Professora da UNG explica que especialidade oferece suporte para minimizar impactos funcionais no cotidiano das pacientes
O câncer de mama é o
tipo que mais atinge as mulheres e tem alto índices de mortalidade no Brasil.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a estimativa é o registro
de mais de 70 mil novos casos até o final de 2024. Os dados reforçam a
importância de ações e tratamentos capazes de prevenir complicações futuras. E
a fisioterapia possui um papel fundamental na reabilitação de pacientes que
realizaram operações referente a essa enfermidade.
Sinaria Sousa,
professora do curso de Fisioterapia da Universidade Guarulhos (UNG), explica
que, devido à complexidade do câncer de mama, esses profissionais desempenham
um papel essencial para promover as recuperações funcional e emocional das
mulheres. “A reabilitação começa já no pré-operatório, orientando sobre o
impacto da cirurgia e oferecendo suporte para reduzir possíveis complicações,
como dor, lesão e restrição de movimento do braço afetado”, informa.
Após a cirurgia, cerca
de 60% das pacientes podem desenvolver sequelas que afetam diretamente o
cotidiano, dificultando atividades simples, como pentear o cabelo ou segurar
objetos pesados. Segundo a professora, essas complicações incluem linfedema,
aderências, retrações musculares e alterações na sensibilidade. Para reduzir
tais impactos, a fisioterapia emprega uma variedade de técnicas, como
exercícios respiratórios e posturais, além de técnicas manuais e
eletrotermofototerapia. Todos adaptados às necessidades de cada pessoa.
“A fisioterapia, além de
favorecer a recuperação física, também atua no aspecto emocional e na
autoestima das mulheres, permitindo que retomem atividades diárias e mantenham
uma vida ativa”. De acordo com a especialista, a continuidade dos exercícios
fisioterapêuticos, respeitando o ritmo de cada paciente, mesmo durante a
quimioterapia, ajuda a preservar o condicionamento físico. Dessa forma, a
fisioterapia se consolida como uma ferramenta fundamental para essas mulheres
enfrentarem o processo de reabilitação com qualidade e esperança de uma vida
plena após o câncer.
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