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quarta-feira, 14 de abril de 2021

Covid e a morte sem dignidade: a mistanásia

A mistanásia é definida como uma modalidade de término de vida, como consequência da violação de direitos humanos, como o direito à saúde. Ocorre quando um indivíduo vulnerável socialmente é acometido de uma morte prematura, miserável e evitável. É possível caracterizar essa condição como o oposto da eutanásia, que significa a morte tranquila e planejada para poupar um indivíduo do sofrimento causado por alguma enfermidade incurável, a qual no Brasil não é autorizada, mas legalizada em vários países.

Na seara da Bioética e do Biodireito, fala-se também sobre a distanásia, que é o adiamento da morte, quando, por exemplo, o médico ministra ao paciente todas as drogas disponíveis, bem como utiliza a tecnologia para prolongar a vida e/ou atrasar a morte, muitas vezes lhe propiciando sofrimento desnecessário. Também é conhecida como “obstinação terapêutica”. Já a ortotanásia é um meio termo entre a eutanásia e distanásia, por ser a morte natural com o mínimo de sofrimento, utilizando cuidados paliativos. Dá-se quando, o médico trata o paciente a fim de evitar-lhe sofrimentos; mas, em casos terminais, não utiliza artifícios tecnológicos para atrasar a morte do paciente.

Normalmente, a mistanásia atinge indivíduos excluídos do seio social que dependem das políticas públicas de saúde na garantia de sua dignidade. Embora a Constituição Federal garanta ao cidadão o direito à dignidade e à honra - além de explicitamente dispor sobre a obrigação de o Estado oferecer a assistência integral à saúde - na prática, a exclusão sócioeconômica representa condições piores de habitação, educação e alimentação, o que por si já caracteriza que os excluídos são justamente aqueles que mais precisarão do sistema de saúde, embora sejam os que enfrentam as maiores dificuldades de acesso até para serem consultados, quanto mais nesse momento de pandemia.

A aceleração dos números de casos e mortes provocados pela Covid-19 no Brasil, que agora ultrapassa os 13,5 milhões de pessoas infectadas e 350 mil vítimas fatais, provocou também o aumento da mistanásia. Esse quadro está ocorrendo nesse momento de epidemia pela falta de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e de vagas de enfermarias no atendimento aos doentes com coronavírus, pois as equipes e profissionais da área da saúde são obrigados a escolher, de certa forma, quem deve morrer ou não. Não apenas isso, se considerarmos a falta de coordenação do governo federal no que se refere a medidas de enfrentamento, como a maior rigidez no controle do distanciamento social, a aplicação de recursos em hospitais de campanha, a não observação da Medicina baseada na Ciência, a demora na negociação para a compra de vacinas, enfim, veremos que possivelmente muitas mortes poderiam ter sido evitadas.

Em 2020, quando do início da pandemia, um levantamento Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib) demonstrou que o Brasil possuía 48.848 leitos de UTI, sendo 22,8 mil no SUS (Sistema Único de Saúde) e 23 mil na rede privada, ou seja, cerca de 20 leitos por 100 mil habitantes. Tal índice é considerado satisfatório e dentro dos padrões da Organização Mundial da Saúde, que recomenda de 10 a 30 camas de terapia intensiva para cada 100 mil. 

Por que então estamos sofrendo tanto nesse momento com o absurdo número de mortes registradas e muitas delas pela falta de leito na UTI? 

A ineficiência do Estado no combate a pandemia vai além da falta de leitos, faltam oxigênio, equipamentos de proteção, medicamentos e equipes capacitadas para atender a pacientes graves que precisam de tratamento intensivo. Constantemente, tem-se publicado na mídia acerca da apuração de responsabilidade do governo pelo número de mortos.

