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terça-feira, 7 de junho de 2022

Especialista em relacionamentos dá dicas de como parar de brigar pelas redes sociais

 É preciso entender o tempo do outro e ter cuidados para interpretar as mensagens de forma correta 

 

Discutir pelas redes sociais pode fazer com que uma situação complicada se torne pior do que realmente já está. A comunicação não acontece de forma clara e as informações muitas vezes são recebidas com sentidos e tons diferentes, abrindo espaço para interpretações erradas. De acordo com o Google Trends, a expressão “brigas de casal” teve um aumento de busca na internet de 33% em abril deste ano, comparado com o mesmo mês do ano passado. 

O mau uso das redes sociais faz com que acreditem que a internet veio para “tirar o lado humano” das pessoas, sobretudo quando deixam de conversar pessoalmente para colocar o rosto frente a telinha de um aparelho. 

De acordo com um estudo divulgado pela plataforma -Cupom Válido- que reuniu dados da Hootsuite e WeAreSocial, sistemas especializados em gestão de marcas na mídia social, mais de 4,2 bilhões de pessoas utilizam redes sociais no mundo, o que representa 53,6% da população mundial. No Brasil, são mais de 150 milhões de usuários de redes sociais, e a taxa de usuários pelo total de habitantes é de 70,3%, um dos maiores comparado a outros países. 

Já não é novidade que diversos relacionamentos já chegaram ao fim por conta de envolverem situações pela internet. Mesmo não chegando a um ponto final, a situação pode causar brigas, inseguranças e outros percalços que o casal passa a enfrentar. A discussão surge por diversos motivos, como: violação de privacidade, exigência por transparência e fidelidade, dentre outras ações. 

“A relação, acima de tudo, deve manter um equilíbrio. Casais podem ser fiéis sem um, necessariamente, ter acesso ao celular do outro, ao mesmo tempo em que não veem problema em dar a senha para o parceiro(a). A autoanálise deve ser o fator mais importante: ‘se o outro ver suas conversas, terá problema? Ou possui motivos para esconder alguma conversa?’ Se a resposta for ‘sim’ para alguma dessas perguntas, você deve mudar seus comportamentos nas redes para não implicar na relação”, explica Maicon Paiva, especialista em relacionamentos que fundou a Casa de Apoio Espaço Recomeçar e que já atendeu mais de 35 mil pessoas. 

Dependendo da pessoa, a infidelidade do outro na internet pode ser encarada de forma mais extremista, uma vez que, na nossa sociedade, o ciúme é um sentimento comum, muitas vezes herdeiro de questões psíquicas da infância e que geram o famoso sentimento de posse, o que não deve ser alimentado em nenhuma hipótese, resultando numa grande procura das pessoas por Serviços Espirituais no Espaço Recomeçar, impulsionada pela confiança nos mais de 23 anos de atuação do especialista Maicon na área. 

Para elucidar a situação e ajudar, Maicon Paiva, fundador da Casa Espiritual Espaço Recomeçar e que já atendeu mais de 35 mil pessoas, dá 5 dicas de como se comportar diante das redes sociais com a pessoa amada:


  1. Opte pela conversa

Se o seu desejo realmente for construir algo com a pessoa que se relaciona, busque conversar sobre a maneira como vão se comportar diante das redes sociais. Mesmo que cada pessoa tenha o direito à privacidade, um casal pode combinar a melhor forma para lidar com a situação. Entender que ter a senha do celular do outro não vai evitar uma possível traição pode ser um bom passo para buscar confiança um do outro e não tratá-lo como se fosse uma posse.


  1. Busque a autocrítica

É muito importante que consiga fazer uma autoavaliação para perceber se seus comportamentos estão errados. Existe alguma conversa em que acha melhor esconder da pessoa amada? A conversa com a pessoa é diferente de quando está ao lado do parceiro(a)? Se a resposta for “sim” para alguma das perguntas, busque mudar seu comportamento.


  1. Reconheça as falhas

Assim que perceber uma conversa que a pessoa amada não gostaria de ver, reconheça sua infidelidade, mesmo que ainda não tenha tido contato físico com a terceira pessoa. Inverta os papéis, se coloque no lugar de seu parceiro(a) e se imagine lendo a conversa no celular. Se causar incômodo, é porque a sua conversa não deveria acontecer.


  1. Se fortaleça espiritualmente

Muitos casais buscam apoio e fortalecimento através de Serviços Espirituais. Já atendi mais de 35 mil pessoas no Espaço Recomeçar, e muitos buscam pelo Casamento Espiritual como forma de produzir boas energias para a sua relação e fazer com que o outro também vibre com o amor. Se for para o amor ser vivido, as Forças Espirituais darão um jeito de fazer você vivenciar o amor de uma forma mais enérgica e verdadeira.


  1. Evite os “pseudos amigos”

Sempre que tiver conversando com alguém e essa pessoa souber que você está comprometida, ela também não deve desconsiderar esse fato. Reconheça brincadeiras de duplo sentido, com teor sexual ou com situações que desvalidam seu relacionamento. Se preferir, bloqueie essa pessoa, pois ela não fará bem para a sua vida amorosa.


Espaço Recomeçar


Dia dos Namorados: psicóloga dá dicas para casais fazerem o amor durar

Psicóloga enfatiza a importância do amor e dá toques sobre como demonstrá-lo para a pessoa amada

 

Está chegando a data mais romântica do ano (pelo menos para os casais apaixonados): 12 de junho, Dia dos Namorados. Um momento especial para os casais, regado a jantares apaixonados e trocas de presentes, recordações e declarações. 

Comemorado no resto do mundo em 14 de fevereiro (o “Valentine’s Day”, ou Dia de São Valentim), a celebração se popularizou no Brasil a partir da década de 1950. Inspirado pelo Dia das Mães, comemorado em maio, um publicitário criou uma campanha pensada para melhorar as vendas do comércio durante o mês de junho. Deu certo e a data é celebrada até hoje. 

Além do coração dos amantes, o Dia dos Namorados também aquece o comércio: segundo levantamento de uma plataforma de comércio eletrônico, os casais devem gastar, em média, R 221 reais em presentes este ano, com destaque para compras de calçados, acessórios, roupas e perfumes. Já uma pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas aponta que 92 milhões de apaixonados devem ir às compras, movimentando R 18 bilhões de reais na economia brasileira. 

Mas você sabia que dar presentes não é a única forma de demonstrar o sentimento pela pessoa amada? A coordenadora do curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera, professora Sueli Cominetti Corrêa (Psicóloga -- CRP 06/50926), explica que muitos aspectos compõem a experiência amorosa. 

