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quarta-feira, 6 de julho de 2022

Atenção com doenças infantis deve ser maior no inverno e no período pós-isolamento, dizem especialistas

Além do tempo frio, pouco contato com germes durante a pandemia aumenta a incidência de doenças infecciosas em crianças e adolescentes 

 

Cuidar da saúde dos filhos é algo que requer prudência e dedicação máxima. Especialmente nos primeiros anos de vida, quando o sistema imunológico está em processo de amadurecimento, é comum que o organismo seja atacado por doenças que provocam sintomas inespecíficos, como febre, dor de cabeça, dor no corpo, inapetência e indisposição. 

As doenças infantis podem ser divididas em dois grupos: infecciosas, como gripe, resfriado, caxumba, catapora, sarampo, rubéola, entre outras viroses famosas; e não infecciosas, como as alergias alimentares ou respiratórias e o refluxo gástrico ou esofágico. “As mais comuns são as infecciosas e, dependendo da estação do ano, a incidência aumenta. Sobretudo no outono e no inverno, é muito frequente o diagnóstico de doenças respiratórias, como resfriados, amigdalites e gastroenterites agudas”, explica Carolina Santos, pediatra do Hospital HSANP. 

A especialista lembra que, nos últimos meses, outro fator tem contribuído para o aumento dos casos. “Durante a pandemia da Covid-19, muitas crianças cumpriram o isolamento social e, consequentemente, não tiveram tanto contato com os germes circulantes. Como consequência, após o retorno das aulas presenciais, elas têm ficado doentes com mais frequência”.
 

Prevenção

A Organização Mundial da Saúde recomenda que o bebês sejam amamentados até os dois anos de idade, exclusivamente com leite até os seis meses e com introdução gradual de alimentos a partir de então. “É impossível falar em problemas de saúde na infância sem ressaltar a importância do aleitamento exclusivo nos primeiros meses de vida, não apenas como medida de apoio preventiva, mas também por conta da criação do hábito de uma dieta balanceada e saudável”, comenta o também pediatra do HSANP, Mário Rosa. 

Além do aleitamento materno e da alimentação adequada, os médicos chamam atenção para um tema muito falado nos últimos tempos: a imunização. Bruna Santos, outra especialista da equipe de pediatria do Hospital HSANP, explica que essa é a forma mais eficiente de prevenir ou evitar complicações das doenças infecciosas. “É fundamental que toda criança e todo adolescente tenham o calendário de vacinas sempre atualizado. Mais de 20 vacinas estão disponíveis para esse público no Brasil, basta acessar o site da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) ou da Sociedade Brasileira de Imunização (SBIM) para obter mais informações”, diz ela. 

Os pais devem estar atentos também à rotina de consultas pediátricas, para que o desenvolvimento dos filhos possa ser acompanhado com o devido cuidado, e a situações pontuais, como aglomerações, noites mal dormidas e a exposição ao tempo frio, chuvoso ou muito ensolarado.

 

Tratamento

O tratamento dessas infecções vai depender da faixa etária e da gravidade de cada caso. Em geral, as viroses são autolimitadas e podem chegar a 14 dias de evolução, período em que a criança deve estar muito bem hidratada e em repouso relativo. Mário Rosa lembra da importância de administrar medicamentos corretos após o diagnóstico: “como forma de aliviar os sintomas de enfermidades como caxumba, sarampo, rubéola e catapora, é indicado o uso de sintomáticos”. 

Já a pediatra Bruna Santos ensina que as doenças infecciosas precisam de atenção especial, principalmente no diagnóstico de bronquiolite, otite, gastroenterite e pneumonia. “Quando evoluem, o paciente pode ter a necessidade de recorrer até a suporte ventilatório. Além disso, em alguns casos, elas se transformam em algo crônico, dependendo do grau de agressão de doença pulmonar”, finaliza.

 

HSANP

 

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