Entre muitas pesquisas que indicam haver um número maior de mortes de pacientes contaminados por Covid entre aqueles que são excluídos sofrem os efeitos da desigualdade social, destaca-se a da Rede Nacional de Médicos e Médicas Populares, a qual divulgou, em fevereiro, um estudo feito pelas pesquisadoras Ligia Bahia e Jéssica Pronestino, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), no qual identificaram que a taxa de letalidade varia de acordo com o nível de escolaridade do doente. Entre os pacientes sem escolaridade, 71,3% morrem; para os que cursaram até o nível fundamental a taxa cai para 59,1% e para 47,6% entre os que cursaram até o fundamental 2. Nos níveis médio e superior, a letalidade despenca para 35% para quem tem nível médio e para 22,5% para os de nível superior. 

Continua a pesquisa no sentido de que as cidades IDH baixo tiveram 38,3% de cura e 61,7% de óbitos e os com índices médios 35,7% de alta médica e 64,3% de mortes. Os dados de cidades com taxa altas de desenvolvimento são os mais equilibrados, com 48,5% de altas e 51,5% de óbitos. Já os municípios com IDH muito alto apresentam 67,1% de cura, contra 32,9% de mortes.

Fato é que a ocupação de mais 90% das vagas de terapia intensiva em diversas cidades do país, somadas a escassez de respiradores e de equipes capacitadas, os profissionais da saúde se veem obrigados a selecionar os pacientes que têm prioridade na transferência de um leito de enfermaria para UTI. Não deveria caber aos profissionais de saúde esse tipo de julgamento profissional, mas o momento caótico faz necessário que médicos e enfermeiros avaliem quais os pacientes têm a oportunidade de sobreviver com tratamentos intensivos ou não. Importante frisar que a situação ocorre pelo anunciado colapso no sistema de saúde, não se trata de uma surpresa, pois há um ano já convivemos com a chegada da pandemia, inclusive com a decretação de emergência em saúde pública e de calamidade pública para que recursos pudessem ser utilizados no tratamento dos pacientes contaminados. 

A AMIB (Associação de Medicina Intensiva Brasileira), ABRAMEDE (Associação Brasileira de Medicina de Emergência, SBGG (Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia) e ANCP (Academia Nacional de Cuidados Paliativos) AMB (Associação Médica Brasileira) lançaram um documento com recomendações para alocação de recursos em esgotamento durante a pandemia por COVID-19, exatamente para dar diretrizes éticas e legais aos médicos, que se encontram pressionados por todos os lados em razão de serem eles os responsáveis pela avaliação de quem irá prioritariamente ocupar o leito de UTI. Na verdade, não é novidade no SUS que pacientes precisem muitas vezes serem escolhidos, segundo sua gravidade e chance de sobrevivência, para ocupação de um leito.

O fenômeno da mistanásia não representa um abandono de paciente, mas sim uma consequência do colapso do sistema. A escolha não exime o profissional de oferecer ao paciente preterido de todos os cuidados no leito de enfermaria, mas uma chance de sobrevivência pode ser perdida pela ausência de cuidados intensivos. 

É uma decisão drástica criada pela completa saturação dos recursos da UTI no país e do "gargalo" no atendimento à população. E, na maioria dos casos, apesar de parecer cruel, a análise do atendimento é feita não só pela ordem na fila, mas também pela chance de sobrevivência. Hoje é crescente número de pacientes mais jovens com quadros grave o que reflete num tempo maior de internação e, por fim, na escassez de vagas. 

Garantir o acesso à saúde, como o contrário de doença, passa também por melhorar as condições de vida da população. A pandemia apenas escancara o que se sabe há tempo: o Brasil está entre os países com os piores números no que se refere aos problemas sociais existentes. Grande parte da responsabilidade desse cenário está no Estado que, pela ausência de políticas públicas, eterniza esses problemas e as desigualdades sociais. Diante de um quadro ainda mais complexo na saúde, a não observância de direitos humanos, garantidos na constituição, tem culminado em morte: a mistanásia.