“Atenção, dedicação, diálogo e autenticidade são pilares essenciais e, embora não haja uma definição única e conclusiva sobre o que é o amor, as várias correntes teóricas da Psicologia concordam que se trata de uma experiência de conexão com algo ou alguém muito forte e necessária e que precisa ser cuidada”, pontua. 

Segundo a especialista, a compreensão sobre as necessidades da pessoa amada, o companheirismo (aquela cumplicidade gostosa que precisa acontecer) e o carinho sincero são formas incríveis de demonstrar amor. “Valorizar o que a pessoa amada gosta; ouvir ao invés de supor; acompanhar, interessar-se sobre seus desafios, tudo isso demonstra que o que mais se quer é a felicidade dessa pessoa”, reforça Corrêa. 

A psicóloga lembra ainda que o amor é um tema central na Psicologia e aponta que Sigmund Freud (1856-1939), em sua consagrada teoria, já abordava o amor, relacionando-o a pulsões internas e à busca por alívio e satisfação. 

“Para Freud, a busca pelo prazer atravessa fases distintas individuais e culmina no encontro do outro como um parceiro para vivências. A natureza da experiência emocional destas fases, para muitos autores da Psicanálise, serve como um protótipo, um modelo, para relações futuras”, explica a psicóloga. 

No que tange a relacionamento a dois, a mídia, os filmes e músicas exploram bastante este universo e acompanham os debates sobre o amor. A psicóloga menciona também que Erik Erikson (1902-1994) relacionou o amor maduro com a identidade (noção que construímos de nós mesmos), com a intimidade e a ideia de compromisso. O compromisso é um dos critérios pelos quais as pessoas se assumem como namorados. 

Sueli menciona também que nas correntes humanistas, por exemplo, Abraham Maslow (1908-1970), defende o amor como uma necessidade humana, relacionando-o com nossos vínculos familiares, amizades e relações sociais. “Na medida em que cuida de sua autoestima e busca se autoatualizar, a pessoa torna-se cada vez mais apta a amar. Portanto, é essencial descobrir-se; amar-se para que o aprendizado sobre o que é amar verdadeiramente outra pessoa possa se completar”. 

A professora acrescenta que, culturalmente, relacionamos o amor a algumas categorias: amor materno, amor fraternal e, especialmente na ocasião do Dia dos Namorados, o foco recai sobre os casais e sobre um tipo de amor mais íntimo/erótico, que é aquele direcionado a uma pessoa, com a qual há envolvimento emocional, dedicação afetiva e vivência sexual. 

“O amor é um ponto crucial nas questões de significado e existência. Muito mais que um fenômeno biológico ou instintivo, a emoção, a cultura e as expectativas são componentes desta grande vivência que é amar”, elenca Corrêa. 

Como orientação, Sueli diz que é importante que os casais conversem para entender suas necessidades e características; que parem de supor -- que dialoguem e que tenham a coragem de rever conceitos e seus próprios sentimentos. 

“É necessário que aprendam a controlar o apego e o ciúme, mas que não fiquem desatentos à distância emocional, ao automatismo e nem a uma confiança cega de que sabem tudo sobre a pessoa amada. As pessoas mudam e precisam ser acompanhadas nas suas mudanças. A parceria e os toques físicos devem ser constantes e não só quando há desejo sexual. A entrega não é no tempo de relógio, mas vem da disponibilidade interior. O amor não segue uma receita padrão; o diálogo, o respeito e o entendimento mútuo devem ser parâmetros para um relacionamento saudável e duradouro”, completa a especialista da Anhanguera. 

Parafraseando os poetas, Corrêa lembra que “toda forma de amor vale a pena”, “fundamental é mesmo o amor, é impossível ser feliz sozinho”, e que o amor “seja eterno enquanto dure”. 

 

Anhanguera

https://www.anhanguera.com/ e https://blog.anhanguera.com/category/noticias/

 

Kroton

www.kroton.com.br


Dia dos Namorados: dicas para alinhar as expectativas e celebrar a data sem pressão

Nicole Michalou
Troca de presentes, jantar e textão são as maiores fontes de preocupação; saiba como lidar com cada uma delas 

 

O Dia dos Namorados pode vir com muitas expectativas – jantares caros, presentes extravagantes, textões de amor e muito mais. Embora isso funcione para alguns, casais em novos relacionamentos podem estar procurando maneiras discretas de comemorar a data. Pensando nisso, o app de relacionamento Bumble (NASDAQ: BMBL) traz dicas e opções mais tranquilas para manter o Dia dos Namorados livre de estresse e, ao mesmo tempo, torná-lo significativo.

 

Defina suas expectativas com antecedência

Como a maioria das coisas nos relacionamentos, a comunicação aberta e honesta é fundamental: você não é um leitor de mentes e nem seu parceiro! Se você quiser manter a calma, a especialista em relacionamentos Emyrald Sinclaire sugere ser direta, dizendo algo como: “Não é uma data tão importante para mim, mas adoraria cozinhar o jantar ou passar o dia juntos”. Ao comunicar seus desejos e expectativas diretamente, você e seu parceiro saberão exatamente o que o outro quer, o que elimina a pressão de tentar adivinhar.

Outra boa técnica de alívio da pressão para o seu primeiro (ou um dos seus primeiros) Dias dos Namorados juntos é perguntar ao seu parceiro o que eles pensam sobre o dia. “É importante para você comemorar? Se sim, como?” Isso permite que vocês planejem o dia juntos e ambos consigam o que desejam, ajudando a reduzir qualquer estresse ou preocupação que possa ter ao comemorar.

 

Troca de presentes deve ser conversada

Se os presentes do Dia dos Namorados são uma fonte de preocupação, é uma boa ideia conversar sobre eles com seu parceiro. “Há uma chance muito menor de ansiedade ou decepção se você concordar em dar ou não presentes”, diz a psicoterapeuta Aimee Hartstein. Pode ser complicado adivinhar o que outra pessoa está fazendo por você ou o que ela pode querer. Se você decidir trocar presentes, também poderá concordar com uma faixa de preço para que uma pessoa não gaste 10 reais enquanto a outra gaste 100. Concordar com o que você está confortável antes do dia pode remover muita incerteza e estresse para ambas as partes”, diz ela. 

 

Prefira ambientes confortáveis e familiares

Embora o jantar em um restaurante favorito possa parecer a opção mais fácil, geralmente vem com um preço alto e a sensação de que você precisa se divertir. “Todas essas pressões podem realmente arruinar uma data que deveria celebrar a pessoa em sua vida”, diz Sinclaire. Ficar em casa pode criar uma vibe mais relaxante. Isso mantém o evento sob menos pressão, porque em vez de se preocupar em deixar a noite absolutamente perfeita ou entrar em pânico sobre qual restaurante ir, você pode apenas se concentrar em passar um tempo de qualidade juntos em um ambiente mais confortável e familiar.

