Pesquisar no Blog

sábado, 9 de outubro de 2021

A saúde mental da geração alpha: o que precisamos saber?

Com a proximidade dos dias das crianças (12 de outubro), saber as características da geração alpha é essencial para lidar melhor com as crianças dessa idade e, assim, evitar eventuais conflitos que podem causar desconforto e, até mesmo, gerar problemas emocionais nos envolvidos. Nesse contexto, proteger a saúde mental de crianças e adolescentes é um dos fatores cruciais para a promoção da qualidade de vida das novas gerações.


Tendo isso em vista, a médica com foco em saúde mental do Hospital Santa Mônica, dra. Luciana Mancini Bari e o psicólogo , Alef Ferreira, irão explicar o que é a geração alpha e quais são as suas principais dificuldades. Saiba como colaborar e cuidar da saúde mental desse grupo e ajudá-lo a vencer desafios relacionados a redes sociais, pandemia, adaptação escolar e tantos outros que podem gerar instabilidade emocional e psíquica. Aproveite a leitura!


Afinal, quem é a geração alpha?

Conforme a definição do sociólogo australiano Mark McCrindle, o termo geração alpha se refere às crianças nascidas a partir do ano de 2010. Nessa perspectiva conceitual, a característica mais marcante dessas pessoas é o fato de terem nascido em um mundo praticamente digital.

Assim, desde cedo, elas se acostumaram a viver em um ambiente 100% conectado, o qual pode impactar o comportamento dessa geração em diferentes sentidos. Sob essa ótica, é necessário ter cuidado para que a geração alpha não seja afetada pelos aspectos negativos comuns ao mundo virtual.

É notório que tanto as crianças quanto os 
adolescentes dessa idade estão acostumados com o uso de tecnologias para diferentes atividades. Logo, é preciso orientá-los a respeito da relevância de priorizar o equilíbrio entre o virtual e o real. Ou seja, o ideal é cuidar para que a geração alpha tenha uma relação mais saudável com os ambientes digitais.


Quais são as principais características dessa geração?

Listamos as principais características que marcam as pessoas que compõem esse grupo. Veja quais são!   

  

Curiosidade
 

Desde muito pequenas, as crianças da geração alpha são bastante curiosas e apresentam uma forte tendência a encarar tudo como se fosse uma realidade virtual. Sendo assim, elas não têm medo de apertar botões para conhecer novas funções ou simplesmente entender para que servem ou por que estão ali.

De certo modo, essa curiosidade aguçada é importante, pois favorece à capacidade para resolver problemas com mais facilidade que as pessoas de outras gerações. Sendo assim, isso se torna uma virtude, além de contribuir para o seu desenvolvimento cognitivo. 

 

Agilidade 
 
Por nascer e crescer no meio de vários aparatos eletrônicos, a geração alpha tem bem mais agilidade para encontrar o que procura nos dispositivos eletrônicos. Por ter curiosidade e independência, essas pessoas são muito ágeis para lidar com equipamentos. Além de parecer tudo muito natural, isso é quase que intuitivo para elas.

 

Empatia 

Outra característica importante da geração alpha é que ela também está mais aberta ao que é diferente. Por conta disso, a facilidade de acesso às informações disponíveis na internet, quando aliada a um movimento social que trabalha a inclusão e aceitação, ajuda no desenvolvimento da empatia.



Quais são os problemas de saúde mental mais comuns nessas crianças? 

A relação entre crianças e eletrônicos exige atenção porque pode gerar desequilíbrios que levam à instabilidade psicológica. Logo, essa é uma das questões que mais desafiam os adultos, pois os efeitos da quarentena também concorrem para essa problemática.

Ainda que essa geração seja antenada e esperta em algumas áreas e tenha um excelente domínio de recursos digitais, na pandemia, elas estão expostas ao medo e à insegurança. Elas precisam, por exemplo, de ajuda para se desenvolver psicologicamente para aprender a lidar melhor com suas emoções e seus sentimentos.

Nesse sentido, é necessário buscar alternativas apropriadas para educar e orientar a geração alpha no meio de tantas transformações. Mesmo que seja difícil confrontar a influência do avanço tecnológico sobre o comportamento, o ideal é ensinar as crianças a enfrentar tais situações com leveza.

Em vias gerais, essa geração é muito mais autônoma em relação às próprias convicções ou dúvidas. Por isso, os pais e professores devem adotar uma postura cuidadosa para impor seus conceitos e valores. A falta de atenção ou de cuidado nesse sentido pode gerar embates que levam ao desenvolvimento de problemas emocionais típicos dessa faixa etária, como a  
ansiedade e depressão  .

Além desses, há outras dificuldades que são mais evidentes na geração alpha. Observe:    

  • baixa habilidade emocional;
  • dificuldade para lidar com o “não”;
  • maior tendência à intolerância ao fracasso;
  • mais dificuldade de conexão familiar e social;
  • baixa autoestima gerada pela supervalorização da beleza estética;
  • dificuldade de absorção de conteúdos escolares no modo tradicional;
  • raiva desmedida ou frustração quando algo não acontece conforme o esperado;
  • maior tendência à irritabilidade ou agressividade sem causa aparente;
  • falta de paciência para lidar ou se comunicar com pessoas de outras gerações.      