 

Sandra Franco - consultora jurídica especializada em Direito Médico e da Saúde, doutoranda em Saúde Pública, MBA/FGV em Gestão de Serviços em Saúde, fundadora e ex-presidente da Comissão de Direito Médico e da Saúde da OAB de São José dos Campos (SP) entre 2013 e 2018, especialista em Telemedicina e Proteção de Dados e diretora jurídica da ABCIS.


Lixo é negócio? Gestão de resíduos sólidos tem grande potencial para crescimento no Brasil

Estudos recentes mostram que o segmento é um dos menos afetados com a crise econômica


O mercado de gestão de resíduos sólidos urbanos (RSU) é uma área com grande potencial para o desenvolvimento dos micro e pequenos negócios no Brasil. Desde que foi sancionada pelo governo federal, em 2010, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), lei nº 12.305/10, estabeleceu as principais formas de como a iniciativa pública e privada devem tratar o resíduo, incluindo incentivo à reciclagem e o reaproveitamento de diversos materiais. A crise econômica em decorrência do coronavírus trouxe diversos desafios para esse segmento. Ainda assim, o número de empresas que atuam nesse setor manteve-se praticamente estável. Em um universo com 17,2 milhões de micro e pequenos negócios, a quantidade de registros nesse segmento reduziu de 13.356 para 13.174, totalizando 182 empresas a menos entre fevereiro de 2020 a fevereiro de 2021. Número relativamente pequeno, levando em consideração a situação pandêmica e a dimensão do país. Apesar desses números, há também empresas que fazem reciclagem dos resíduos gerados pelos seus próprios processos produtivos e, também, os catadores informais.

Para o mercado que tem os resíduos sólidos como matéria-prima, as oportunidades não param de crescer. A quantidade de RSU gerados nacionalmente, entre os anos de 2010 e 2019, aumentou consideravelmente, saindo de 67 milhões para 79 milhões de toneladas por ano. Paralelamente, a coleta desses materiais também aumentou de 59 milhões para 72,7 milhões de toneladas, no mesmo período. Os dados são do último relatório feito pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), disponível aqui. O estudo também mostra que a destinação adequada para esses resíduos vem aumentando, saindo de 56,8% em 2010, para 59,5% em 2019. Os valores de recursos aplicados na limpeza urbana pelos municípios também cresceram nesse período, saindo de R$ 17,6 bilhões para R$ 25 bilhões.

O analista de inovação do Sebrae, Alexandre Ambrosini, afirma que a preocupação com a sustentabilidade é um dos fatores que explicam o aumento nos números relacionados à gestão de resíduos sólidos. “A questão da sustentabilidade é muito estratégica para o pequeno negócio, não só durante a crise, mas depois dela. Para qualquer empresa, mesmo que sua atividade fim seja a reciclagem, é importante pensar em uma gestão dos resíduos. Isso impacta diretamente na produtividade e na redução de custos, sendo uma das soluções para reduzir os impactos da crise. A sustentabilidade também deve ser uma preocupação básica em qualquer negócio, porque além de ser importante para o meio ambiente e produtividade empresarial, ser sustentável é um fator decisivo de compras para alguns clientes”, diz.

Alexandre Ambrosini salienta que o mercado de gestão de resíduos dever ser mais explorado pelos micro e pequenos negócios no Brasil. “O lixo, como chamamos popularmente, ainda é tido como um tabu. Muitos empreendedores acham que resíduos sólidos não são uma fonte de negócios. Isso se dá por vários motivos, dentre os quais a ausência de conhecimento técnico para desenhar ideias de negócios que tratam desses materiais. Quando falamos em lixo, é comum as pessoas pensarem em restos de comida, latas, embalagens... O Brasil também gera bastante resíduos de materiais de construção, resíduos de serviços de saúde e pneus, por exemplo. O empresário pode contar com o Sebrae para ampliar seu conhecimento e investir nisso”, analisa.

