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quarta-feira, 6 de julho de 2022

Estudo da Unifesp revela que prática de atividade física uma ou duas vezes na semana também confere redução na mortalidade

Levantamento mostra que os chamados “guerreiros de final de semana” apresentam taxas de mortalidade reduzidas e semelhantes aos regularmente ativos na comparação com os sedentários

 

Será que os “guerreiros de fim de semana”, pessoas que usam apenas o sábado e o domingo para praticar alguma atividade física, obtêm algum benefício à saúde tanto como aqueles(as) que realizam exercícios e movimentam o corpo diariamente? Um estudo coordenado pelo Departamento de Medicina Preventiva da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp) mostrou que sim. A pesquisa foi realizada em parceria com a Universidade de Harvard (EUA), o Imperial College of London (Inglaterra), a Universidade de Santiago do Chile (Chile), a Universidade de Jiangnan (China) e a Universidade Internacional Valenciana (Espanha), e os achados foram publicados nesta quarta, 6, na renomada revista científica JAMA Internal Medicine. 

“Os benefícios da atividade física para prevenção de doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e alguns tipos de câncer são amplamente conhecidos e disseminados. As recomendações de atividade física sugerem que adultos devem acumular pelo menos 150-300 minutos de atividade física de intensidade moderada, ou 75-150 minutos de atividade física de intensidade vigorosa, ou ainda uma combinação equivalente das intensidades das atividades. Contudo, os benefícios dos exercícios realizados em uma ou duas sessões por semana em comparação às realizadas de forma regular, em três ou mais sessões semanais, permanecem pouco conhecidos, o que nos motivou a estudar”, diz Leandro Rezende, professor da Unifesp e um dos responsáveis pelo estudo. 

Nesse sentido, os pesquisadores utilizaram dados do estudo The National Health Interview Survey, um estudo de coorte com mais de 400 mil adultos para investigar se a realização de atividades físicas realizadas pelos guerreiros de final de semana em comparação aos regularmente ativos e sedentários possuem diferenças importantes em relação à mortalidade por todas as causas, por câncer e doenças cardiovasculares. 

“Pudemos observar, então, que os guerreiros de fim de semana apresentam taxa de mortalidade por todas as causas, câncer e doenças cardiovasculares menores quando comparados aos adultos fisicamente inativos, isto é, aqueles que não atingiam as recomendações de atividade física”, descreve Rezende. 

O professor e pesquisador da Unifesp destaca ainda que “ao realizar a comparação entre esse público e os regularmente ativos, o resultado foi semelhante, ou seja, a frequência com que os participantes realizavam suas atividades físicas não produziram diferenças importantes nas taxas de mortalidade estudadas, o que nos indica a conclusão de que as pessoas que alcançam as recomendações de atividade física podem obter benefícios de saúde, independentemente da frequência semanal, sendo o mais importante a busca pelos exercícios e movimentos do corpo como grandes aliados à saúde”, finaliza.


Imunoterapia é cada vez mais usada no câncer de cabeça e pescoço para pacientes com doença mais precoce

Estudo SMART-KEY, coordenado pela BP em parceria com o LACOG, utiliza uma combinação de quimioterapia e imunoterapia inovadora na tentativa de eliminar o câncer de laringe sem a necessidade de cirurgia


A imunoterapia vem ganhando cada vez mais espaço nos tratamentos de câncer. A terapia estimula o próprio sistema imunológico do paciente, ou seja, o sistema de defesa do organismo a controlar o tumor, e foi uma das mais recentes inovações no tratamento da doença metastática do câncer de cabeça e pescoço.  

Na BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, que tem um dos principais centros de referência em Oncologia do país, a imunoterapia para o tratamento do câncer de cabeça e pescoço em estágio avançado é rotineiramente utilizada. “Realizamos diversas pesquisas nos últimos anos que comprovam seus benefícios, tornando a imunoterapia uma ferramenta importante no tratamento da doença”, diz o médico William Nassib William Júnior, diretor médico do Centro de Oncologia e Hematologia da BP. Segundo ele, entretanto, a maioria dos pacientes que recebem imunoterapia quando a doença já está disseminada, eventualmente, apresentarão resistência ao tratamento e precisarão de novas drogas para controlar o tumor.  

De acordo com o médico, o uso precoce de medicações para doenças em estágios mais iniciais, em geral, tem maior eficácia e poderiam levar a maiores chances de cura. “Na BP, temos pesquisas que justamente estão trazendo o uso da imunoterapia para pacientes com doença mais precoce, na tentativa de melhorar os resultados do tratamento”, explica. 

Mas há outras estratégias inovadoras no tratamento do câncer de cabeça e pescoço em estudo na BP que estão combinando a imunoterapia com a quimioterapia ou com radioterapia para potencializar ainda mais o efeito benéfico das duas medicações. Além disso, há estudos com medicações de geração mais nova para checar se elas podem restaurar o sistema de defesa do organismo contra o tumor, quando a imunoterapia convencional para de funcionar. 

O programa de pesquisa clínica em Oncologia da BP é bastante rico. Um dos principais programas em andamento é o estudo SMART-KEY, que utiliza uma combinação de quimioterapia e imunoterapia inovadora na tentativa de eliminar o câncer de laringe (garganta e corda vocal) sem a necessidade de cirurgia. “O intuito do estudo é mostrar que esta estratégia possivelmente possa aumentar a chance de cura em pacientes que não são operados, levando a melhor qualidade de vida. É um dos únicos estudos no mundo usando esta estratégia para câncer de laringe”, lembra o médico. O estudo foi desenvolvido pelo oncologista William William e está aberto em vários centros no Brasil, com coordenação da BP em parceria com o Latin American Cooperative Oncology Group (LACOG). 