 

Vá contra o tradicional

Só porque o resto do mundo está comemorando no dia 12, isso não significa que você precisa. A especialista em namoro online Julie Spira sugere comemorar na noite anterior, no fim de semana anterior ou em qualquer outro dia. Agendar no seu próprio tempo faz com que seja mais sobre seu parceiro e menos sobre uma data arbitrária. Além disso, as rosas vermelhas e os chocolates em forma de coração estarão menos na sua cara e nas redes sociais, o que ajudará a aliviar o estresse. 

Você também não precisa comemorar, afirma Sinclaire. “Se você começou a namorar alguém recentemente e ter esse tipo de conversa parece estressante, sugiro que você pule.” Isso não torna seu relacionamento menos legítimo, se comemorar está estressando você mais do que não comemorar, abandoná-lo completamente pode aliviar muita tensão desnecessária. 

Em última análise, você deve se lembrar que o Dia dos Namorados não é sobre o que você faz (ou deixa de fazer), mas com quem você está. “O mais importante é garantir que vocês passem tempo juntos”, diz Spira. Apenas trate isso como um bloco de 24 horas no calendário, onde você pode sair e fazer coisas que ama, sem necessidade de pressão.

 

 Bumble - aplicativo de relacionamento e rede social em que a mulher dá o primeiro passo, foi fundado pela CEO Whitney Wolfe Herd em 2014.


11 hábitos para o casal cultivar uma relação saudável

Um casal feliz não significa um "casal perfeito", até porque não existe perfeição nos relacionamentos. Um casal feliz pode ter uma série de imperfeições, mas aprende a apreciar as diferenças do outro todos os dias, e trabalha em conjunto para criar uma relação especial. Em outras palavras, um ótimo relacionamento não é sorte e não simplesmente acontece - é preciso esforço e cuidado para caminhar e evoluir de maneira que mantenha o par satisfeito, completo. 

Vemos casais que estão a ponto da separação, mas acabam se redescobrindo em questão de semanas, simplesmente fazendo sutis mudanças efetivas em seus hábitos diários. Não é de se surpreender, porém, que uma vez que estes casais se descobrem, seus hábitos de relacionamento recém-descobertos se tornam naturais para eles. Aqueles que são espectadores podem testemunhar as suas demonstrações públicas de afeto e alegria, mas desconhecem as razões que levaram o casal a ser o que era anos atrás. 

Afinal, quais são os hábitos que os casais precisam cultivar?

 

Em primeiro lugar, aceite-se

Suas decepções em seu parceiro, muitas vezes, refletem a aceitação que você tem de si mesmo. Assim, o primeiro passo para ter um relacionamento saudável com alguém é ter um relacionamento saudável com você mesmo.

 

Não permita influências externas

Não deixe que algo de fora conduza seu relacionamento. Se você está tendo um problema com o seu parceiro, trabalhe para debater o problema, sem intervenção de terceiros. O casal precisa vivenciar suas experiências, seguir seu próprio caminho. Cada um de nós tem uma chama em nossos corações que é acesa por aquela pessoa, e ninguém pode interferir nisso. É nosso dever, e só nosso, decidir mantê-la acesa. Se você e seu parceiro concordam, vale a pena trabalhar juntos.

 

Evite comparações

Nunca compare sua relação com a de qualquer outra pessoa. Cada casal faz as suas próprias regras, acordos, contratos e tem seus hábitos amorosos. Basta se concentrar no fato de que um casal é composto de duas partes que, por natureza, são imperfeitas. Tenha em mente que todos os relacionamentos têm seus altos e baixos – nenhum casal vive feliz continuamente, e isso é natural. Trabalhar em conjunto, principalmente nos tempos mais difíceis, vai fortalecer ainda mais seu relacionamento.

 

Não limite a intimidade apenas ao sexo

A intimidade, crucial para uma relação saudável, não se limita ao sexo. Intimidade é o que torna as relações duradouras, e exige uma comunicação honesta e abertura sobre preocupações, medos e tristezas, bem como esperanças, sonhos e felicidade do casal.

 

Aceite seu parceiro, sem tentar mudá-lo

Todo mundo quer ser apreciado como se é. Às vezes, tentamos esculpir no outro a imagem do que nós queremos que ele seja. Mas a tentativa sempre termina em decepção, porque não é possível encaixar o quadro do outro na sua moldura. O maior perigo de tentar mudar seu parceiro é correr o risco de se apaixonar por suas próprias fantasias e, com isso, ignorar a beleza pura e verdadeira escondida por trás das imperfeições do outro. Portanto, salve o seu relacionamento de estresse desnecessário. Em vez de tentar mudar o seu parceiro, o aceite como ele é e dê todo o apoio necessário para que ele cresça junto com você.

 

Reserve momentos a sós

Se você negligenciar seu relacionamento, seu relacionamento negligenciará você. Com agendas lotadas, esquecemos de reservar um tempo para curtir a grande companhia que temos. Nos relacionamentos, a distância não é medida em metros, mas em ausência de afeto. Duas pessoas podem estar lado a lado, mas, no fundo, estão há quilômetros de distância de carinho e atenção. Portanto, não ignore a pessoa que você ama, porque a indiferença é um veneno silencioso para qualquer casal.

 

Diga o que pensa e sente

Compartilhe seus pensamentos. Dê a informação necessária em vez de esperar que ele saiba o que você está pensando. Lembre-se que o subentendido sempre causa grandes prejuízos. A maioria dos problemas em um relacionamento, sejam grandes ou pequenos, começa com a má comunicação.

 

Reconheça seus erros e peça perdão

Desculpar-se depois de uma discussão é fundamental para qualquer relacionamento feliz. Um simples e honesto "sinto muito" demonstra humildade e abre uma porta para a reconciliação. Todo mundo comete erros, mas o importante é admitir e tentar conserta-lo. Se o seu relacionamento significa muito para você, seja maduro, peça perdão e conversem. De preferência, ambos de cabeça fria, para que seja possível solucionar o problema que levou à discussão.

 

Pratique a paciência diariamente

É provável que você pise no calo do seu parceiro de vez em quando, mesmo sem querer. E é por isso que a paciência deve ser praticada diariamente, cada vez que um se irritar com o outro, principalmente se alguém se aborrecer por um motivo banal. Com o tempo, a capacidade de tolerar pequenos hábitos que te incomodam será tão natural a ponto de se tornarem motivos de risada em algum momento.

