Estudo SMART-KEY, coordenado pela BP em parceria com o LACOG, utiliza uma combinação de quimioterapia e imunoterapia inovadora na tentativa de eliminar o câncer de laringe sem a necessidade de cirurgia
A imunoterapia vem ganhando cada vez mais espaço nos tratamentos de câncer. A terapia estimula o próprio sistema imunológico do paciente, ou seja, o sistema de defesa do organismo a controlar o tumor, e foi uma das mais recentes inovações no tratamento da doença metastática do câncer de cabeça e pescoço.
Na BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, que tem um dos principais centros de referência em Oncologia do país, a imunoterapia para o tratamento do câncer de cabeça e pescoço em estágio avançado é rotineiramente utilizada. “Realizamos diversas pesquisas nos últimos anos que comprovam seus benefícios, tornando a imunoterapia uma ferramenta importante no tratamento da doença”, diz o médico William Nassib William Júnior, diretor médico do Centro de Oncologia e Hematologia da BP. Segundo ele, entretanto, a maioria dos pacientes que recebem imunoterapia quando a doença já está disseminada, eventualmente, apresentarão resistência ao tratamento e precisarão de novas drogas para controlar o tumor.
De acordo com o médico, o uso precoce de medicações para doenças em estágios mais iniciais, em geral, tem maior eficácia e poderiam levar a maiores chances de cura. “Na BP, temos pesquisas que justamente estão trazendo o uso da imunoterapia para pacientes com doença mais precoce, na tentativa de melhorar os resultados do tratamento”, explica.
Mas há outras estratégias inovadoras no
tratamento do câncer de cabeça e pescoço em estudo na BP que estão combinando a
imunoterapia com a quimioterapia ou com radioterapia para potencializar ainda
mais o efeito benéfico das duas medicações. Além disso, há estudos com
medicações de geração mais nova para checar se elas podem restaurar o sistema
de defesa do organismo contra o tumor, quando a imunoterapia convencional para
de funcionar.
O programa de pesquisa clínica em Oncologia
da BP é bastante rico. Um dos principais programas em andamento é o estudo SMART-KEY,
que utiliza uma combinação de quimioterapia e imunoterapia inovadora na
tentativa de eliminar o câncer de laringe (garganta e corda vocal) sem a
necessidade de cirurgia. “O intuito do estudo é mostrar que esta estratégia
possivelmente possa aumentar a chance de cura em pacientes que não são
operados, levando a melhor qualidade de vida. É um dos únicos estudos no mundo
usando esta estratégia para câncer de laringe”, lembra o médico. O estudo foi
desenvolvido pelo oncologista William William e está aberto em vários centros
no Brasil, com coordenação da BP em parceria com o Latin American Cooperative
Oncology Group (LACOG).
BP –Beneficência Portuguesa de São Paulo
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