 

BP –Beneficência Portuguesa de São Paulo


Julho verde: campanha de prevenção e conscientização dos cânceres ginecológicos

Os tumores no colo do útero e ovário estão entre os mais comuns e se apresentam sem sintomas específicos

 

Julho é o mês da conscientização sobre os cânceres ginecológicos. Popularizado com o laço verde escuro, o período é utilizado para despertar a importância da realização de exames preventivos e do diagnóstico precoce de neoplasias malignas em mulheres que, conforme dados do último censo do IBGE, representam mais 51% da população brasileira. Este tipo de tumor pode se manifestar em cinco áreas: colo do útero, endométrio, ovário, vulva e vagina. Dentre os mais graves, alguns costumam apresentar-se de forma silenciosa e com prognósticos gravíssimos, por isso, especialistas defendem que a prevenção é sempre o melhor remédio. 

Classificado pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca) como o tumor ginecológico mais comum entre as brasileiras, a partir dos mais de 7 mil casos anuais, o câncer de colo de útero é uma doença de complexa idwentificação, por apresentar sintomas inespecíficos, como: corrimento vaginal, sangramento vaginal irregular ou sangramento após as relações sexuais. “É fundamental, deste modo, prestar atenção aos exames preventivos. Testes clínicos, laboratoriais, radiológicos periódicos e, principalmente, a partir do acompanhamento de pessoas com sintomas sugestivos da enfermidade que é causada pelo HPV (sigla em inglês para Papilomavírus Humano). O exame preventivo chamado papanicolau é um método fundamental para detectar sinais deste tipo de cisto. A recomendação de coleta de citopatológico de colo de útero é a partir do primeiro ano da primeira relação sexual, de forma anual, pelo menos até os 50 anos de idade”, pontua Caio Neves, médico oncológico do Instituto de Câncer de Brasília (ICB). 

O câncer de ovário é o segundo tipo de tumor ginecológico mais comum e, conforme o Inca, a estimativa é que só neste ano sejam identificados mais de 6 mil novos casos. A doença não apresenta sintomas característicos e não há um exame específico de rastreamento que permita a detecção. Por isso, cerca de 75% das pacientes são diagnosticadas em estados avançados. “À medida que o cisto cresce, a mulher pode sentir pressão, dor ou inchaço no abdômen, na pelve, nas costas ou nas pernas, gases e mudanças na atividade intestinal (constipação ou diarreia) e cansaço constante. São manifestações que se confundem com outras condições, mas que exigem atenção e devem ser relatadas ao ginecologista ou médico de confiança nas consultas regulares”, explica o médico oncológico. 

Caio explica que para quaisquer cânceres, o tratamento depende do estágio em que foi descoberto. “A diagnose prévia é a principal estratégia para uma maior chance de cura. Com a descoberta em fase inicial, atuamos com altas taxas de cura para as duas doenças, a partir de intervenções cirúrgicas, quimioterapia e radioterapia, que serão indicadas a depender da fase na qual o cisto se encontra. No ICB, temos tratamentos disponíveis para tumores malignos nas cinco áreas ginecológicas e realizamos o acompanhamento com a nossa equipe multidisciplinar que acolhe o paciente nos vários aspectos e demandas que o mal oferece. No caso do HPV, ressalto a existência da vacina que faz parte do calendário vacinal do Ministério da Saúde desde 2017, podendo ser encontrada no SUS para meninas de 9 a 14 anos e para meninos de 11 a 14 anos”, defende.

 

Instituto de Câncer de Brasília - ICB


Dia do Beijo

Divulgação
Dentista alerta sobre doenças transmitidas pelo beijo

 

“Que beijo é muito bom, mais que mil é mais que bom”, todo mundo já sabe! Símbolo de afeto, carinho e amor, o beijo na boca é responsável por diferentes sensações químicas que trazem diversos benefícios para a saúde física e mental, mas também está diretamente ligado à saúde oral das pessoas. 

As mais antigas referências ao ato de beijar na boca vieram do Oriente, mais precisamente dos hindus, com um registro de aproximadamente 1200 a.C. Durante um beijo, o organismo libera hormônios como a ocitocina - que é um antidepressivo natural e combate sintomas como estresse, ansiedade e angústia - e a endorfina, que é responsável por sensações de satisfação e felicidade. 

Por outro lado, a boca é um meio transmissor de doenças, por isso, a saúde oral é muito importante. E, quanto antes forem notados sintomas na região da boca, mais eficazes são os tratamentos.

O cirurgião-dentista, sócio e diretor clínico da Signature Clínica Boutique, Dr. Andreas Koren, aponta as principais doenças - e seus sintomas - transmitidas pelo beijo.
 

Mononucleose: Também conhecida como “doença do beijo”. Os sintomas geralmente são mal-estar, dor no corpo, febre, dor de garganta e fadiga; 

Herpes: São lesões na pele, geralmente na região dos lábios, com pequenas bolhas. Antes pode ocorrer coceira e ardor no local; 

Candidíase: Também conhecida como “sapinho”. Pode aparecer placas esbranquiçadas ou avermelhadas na região da língua, bochecha e amígdalas; 

Sífilis: Também pode ser transmitida pelo beijo, apenas se a pessoa possuir qualquer ferida na região da boca. Surge uma ferida pequena e se não for tratada pode evoluir para um caso mais grave trazendo sérias consequências cerebrais e cardíacas;

 

Dicas para curtir o Dia do Beijo tranquilamente
 

  1. Mantenha uma rotina de higiene oral, com a escovação de forma correta e uso de fio dental;
  2. Consulte o dentista regularmente;
  3. Evite beijar muitas pessoas em um curto período de tempo. A exposição a muitos microorganismos diferentes pode favorecer a contaminação e proliferação de doenças;
  4. Ao menor sinal de pequenas lesões e alterações na boca, procure um profissional;
  5. Siga corretamente os tratamentos prescritos.
     