 

Abra mão de certas coisas pelo outro

Ligações íntimas estão vinculadas ao amor verdadeiro, e verdadeiro amor envolve atenção, consciência, disciplina, esforço e ser capaz de se sacrificar um pouco, todos os dias. Se você quer um exemplo de um relacionamento saudável, imagine aquele casal que acorda todas as manhãs e pensa: "Isso vale a pena. Estou feliz que você esteja na minha vida". Amar de verdade é saber que em alguns dias você terá que fazer coisas que não gosta, mas faz assim mesmo para agradar a pessoa amada, e ainda se sente feliz em fazê-lo

 

Respeite a individualidade dele e a sua

Mesmo sendo um casal, nunca devemos esquecer que se trata de duas pessoas, cada uma com suas particularidades, seus interesses, seu mundo individual. Daí a importância de respeitar o espaço do outro. Se você sabe que seu parceiro gosta de ficar sozinho de vez em quando, lendo um livro no jardim, evite incomodar seu momento. Da mesma forma, estar casado não significa que você tenha que deixar de lado seu encontro mensal com os amigos. Respeitar a individualidade do outro é fundamental para qualquer relacionamento.

 

Muitas de nossas atitudes, tanto como casais e como indivíduos, acontecem no piloto automático, com base em nossos hábitos. Portanto, é possível ter uma vida amorosa saudável e feliz, simplesmente alterando o que escolhemos fazer e ser todos os dias.

 

Monica Machado - psicóloga pela USP, fundadora da Clínica Ame.C, pós-graduada em Psicanálise e Saúde Mental pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein.

Dia dos namorados: saiba os benefícios dos relacionamentos na terceira idade

 

Psicóloga afirma que esse tipo de relação pode contribuir para o bem-estar, autoestima, apego, comunicação e afetividade 

Com o Dia dos Namorados chegando, vale ressaltar que não são só os jovens que comemoram a data. Segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto Data Popular, existem mais de 1 milhão de pessoas com mais de 60 anos em um relacionamento sério. Apesar do que se acredita sobre o assunto, manter um namoro nesta fase da vida, pode ser muito benéfico para a saúde dos idosos. 

Um dos problemas mais relacionados com o processo do envelhecimento, são os distúrbios mentais, que incluem a ansiedade e depressão, causado pela sensação de incapacidade e autoestima. Segundo a última Pesquisa Nacional de Saúde, realizada em 2019 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a doença atinge cerca de 13% da população entre os 60 e 64 anos de idade. 

Por isso, os relacionamentos na terceira idade geram mais vontade de viver entre os mais velhos, além de ajudar a manter mais estável o lado emocional. Entre um dos motivos que explica essa relação é que ao encontrar uma pessoa que entende a situação em que o idoso está vivendo e mesmo assim, mostra-se capaz de gostar e manter uma vivência ao seu lado, deixa-o mais seguro e confiante. 

Para a psicóloga Tais Fernandes, do Grupo Said, empresa de cuidadores de idosos, junto ao envelhecimento vem o amadurecimento e crescimento pessoal, novas maneiras de enxergar a vida e os relacionamentos. Assim, as conexões e vínculos estabelecidos pelo idoso ao longo de sua existência são de grande valor e precisam ser reconhecidas. 

Além disso, o namoro inspira o cuidado, tanto consigo mesmo quanto com o outro, dessa forma, os cuidados com a saúde, com a estética e a vontade de fazer atividades mais ativas aumenta, estimulando a produção de endorfina, hormônio da felicidade. 

Contudo, assim como relacionamentos na fase adulta, a cautela é necessária, procurando sempre manter essa conversa entre os familiares, para que ambos os lados entendam melhor sobre o assunto, busque conhecer a outra pessoa sem pressa e sem atropelar as etapas, para que essa relação não se torne tóxica ou abusiva, causadas pela dependência emocional ou financeira. 

“A busca por relacionamentos amorosos é algo natural na terceira idade, novas possibilidades de construção de relações devem ser validadas e aceitas como parte desta etapa da vida. Um relacionamento saudável, assim como a vivência da sexualidade, são positivas ao idoso e podem contribuir para o bem-estar, autoestima, apego, comunicação e afetividade. Lembre-se sempre que ser idoso não é sinônimo de impotência, incapacidade ou dependência”, finaliza a psicóloga.
 

 Said Rio


Golpista do Tinder: como identificar um estelionatário ou abusador emocional


Mais perto da vida real do que você imagina, os crimes contra as mulheres estão cada vez mais presentes; especialistas esclarecem as principais dúvidas sobre o assunto

Recentemente o documentário ``Golpista do Tinder” chamou atenção ao mostrar golpes utilizando o aplicativo Tinder, em que além de realizar o abuso emocional das mulheres também foi acusado de roubar mais de 10 milhões de dólares. Mas, não é apenas nas redes sociais que acontece esse tipo de crime. Para se ter uma ideia, uma em cada cinco mulheres já foi vítima de golpes ou ameaças virtuais e que o maior medo de 75% das entrevistadas é o de ter suas informações pessoais vazadas na Internet, segundo pesquisa realizada pelo dfndr lab, laboratório especializado em segurança digital da PSafe. 

De acordo com a psicóloga e especialista em Psicologia Clínica pela PUC de SP, Vanessa Gebrim, geralmente esses golpistas são pessoas que têm o perfil manipulador com a necessidade de colher o máximo de informações para cometer o crime. “Eles têm no seu repertório emocional a arte de estabelecer relações com o dó, a caridade, a piedade ou, no outro sentido, pela ganância. Ou seja, ou é o coitadinho ou é o esperto. Mas o ponto em comum desses tipos sentimentais é que ele sensibiliza a vítima para obter vantagem”, alerta a especialista. 

Ainda de acordo com ela, suspeitar sobre solicitações de valores financeiros, pagamentos de contas ou transferências é fundamental para não entrar nos golpes. “É muito comum no golpe de romance a pessoa pedir dinheiro para o pagamento de viagens, de forma que encontros virtuais possam se encontrar pessoalmente. Para não cair nesses golpes o ideal é não ficar passando informações pessoais que jamais devem ser passadas em situações desse tipo, a não ser que você tenha confiança extrema no indivíduo que está pedindo ou no serviço utilizado”, complementa Vanessa. 

Mayra Cardozo, especialista em Direitos Humanos, Penal e stalking também alerta que abusador geralmente “mora longe” deixando para vítima o sonho de que “um dia se encontraram”, mas mantendo um distanciamento presencial para que se permaneça a idealização. “Os golpistas enchem a vítima de amor, até que elas estejam apaixonadas, para começar a executar as manobras financeiras. Muitas vezes sugerem uma viagem em casal, solicitando o cartão da vítima. Ou pedindo uma ajuda financeira para isso ou para aquilo. Vamos dizer que os golpistas “mais aperfeiçoados” eles não vão deixar a vítima saber que eles passam por uma dificuldade financeira, geralmente eles passam a imagem de ricos e milionários, mas que o cartão não passou por algum motivo específico”, explica. 