Ciente da necessidade de fomentar esse setor, o Sebrae dispõe conhecimentos e soluções voltados para essa temática, como o que está disponível no Centro Sebrae de Sustentabilidade. Esse centro de referência funciona como um grande catalisador de negócios sustentáveis, através do compartilhamento de conteúdos relevantes. A página com acesso gratuito traz cases inovadores, textos, vídeos, infográficos e guias para quem investe e se preocupa com o meio ambiente. “O Sebraetec é uma solução ofertada pelo Sebrae que tem apresentado resultados positivos para a gestão de resíduos sólidos. O programa tem como objetivo garantir ao seu público-alvo o acesso a serviços tecnológicos para inovação, promovendo a melhoria de processos, produtos e serviços ou a introdução de inovações nas empresas”, indica Alexandre Ambrosini.

  

14 de abril - dia do café: Ele é herói ou vilão da alimentação?



Cada vez mais popular, o café ainda alimenta polêmicas.Queridinho de uns, o consumo da  bebida pode oferecer vantagens e desvantagens, conheça-as:


Depois da água, o café é a bebida mais consumida do mundo e o Brasil é segundo maior consumidor do produto. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), em 2020 o consumo de café cresceu no Brasil 1,34% e o consumo per capita de café torrado no país é de 4,79 Kg por ano. Com isso, as empresas associadas à Abic registraram no ano passado um crescimento de 2,19%. O café movimenta a economia e  ajuda a alimentar milhares de famílias, mas e para saúde, será que o café é herói ou vilão?

De acordo com a nutricionista Amanda Cristina Motte, o café deve ser consumido de forma moderada e seus benefícios estão relacionados com a quantidade ingerida por dia e a forma de preparo. Ela diz que aqueles que têm por hábito tomar uma xícara quentinha de café, podem se beneficiar dos efeitos da cafeína e de uma série de outras substâncias. “O grão de café possui de 1% a 2,5% de cafeína, que atua como estimulante do sistema nervoso e do músculo cardíaco. Aumenta a atenção, a concentração e a memória. Possui ácidos clorogênicos em maior quantidade que os outros componentes, que possuem atividade anticancerígena e propriedades antioxidantes, responsável por retardar o envelhecimento,” afirmou a nutricionista.  


Café como estimulante  

O mais famoso efeito do café no organismo é derivado da cafeína, mas não só. “Há também minerais, açúcares, gorduras, aminoácidos e vitaminas do complexo B que ajudam a estimular o metabolismo e melhorar o desempenho na prática de exercícios físicos", afirmou a nutricionista Amanda Cristina Motte.


Ação antioxidante

Responsável por atrasar o envelhecimento do organismo, uma das funções mais importantes do café no organismo é o seu efeito antioxidante, afirmou a nutricionista. Ela cita que essa propriedade do café é bastante utilizada na produção de cosméticos e que inclusive uma investigação realizada pelo Instituto Nacional do Câncer dos EUA  mostra que o café pode oferecer um ganho de até 10% na expectativa de vida do homem e de até 15% na expectativa de vida das mulheres. A nutricionista lembra também que os efeitos antioxidantes do café também diminuem o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares e outras doenças inflamatórias.


Café e a estética bucal

A odontóloga Carla Rockenbach afirma que o amarelamento dos dentes está associado a um processo de envelhecimento natural, mas para quem tem o hábito de tomar café esse processo se torna mais acelerado. “O café possui um pH muito baixo comparado ao da boca, causando desmineralização do esmalte, facilitando a aderência dos pigmentos que causam manchas e aumentando a sensibilidade dental,” afirmou a odontóloga.  

Para resolver esse problema, muitas pessoas optam por fazer clareamento dental, mas a odontóloga afirma que essa solução é temporária. “O clareamento dental é uma desidratação dos dentes, um  processo químico em que os radicais livres provenientes do agente clareador que penetram na estrutura dentária e realizam a oxidação das cadeias carbônicas que constituem as moléculas pigmentadas. No clareamento, os dentes voltam bem rápido a ficarem manchados” afirmou. Segundo a odontóloga, o mesmo acontece também com as resinas.