Andreas Koren - Cirurgião-dentista, sócio e diretor clínico da Signature Clínica Boutique, e embaixador da linha Elmex, da Colgate, na região sudeste do Brasil. Tornou-se referência em reconstrução de tratamentos estéticos e em transformação de sorrisos com resinas e cerâmicas (“lentes de contato dentais”). É graduado pela FOP-Unicamp, pós-graduado em odontologia estética, especialista em prótese dentária, e mestre em biomateriais na área de cerâmicas pela FO-USP.  Também é consultor técnico da norte-americana Ultradent Products e da australiana Southern Dental Industries. @dr.andreaskoren @signatureclinicaboutique


Atenção com doenças infantis deve ser maior no inverno e no período pós-isolamento, dizem especialistas

Além do tempo frio, pouco contato com germes durante a pandemia aumenta a incidência de doenças infecciosas em crianças e adolescentes 

 

Cuidar da saúde dos filhos é algo que requer prudência e dedicação máxima. Especialmente nos primeiros anos de vida, quando o sistema imunológico está em processo de amadurecimento, é comum que o organismo seja atacado por doenças que provocam sintomas inespecíficos, como febre, dor de cabeça, dor no corpo, inapetência e indisposição. 

As doenças infantis podem ser divididas em dois grupos: infecciosas, como gripe, resfriado, caxumba, catapora, sarampo, rubéola, entre outras viroses famosas; e não infecciosas, como as alergias alimentares ou respiratórias e o refluxo gástrico ou esofágico. “As mais comuns são as infecciosas e, dependendo da estação do ano, a incidência aumenta. Sobretudo no outono e no inverno, é muito frequente o diagnóstico de doenças respiratórias, como resfriados, amigdalites e gastroenterites agudas”, explica Carolina Santos, pediatra do Hospital HSANP. 

A especialista lembra que, nos últimos meses, outro fator tem contribuído para o aumento dos casos. “Durante a pandemia da Covid-19, muitas crianças cumpriram o isolamento social e, consequentemente, não tiveram tanto contato com os germes circulantes. Como consequência, após o retorno das aulas presenciais, elas têm ficado doentes com mais frequência”.
 

Prevenção

A Organização Mundial da Saúde recomenda que o bebês sejam amamentados até os dois anos de idade, exclusivamente com leite até os seis meses e com introdução gradual de alimentos a partir de então. “É impossível falar em problemas de saúde na infância sem ressaltar a importância do aleitamento exclusivo nos primeiros meses de vida, não apenas como medida de apoio preventiva, mas também por conta da criação do hábito de uma dieta balanceada e saudável”, comenta o também pediatra do HSANP, Mário Rosa. 

Além do aleitamento materno e da alimentação adequada, os médicos chamam atenção para um tema muito falado nos últimos tempos: a imunização. Bruna Santos, outra especialista da equipe de pediatria do Hospital HSANP, explica que essa é a forma mais eficiente de prevenir ou evitar complicações das doenças infecciosas. “É fundamental que toda criança e todo adolescente tenham o calendário de vacinas sempre atualizado. Mais de 20 vacinas estão disponíveis para esse público no Brasil, basta acessar o site da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) ou da Sociedade Brasileira de Imunização (SBIM) para obter mais informações”, diz ela. 

Os pais devem estar atentos também à rotina de consultas pediátricas, para que o desenvolvimento dos filhos possa ser acompanhado com o devido cuidado, e a situações pontuais, como aglomerações, noites mal dormidas e a exposição ao tempo frio, chuvoso ou muito ensolarado.

 

Tratamento

O tratamento dessas infecções vai depender da faixa etária e da gravidade de cada caso. Em geral, as viroses são autolimitadas e podem chegar a 14 dias de evolução, período em que a criança deve estar muito bem hidratada e em repouso relativo. Mário Rosa lembra da importância de administrar medicamentos corretos após o diagnóstico: “como forma de aliviar os sintomas de enfermidades como caxumba, sarampo, rubéola e catapora, é indicado o uso de sintomáticos”. 

Já a pediatra Bruna Santos ensina que as doenças infecciosas precisam de atenção especial, principalmente no diagnóstico de bronquiolite, otite, gastroenterite e pneumonia. “Quando evoluem, o paciente pode ter a necessidade de recorrer até a suporte ventilatório. Além disso, em alguns casos, elas se transformam em algo crônico, dependendo do grau de agressão de doença pulmonar”, finaliza.

 

HSANP

 

Nas férias escolares, aproveite para lidar com os desafios do batismo imunológico de seus filhos

 

Quem tem filhos em idade pré-escolar viveu, no primeiro semestre deste ano, um cenário preocupante com as conhecidas “crechites”, episódios frequentes – às vezes, praticamente sem intervalos – e recorrentes de infecções como resfriados comuns, bronquiolites, conjuntivites, faringites, gastroenterites e otites, geralmente causadas por vírus que circulam muito entre crianças pequenas, principalmente entre aquelas que frequentam a escola. Na comunidade médica, esse período é conhecido como "batismo imunológico": todos passamos por isso, nossos filhos passarão também.

Dados do Infogripe, levantamento da Fiocruz realizado este ano, 15% das internações em hospitais são de crianças de zero a 5 anos. Esse quadro inclui casos de Covid-19, pois trata-se de uma faixa da população não vacinada até o momento, mas muitos deles são referentes às mais variadas “crechites” e não faltam febre, secreção e tosse. O que fazer, então, com a chegada do inverno? Aproveitando também as férias, esse tempinho longe de tantos vírus, algo que pode ajudar é agir preventivamente com as crianças, estimulando sua imunidade. 