Ela ainda revela que sempre eles vão ter desculpas elaboradas para fazer um jogo de manipulação com a vítima até que ela ceda, em casos de resistências maiores eles ameaçam “terminar” o “relacionamento virtual” porque estão “chateados” porque a vítima “não confia neles”.”Até que um dia, depois de conseguir o que querem, bloqueiam a vítima e desaparecem gerando tristeza, angústia e traumas emocionais e patrimoniais”, conta. 

Abaixo, as especialistas esclarecem as principais dúvidas sobre o assunto. Confira: 


1 - É possível identificar um golpista? Há um padrão?

Mayra Cardozo conta que existe um padrão desses criminosos, eles geralmente sabem disso e exploram emocionalmente essa necessidade. “Geralmente esses golpistas aparecem como o “príncipe encantado”, eles são perfeitos, bem educados e amorosos, querem um compromisso e falam que é a primeira vez deles no aplicativo, deixam bem claro que querem construir uma família. Eles são constantes, mandam mensagens todo dia e toda hora, mandam flores, resumindo eles fazem um “love bombing” até que a vítima tenha certeza que encontrou o que a sociedade sempre introjetou em sua mente o que estava “faltando”, complementa. 


2 - Como evitar cair em golpes? 

Aquela frase “quando a esmola é grande o santo desconfia” é real, desconfie quando a situação parece muito boa para ser verdade, outra situação é ter muito cuidado com o pagamento que vai fazer é checar as informações da conta que receberá aquele valor. “Se um conhecido te manda mensagem e diz que está precisando de dinheiro naquele momento, por mais que você confie na pessoa e queira ajudar, investigue se aquele contato é verdadeiro. Ligue para o número, tente uma chamada de vídeo ou faça perguntas para saber se a pessoa conseguirá te responder. Isso também ajuda. Um estelionatário geralmente pede informações desnecessárias. Desconfie de contatos que peçam informações demais sobre você. No caso de mensagens e e-mails, fique atento ao remetente e confira se quem enviou é de confiança”, revela Vanessa Gebrim. 

Mayra Cardozo, especialista em Direitos Humanos, Penal e stalking também enfatiza que é fundamental fazer uma verificação do perfil é sempre importante, buscar amigos em comum. Jogar as fotos da pessoa no Google, pesquisar a vítima. Ficar alerta também com o “love bombing” verificar se as coisas não estão “muito intensas” ou indo rápido demais. “Nunca passar dados de cartões de crédito e evitar fazer transferências, sempre que o assunto dinheiro surgir fique atenta. Faça perguntas sobre a vida dele, e verifique se existe coerência em suas narrativas. Mas o mais importante talvez se relacione com pessoas que possuem alguém que possa te dar uma referência, opte por relacionamentos virtuais em que exista “amigos em comum”, explica. 


3 - Existem sinais para identificar um estelionatário emociona? 

Segundo Vanessa, os bandidos escolhem uma pessoa em um site de relacionamento e engatam um romance virtual com a vítima que, após estar emocionalmente envolvida, envia presentes e quantias em dinheiro. “Há também golpes de estelionato em que o criminoso se passa por estrangeiro e diz que está enviando um presente. Um tempo depois, outro golpista se passa por funcionário dos Correios e afirma que o presente ficou preso na alfândega, sendo necessário pagar uma alta quantia para a liberação. Como evitar: sempre tente encontrar a pessoa pessoalmente em local público para confirmar que ela é quem diz. Nunca transfira dinheiro para namorados virtuais”, salienta. 


4 - Quais são outros golpes que podem acontecer em aplicativos de relacionamento? 

De acordo com Mayra, um crime que devemos ficar atentos é a extorsão mediante sequestro. “Isso acontece quando o sequestrador está flertando com a vítima e combina de encontrá-la e sequestrá-la e realiza a extorsão mediante pagamento de resgate ou mediante sacar o dinheiro da conta da pessoa. Outro crime que pode também acontecer é o estupro, quando há encontros presenciais e até o feminicidio”, alerta a advogada. 

Outra questão que pode acontecer na internet é a perseguição tanto física como virtual a fim de amedrontá-la. “A partir dos sites de relacionamento ou de qualquer outro meio online você pode fornecer informações para os criminosos para que eles possam realizar inúmeros tipos penais. Não são só esses, o leque é muito maior, mas temos que tomar cuidado”, finaliza Mayra Cardozo, especialista em Direitos Humanos, Penal e stalking.



Mayra Cardozo - Advogada especialista em Direitos Humanos pela Universidade Pablo de Olavide (UPO) – Sevilha. A professora de Direitos Humanos da pós-graduação do Uniceub - DF, é palestrista, mentora de Feminismo e Inclusão e Coach de Empoderamento Feminino. Membro permanente do Conselho Nacional de Direitos Humanos da OAB e do Comitê Nacional de Combate à Tortura do Ministério da Mulher e dos Direitos Humanos.


Vanessa Gebrim - Pós-Graduada e especialista em Psicologia pela PUC-SP. Teve em seu desenvolvimento profissional a experiência na psicologia hospitalar e terapia de apoio na área de oncologia infantil na Casa Hope e é autora de monografias que orientam psicólogos em diversos hospitais de São Paulo, sobre tratamento de pacientes com câncer (mulheres mastectomizadas e oncologia infantil). É precursora em Alphaville dos tratamentos em trauma emocional, EMDR, Brainspotting, Play Of Life, Barras de Access, HQI, que são ferramentas modernas que otimizam o tempo de terapia e provocam mudanças no âmbito cerebral. Atua também como Consteladora Familiar, com abordagem sistêmica que promove o equilíbrio e melhora relações interpessoais. Tem amplo conhecimento clínico, humanista, positivista e sistêmico e trabalha para provocar mudanças profundas que contribuam para a evolução e o equilíbrio das pessoas. 


Você sabe qual a diferença entre dom e talento?

 

Recentemente eu assisti ao novo filme da Disney “Encanto” e fiquei muito admirada com a história de Mirabel e sua família.  Acredito que muitos ainda não tenham assistido, por isso não vou dar spoiler. Mas quero trazer uma reflexão sobre a narrativa.

A história fala sobre o “Dom” que herdamos e que é diferente para cada pessoa, respeitando sua individualidade e características, o que me motivou a escrever sobre Dom e Talento.

Dom é aquilo que já nasce com a gente, aquela habilidade nata, a facilidade para fazer algo mesmo sem ter aprendido. Por exemplo, você pode nascer com o dom de tocar piano.  Já o talento, é algo feito com facilidade, porém é uma habilidade que se desenvolve, com dedicação e treinamento.

Então, você até pode nascer com o dom de tocar piano, mas só se tornará um talento, se dedicar muito tempo aos estudos e a prática.

Agora, para identificar qualquer um dos dois, nós precisamos de autoconhecimento. Entender de fato quais são as nossas habilidades e o que gostamos mais de fazer, certamente aí dentro mora um ou outro.