Como colaborar com a saúde mental das crianças da geração alpha? 

Um dos temas mais discutidos atualmente é quanto ao futuro da educação das crianças das novas gerações. Pais e educadores têm em comum uma preocupação sobre como as tecnologias impactam a saúde mental dessas crianças e adolescentes. Por conseguinte, a forma de lidar com os aparatos tecnológicos pode comprometer o ensino e a aprendizagem delas.

Assim sendo, torna-se essencial cuidar desses aspectos educacionais no tempo presente. Agora é o tempo de buscar alternativas mais estratégicas que contribuam para a proteção psicológica e psíquica desse grupo. No âmbito escolar, a orientação é mesclar práticas tradicionais de ensino com as possibilidades digitais. Como são muito conectadas, é preciso, com moderação, explorar o universo delas.

Um
estudo do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) abordou a importância da música como alternativa para melhorar a concentração da geração alpha. Outro ponto relevante é buscar ajuda profissional especializada para uma avaliação diagnóstica e tratamento de ansiedade, depressão ou outros transtornos psíquicos que surjam.

Como você viu, as crianças e os adolescentes da geração alpha são inteligentes, interativos e comunicativos, mas apresentam certas limitações quando precisam lidar com sentimentos. Nesse contexto, a equipe multidisciplinar do Hospital Santa Mônica é uma excelente alternativa para assegurar cuidados mais humanizados, eficientes e centrados nas dificuldades delas.

 


Hospital Santa Mônica - Itapecerica da Serra - SP 
(011) 4668-7455 
(011) 99667-7454 
contato@hospitalsantamonica.com.br 
Acesse o mapa

Clínica Integrativa - São Paulo - SP 
(011) 3045-2228
contato@hospitalsantamonica.com.br 
Acesse o mapa


Comportamentos que atrapalham o progresso das mulheres


Homens e mulheres podem ter conceitos diferentes de sucesso? Eles se comportam da mesma forma com relação à satisfação no trabalho? Sally Helgesen e Julie Johnson, através da empresa americana de pesquisa e análise de mercado Harris Interactive, conduziram um estudo sobre como homens e mulheres percebem, definem e buscam satisfação no trabalho. Os resultados foram publicados no livro The Female Vision: Women’s Real Power at Work.

 

No estudo, tanto os homens como as mulheres, relataram sentir grande satisfação em liderar equipes, em divulgar resultados que superaram as expectativas e em serem reconhecidos por suas contribuições.

 

Os resultados também indicaram que os homens costumam valorizar mais estar em altas posições na empresa e ter uma alta remuneração. Já as mulheres deram mais valor à experiência de trabalho. 

 

Isso não significa que as mulheres não se importem com recompensas financeiras ou posição, mas, para elas, o próprio conceito de sucesso é um pouco diferente. As mulheres normalmente incorporam à definição de sucesso, além de dinheiro e posição, a valorização da qualidade de vida, dos relacionamentos no trabalho e o impacto de suas contribuições, por exemplo.

Segundo Helgesen, mulheres são mais propensas a largar empregos de alta posição e salário, mas que apresentam baixa qualidade de vida. São os típicos empregos que, para elas, não valem a pena.       

 

Podemos dizer que é psicologicamente saudável para as mulheres não enxergarem o dinheiro, a posição e a vitória como suas principais referências de sucesso. Também é ótimo para suas equipes e organizações e até para suas famílias. Mas, há um lado negativo nisso, que leva as mulheres a investirem menos em seu próprio progresso profissional.

 

Sabemos que, à medida que crescem em suas carreiras, a maior parte das mulheres enfrentam desafios diferentes dos enfrentados pelos homens.

 

Não há como negar, nem minimizar a existência de obstáculos muito desafiadores, como por exemplo: homens que ainda parecem ser incapazes de ouvir as mulheres, que reivindicam crédito pelas ideias delas, obstáculos em promoções, ou planos de carreira que presumem que famílias não existem.

 

Porém, enquanto se trabalha para impulsionar o equilíbrio de gênero nos locais de trabalho, há algo que está sob gestão direta das mulheres e que pode aumentar consideravelmente suas chances de sucesso.

 

Na progressão da carreira, as pessoas cultivam alguns hábitos que contribuem para sua ascensão, mas que em dado momento, as impedem de continuar evoluindo. Isso vale tanto para homens como para mulheres, porém os comportamentos que atrapalham o progresso das mulheres são muitas vezes diferentes dos que prejudicam os homens.

 

Sally, em seu livro “Como as mulheres chegam ao topo”, descreve 12 hábitos que impedem as mulheres de progredir. Dentre eles, destaco 2, que normalmente caminham juntos e possuem alto impacto nas carreiras:

 

- Relutar em reivindicar suas conquistas;

 

- Esperar que os outros notem espontaneamente e valorizem suas conquistas.