Vale lembrar, contudo, que lidamos com um momento importante da história. A pandemia por Covid-19 ainda está em curso, e os dois anos que passamos com reduzido contato social alterou nossa resposta imunológica à exposição dos mais diferentes vírus. Em razão de permanecerem tanto tempo em casa, além da falta de vitamina D, que possui papel importante no combate às viroses, nossas crianças também ficaram sem a famosa “vitamina S”, que é uma brincadeira para dizer que o contato diário com vírus de todos os tipos prepara nosso organismo para combatê-los. Neste contexto, com nossos corpos destreinados para desenvolver imunidade, as doenças voltaram a circular mais fortes e com mais frequência. 

Com o início do período de férias escolares, os responsáveis têm uma janela de oportunidade para ampliar a imunidade natural das crianças pequenas, por meio de uma abordagem preventiva, reforçando o organismo dos pequenos para o retorno às escolas em agosto. 

Há várias maneiras de estimular a imunidade natural das crianças. Uma maneira é garantir que elas tenham sono suficiente e de qualidade: dormir cedo não deve ser deixado de lado por causa das férias e de uma flexibilidade maior de horários. Também é importante garantir que elas tenham uma dieta balanceada e façam exercícios regularmente. Passeios ao ar livre, brincadeiras em casa, bicicleta e correria, tudo que criança gosta. Além disso, é útil limitar sua exposição a potenciais fontes de infecção, tais como grandes multidões ou pessoas doentes. 

Finalmente, é uma boa ideia aproveitar o tempo maior com as crianças para reforçar bons hábitos de higiene, tais como lavar as mãos regularmente e cobrir a boca quando espirram ou tossem. Isso tudo sem esquecer que uma das melhores coisas que os pais podem fazer para reduzir o risco de seus filhos adoecerem durante as férias é garantir que o calendário vacinal esteja em dia.

 

Outras dicas simples são:

· Lave suas mãos regularmente e encoraje seus filhos a fazer o mesmo

· Evite compartilhar utensílios, copos ou pratos com outros

· Evite o contato íntimo com pessoas que estão doentes

· Desinfete regularmente superfícies que são frequentemente tocadas

 

A infância é um desafio gigantesco para as famílias, e lidar com doenças frequentes nesse período de batismo imunológico é parte disso. Mas não desanimem. Ajudem os pequenos nesse "treino" do organismo e sigam em frente, aproveitem ao máximo esta fase. Porque além de desafiadora, a infância também é muito breve.

 

 Gustavo Silveira Graudenz - alergologista e professor do curso de Medicina da Universidade Santo Amaro – Unisa.

 

Casos de estresse, ansiedade e síndrome de Burnout aumentam nas empresas

Um levantamento feito pela International Stress Management Association (ISMA) revela que 72% da população economicamente ativa no Brasil sofre com problemas relacionados ao estresse. Como se não bastasse, 32% destes apresentam características de Síndrome de Burnout, doença crônica provocada por condições de trabalho desgastes, como pressão por resultados e jornadas mais longas. 

Já a Organização Mundial da Saúde afirma que o Brasil é o país com maior taxa de pessoas com ansiedade, além de ocupar o quinto lugar no ranking de pessoas com depressão. Os motivos para que a saúde mental dos brasileiros não esteja bem tem muitos aspectos. Podem ser o longo tempo parado no trânsito, a falta de dinheiro, o medo da violência ou o excesso de horas dedicadas ao trabalho. 

“De maneira geral, é um estado de esgotamento mental e físico que causam alguns desses sintomas e que em muitas vezes está associado ao excesso de trabalho. Os sintomas mais comuns são o cansaço intenso, dificuldade de concentração, insônia, alterações de humor, sentimentos de inferioridade e pessimismo”, explica o Dr. Felipe Augusto Santiago, psicólogo e psicanalista que presta serviços para a DOC24, healthtech de saúde digital.

 A pandemia fez com que casos de ansiedade aumentassem, pois houve e ainda há muita insegurança com relação ao futuro e muitas pessoas perderam emprego e/ou pessoas próximas. Nesta perspectiva, sem dúvida a pandemia foi determinante no aumento de pessoas com prejuízos na saúde mental, pois alguns fatores externos interferem no cotidiano do trabalhador dentro da empresa”, completa. 

Segundo o especialista, é preciso que haja compreensão desse momento por ambas as partes para que o vínculo entre ambos permaneça positivo. “A relação trabalhador-empregador precisa ser recíproca. O empregador precisa entender a necessidade e o momento do trabalhador, assim como o trabalhador também precisa entender a necessidade e o momento do empregador. Até porque um precisa do outro para existir”, conclui. 

Por outro lado, a pandemia ajudou a acelerar também a implantação de soluções digitais na área da saúde. “A tecnologia é uma ferramenta importantíssima para a saúde. Ela permite consultas, entrevistas e uma série de serviços à distância. Do ponto de vista do trabalhador, ajuda nos momentos em que consegue resolver problemas sem precisar pegar ônibus, metrô ou trânsito. Outro fato importante é que a tecnologia conecta pessoas com os profissionais de saúde que podem lhe ajudar 24 horas por dia, todos os dias da semana”. 

No caso específico da saúde mental, o Dr Felipe Santiago garante que o trabalho e o acompanhamento psicológico, mesmo online, é fundamental. “Conseguimos reduzir os desgastes causados pelos ideais construídos na nossa sociedade, pelo consumismo, pelo pessimismo que impera em muitas pessoas. Isso tudo invade e prejudica as relações de trabalho também’, completa. 

Também foi apenas recentemente que as empresas começaram a perceber o crescimento de todos esses casos e passaram a tomar mais cuidado com a saúde mental dos seus colaboradores. “É preciso promover uma série de iniciativas ligadas a alimentação, práticas de atividades físicas, lazer e a promoção de hábitos saudáveis para que esse quadro, aos poucos, vá regredindo. Se isso não acontecer, é fundamental contar com o apoio de um especialista”, receita o psicólogo e psicanalista.