Para ela, a medida definitiva, que resolve as manchas de café nos dentes são as facetas de porcelana. “A faceta em porcelana é hoje o único material que não vai manchar, por que as facetas são formadas por uma substância sólida, altamente polida em que ainda é aplicada uma camada de glaze - que é uma camada a mais de brilho, isto preserva a cor e a faz permanecer intacta por um período muito maior” afirmou a odontóloga. 


Os perigos de consumi-lo em excesso

A nutricionista afirmou que, se ingerido em excesso, o café pode aumentar a frequência cardíaca e deixar o corpo em estado de alerta. “É por isso que seu consumo em excesso pode ser perigoso para o corpo, visto que pode criar cenários oportunos para fadiga motora e crises de ansiedade” disse. "Consumi-lo em grandes quantidades também pode estar associado a elevação nos níveis de colesterol e da pressão arterial”, afirmou. A profissional afirmou que o Ministério da Saúde recomenda para um adulto a dose diária máxima de três xícaras ou  até o volume 100 ml por dia. 

O excesso do consumo do café também está associado a casos de úlcera, gastrite e refluxo ou outras doenças gastrointestinais, causando desconforto e dor devido ser estimulante da secreção ácida e da pepsina do estômago é o que afirma o médico gastroenterologista,  Thiago Patta, diretor do Instituto de Videocirurgia, Gastrocirurgia e Obesidade de Rondônia. Por isso, o médico afirma que não é correto ingerir o café em jejum. “O interessante é o café ser ingerido após a refeição, para tirar aquela sonolência que dá após nos alimentarmos”, afirmou.


 Café com Leite 

O parceiro mais famoso do café é o leite, não é pra menos, pois a nutricionista afirma que quando consumido com leite, o café tem seu valor nutricional aumentado, “principalmente para crianças e idosos”, afirmou. Ela pondera que a medida ideal é no máximo a  metade de cada, ou a prevalência do leite na mistura, pois o excesso de café pode interferir reduzindo a absorção do cálcio presente no leite. 

Além disso, o leite tem o poder de ajudar a neutralizar o efeito danoso do café como agente causador das azias, gastrites e refluxos. O médico Thiago Patta afirma “essa mistura pode diminuir a ação estimulante da secreção ácida do estômago, o que reduz o refluxo gástrico e a sensação de desconforto”. 


Dia Mundial do Café (14.04): especialista do Senac RJ ensina como extrair o melhor sabor e aroma da bebida

Para tomar o melhor cafezinho, não é necessário ir a uma cafeteria nem apelar para as cápsulas. Observando algumas dicas, é possível fazer um café delicioso em casa mesmo. A instrutora do Senac RJ Priscila Soares ensina a técnica e ainda sugere receitas criativas com o grão

 

Em 14 de abril, comemora-se o Dia Mundial do Café. Essa bebida tradicional é presença diária nas mesas da maioria dos brasileiros. Mas será que as pessoas realmente sabem qual é a melhor forma de fazer um tradicional cafezinho coado? A instrutora do Senac RJ, Priscila Soares, dá algumas dicas para quem quer aproveitar o melhor sabor e aroma da bebida sem precisar sair de casa nem apelar para as cápsulas. A especialista ainda sugere duas receitas criativas utilizando o grão, entre elas um original caramelo salgado de café para servir com frango grelhado. 

A primeira dica de Priscila é, se possível, comprar o café em grão, pois o contato com o ar oxida o café, degradando alguns compostos. “Moer o grão no momento do preparo faz toda a diferença. Além de minimizar o processo de oxidação, o café moído na hora preserva os aromas que estão no interior do grão. Atualmente existem várias opções de moedores domésticos. Também é possível comprar o café em alguma loja que faça a moagem na hora, no entanto, esse produto deverá ser consumido no menor prazo possível”, explica. 

Outra dica seria optar por grãos com torras médias e frescas: muitas das moléculas aromáticas do café são provenientes do processo de torra, por isso, quanto mais fresca a torra, mais aromático o café será. Quanto à intensidade da torra, as torras mais escuras conferem notas amargas e de borracha queimada. Já as torras mais claras evidenciam aromas primários, como frutado, doce e floral, da própria fruta”, explica. 