 

Muitas vezes as mulheres sentem uma “alergia” ao marketing pessoal, o que parece diminuir as próprias conquistas e o reconhecimento pelo seu trabalho. E de acordo com a pesquisa, esse tipo de hábito não predomina entre os homens. Essa diferença de comportamento faz com que, no mundo corporativo, elas possam até se dedicar e confiar em sua capacidade, mas têm dificuldade em se fazer notar pelo próprio trabalho. É quase cultural desviarem-se do crédito das próprias conquistas, virando o holofote para outras pessoas.

 

Sentir-se desconfortável em reivindicar o crédito por suas conquistas pode custar sua carreira. E a crença de que se fizermos um excelente trabalho, as pessoas vão notá-lo, pode fazer com que seu trabalho duro seja negligenciado.

 

Quando não encontramos uma maneira de falar sobre o valor do que fazemos, é como se enviássemos a mensagem de que não o valorizamos muito.

 

A boa notícia, é que estamos falando sobre comportamentos que podem ser minimizados e alterados para que o avanço na carreira não seja tão exaustivo. Desenraizar um hábito que vem cultivando ao longo da sua história profissional é algo que está sob o seu alcance e controle, e vai aumentar consideravelmente suas chances de sucesso.

 

Carolina Vale Schrubbe - especialista em desenvolvimento de líderes e equipes e  fundadora da QUARE Desenvolvimento


Artrose pode dificultar a vida sexual de mulheres

A doença, mais frequente em idosas, tem atingido cada vez mais mulheres entre 30 e 50 anos

 

Mais comum em pessoas com idade acima dos 65 anos, a artrose vem atingindo também os mais jovens, exigindo uma atenção especial daqueles que não conhecem os incômodos efeitos do problema que pode atingir diversas articulações do corpo humano. Segundo informações da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), 10% da população na faixa etária entre 30 e 50 anos apresenta problemas relacionados a artrose. Desse número, a maioria são mulheres.

“A artrose é um processo degenerativo onde ocorre a perda da anatomia articular saudável. Os sintomas mais comuns são dor e perda da mobilidade articular. A doença, até o momento, não tem cura. Os locais mais comuns de serem diagnosticados com artrose são: quadril, coluna, joelho, mão e punho, pé e tornozelo, ombro e cotovelo”, comenta a ortopedista Soraya Melina Alves, membro da Sociedade Brasileira do Quadril.

Segundo a especialista, a doença é mais comum em mulheres. Por isso, durante a vida sexual ativa, são elas que podem sofrer ainda mais com a artrose, principalmente quando a articulação acometida é o quadril. ‘‘A dor traz limitação para o ato sexual tanto de homens como mulheres. Em alguns casos mais específicos, como artrose em coxas profundas ou otopelves (condições em que há um encarceramento da cabeça do fêmur), a mobilidade do quadril é muito restrita impedindo até mesmo a abertura dos membros inferiores ou mobilidade pélvica’’, afirma a médica.

Segundo Soraya, a artrose no quadril tem diferentes estágios. ‘‘Nos mais iniciais, o tratamento clínico é a melhor opção visando manter boa mobilidade e controle da dor’’, diz a especialista. Já sobre o tratamento, a médica afirma que a cirurgia, em casos mais graves, é o mais indicado. ‘‘Com a progressão dos sintomas e as limitações funcionais, o tratamento cirúrgico é o indicado. A artroplastia do quadril (procedimento cirúrgico) é a indicação padrão para os casos de coxartrose’’, conclui.

De acordo com a especialista, para as mulheres que têm a doença, mas ainda estão em idade de vida sexual ativa, a criatividade é essencial. ‘‘Se a paciente tem mobilidade no quadril, mas tem dor, o indicado é seguir um tratamento com medicação. Outro ponto é indicar para a paciente posições alternativas que não necessitem de abertura de perna para evitar o desconforto. Geralmente, as posições de lado são as que não trazem desconforto ou dor no quadril para a paciente, mas também, ela pode usar a criatividade nesse momento’’, completa Soraya.


5 passos para driblar a síndrome da impostora

Consultora empresarial Regina Nogueira alerta para o problema, que afeta mais mulheres do que homens e põe em risco trajetória profissional e pessoal

 

Já ouviu falar na síndrome da impostora? Embora não seja um conceito novo- essa questão é estudada há cerca de 50 anos, desde a década de 1970- muita gente ainda não compreende bem ao que se refere o termo. Resumidamente, essa "síndrome" pode ser definida como uma espécie de bloqueio que impede que a pessoa seja capaz de reconhecer e aceitar seu próprio sucesso.

Mesmo nos dias de hoje, esse é um problema que acomete um grande número de pessoas do sexo feminino, e faz com que a mulher passe a considerar a si mesma "uma fraude", e a acreditar que só conseguiu alcançar determinada posição ou patamar na carreira por ter enganado todas as pessoas ao seu redor.

Segundo pesquisa da plataforma de conteúdo e negócios StartSe, em parceria com a OpinionBox, entre 783 mulheres em posições de liderança de todo o Brasil, 43% apontam o medo de falhar como um dos entraves para evoluir na carreira, enquanto a dificuldade em falar sobre conquistas profissionais foi apontada por 52%. Os dois aspectos são "sintomas" intimamente ligados à denominada síndrome da impostora.