 


DOC24

http://www.doc24.com.br

 

Insuficiência cardíaca e mulheres: por que precisamos de alerta e mais cuidado


A insuficiência cardíaca é um grave problema de saúde pública no Brasil e que potencialmente reduz a expectativa de vida das pessoas. Estamos falando de três milhões de brasileiros, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia. No mês de julho, o dia 9 foi instituído como o Dia Nacional de Alerta contra a Insuficiência Cardíaca. Precisamos alertar a população sobre os fatores de risco da doença, sobre a importância do tratamento adequado, sobre as necessidades dos pacientes. Vamos juntos todos nesta missão? Imprensa, sociedades médicas, organizações que auxiliam os pacientes, tomadores de decisão, gestores do SUS e da saúde suplementar, indústria farmacêutica. O alerta sobre a insuficiência cardíaca é uma tarefa de todos nós. 

A insuficiência cardíaca é uma doença grave, de alta prevalência e de grande conhecimento da área médica. Mas, ainda assim, trata-se de uma patologia pouco conhecida. Ela acontece na fase final de várias doenças e situações, como infarto, diabetes, hipertensão, uso exacerbado de bebidas alcoólicas, agressão viral, como na covid-19. 

Muitas vezes ela é apenas conhecida como doença do “coração fraco” ou do “coração grande”. Enquanto associações de pacientes, percebemos o quanto muitas pessoas que têm a doença não sabem que a têm. Recebemos relatos cotidianos de pessoas que saem dos consultórios sem mesmo entender que a doença que têm se chama insuficiência cardíaca. Precisamos trabalhar todos juntos para que essas pessoas se empoderem de informação e, assim, possam buscar seus direitos e o acesso a um melhor cuidado no sistema de saúde. 

Quando falamos em um adoecimento, não podemos deixar de falar dos determinantes sociais da saúde. Não há como pensar em saúde pública sem levar em conta a economia, a política, os aspectos sociais. O próprio nome do conceito de determinantes sociais da saúde já nos lembra que a saúde é determinada socialmente. As pessoas não têm o mesmo risco de adoecer e de morrer. O risco de adoecer e de morrer depende de condições de vida, de trabalho, de moradia, de alimentação. 

E é por isso que gostaria de chamar a atenção para quem, acreditamos, precisa de mais cuidado neste momento: as mulheres. No Brasil, 30% dos casos de infarto são em mulheres. São elas também quem tem maior chance de morte após um infarto. As doenças cardiovasculares lideram as causas de mortalidade feminina, na frente de doenças mais conhecidas e temidas como câncer de mama, de útero e de ovário. 

A pandemia nos mostrou - e ainda nos mostra - como precisamos cuidar das mulheres. Um levantamento realizado pela Rede de Pesquisa Solidária em 2021 apontou que a população negra tem mais chances de morrer de COVID-19, independentemente da profissão que exerce. Quando comparados os gêneros, as mulheres negras são mais vítimas do novo coronavírus. Esse estudo apontou quais os fatores agravantes para essa realidade: moradias mais insalubres, acesso inadequado à água, dieta com baixa qualidade nutricional e espaços que afetam a saúde mental. Ou seja, acesso à saúde, acesso à moradia, ao saneamento básico e às condições de trabalho, tudo isso afeta a saúde da mulher. 

Outro dado relacionado à covid-19 que trago como exemplo foi divulgado há pouco pela Rede Sarah, sobre as manifestações neuropsicológicas de covid longa em pacientes brasileiros. Está lá: as mulheres são mais afetadas pelas sequelas da infecção do que os homens. Participaram da pesquisa 614 pessoas com algum tipo de problema decorrente da doença. Nesse grupo, 73% eram mulheres e 27%, homens. 

Estamos falando de mulheres que muitas vezes são chefes de família, que exercem sozinhas o cuidado dos filhos e da casa. A pandemia escancarou as desigualdades sociais do Brasil e a necessidade de cuidarmos com mais atenção das mulheres. Não podemos simplesmente informar e falar para as mulheres que elas precisam comer bem, fazer exercício físico e ter menos estresse para evitar problemas no coração. Elas precisam ter condições financeiras e sociais para cuidarem da saúde. Determinantes comportamentais, como dieta, exercício, influenciam, sim, a saúde. Mas será que depende apenas da vontade da pessoa? Não nos esqueçamos: esse autocuidado depende muito de acesso à alimentação saudável, a tempo e a espaço para prática de exercício. Informação em saúde, conscientização e políticas de saúde precisam estar acompanhadas de programas sociais. 

São muitos os desafios que temos pela frente: aumentar o diagnóstico precoce de uma doença facilmente confundida com sintomas comuns ao envelhecimento, informar e conscientizar a população sobre os fatores de risco para a insuficiência cardíaca, promover melhor acesso ao tratamento adequado, fortalecer o SUS e possibilitar que essas pessoas sejam acompanhadas na Atenção Básica e que também consigam chegar aos serviços de referência. 

A prevenção de fatores de risco da insuficiência cardíaca, o diagnóstico precoce, o tratamento correto e a adesão a esse tratamento são fundamentais para mudarmos essa realidade. Precisamos trabalhar todos juntos. Que as ações e as informações neste mês de julho sirvam de alerta para que possamos mudar o futuro e cuidar com mais atenção dessas pessoas.