A água também faz muita diferença. Ela deve ser sempre filtrada, já que o cloro interfere na extração e no sabor da bebida e sua temperatura deve estar superior a 96°C. Para começar, vale observar a proporção de 10g de café para 100ml de água. Se preferir mais forte, é só ajustar quantidade de café a gosto. “Uma dica é umedecer o filtro de papel ou tecido com água quente. Isso ajuda a retirar algum resíduo e prepara os poros do filtro para a filtração. Atualmente encontramos filtros permanentes de inox que são ótimas opções. Fáceis de higienizar, têm alta durabilidade e não gera resíduo. O planeta agradece”, indica Priscila. 

Em seguida, coloque o café moído no filtro e faça uma pré-infusão com um pouco da água. Só para molhar o café e ele se “acostumar” com a água. Em seguida, verta o restante da água em fluxo contínuo e molhando todo o café. Agora é só beber!

 

Receitas com café

(autoria Priscila Soares)


Espresso Tônica Tropical


Ingredientes:


50 ml de café

30 ml de gin

20 ml de licor de laranja

2 fatias de laranja

Água tônica ou Água com gás

Gelo

 

Preparo: encha 2/3 do copo de sua preferência (prefiro as taças bojudas) com gelo. Adicione o café resfriado, o licor e o gin, e mexa delicadamente. Complete com água tônica. Decore com as fatias de laranja.

 


Caramelo salgado de café para servir com frango grelhado


Ingredientes:

200 g de açúcar mascavo

50 ml de café bem forte

Sal

Pimenta da Jamaica moída

Pimenta do reino preta moída

 

Preparo: em uma panela misture o açúcar e o café, em seguida leve ao fogo. Acrescente as pimentas e o sal (o quanto gostar). Mexa até adquirir uma textura mais encorpada, como se fosse um molho levemente espesso.

Sirva sobre o frango grelhado. Você vai se surpreender.


Além da fervura: duas receitas nada óbvias com café


Personal Chef cadastrada no GetNinjas mostra a versatilidade do grão que faz parte do café da manhã de muitos brasileiros


Um dos aromas mais marcantes da manhã é o café. Indispensável no dia a dia de muitos, a bebida costuma ser mais consumida na primeira refeição do dia, mas isso não quer dizer que após o almoço, uma xícara fumegante não seja um item essencial ou o acompanhamento ideal de um lanchinho no fim da tarde. Com seu sabor inconfundível e intenso, o café é um ingrediente versátil. A boa notícia para os fãs da bebida é que a Ana Regina Bonifácio, Personal Chef que atende pelo GetNinjas e criadora do Tempeiro de Mãe, compartilhou duas receitas super criativas em versões não óbvias com o grão. Confira a seguir:



Bolo de chocolate com recheio de brigadeiro de café e cobertura de ganache



Ingredientes do bolo:


- 3 xícaras de farinha de trigo peneirada
- 2 xícaras de açúcar demerara
- 1 xícara de cacau em pó
- 1 ½ de água morna
- 1 xícara de óleo
- 3 ovos grandes em temperatura ambiente
- 1 ½ colher de sopa de fermento biológico
- 1 colher de sopa de bicarbonato

Observação: Pré aqueça o forno a uma temperatura de 180ºgraus e unte uma forma retangular com manteiga.



Ingredientes da ganache:


- 400g de chocolate meio amargo
- 200g de creme de leite

 

Dica Ninja: Com creme de leite fresco fica mais saboroso!