"É um padrão de comportamento, que geralmente reflete uma baixa auto-estima e insegurança. Com isso, a pessoa- em sua maioria mulheres, mas também afeta muitos homens- passa a crer que aquele sucesso que ela está obtendo em sua vida não é real, que foi um ‘golpe de sorte’ aquilo ter acontecido", explica a consultora empresarial Regina Nogueira, que também é especialista em reposicionamento de marca pessoal e corporativa e autora do livro "VOCÊ É UMA MARCA. Descubra como o Personal Rebranding pode mudar a sua vida por meio das marcas".

Regina acrescenta que trata-se de um processo de autossabotagem, em que o indivíduo não aceita o próprio sucesso e acha que não tem competência para executar bem e ter êxito em determinada área ou cargo. "É algo muito complexo, porque a pessoa realmente dá ênfase e ‘joga luz’ sobre o lado negativo, e não no lado positivo daquilo que ela realiza. Assim, não consegue enxergar sua potência".

Na visão da especialista, não é surpresa que tal "síndrome" acometa mais as mulheres. "Durante séculos, fomos educadas para servir, e, culturalmente, o homem sempre ocupou um lugar de muito mais destaque que a mulher. Isso é uma barreira difícil de quebrar, porque ainda hoje a mulher sofre pressão social e enfrenta preconceito no mundo corporativo, simplesmente por ser mulher. Apesar de todos os avanços, ainda estamos longe de ter um ambiente igualitário. Os homens, de forma geral, ainda ganham salários maiores e tendem a ser mais respeitados", diz.

Regina lista algumas dicas para as mulheres deixarem de lado esse "complexo":



1- Faça uma retrospectiva das suas conquistas

Essa é uma medida simples e eficiente, pois ajuda a relembrar cada passo da história daquela mulher, e faz com que ela visualize melhor como chegou lá. "Ao fazer esse exercício, a mulher pode se dar conta de que não chegou onde desejava da noite para o dia. Isso ajuda a valorizar mais cada desafio que ela enfrentou, e entender que se hoje ocupa um determinado cargo, é porque merece", comenta.



2- Liberte-se do medo de errar

Outro cuidado importante, na visão de Regina, é permitir-se ser imperfeita e não ter medo de se mostrar vulnerável. "A mulher não pode se esquecer de que, acima de tudo, ela é humana e, como tal, não tem a obrigação de saber tudo, nem de acertar sempre. Libertar-se dessa imposição também ajuda a sentir-se menos ‘impostora’".



3- Não viva apenas para o trabalho

Ter uma vida fora do escritório também é fundamental, no ponto de vista da consultora. "Não dedique 100% do seu tempo e interesse ao trabalho, cultive suas amizades, estreite as relações familiares, pois são essas as pessoas que te ajudam a voltar pro eixo, relembrar quem você é e parar de duvidar tanto de você mesma".

Além das relações humanas, é necessário reservar algum tempo para o lazer, viagens, hobbies, coisas que te desconectem das obrigações e do peso da rotina. "Isso tudo ajuda a não se levar a sério demais, e afasta do papel de impostora.



4- Reserve algum tempo para você

Regina também sugere tirar tempo para si mesma, dedicando-se a alguma prática que promova a saúde mental e o bem estar- como meditar, caminhar, qualquer atividade que aquela mulher goste e valorize. "Muitas vezes acabamos deixando esses momentos de lado, mas o autoconhecimento é o melhor caminho para que você se conecte consigo mesma, e fuja da ideia de que é uma ‘farsa’", pondera.



5- Nunca é tarde para mudar de atitude

Como última dica, Regina ressalta que nunca é tarde demais para reposicionar sua própria marca pessoal e criar uma nova imagem, seja no trabalho ou na vida pessoal. "Eu mesma tive uma ascensão profissional muito rápida, fui a mais jovem diretora de marketing da multinacional em que eu trabalhava. Quando assumi o cargo de diretora, para atender um grande cliente, me tornei outra pessoa, estava com muito medo, e meu comportamento, minha insegurança, passou a afastar as pessoas. Passado algum tempo, com a ajuda dos amigos e dos colegas mais próximos, consegui identificar a armadilha da impostora e reverter o jogo", conta.

"É por isso que sempre digo que todos têm a capacidade de abandonar um comportamento e se tornar de fato uma nova pessoa, passando uma nova impressão e deixando de boicotar a si mesmo, caminhando para o sucesso em todas as áreas da vida e para uma existência mais plena e feliz", conclui.




Regina Nogueira - especialista em reposicionamento de marca e autora do livro "Você é uma marca! Descubra como o Personal Rebranding pode mudar a sua vida por meio das marcas", que será lançado em outubro. Oferece consultoria estratégica para empresas e pessoas, por meio de atendimentos personalizados que resultam no reposicionamento da marca pessoal e/ou corporativa. É Pós-Graduada em Neurociência e Comportamento pela PUC- RS, Bacharel em Economia pela PUC-SP, Propaganda e Marketing pela ESPM e em Liderança pela Columbia University - NY. Atuou no mercado de publicidade por mais de 20 anos, tendo ocupado cargos de liderança em grandes empresas e agências nacionais e multinacionais nas áreas de Atendimento, Planejamento, Marketing e Branding.


