Exames de rastreamento devem ter início aos 50 anos de idade, mas aos 45 em populações específicas
O Novembro Azul é o mês marcado pela conscientização sobre o câncer de próstata. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), no Brasil ele é o segundo câncer mais comum em pessoas com próstata, ficando atrás apenas do de pulmão. Estima-se que sejam diagnosticados cerca de 23 mil casos por ano.
O pico da doença se dá por volta dos 65 anos, mas, atualmente,
pessoas mais jovens têm manifestado o câncer. Segundo Dr. Mario Elias de
Mattos, urologista do Núcleo de Oncologia do Hcor, é recomendado que o exame
por toque retal e a dosagem de PSA (proteína produzida pela glândula) sejam
feitos a partir dos 50 anos.
“Pessoas com maior risco de desenvolvimento da doença, como a
população negra, obesos e com familiares diretamente relacionados afetados pelo
câncer, devem iniciar o rastreamento aos 45 anos. A doença é confirmada por ressonância
nuclear magnética da próstata seguida de biópsia e, então, exames de
estadiamento (imagem e de anatomia patológica)
vão apontar o estágio em que a doença se encontra, orientando o tratamento mais
adequado para cada cenário”, aponta o especialista.
Em fases iniciais, quando a doença está limitada à próstata, o
tratamento pode ser cirúrgico ou radioterápico, ambos com taxas de cura
elevadas (acima de 90%). Aqui, o tratamento cirúrgico com emprego de tecnologia
robótica tem ganhado destaque, especialmente pela rápida recuperação dos
pacientes, apresentando menores sequelas em termos de continência e prejuízo na
função sexual erétil. “Já quando a doença se apresenta em fase avançada,
tratamentos sistêmicos como associação de radioterapia com quimioterapia ou
bloqueadores hormonais são indicados, com bons índices de controle da doença e
sobrevida.”
O diagnóstico em estágio inicial pode fazer toda a diferença,
principalmente em pacientes assintomáticos. No mais, para prevenir maiores
riscos relacionados ao câncer e o desenvolvimento de outras doenças, é
importante manter hábitos saudáveis, como a prática regular de atividade
física, o controle do peso e não fumar. “Espera-se que os avanços recentes em
mapeamento genético também nos ajudem no combate à doença, mas, por ora, a
detecção precoce é o meio mais eficaz”, finaliza Dr. Mário.
Hcor
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