Flávia Lima - Presidente da ABRAF - jornalista, especialista em Saúde Coletiva


Julho Verde: HPV amplia risco de câncer de boca e garganta entre jovens

Durante o Mês de Conscientização e Combate do Câncer de Cabeça e Pescoço, é necessário alertar quanto à tumores malignos que possuem relação com a infecção pelo Papilomavírus Humano. Fique atento aos primeiros sinais e aos fatores que influenciam o seu aparecimento precoce

 

O tumor orofaríngeo -- localizado atrás da boca e que inclui a base da língua, céu da boca, amígdalas e paredes laterais -- é um dos tumores mais incidentes entre os jovens brasileiros de até 40 anos de idade. “E, infelizmente, o HPV possui alta associação com este cenário precoce, em conjunto com outros fatores como o tabagismo e o etilismo”, alerta Dr. Andrey Soares, oncologista da Oncoclínicas São Paulo. 

O número de casos relacionados à infecção pelo vírus vem aumentando em homens e mulheres, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca) e a sua transmissão ocorre por meio da prática sexual sem proteção, em especial por intermédio do sexo oral. “O que acontece é que o risco de desenvolver o tumor maligno entre os jovens é muito grande pela liberdade sexual adquirida nos últimos anos”, explica o médico. “Além disso, o vírus atinge de forma massiva a população feminina. Em média, 75% das brasileiras sexualmente ativas terão contato com o HPV ao longo da vida, sendo que o ápice da transmissão do vírus acontece na faixa dos 25 anos”, acrescenta.
 

Primeiros sinais

Os primeiros sinais do tumor orofaríngeo podem aparecer por meio de feridas que não cicatrizam na boca nos primeiros 15 dias, além do aparecimento de nódulos no pescoço. O paciente pode se queixar também de dor para mastigar ou engolir. “Estes fatores, ligados ao aparecimento de pequenas verrugas na garganta ou na boca, podem revelar um possível diagnóstico com associação ao HPV. Portanto, é muito importante que seja acompanhado de perto por um especialista”. Outros sintomas podem estar relacionados à rouquidão persistente, manchas/placas vermelhas ou esbranquiçadas na língua, gengivas, céu da boca e bochecha, bem como lesões na cavidade oral ou nos lábios e dificuldade na fala.
 

Atenção aos fatores
 

Tabagismo: Segundo o oncologista, o câncer de cabeça e pescoço apresenta maior incidência entre os jovens e pouco mais de um terço é causado por maus hábitos. “O principal e o mais importante de ser combatido é o tabagismo”, revela Dr. Andrey. Antigamente, o hábito de fumar era visto com elegância e glamour, sendo incentivado até pelas propagandas que mostravam atores famosos tragando seus cigarros, o que estimulava esse costume entre as pessoas mais jovens. O uso frequente do cigarro também é responsável pelo aparecimento do tumor na cabeça e pescoço. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 90% dos pacientes diagnosticados com câncer de boca eram tabagistas.
 

Álcool: Houve um tempo em que o cigarro era liberado nos restaurantes e até em sala de aula. Hoje, isso não é mais permitido. Contudo, o uso do tabaco persiste e, na maioria das vezes, vem acompanhando de bebidas alcoólicas. Estimativas apontam que 80% dos casos de câncer de pulmão são decorrentes do uso do tabaco e os fumantes têm cerca de 20 vezes mais risco de desenvolver a doença. O álcool pode agir como um solvente e facilitar a penetração de carcinógenos nos tecidos-alvos. Além disso, aumenta o índice de quebras no material genético e a peroxidação de lipídios e, consequentemente, a produção de radicais livres. Vários estudos epidemiológicos demonstram que o consumo combinado de álcool e fumo constitui o principal fator de risco para o desenvolvimento de câncer de cabeça e pescoço.
 

Infecções Virais: A geração de jovens e adultos com menos de 40 anos preza e valoriza muito a liberdade sexual. Trata-se de um grupo que nasceu após o “boom” do HIV e, apesar de bem informada e consciente dos riscos envolvendo doenças sexualmente transmissíveis, apresenta índices elevados de contágio pelo chamado papilomavírus humano -- conhecido como HPV. “Além disso, a hepatite B e C também são fatores de risco para câncer de cabeça e pescoço, são infecções virais que podem ser transmitidas em relações sexuais não seguras. Vale lembrar sempre da importância do uso de preservativos para a preservação da saúde”, finaliza o médico.
 

 Oncoclínicas

https://www.grupooncoclinicas.com

 

4 dicas para falar sobre política com as crianças

 

Política e eleições são assuntos que, normalmente, são vistos como temas de adultos. No entanto, partindo da ideia de que as crianças também são impactadas pelas decisões tomadas por governantes que não são escolhidos por elas, e que vivemos em um país cada vez mais polarizado, podem surgir novas dúvidas e emoções difíceis de lidar.

Pensando em maneiras de abordar o assunto de maneira didática, lúdica e acessível, com a proposta de aproximar crianças e adolescentes dos assuntos políticos e também ajudar pais e educadores nesse processo, o Lunetas, espaço 100% dedicado à reflexão sobre as infâncias brasileiras, lista 4 dicas.

Além disso, para quem deseja se aprofundar ainda mais no assunto, o Lunetas lançou o especial “Infâncias em foco: Quem vota pelas crianças?”, um hub de informação sobre política e as infâncias. Entre as mais de 20 reportagens inéditas, serão divulgados conteúdos que abordam desde como os adultos podem falar sobre política com as crianças até a visão dos pequenos sobre o tema.


Abra espaço para o diálogo

Para conversar sobre um assunto tão complexo, é necessário estar aberto para todo tipo de questionamento que as crianças possam trazer e, para isso, fazer um exercício constante de paciência e tolerância. Os pequenos precisam se sentir acolhidos para falar sobre qualquer assunto e entender a importância de respeitar opiniões diferentes.