O CORPO VIOLENTO

Não nos vemos como um corpo. Não nos ensinaram que somos um organismo, um sistema vivo, uma estrutura psicofisiológica. Mas, nós somos um corpo. Se nos olhamos no espelho, não vemos o nosso corpo; vemos o corpo que somos. A dualidade platônica reelaborada pelo cristianismo que nos alcançou não venceu Espinosa ou Hume.

Seja: não temos uma mente e nem temos um corpo, mas somos um corpo com capacidade de pensar, uma estrutura física dotada de psiquismo. O pensamento é um atributo do corpo. E como e por que esse corpo pensante gera violência? A ciência confessa: aprendemos muito, não sabemos tudo. Temos, contudo, razoável noção das coisas.


Um organismo, para pensar, tem de ter capacidade de registrar dados e de buscá-los na memória para operações no presente. Humanos, macacos e computadores fazem isto. Esta constatação não é suficiente para explicar todo o comportamento o humano. O que, afinal, faz com que o humano pense e, ainda assim, se comporte com violência?


A primeira razão está na relação do corpo com o seu passado. O que memorizamos, nós o fazemos com conteúdo significante, e correlacionando significativamente com os registros significativos antecedentes. Macacos fazem isso de forma rudimentar; computadores não conseguem fazê-lo; humanos fazem-no de forma complexa.


A segunda relaciona-se com o tempo futuro. O humano tem expectativa, consegue viver antecipadamente o que imagina será o amanhã, fazendo-o com emoções da realidade presente informada pelo passado. Finalmente, o humano é situado na história do seu tempo, e só se afeta, pensa e se compreende nela. Somos um animal histórico.


A memória (dados) e a expectativa (panorama futuro) sempre foram os elementos de decisão do humano. Nos tempos selvagens, o corpo humano compunha a cadeia alimentar. Matava para comer, mas era caçado e servia de comida. Sobreviveram os que aprenderam a usar subsídios da memória para levar a vida até o dia seguinte.


Memória da violência e estratégias de violência moldaram o animal que evoluía. Nesse sentido, então, a inteligência que brotava no humano formava-se como um recurso de luta, como uma arma. O que nos faltava de garras ou dentes nos sobrava de cérebro mortal, inigualável em organizar a violência como recurso eficaz de sobrevivência.


Descobrimos que agrupados éramos mais fortes. Internamente, no entanto, membros do grupo tinham que se conter, ou a guerra doméstica mataria a todos. Sobreviveram os capazes de se adaptar à convivência. Assim é que grupos cresceram e produziram cultura – cultura como sistema de comportamento vantajoso, mas que pede regra.


Sem regra compartilhada, está-se sujeito à oscilação das iras da coletividade. É desse modo que a cultura se introjeta em animais humanos: como “lei” subjetivada. O humano caracteriza-se exatamente por conter em si essa tensão entre um corpo formado para a violência e uma cultura que se inscreve nesse corpo violento e o reprime.


Atualmente, além da tradição cultural, há meios de repressão institucional bem organizados e atuantes (ideologia e repressão). A violência, porém, segue, pelo menos em alguns lugares. Que ocorre? Os estados sociais dos agrupamentos primitivos evoluíram muito rapidamente, sem que os corpos humanos acompanhassem essas mudanças.


Os primitivos viviam em condições equivalentes e possuíam um objetivo comum: sobreviver aos ataques externos de outros animais, humanos ou não. Era, ou coesão, ou morte. Hoje não nos articulamos em torno de objetivos comuns (laços sociais esgarçados) e muitos estão relegados a condições de selva (desprovidos das vantagens disponíveis).


Muitos têm um passado ruim, um presente triste, um futuro desanimador. A evolução nos fez violentos antes de nos fazer controlados socialmente. A violência que nos incomoda é indesejável, mas ela compõe a natureza humana. O que não é natural nem razoável que se naturalize é uma sociedade tão injusta e injustificável como a nossa.

 


Léo Rosa de Andrade

Doutor em Direito pela UFSC.

Psicanalista e Jornalista.

 

O que o ciúme esconde?



Sofia Menegon, apresentadora da podcast Louva a Deusa, conversa com uma especialista e abre o jogo sobre o ciúme saudável ou quando passa a ser excessivo e ultrapassa os limites da liberdade de cada um


Começa com um friozinho na barriga, com a dúvida, a possibilidade que assusta, faz as mãos tremerem e o sangue circular mais rápido. Respirar fundo, se acalmar, tentar lidar com faces “não tão boas” de nós mesmas pode ajudar, mas acessar memórias de situações passadas, verdadeiras ou não, é o mesmo que ficar tirando a casquinha de um machucado, que acaba nunca cicatrizando. Ciúme.

Ele pode estar em várias áreas de nossa vida e nos impede de aproveitá-la. Mas de onde vem esse medo, que toma conta de nossos relacionamentos amorosos, de trabalho, familiares e de amizade? É esse o tema da conversa que tivemos com Andréia Lorena Stravogiannis, neuropsicóloga e especialista no tema.