Mas a questão principal é que todos nós temos dons e talentos, herdados ou adquiridos, que compõe o nosso diferencial e nos torna únicos.  Dessa maneira, temos sempre que valorizar as nossas habilidades colocando-as em prática na vida profissional.

É maravilhoso quando conseguimos aliar o trabalho ao nosso dom e talentos. Não tem nada que dê mais satisfação na vida.  Eu, por exemplo, decidi fazer biomedicina por que amava a Biologia, mas depois de atuar na área e buscar o meu autoconhecimento identifiquei que tinha muitas habilidades para a área de vendas e negócios.

Feito isso, mergulhei no meu desenvolvimento para me tornar um grande talento nesta área. Sempre coloquei como meta ser a minha melhor versão, todos os dias.

Também entendo, diante deste contexto, que não devemos nos comparar com os outros, afinal se temos dons e talentos distintos, querer ser como outra pessoa, não é a fórmula do sucesso.

Por isso, o filme deixa muito claro que devemos valorizar e reconhecer o dom de cada um. Exercendo as nossas funções no trabalho e na vida, utilizando de nossas melhores habilidades, conseguimos sem dúvida contribuir para um ambiente mais harmônico por onde passamos.

Enquanto líderes, identificar e valorizar os dons das pessoas que trabalham com a gente é fundamental para o bom desempenho dos profissionais e da equipe. E claro, todos ganham com isso.

  

Edna Vasselo Goldoni - fundadora e presidente do Instituto Vasselo Goldoni, CEO da Vasselo Goldoni Desenvolvimento, HR Influencer 2021 – 1º lugar no Brasil; membro honorário e vitalício da All Ladies League Global Network (Soul Sister), única mulher indicada ao Prêmio TOP OF MIND Profissional de Vendas, sendo finalista em três Edições; representou o Brasil no Congresso Mundial da ONU Mulheres em 2016.


Temperaturas frias podem causar depressão sazonal; conheça a condição

 

Especialista da Eurekka ressalta que condição pode vir em épocas
frias, embora seja algo passageiro, o cuidado com a doença é essencial
 

A depressão é um transtorno mental que se manifesta de diferentes formas, podendo surgir em qualquer momento. A doença é também uma das mais diagnosticadas quando se trata de distúrbios mentais e o não tratamento pode trazer sérios danos à saúde física e mental do indivíduo. Visto isso, a Eurekka, maior rede de saúde mental do Brasil, faz um alerta para uma condição menos debatida: é preciso se atentar à depressão sazonal. 

Diferente da depressão comum, a depressão sazonal ocorre em períodos específicos do ano. Neste tipo de condição, o indivíduo apresenta sintomas depressivos apenas no inverno, outono, primavera ou verão. No caso da depressão sazonal, os sintomas começam a desaparecer à medida que a estação em questão se encerra. O CEO da Eurekka e psicólogo, Júlio Pereira, aponta que é mais comum que a depressão sazonal aconteça nas épocas mais frias, embora possam acontecer em outros climas. 

“O diagnóstico da depressão sazonal só pode ser apontado quando a condição ocorre em uma época específica por dois anos seguidos sem outro episódio depressivo não-sazonal. Os sintomas são similares aos da depressão comum e embora só ocorra em uma época específica do ano, é necessário o seu cuidado para que não haja maiores consequências”, ressalta.
 

Relação da estação do ano com a depressão

É possível apontar algumas causas que indicam que épocas frias possam gerar depressão. No inverno, os dias são mais curtos e, portanto, há menos tempo de luz solar. Ou seja, existe uma diminuição da exposição ao sol e consequentemente na quantidade de vitamina D no organismo. A redução dos níveis de vitamina D pode ser uma das causas da depressão sazonal, uma vez que baixos níveis da vitamina podem provocar cansaço excessivo e mais sono. 

A falta de luz solar também pode afetar substâncias relacionadas ao nosso humor e sono, como a melatonina e a serotonina. Com os dias mais escuros, essas substâncias tendem a ficar mais desreguladas. “A serotonina é um neurotransmissor que se relaciona, entre outras coisas, com o nosso humor, sono e apetite. Dessa forma, a alteração em sua produção pode impactar muito no nosso humor. Além disso, há o aumento da produção de melatonina no escuro, um importante indutor do sono. Por isso que nos dias mais nublados e escuros é normal ficar um pouco mais sonolento. Essas alterações, portanto, ajudam a explicar como a depressão sazonal acontece”, destaca o especialista. 

Com isso, é possível apontar locais com maior incidência da depressão sazonal, sendo as localizações com altas latitudes. Nesses casos, os raios solares incidem de forma muito inclinada, gerando assim, pouca luz solar. Além disso, são lugares em que as estações são bem definidas em verão e inverno, sendo o verão um período mais curto e com temperaturas amenas e o inverno longo e com temperaturas baixas ao extremo.
 

Eurekka 


Sobre homens e ratos

Você não iria querer ser filho de uma Iguana. Os répteis não costumam ter nenhum cuidado com as crias e chegam mesmo a comê-las se derem mole. Cuidar dos filhotes e mesmo entregar a vida por eles é coisa de espécies mais avançadas, como os Mamíferos. O fato é que a complexidade cerebral foi criando filhotes que não nascem prontos, como os filhotes de Iguana, que são miniaturas de adultos e dependem totalmente de seus instintos para viver. Os mamíferos precisam de cuidados e de aprendizagem, que vem dos adultos e do grupo a que pertencem. Perder contato com a mãe ou com o grupo acaba sendo uma ameaça direta à sobrevivência do filhote, por isso ele é tão claramente agarrado a quem lhe alimenta e ensina a ser um membro produtivo da sociedade. Quanto melhor for o cuidado que esse pequeno ser tiver de seus cuidadores, melhor será seu amadurecimento, confiança e possibilidade de sobrevivência. Estudos hoje clássicos mostram que filhotes de rato que são mais lambidos e tem mães mais cuidadosas serão ratos mais valentes e menos estressados quando chegarem à idade adulta. Ratos menos cuidados e com mães indiferentes terão menor capacidade social e menor chance de se reproduzirem. E o que é pior: quando tiverem seus filhotes também serão descuidados e passarão adiante essa característica de descuido e abandono. Serão também mais medrosos e terão maior chance de doenças e morte prematuras.

Não precisamos ir muito longe para perceber a analogia com os humanos. O filhote humano completa a sua gestação fora do Útero materno. Precisa de muito cuidado e muita aprendizagem nos primeiros anos de sua vida. Mães com algum tipo de doença psiquiátrica, sobretudo as não tratadas, tem uma chance maior de gerar filhos com muitos problemas de desenvolvimento, seja da capacidade de aprendizagem a problemas de inteligência e inserção social. Hoje uma mãe que dá uma palmada no filho pode ir parar na delegacia, mas a mãe que deixa a criança sem comer por doze horas, ou que fica alcoolizada quando devia estar cuidando da casa e dos filhos nem chega a ser notada.