Escola, educação e política

Engana-se quem pensa que falar sobre política é apenas dar uma opinião partidária. Viver é um ato político e está presente na rotina de todas as pessoas. Exatamente por isso, é importante trazer para estudantes assuntos políticos, aproximando o assunto da realidade desses jovens em sala de aula. Discutir política é discutir temas que fazem parte de nossas vidas como desigualdade social, racismo, educação, saneamento básico, trabalho infantil e saúde pública.


Torne a leitura um hábito

Uma excelente maneira de introduzir o tema durante a infância e contribuir para a formação de cidadãos mais conscientes, críticos e engajados, é por meio de livros. Existem diversas opções bacanas, como ‘A máquina das estações’, do autor Fran Nuño, que narra a chegada de uma máquina que controla as estações do ano em uma pequena cidade, havendo uma votação para decidir seu funcionamento; e ‘A lenda de Su’, de Thiago de Melo Andrade, que fala de maneira leve sobre o poder do povo de transformar o cenário político e social. O Lunetas criou esta lista com 16 livros para falar de política com as crianças. 


Vídeos e filmes

Sabemos que conteúdos audiovisuais são ótimas maneiras de prender a atenção dos pequenos e, por isso, também são excelentes para transformar um assunto pesado em algo interessante e curioso. O vídeo ‘O que as crianças acham sobre política?’, produzido pelo Lunetas, ajuda a iniciar o debate dentro de casa. Além disso, assista filmes como ‘Tito e os pássaros', produção brasileira que mostra uma epidemia na qual o medo adoece as pessoas e, por meio de metáforas, aborda assuntos como a conjuntura política brasileira, sensacionalismo e fake news.

 

Portal Lunetas


5 belos jardins para visitar na Ilha da Madeira


Destino português oferece variedade de plantas e flores com cores e aromas únicos


Por conta da localização privilegiada e do solo vulcânico e fértil, a Ilha da Madeira, destino português localizado em meio ao oceano Atlântico, conta com um clima de primavera o ano inteiro. Condições ideais para o cultivo de variadas espécies de plantas e flores oriundas do mundo todo.

Na Madeira, sempre há cores e aromas florais em qualquer estação do ano, espalhadas por uma enorme quantidade de parques e jardins cuidadosamente tratados, que convidam a um passeio de relaxamento e contemplação da natureza.

Confira 5 jardins imperdíveis para incluir no seu roteiro de viagem:


Jardim Tropical do Monte Palace
Este jardim é um verdadeiro paraíso natural e a sua riqueza artística, com inspiração budista e oriental, impressiona os visitantes, que se sentem invadidos por uma forte sensação de paz e tranquilidade. O local possui uma coleção de plantas exóticas e muitas espécies típicas dos bosques da Laurissilva. O jardim também conta com lagos, lagoas e cascatas, além de 40 painéis de azulejos que contam a história de Portugal e um museu com exposições únicas, como a coleção de esculturas africanas e a de minerais.


Jardim Botânico
Atração obrigatória em Funchal, o Jardim Botânico está localizado no interior da Quinta do Bom Sucesso. Seus canteiros em formatos geométricos e coloridos contam com mais de três mil variedades de plantas, incluindo algumas espécies ameaçadas de extinção. Por lá, é possível apreciar uma boa parte da flora típica regional. Além disso, por estar em um ponto alto da cidade, as vistas são deslumbrantes.


Jardim Quinta do Palheiro
Este jardim impressiona os visitantes pela sua amplitude, elegância e tons verdejantes que enchem os olhos e roubam a atenção. A vegetação exuberante e as árvores centenárias se misturam com uma coleção de camélias que colorem os amplos relvados. Situado em uma colina, a 500 metros de altitude, o jardim é bem sossegado e oferece vistas deslumbrantes para a cidade do Funchal.


Jardim do Belmond Reid's Palace
Localizados no topo de uma falésia e com uma bela vista panorâmica para o oceano Atlântico, os jardins do hotel Belmond Reid's Palace são charmosos e acolhem uma variedade de plantas e flores raras, além de árvores provenientes de todo o mundo. Ao todo, são quatro hectares de uma profusão de cores, com muitos espaços para descansar apreciando as exuberantes espécies deste jardim.

Jardim do Quinta Jardins do Lago
Localizado a apenas 15 minutos do centro do Funchal, este belo jardim conta com mais de 500 espécies de plantas espalhadas por uma área de 2,5 hectares, que formam uma coleção de exemplares únicos e raros de árvores centenárias. Destaque para o Dragoeiro da Madeira, o Jacarandá-Mimoso da Argentina e o Pândano de Madagascar, plantados no início de século 18. O local é perfeito para relaxar ao som dos pássaros e em meio à beleza do jardim.

 

Sobre a Ilha da Madeira

Considerado o melhor destino insular do mundo, a Madeira é um pequeno paraíso português situado em meio à imensidão do Oceano Atlântico. De origem vulcânica, sua localização privilegiada proporciona clima ameno e mar com temperatura agradável o ano inteiro, além de impressionantes cenários de montanhas, vales e penhascos, todos cobertos pela exuberante vegetação Laurissilva, nomeada Patrimônio Natural da Humanidade pela Unesco. O arquipélago é formado por um conjunto de ilhas, sendo as principais e únicas habitadas Madeira e Porto Santo. Há excelentes opções em balneários, monumentos históricos e ótimos hotéis e restaurantes, onde se pode provar a deliciosa gastronomia e os premiados vinhos madeirenses. Para mais informações, acesse www.madeiraallyear.com.


A Mulher da Casa Abandonada: 20 anos depois é possível levar empregada doméstica para os EUA? Advogada especialista em imigração explica.

 

Desde o começo do mês de junho, o podcast A Mulher da Casa Abandonada tem atraído uma legião de fãs por apresentar de uma forma atraente a história real de um crime cometido por brasileiros nos Estados Unidos. O programa relata o caso de Margarida Bonetti, uma mulher que vive em uma mansão abandonada no bairro de classe alta Higienópolis, em São Paulo, com uma pomada branca no rosto, que guarda com ela acusações de crime de escravidão, e atualmente foragida do FBI.