Cuidado, zelo e liberdade

O ciúme é uma emoção como qualquer outra. Faz parte da vida humana desde a Era dos Metais, quando nossos antepassados passaram a se estabelecer nas terras e delimitar propriedades. A partir desse momento, os homens começaram a querer proteger seus genes e as mulheres, a sua sobrevivência.

Ter ciúme pode significar que cuidamos de nossos relacionamentos amorosos, mas é preciso ter limite. Quando ele ocorre em pequenas doses, é como um remédio, que faz bem se for usado na dose certa e prejudica quando abusamos. Seu significado vem da palavra zelo, mas zelar por um relacionamento não é cuidar de uma pessoa que acho que sua propriedade. Quando é exagerado e passa a interferir na liberdade do outro, vira uma patologia. Ciúme excessivo mistura ansiedade, sintomas depressivos, insegurança, possessividade, baixa autoestima.

As pessoas ciumentas, hoje em dia, gastam muito tempo tentando controlar seus parceiros ou parceiras pelas redes sociais, pesquisando onde estão, com quem, se estão on line, marcam sua localização, tentam invadir e-mails e algumas chegam a colocar programas espiões nos computadores.

Enquanto um ciúme saudável é como uma faisquinha, um cuidado a mais, um agrado, deixa de ser saudável quando o ciumento cuida de si e não do outro. Quando parte de suas próprias inseguranças e medos, quando começa a cercear a liberdade do parceiro ou parceira e os cuidados extrapolam os limites da liberdade.

Homens e mulheres são ciumentos. Os dois gêneros sentem ciúme do que gostariam de ter e daquilo que o suposto, ou a suposta, rival tem. O que muda é a forma. Num contexto histórico, as mulheres desenvolveram um ciúme mais emocional, acionado quando o parceiro se envolve emocionalmente com outra mulher. Nos homens há mais o ciúme sexual, que vem da manutenção dos genes desde a época das cavernas e hoje é mais material e financeiro.

 

Não é amor

Embora seja visto como sinal de amor, ciúme é uma coisa, amor é outra. Quem ama, cuida, olha para o parceiro, se comunica com ele, conversa, não vê o parceiro ou a parceira como propriedade. Quem sente ciúme excessivo quer ter a posse, é marcado por um alto grau de impulsividade, não consegue discernir as coisas, faz escândalos, pensa que está protegendo o que acha que é dele, tem a sensação de que se não for aquela pessoa, não será com mais ninguém e isso é muito perigoso.

Antes de confiar no outro a pessoa tem que confiar em si mesma, perceber se está sendo companheira do parceiro ou parceira, em vez de ser só uma companhia. Quem se doa sem medo, vivencia o relacionamento. O ciumento tende a se envolver com pessoas que vão alimentar seu ciúme e isso é muito cansativo, tanto para quem sente, como para quem é vítima. Isso pode mudar, mas não existe nenhuma pílula mágica que resolva: é preciso fazer psicoterapia, mudar o estilo de apego e procurar relacionamentos com pessoas saudáveis.


Para jovens, o aprendizado em sala de aula é o suficiente para ter destaque

Estudo revela percepção dos mais novos em relação ao aproveitamento acadêmico e desempenho profissional


O conhecimento obtido no ambiente acadêmico é essencial para o desenvolvimento da carreira. Isso porque as habilidades técnicas, conhecidas também como hard skills, são parte crucial para assumir desafios e posições de prestígio no contexto corporativo. Contudo, em um cenário cada vez mais exigente, manter-se apenas com a sabedoria da faculdade ou escola talvez não seja o suficiente. Para entender a percepção dos brasileiros entre 15 e 29 anos acerca do tema, o Nube - Núcleo Brasileiro de Estágios fez uma pesquisa e perguntou: “como você avalia seu aprendizado em sala de aula?”. O estudo, no ar entre 26 de julho e 6 de agosto, contou com a resposta de 20.981 pessoas. 

 

A maioria, 69,9% (ou 14.665), dos entrevistados veem o conteúdo dado nas instituições de ensino como o suficiente para terem destaque perante aos concorrentes no mercado. Contudo, segundo o recrutador do Nube, Vitor Santos, para chamar a atenção das contratantes, é importante ir atrás de cursos e conhecimentos extras e complementares. “Os selecionadores valorizam quem se mostra aberto às novas possibilidades”, explica. Portanto, quem traz inovações e está sempre aprendendo se torna um profissional multifacetado para lidar com várias situações e problemas devido à ampla quantidade de sabedoria. 

 

Outros 21,3% (4.477) consideram o conteúdo um pouco abaixo e tentam complementar o repertório por outros meios. “Com a Internet, as opções são diversas e muitas delas gratuitas, você só precisa pesquisar em fontes e sites confiáveis regulamentados. Aqui vão algumas opções: faculdades disponibilizam cursos extracurriculares gratuitos, até para quem não é aluno, tais como a FGV, Senai, USP, entre outras. Para quem fala inglês, o MIT e Harvard também têm opções. Há, inclusive, instituições com iniciativas e parcerias responsáveis por disponibilizar especializações com certificação. Por exemplo, o Nube tem treinamentos comportamentais voltados para o desenvolvimento”, conta. 

