A progressão da consistência e características da dieta pode variar de acordo com a tolerância individual e as características da técnica cirúrgica, devendo ser avaliada pela equipe multiprofissional responsável pelos cuidados do paciente.

Durante todo o processo evolutivo da dieta, deve haver atenção e preocupação com os alimentos que precisam estar presentes, aqueles que não são permitidos e a atenção ao volume total, fracionamento e consistência. Logo nos primeiros dias de dieta líquida, já deve haver a prescrição de suplementos nutricionais em pó, buscando evitar as deficiências nutricionais.


Quais alimentos devem ser evitados pela pessoa que fez cirurgia bariátrica?

Os indivíduos submetidos à tratamento cirúrgico da obesidade deve ter especial atenção e evitar o consumo de açúcar, assim como doces em geral, bebidas açucaradas (sucos artificiais e refrigerantes) e outros alimentos que contenham açúcar, pois podem favorecer o acontecimento da chamada Síndrome de Dumping (sintomas causados pela passagem rápida de alimentos com grandes concentrações de gordura e/ou açúcares do estômago para o intestino).

Cerca de 40% das pessoas que realizam cirurgia bariátrica relataram ter Síndrome de Dumping, que pode acontecer 1 hora após a refeição, com sintomas como dor abdominal, borborigmos (barulho estomacal), diarreia, náusea, fadiga, palpitações, taquicardia e hipotensão ou, pode ocorrer mais tardiamente, até 3 horas após a refeição, com sintomas como fadiga, fraqueza, confusão, fome, síncope, sudorese, palpitações, tremores e irritabilidade.

Além dos alimentos ricos em açúcares, bebidas alcoólicas e que contenham cafeína também devem ser evitados, especialmente no período de dieta líquida, mas recomenda-se não incluir estes alimentos rotineiramente na alimentação, mesmo em fases posteriores.

Um outro cuidado importante diz respeito à ingestão de líquidos. Recomenda-se evitar os sucos artificiais e refrigerantes pelo alto teor de açúcar e baixo valor nutricional, porém, mesmo água e sucos naturais devem ser ingeridos com cautela, recomendando-se o consumo 30 minutos antes ou após as refeições, mas nunca junto com os alimentos.


Após a cirurgia o paciente deve fazer suplementação nutricional? Por quê?

Sim, a suplementação pós cirurgia bariátrica é obrigatória e necessária. Isso se dá pois em decorrência do procedimento cirúrgico acontece restrição do volume gástrico, levando a uma diminuição do tamanho das porções consumidas e/ou pela redução na ingestão de alguns alimentos por menor tolerância e ocorrência de sintomas gastrointestinais. Além disso, acontece a má absorção secundária decorrente da diminuição da área de absorção no intestino delgado, local onde os nutrientes são absorvidos.

As deficiências nutricionais mais observadas no pós-operatório são: proteína, ferro, zinco, cálcio, vitamina D e vitaminas do complexo B. Sendo assim, a suplementação é uma indicação permanente e a avaliação periódica desses nutrientes e outros, quando se mostrar necessário, deve ser parte do acompanhamento nutricional de pessoas que realizaram cirurgia bariátrica.

 

Faculdade Santa Marcelina


Engenheiros e advogados podem trabalhar em Portugal com diploma do Brasil

Divulgação
Outras áreas como construção civil, usinagem e manufatura também estão em alta no país europeu

 

Portugal é atualmente um dos países mais procurados pelos brasileiros para imigrar. Algumas áreas estão em alta no país com ótimas oportunidades de trabalho, como é o caso da construção civil, usinagem e manufatura, além disso os engenheiros e advogados formados no Brasil podem exercer plenamente suas atividades em Portugal com o diploma brasileiro. “Os diplomas dessas áreas são totalmente válidos em Portugal. Um engenheiro e um advogado podem exercer normalmente suas funções no país”, afirma Daniel Braun, fundador e presidente da Cebrusa Europe, uma das maiores empresas de intercâmbio do Brasil com soluções para Portugal e outros países da Europa.