De forma resumida, Margarida e o marido, Renê Bonetti, engenheiro brasileiro, mudaram-se para os EUA no final dos anos 1970, começo dos anos 1980, e receberam de “presente” dos pais de Margarida uma empregada doméstica para a família. Na verdade, a mulher foi mantida em condições análogas à escravidão, crime descoberto apenas no começo dos anos 2000. Investigações do FBI comprovaram que os patrões não pagavam salário à empregada, que ainda era agredida fisicamente e mantida doente. O caso só foi descoberto com a ajuda de uma vizinha.

O sucesso da história contada pelo jornalista Chico Felitti hoje não teria o mesmo desfecho. Embora o crime de escravidão ainda seja uma realidade na maior parte dos países, empregadas domésticas brasileiras não podem mais ser levadas nessa condição para os Estados Unidos. A explicação é da advogada Liz Dell'Ome, fundadora do Dell’Ome Law Firm, escritório especializado em imigração legal de brasileiros para os EUA.

Segundo o Consulado Geral dos Estados Unidos, cidadãos americanos e pessoas com visto de não-imigrante podem levar empregados domésticos para os Estados Unidos para trabalhar apenas temporariamente e em casos específicos como:

  • Portadores de visto de não-imigrantes B1/B2 (negócios e turismo),
  • Visto tipo E (países que tenham tratado de comércio internacional),
  • Visto tipo F (visto de estudante),
  • Visto tipo H (trabalho temporário em ocupações especiais),
  • Visto tipo I (profissionais de comunicação),
  • Visto tipo J (para pesquisadores),
  • Visto tipo L (transferência de empresários em casos especiais),
  • Visto tipo M (para quem deseja praticar estágio durante algum curso de especialização nos EUA),
  • Visto tipo O (visto para pessoas com habilidades extraordinárias),
  • Visto tipo P (atletas e artistas),
  • Visto tipo Q (intercâmbio cultural único),
  • Visto tipo R (trabalhadores religiosos),
  • Visto tipo TN (categoria especial criada pelo USMCA (anteriormente NAFTA).

A advogada Liz Dell'Ome explica que outras exceções são cidadãos americanos que normalmente residem fora dos Estados Unidos a trabalho, mas que retornaram ao país em uma transferência temporária e aguardam um novo deslocamento para o exterior dentro de seis anos. “Além disso, todo solicitante de visto de não-imigrante, incluindo empregados domésticos, poderão qualificar-se para o visto desde que demonstrem que não pretendem abandonar seu país de residência”, afirma a advogada.

“As regras de solicitação são sérias, inclusive com comprovação de que o empregado doméstico tenha experiência comprovada com apresentação de toda documentação legal como carteira de trabalho e recibos de pagamento, contrato que demonstre que o empregado doméstico receberá o pagamento do salário por hora ou salário predominante pago no Estado ou na cidade dos Estados Unidos onde trabalhará”, acrescenta Liz.

"Todo trabalhador nos Estados Unidos tem o direito a ser tratado e remunerado de forma justa e a buscar justiça nos tribunais americanos", complementa a advogada.

 

O uso de big data na saúde no Brasil: como selecionar os dados?

Sabemos que o big data e a inteligência artificial podem transformar a maneira que o sistema de saúde privado funciona, mas antes precisamos entender como usar esses dados.

Na obra de Machado de Assis, o Alienista, o protagonista desenvolve uma obsessão por internar as pessoas que viviam em um manicômio desenvolvido por ele. A princípio, as internações eram justificadas e aceitas pela sociedade. Em certo momento, Dr. Bacamarte passou a enxergar enfermidades em todos, e a internar pessoas que lhe causavam espanto, deixando o local cada vez mais cheio. Quando a cidade encontrava-se com 75% da população internada, o alienista, percebendo que sua teoria estava errada, resolve libertar todos os internos e refazer sua hipótese.

Usando o conto de Machado de Assis para embasar a discussão, continuo com o questionamento: como o uso de dados pode auxiliar a decifrar a necessidade de infraestrutura médica hospitalar e hoteleira? Como a tecnologia pode reduzir a quantidade de exames mensais e semestrais, e prescrevê-los com mais assertividade?

Vieram a público alguns casos em que médicos, clínicas, hospitais e outros serviços médicos especializados geraram a própria demanda, utilizada para oferecer soluções próprias. Por isso, antes de usar os dados que esses estabelecimentos possuem, precisamos nos questionar: essas informações são realmente utilizáveis? Como saber a veracidade dos dados para implantar em plataformas de ingestão, engenharia, ciência e visualização de dados para assim gerar novas práticas para o segmento? Nas soluções baseadas em dados na saúde, precisamos nos preocupar com o enviesamento que pode prejudicar o diagnóstico e tratamento de outros pacientes. Aqui vale a conhecida frase do “pai da medicina ocidental” Hipócrates, “Primeiro, não prejudicar”.

O setor de saúde é retardatário em relação à digitalização, é o 8º depois de mídia, varejo, telecom, financeiro, produtos embalados e logística. Por isso, surgiram diversas health techs nos últimos anos. Segundo a Distrito, de 2018 a 2021 o número de startups focadas no segmento de saúde praticamente triplicou, de 248 a 945 em setembro de 2021.

Que a saúde é um setor robusto e poderoso, ninguém tem dúvidas, mas quando falamos de big data e inteligência artificial é preciso ter cuidado. Checar, verificar, apurar, entender e interpretar são os verbos ideais para atuar nesse campo, e dessa forma ter dados de qualidade para assim gerar as melhores soluções.


Jorge Carvalho -é Head de Health na Semantix


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