 

Apenas 6,2% (ou 1.301) têm a percepção de terem uma bagagem acadêmica muito superior em relação aos outros. “Como já mencionado, o ideal é sempre continuar em evolução, nós vivemos em uma sociedade baseada em inovações e, por esse motivo, é importante se renovar e adquirir novos conhecimentos”.

 

Por fim, 2,6% (538) dizem ter um rendimento bem inferior nesse quesito e isso os prejudica no contexto organizacional. “A primeira dica para quem acredita não ter um bom desempenho escolar é: reserve um tempo para planejar e gerenciar a forma como você estuda. Para melhorar é importante ter organização e se dedicar. Cada pessoa precisará de um tempo e método diferente, você só precisa descobrir qual é o seu”, orienta. 

 

Assim, como orientação final para quem quer obter um perfil desejado pelas companhias, Santos indica: “mantenha-se informado sobre as capacitações mais utilizadas nas áreas pelas quais você tem interesse. Se possível, fique ligado sobre as informações gerais responsáveis por afetar o mundo e, consequentemente, os negócios. Procure sempre aprimorar seu domínio na língua portuguesa, porque comunicação verbal e escrita irão te auxiliar a transmitir com coesão e clareza suas competências. Demonstre proatividade e curiosidade, a maioria das empresas, se não todas, busca candidatos interessados em aprender”, conclui.



 

Fonte: Vitor Santos - recrutador do Nube

www.nube.com.br


Impacto da Covid-19 na saúde mental de crianças, adolescentes e jovens é significativo, mas somente a 'ponta do iceberg' - UNICEF

Novas análises indicam que transtornos mentais entre jovens acarretam uma redução de contribuição para a economia de quase USD$ 390 bilhões por ano

 

Nova Iorque - Crianças, adolescentes e jovens poderão sentir o impacto da Covid-19 em sua saúde mental e bem-estar por muitos anos, alertou hoje o UNICEF no principal relatório da organização que este ano está focado em saúde mental de crianças, adolescentes e cuidadores no século 21. De acordo com The State of the World’s Children 2021; On My Mind: promoting, protecting and caring for children’s mental health (Situação Mundial da Infância 2021: Na minha mente: promovendo, protegendo e cuidando da saúde mental das crianças - disponível em inglês ), mesmo antes da Covid-19, crianças, adolescentes e jovens carregavam o fardo das condições de saúde mental sem um investimento significativo para resolvê-los.

Segundo as últimas estimativas disponíveis, calcula-se que, globalmente, mais de um em cada sete meninos e meninas com idade entre 10 e 19 anos viva com algum transtorno mental diagnosticado. Quase 46 mil adolescentes morrem por suicídio a cada ano, uma das cinco principais causas de morte nessa faixa etária. Enquanto isso, persistem grandes lacunas entre as necessidades de saúde mental e o financiamento de políticas voltadas a essa área. O relatório constata que apenas cerca de 2% dos orçamentos governamentais de saúde são alocados para gastos com saúde mental em todo o mundo.

"Foram longos, longos 18 meses para todos nós - especialmente para as crianças e adolescentes. Com lockdowns nacionais e restrições de movimento relacionados à pandemia, as meninas e os meninos passaram anos indeléveis de sua vida longe da família, de amigos, das salas de aula, das brincadeiras - elementos-chave da infância", disse a diretora executiva do UNICEF, Henrietta Fore. "O impacto é significativo e é apenas a ponta do iceberg. Mesmo antes da pandemia, muitas crianças estavam sobrecarregadas com o peso de problemas de saúde mental não resolvidos. Muito pouco investimento está sendo feito pelos governos para atender a essas necessidades críticas. Não está sendo dada importância suficiente à relação entre a saúde mental e os resultados futuros na vida ".

 

Saúde mental das crianças durante a pandemia da covid-19

Na verdade, a pandemia cobrou seu preço. De acordo com resultados preliminares de uma pesquisa internacional com crianças e adultos em 21 países conduzida pelo UNICEF e o Gallup - que tem uma prévia apresentada neste relatório Situação Mundial da Infância 2021 - em média, um em cada cinco adolescentes e jovens de 15 a 24 anos entrevistados (19%) disse que, muitas vezes, se sente deprimido ou tem pouco interesse em fazer coisas.

Enquanto a covid-19 está perto de chegar a seu terceiro ano, o impacto sobre a saúde mental e o bem-estar de crianças e jovens continua pesando muito. Segundo os últimos dados disponíveis do UNICEF, globalmente, pelo menos uma em cada sete crianças foi diretamente afetada por lockdowns, enquanto mais de 1,6 bilhão de crianças sofreram alguma perda relacionada à educação. A ruptura com as rotinas, a educação, a recreação e a preocupação com a renda familiar e com a saúde estão deixando muitos jovens com medo, irritados e preocupados com seu futuro. Por exemplo, uma pesquisa online na China no início de 2020, citada no relatório Situação Mundial da Infância 2021, indicou que cerca de um terço dos entrevistados relatou sentir medo ou ansiedade.