Nós, humanos, precisamos muito do apoio do Outro e dos ensinamentos que nos levarão para a vida adulta. Essa é a razão da extrema importância que damos à nossa imagem e opinião dos pares sobre nós. A falta dessa capacidade de aprender ou ensinar está na base de tudo o que faz pessoas e sociedades adoecerem. Precisamos de atenção, de cuidado e de exemplo. A falta disso nos anos iniciais da infância pode causar estragos definitivos em homens e ratos.

Freud trouxe à luz, no final do século XIX, a importância dos traumas infantis na formação dos sintomas psíquicos. Chega a ser engraçado como a Neurociência desdenha da Psicanálise mas bebe exatamente nessa fonte, mostrando e confirmando a importância das experiências e dos traumas da primeira infância inclusive nas populações gênicas que serão ativadas ou não. Isso quer dizer que o Caráter não é herdado, mas aprendido. Ou destruído pelo ambiente e as pessoas.

Quando as pessoas falam de uma cultura corporativa ou do desenvolvimento de pessoas, não podem ignorar esses valores. Como é importante o cuidado, a capacidade de ensinar e acompanhar o crescimento das pessoas e corrigir seus erros. Como o exemplo gera um resultado muito mais profundo do que os blá blá blás motivacionais. E como é importante quem está implementando e ensinando o que as pessoas precisam aprender.

Como os ratos (e outros mamíferos), ter um ambiente organizado e com regras claras gera menos estresse, menores índices de Cortisol, o hormônio do estresse, e menos adoecimento físico e psíquico em gestores e equipe. O cuidado dá lucro, em todos os níveis.

As redes sociais mostram como estamos famintos por Atenção e Aprovação do Outro. Isso não é necessariamente ruim. Quem exerce um papel de ser esse Outro tem um papel vital e incrivelmente subestimado em nossa sociedade. Mães, tias, avós, professores, cuidadores, são a base de tudo o que vai acontecer em nosso futuro. Precisamos dessas pessoas e de seus papéis bem exercidos. Quem pode fornecer isso salva vidas e abre caminhos para o futuro. Quem usa da autoridade para oprimir ou abandonar gera um buraco que demanda muita gente e muito dinheiro para tampar.

Como os ratinhos, precisamos desesperadamente de uma cultura de cuidado e de estabelecimento de confiança. Nas famílias, nas comunidades, nas escolas, nas empresas. Não dá para esperar isso dos governos ou dos políticos. Não dá para esperar mudanças de cima para baixo, só de baixo para cima, e essa seria a verdadeira revolução. Em vez de xingar o candidato, o gestor, o dono da empresa ou seja quem estiver no comando, devemos criar alianças e culturas de transformação em nosso microcosmo. Uma cultura de cuidado e de aprendizagem, já que somos mamíferos tão desesperadamente carentes de aprender quase tudo, todo dia.

Só assim vamos parar de ver homens se comportando como ratazanas.



Marco Antonio Spinelli - médico, com mestrado em psiquiatria pela Universidade São Paulo, psicoterapeuta de orientação junguiana e autor do livro “Stress o coelho de Alice tem sempre muita pressa"


Línguas estrangeiras retardam o envelhecimento do cérebro

 

Os avanços médicos estão causando um aumento gradual da expectativa média de vida. No entanto, isso tem um preço, pois o número de casos de demência e outras doenças neurodegenerativas cresce com a idade. Pesquisadores da HSE University (Rússia) e da Northumbria University (Reino Unido) descobriram que o bilinguismo pode retardar e mitigar o curso das mudanças relacionadas à idade no cérebro humano. O estudo foi publicado na Frontiers in Psychology. 

O cérebro humano começa a ter um desempenho pior com a idade: a velocidade geral de processamento de informações diminui, a memória de curto prazo e episódica se deteriora e o controle sobre as habilidades de linguagem, funções executivas e visuoespaciais diminui. Este processo é chamado de 'envelhecimento cognitivo'. No nível neuronal, manifesta-se por meio de alterações anatômicas na substância cinzenta e branca em regiões específicas do cérebro. 

No entanto, a velocidade com que o envelhecimento ocorre varia e depende da reserva cognitiva de uma pessoa -- a capacidade do cérebro de lidar com os efeitos dos danos cerebrais relacionados à idade e manter o desempenho ideal. Essa reserva é construída ao longo da vida de uma pessoa à medida que o cérebro fortalece as redes neurais em resposta a vários estímulos externos. Quanto mais complexas forem as redes neurais, maior será a reserva cognitiva de uma pessoa e mais suaves serão as mudanças relacionadas à idade. Já está comprovado que a reserva cognitiva é influenciada pelo exercício físico, alimentação, hábitos de lazer, nível de escolaridade, condição socioeconômica e vários outros fatores. 

Uma equipe de cientistas da HSE University (Rússia) e da Northumbria University (Reino Unido) decidiu investigar o efeito do bilinguismo no funcionamento do cérebro de idosos e como ele se relaciona com outros aspectos da reserva cognitiva. Os pesquisadores realizaram um experimento com 63 adultos com 60 anos ou mais. Os participantes eram saudáveis e não tinham histórico de deficiências psiquiátricas ou neurodegenerativas. Os requisitos de participação para o estudo incluíam pelo menos conhecimento parcial de uma segunda língua ('bilinguismo', neste caso, referindo-se à capacidade de falar duas línguas, não importa o quão fluente). 

Antes do experimento, todos os participantes responderam a um questionário que investigava sua reserva cognitiva (incluindo perguntas sobre o estado civil dos participantes, nível de escolaridade, profissão, relações sociais, atividades esportivas etc.). Os participantes também tinham que indicar quanto tempo eles conheciam uma segunda língua, com que frequência e onde a usavam e quão fluentes eram. 

Os participantes foram apresentados a uma 'tarefa de flanqueador', que é tradicionalmente usada para medir o controle executivo inibitório. Na tarefa, os participantes veem uma fileira de cinco setas; a seta central do 'alvo' é o estímulo-chave. As setas de cada lado da seta central (os 'flankers') podem apontar na mesma direção do estímulo-chave (congruente), na direção oposta (incongruente) ou podem ser substituídas por outros objetos (como quadrados). Os participantes foram solicitados a indicar a direção do alvo central e fazê-lo o mais rápido possível. 