Ingredientes do Brigadeiro de Café:


- 1 lata de leite condensado

- 1 colher de sopa de manteiga sem sal
- 3 colheres de sopa de café solúvel
- 1 colher de sopa de cacau em pó
- 1 lata de creme de leite


Preparo do bolo:


Em um bowl, misture a farinha com o cacau e reserve. Em outro recipiente, misture a água e o óleo e reserve também. Bata os ovos com o açúcar, até ficar um creme liso e homogêneo, acrescente a mistura de farinha com chocolate aos poucos. Após todos os ingredientes misturados, acrescente a água com óleo em pequenas quantidades, mas não pare de bater. Quando a massa estiver lisa, adicione o bicarbonato e desligue a batedeira. Por fim, acrescente o fermento, mexendo delicadamente de baixo para cima para envolver toda massa. Coloque a massa na forma e leve para assar por 30 minutos.


Modo de preparo do ganache:


Coloque o chocolate em um bowl e leve-o para derreter em banho maria no fogo baixo. Quando estiver totalmente derretido desligue o fogo e misture o creme de leite. Deixe esfriar em temperatura ambiente.



Modo de preparo do brigadeiro:


Em uma panela, coloque o leite condensado, o café solúvel, a manteiga e o cacau em pó. Mantenha-os em fogo médio, mexendo sem parar até a mistura desgrudar do fundo da panela e ficar em ponto de cobertura. Retire do fogo e adicione o creme de leite. Reserve até o brigadeiro ficar na temperatura ambiente.



Montagem do bolo:


Corte o bolo ao meio com cuidado e espalhe o recheio de brigadeiro. Depois, coloque a outra parte do bolo por cima e cubra com a ganache de chocolate.

Dica Ninja: Faça a divisão do bolo com fio dental.

Dica Ninja 2: Faça uma caldinha de café fraco com um pouco de açúcar para deixar o bolo mais "molhadinho" após assado!

 

Pudim de café com chantilly



Ingredientes do pudim:


- 2 latas de leite condensado
- 8 ovos
- 400ml de leite
- 3 colheres de sopa de café solúvel


Ingredientes da calda:


- 1 ½ xícara chá de açúcar demerara
- 1 xícara de chá de água
- 1 colher de café solúvel


Modo de preparo da calda:


Coloque o açúcar e a água em uma panela e leve ao fogo brando até virar uma calda. Unte a forma canelada com a metade da calda.


Modo de preparo do pudim:


Após peneirar os ovos (para retirar a película da gema), coloque-os em um liquidificador. Adicione o leite condensado, os 400ml de leite e o café solúvel e bata por aproximadamente 4 minutos. Coloque a mistura na forma de "pudim" devidamente untada com metade da calda, cubra com papel alumínio e leve para assar no forno em banho maria a 160º. Após 25 minutos, retire o papel alumínio e deixe assar por mais 40 minutos. Após esse período, espete o pudim com um palito e se sair "sequinho", já está assado. Espere o pudim esfriar para desenformá-lo. Na outra metade da calda, adicione o café solúvel. Com o pudim já desenformado, despeje a calda e leve para gelar por pelo menos duas horas. Enfeite com chantilly!


Dica Ninja: Cuidado para a água do banho maria não secar!


Qualy indica quatro harmonizações para o Dia Mundial do Café

Marca traz opções saborosas para acompanhar a bebida queridinha dos brasileiros


Em 14 de abril é comemorado o Dia Mundial do Café e Qualy, marca mais lembrada no segmento de margarinas e líder isolada da categoria, não poderia deixar de sugerir receitas clássicas que harmonizam com essa bebida muito amada pelos brasileiros. Seja logo cedo pela manhã, após o almoço ou no lanche da tarde, o café é sempre uma boa para ser apreciada. As quatro combinações fazem parte do Hub Qualy , que conta com mais de 90 opções de combinações culinárias para as diversas ocasiões do dia a dia.

"O café é a segunda bebida mais consumida no país e faz parte da tradição e do costume dos brasileiros. Algumas pessoas só começam o dia depois de uma bela xícara de café. Para deixar o momento de saborear a bebida ainda mais gostoso e celebrar o dia dessa iguaria tão amada e típica, Qualy tem ótimas opções de acompanhamentos que dão água da boca e que combinam bem com café", afirma Aline Alexandrino, gerente executiva da marca.