 

Custo para a sociedade

Transtornos mentais diagnosticados - incluindo transtorno do déficit de atenção com hiperatividade - TDAH, ansiedade, autismo, transtorno bipolar, transtorno de conduta, depressão, transtornos alimentares, deficiência intelectual e esquizofrenia - podem prejudicar significativamente a saúde, a educação, as conquistas e a capacidade financeira de crianças, adolescentes e jovens no futuro.

Embora o impacto na vida deles seja incalculável, uma nova análise da London School of Economics, incluída no relatório, estima que transtornos mentais que levam jovens à incapacidade ou à morte acarretam uma redução de contribuições para as economias de quase US 390 bilhões por ano.

 

Fatores de proteção

O relatório observa que uma mistura de fatores genéticos, de experiência e ambientais desde os primeiros dias, incluindo parentalidade, escolaridade, qualidade dos relacionamentos, exposição a violência ou abuso, discriminação, pobreza, crises humanitárias e emergências de saúde, como a covid-19, molda e afeta a saúde mental das crianças ao longo da vida.

Embora fatores de proteção, como cuidadores amorosos, ambientes escolares seguros e relacionamentos positivos com colegas, possam ajudar a reduzir o risco de transtornos mentais, o relatório alerta que barreiras significativas, incluindo estigma e falta de financiamento, estão impedindo que muitas crianças tenham uma saúde mental positiva ou estejam acessando o apoio de que precisam.

O relatório Situação Mundial da Infância 2021 pede que governos e parceiros dos setores público e privado se comprometam, comuniquem e ajam para promover a saúde mental de todas as crianças, todos os adolescentes e cuidadores, proteger os que precisam de ajuda e cuidar dos mais vulneráveis, incluindo:

• Investimento urgente em saúde mental de crianças e adolescentes em todos os setores, não apenas na saúde, para apoiar uma abordagem intersetorial, incluindo toda a sociedade para prevenção, promoção e cuidados.

• Investir em serviços públicos de qualidade - integração e ampliação de intervenções baseadas em evidências nos setores de saúde, educação e proteção social - incluindo programas parentais que promovem cuidados responsivos e de atenção integral, e garantia de que as escolas apoiem a saúde mental por meio de serviços de qualidade e relacionamentos positivos.

• Preparar pais, familiares, cuidadores e educadores para abordar o tema da saúde mental como parte da saúde integral.

• Quebrar do silêncio em torno da saúde mental, fomentar a cultura da escuta sem julgamentos - escuta empática - promovendo uma melhor compreensão da saúde mental e levando a sério as experiências de crianças, adolescentes e jovens.

• Valorizar a rede de apoio entre pares - promovendo e valorizando esse diálogo entre os próprios adolescentes sobre saúde mental.

"A saúde mental faz parte da saúde física - não podemos continuar a vê-la de outra forma", disse Fore. "Por muito tempo, em países ricos e pobres, temos visto muito pouco entendimento e muito pouco investimento em um elemento crítico para maximizar o potencial de cada criança. Isso precisa mudar".

 

No Brasil, Pode Falar ajuda adolescentes e jovens

O Brasil foi um dos 21 países que participou da pesquisa conduzida pelo UNICEF e o Gallup - que tem uma prévia apresentada neste relatório Situação Mundial da Infância 2021. Os dados mostram que 22% dos adolescentes e jovens de 15 a 24 anos brasileiros entrevistados disse que, muitas vezes, se sente deprimido ou tem pouco interesse em fazer coisas.

Para contribuir com a mudança desse cenário, o UNICEF lançou, no Brasil, o Pode Falar. Trata-se de um canal de ajuda virtual em saúde mental e bem-estar para adolescentes e jovens de 13 a 24 anos. O Pode Falar foi criado em parceria com diversas organizações da sociedade civil e empresas com expertise na área, e funciona de forma anônima e gratuita por meio de um chatbot que pode ser acessado no site podefalar.org.br .

 

 

Notas

As estimativas das causas de morte entre adolescentes são baseadas em dados da Estimativas Globais de Saúde 2019, da Organização Mundial da Saúde (OMS). As estimativas sobre a prevalência de transtornos mentais diagnosticados baseiam-se no Estudo de Carga Global de Doenças de 2019, do Instituto de Métricas e Avaliação da Saúde (IHME).

Os resultados da pesquisa sobre sentimentos de depressão ou ter pouco interesse em fazer coisas são parte de um estudo maior conduzido em conjunto entre o UNICEF e o Gallup para explorar a divisão intergeracional. O projeto Changing Childhood entrevistou aproximadamente 20 mil pessoas por telefone em 21 países. Todas as amostras são baseadas em probabilidade e nacionalmente representativas de duas populações distintas em cada país: pessoas de 15 a 24 anos e pessoas de 40 anos ou mais. A área de cobertura é todo o país, incluindo áreas rurais, e a base de amostragem representa toda a população civil, não institucionalizada, dentro de cada coorte de idade com acesso a um telefone. As conclusões completas do projeto serão divulgadas pelo UNICEF em novembro.

 

Posts mais acessados