Em uma situação incongruente (quando o alvo e as setas laterais apontam em direções diferentes), geralmente é mais difícil para uma pessoa se concentrar e dar a resposta correta. No entanto, o bilinguismo mostrou um efeito facilitador na tarefa. Quanto mais tempo as pessoas estudavam uma segunda língua e quanto mais fluentes elas eram, melhor se saíam no experimento. Vale a pena notar que o nível de habilidades linguísticas dos sujeitos desempenhou um papel maior do que o tempo que eles estavam aprendendo uma segunda língua. Os pesquisadores explicam esse resultado observando que os falantes bilíngues enfrentam constantemente conflitos semelhantes na vida cotidiana, nos quais devem fazer escolhas e alternar entre dois sistemas linguísticos. 

Federico Gallo, Junior Research Fellow do HSE University Institute of Cognitive Neuroscience, diz que "ao contrário de outros fatores que moldam a reserva cognitiva, o bilinguismo é único porque está constantemente presente em nossas vidas. A linguagem permanece conosco o tempo todo. Nós nos comunicamos, assistimos a filmes e lemos livros, e os centros de linguagem estão constantemente trabalhando em nossa mente. Assistimos a um fenômeno interessante neste experimento: com um alto nível de proficiência linguística, a correlação entre a resolução de conflitos bem-sucedida e outros componentes da reserva cognitiva desapareceu. Isso sugere que os benefícios do bilinguismo na reserva cognitiva podem ser mais fortes do que os de outros fatores conhecidos." 

A proficiência em dois ou mais idiomas melhora o funcionamento do cérebro não apenas em pessoas saudáveis, mas também em pessoas com vários distúrbios neurodegenerativos (demência, Alzheimer, doença de Parkinson, acidente vascular cerebral). Em outro artigo publicado na Frontiers in Human Neuroscience, Federico Gallo e seus colegas fornecem uma visão geral das pesquisas mais recentes sobre bilinguismo e envelhecimento. Os dados sugerem que os bilíngues ativos são diagnosticados com doenças neurodegenerativas 5 a 7 anos mais tarde do que os falantes monolíngues. Os cientistas acreditam que o bilinguismo melhora não apenas o funcionamento executivo do cérebro, mas também a memória episódica, de trabalho e semântica, e até aumenta a inteligência fluida geral. 

"Não existem medicamentos realmente eficazes disponíveis hoje para prevenir ou retardar o envelhecimento cerebral. São necessários enormes recursos financeiros para desenvolver tratamentos farmacêuticos. Portanto, encontrar e pesquisar formas alternativas e não medicamentosas de retardar o envelhecimento cognitivo deve se tornar uma prioridade na ciência. A longo prazo, planejamos estudar como os benefícios do bilinguismo no envelhecimento podem variar com diferentes pares de idiomas", pontua Federico Gallo. 

 

Rubens de Fraga Júnior - professor de Gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR) e é médico especialista em Geriatria e Gerontologia pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG).

 

Fontes: 
Federico Gallo et al, Add Bilingualism to the Mix: L2 Proficiency Modulates the Effect of Cognitive Reserve Proxies on Executive Performance in Healthy Aging, Frontiers in Psychology (2022). DOI: 10.3389/fpsyg.2022.780261
Federico Gallo et al, Bilingualism and Aging: Implications for (Delaying) Neurocognitive Decline, Frontiers in Human Neuroscience (2022). DOI: 10.3389/fnhum.2022.819105

 

Mito ou verdade: Distúrbios da tireoide podem afetar a estrutura capilar

Tricologista explica queda de cabelo associada a disfunções hormonais e quais são os sinais de alerta


O corpo humano, de fato, é uma máquina perfeita, com engrenagens que trabalham o tempo todo de forma alinhada e coordenada. Prova disso, é que ao menor indício de falha, todo o sistema começa a dar sinais de que algo pode estar errado. No caso dos distúrbios da tireoide, glândula que regula a função de diversos órgãos e influencia diretamente na produção de alguns hormônios, não é diferente, um dos primeiros e mais frequentes sintomas é a queda de cabelo que pode passar facilmente despercebido e por essa razão é importante ficar atento, como destaca a tricologista, Dra. Ana Carina Junqueira.

“Os hormônios da tireoide regulam, entre outras coisas, a manutenção e o desenvolvimento do folículo piloso, quando estão em desequilíbrio, podem desencadear o que chamamos de eflúvio telógeno, quando os folículos capilares passam precocemente para uma fase de queda e o crescimento não acompanha a velocidade da queda. E este é um sinal de atenção e não pode ser ignorado”, afirma a tricologista.

Segundo a Dra. Ana Carina Junqueira, uma das formas de reconhecer se a queda de cabelo pode estar associada a um distúrbio da tireoide, é observar se a perda se estende a outras partes do corpo, como braços, pernas e sobrancelhas. A queda capilar por conta de problemas na tireoide, ela causa o distúrbio chamado eflúvio telógeno, que é uma queda difusa e ela pode estar associada a outras doenças autoimunes como a Alopecia Areata, que causa falhas focais, ou seja, quando o paciente tem um distúrbio na tireoide, seja por hipotireoidismo ou hipertireoidismo, ele tem uma chance maior de desenvolver as falhas focais no couro cabeludo.

Mas, a boa notícia é que esse cenário pode ser revertido na maioria dos casos. “Se o caso for relacionado apenas com um desequilíbrio hormonal, como hipotireoidismo ou hipertireoidismo, os cabelos geralmente voltam a crescer normalmente e cair com menos intensidade, assim que os níveis dos hormônios da tireoide são restabelecidos, o que pode demorar um pouquinho. Também é possível estimular o crescimento e fortalecimento dos fios nessa fase com tratamentos específicos. No entanto, quando a queda capilar estiver associada por outros distúrbios autoimunes, será necessário o tratamento da doença de base para que haja o controle da queda de cabelo”, explica a Dra. Ana Carina.

 

Como tratar as mudanças na estrutura capilar nestes casos 

De acordo com a tricologista, seja a queda capilar causada pelo hipotireoidismo, hipertireoidismo ou por uma condição autoimune, é importante que ao notar qualquer anormalidade, um especialista seja procurado. Um acompanhamento multidisciplinar, nestes casos, é sempre a melhor alternativa.

 

 Dra. Ana Carina Junqueira

draanajunqueira

Médica especializada em Tricologia clínica e pesquisa. Está no Brasil após uma temporada de seis anos nos Estados Unidos, no departamento de dermatologia da mundialmente renomada Mayo Clinic, em Rochester, e na Universidade de Minnesota -- que possui o maior centro de referência dermatológico de pesquisa e tratamentos para cabelo. Os tratamentos são selecionados caso a caso, baseados no diagnóstico personalizado de cada paciente, levando em consideração o histórico clínico meticuloso, coleta de exames hormonais e nutricionais, triagem de doenças autoimunes e exames de imagem.

 

Ibemc

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