Segundo Braun, Portugal é uma porta de entrada para o mundo inteiro e quem consegue morar legalmente por lá tem acesso a 27 países da União Europeia. “Existem vários países ao redor do mundo que têm acordo com Portugal e que facilitam para quem tem a cidadania portuguesa a imigrar também. O processo de imigração para os brasileiros em Portugal é muito simples, fácil e mais barato. As vantagens que um brasileiro tem só por ser brasileiro são enormes e isso se dá porque agora o país facilitou ainda mais o visto de trabalho para o brasileiro, o processo pode levar apenas algumas semanas e a pessoa já pode imigrar.”

De acordo com o especialista em imigração, muitos brasileiros acham que não precisa de visto em Portugal e acabam enfrentando problemas por lá. “Isso é um grande equívoco. Para quem quer de fato imigrar, trabalhar e ter direitos, precisa sim de um visto correto para isso. É a maior roubada pensar em fazer a vida em Portugal indo como turista, muitos brasileiros que fazem dessa maneira acabam se decepcionando e voltando para o Brasil. Existem muitos brasileiros que vão pra lá com a mochila nas costas como turista sem estar com o visto de trabalho e acabam não conseguindo boas oportunidades. O melhor caminho é trabalhar no país de maneira legalizada e com o visto correto para isso”, destaca.


Mais opções de visto em Portugal

Esse é um grande momento para a imigração em Portugal, pois o país se abriu mais para o mundo, inclusive oferecendo novas opções de visto. “Uma pessoa que tem renda própria no Brasil, com investimentos, pode pedir um tipo específico de visto, já uma pessoa que quer trabalhar em Portugal pode sair do Brasil já contratada para trabalhar por lá e aplicar o visto de trabalho. Inclusive um engenheiro e advogado podem participar de processos seletivos no Brasil e irem para Portugal já com o visto de trabalho e exercerem todas as funções no país de maneira legalizada. Um outro visto que está sendo bem procurado é o de nômade digital, pensado para profissionais que trabalham com marketing digital e que querem uma experiência no exterior. Portugal é uma ótima alternativa para quem deseja mudar de país e conseguir boas oportunidades”, finaliza Daniel Braun.

Para mais informações, acesse https://www.instagram.com/danielmbraun/.


Cebrusa


Cuidados para não transformar a viagem dos sonhos em pesadelo

Eu fiquei estarrecida com a história das brasileiras que estão presas na Alemanha, após terem as suas malas trocadas por outras com drogas. Afinal, viajar é tão maravilhoso e ver o sonho se transformar em um pesadelo é algo muito frustrante, especialmente para pessoas que, assim como eu, trabalham com o turismo.


Como idealizadora e fundadora de uma agência que incentiva, apoia e realiza viagens em grupos com mulheres solteiras, seria impossível não se comover com esse tema e por isso, cabe a mim que atuo nesse segmento ajudar e alertar.

Preparei algumas dicas sobre segurança de malas despachadas em aeroportos, com o objetivo de prevenir que uma situação bizarra como essa aconteça com vocês:

1. A primeira dica é filmar a sua mala tanto por dentro, quanto por fora e também no momento em que ela estiver sendo despachada. Registre todos os ângulos. Essa dica ajuda você a enfrentar um problema grave como o das brasileiras, mas também para que consiga um reembolso compatível com o que tinha dentro dela, caso a sua mala seja extraviada.

2. A segunda dica é “Use cadeado”. Mesmo se a sua mala for aberta pela Polícia Federal, caso eles julguem que há algo suspeito no momento do raio x, a sua mala virá com um aviso de que foi aberta.

3. Use uma Airtag na sua mala para que você possa rastreá-la. O inconveniente neste caso é que o dispositivo é apenas compatível com os celulares Apple e não é gratuito.

4. Viaje apenas com a mala de mão. Eu sei que esse é um tremendo desafio, principalmente para nós mulheres, mas se o período da viagem for curto e o destino for de verão, talvez seja um caminho interessante. Você viajará mais leve e com mais segurança.

5. Customize os seus itens ou invista em uma mala chamativa e “diferentona” mesmo, porque dessa forma será mais difícil alguém encontrar uma bagagem similar, como foi o que aconteceu com as brasileiras.

Planeje a sua viagem e aproveite cada segundo!

 

Renata Guedes Batista

Single Trips
https://www.singletrips.com.br/
@singletrips


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