Biscoitos Amanteigados

Os biscoitos amanteigados são um acompanhamento clássico para um café fresco. A receita de Qualy derrete na boca, fica pronta em 30 minutos e rende cinco porções.

 

Ingredientes:


- ½ xícara de chá de açúcar
- xícara chá de margarina Qualy Multigrãos
- Raspas de limão
- 2 gemas
- 2 xícaras de chá de farinha de trigo


Modo de Preparo:

 
1 . Pré-aqueça o forno em temperatura média (200 ºC);
2. Numa vasilha, misture o açúcar, a margarina, as raspas de limão e bata até obter um creme claro. Acrescente as gemas e misture bem;
3. Junte a farinha de trigo e amasse com as mãos. Modele os biscoitos no formato que preferir e deixe descansar por 20 minutos na geladeira;
4. Em uma assadeira, arrume os biscoitos e leve para assar por 15 minutos ou até começar a dourar na base. E aí é só servir.

 

 

Dadinho de Rabanada

Sabe aquela história de que é impossível deixar algo bom ainda melhor? Pois é, rabanada já é muito saborosa e a versão em dadinhos de rabanada é perfeita para aquele café da tarde. O tempo de preparo é de apenas 10 minutos e rende duas porções.

Ingredientes:


- 2 pães de forma
- 1 ovo
- 1 colher de sobremesa de açúcar mascavo
- Canela em pó a gosto
- 1 colher de sopa de margarina Qualy Cremosa

 

Modo de preparo:


1. Corte os pães em cubos (9 cubos cada pão);
2. Em um recipiente misture o ovo, o açúcar e a canela. Passe os cubos de pão na mistura;
3. Derreta a Qualy Cremosa em uma frigideira e grelhe os pães, até que fiquem dourados. Sirva.

 


Biscoito com Doce de Leite

Todo mundo ama doce de leite, seja para comer com queijo ou puro. O contraste do doce com o amargo do café forma uma combinação perfeita. A receita de Qualy é simples de ser preparada, rende seis porções e fica pronta em uma hora.



Ingredientes:

 
- 1 xícara de chá de farinha de trigo (mais um pouco para enfarinhar)
- ¼ de xícara de chá de açúcar
- 3 colheres de sopa de Qualy Aéra (mais um pouco para untar)
- 1 colher de café de extrato de baunilha
- Raspas de 1 limão
- 3 colheres de sopa de doce de leite cremoso


Modo de preparo:


1. Em um recipiente, coloque a farinha, o açúcar, a Qualy Aéra, o extrato de baunilha e as raspas e misture com as mãos, até obter uma massa lisa;
2. Cubra a massa com plástico-filme e deixe na geladeira por, pelo menos, 15 minutos;
3. Faça rolinhos com a massa e corte em fatias de 1 cm de espessura;
4. Unte uma assadeira com margarina e enfarinhe. Posicione os biscoitinhos lado a lado e leve ao forno a 180 graus por 20-25 minutos;
5. Coloque o doce de leite em uma manga para confeitar com um bico de sua preferência e, sobre cada biscoito, coloque doce de leite. Sirva.

 

 

Cookies de Chocolate Zero Lactose

O chocolate também combina muito bem com café e os cookies da Qualy trazem um sabor único. A receita rende seis porções e fica pronta em uma hora.

 

Ingredientes:


- 1 xícara de chá de Qualy Light 0% Lactose
- 1 ovo
- 1 xícara de chá de açúcar mascavo
- ½ xícara de chá de cacau em pó
- 1 colher de chá de baunilha
- ¾ xícara de chá de farinha integral
- 1 xícara de chá de aveia em flocos
- ½ xícara de chá de aveia em flocos finos
- 1 colher de sopa de gergelim
- 1 colher de chá de fermento químico em pó

 

Modo de preparo:


1. Misturar a Qualy Light 0% Lactose com o ovo e o açúcar;
2. Acrescentar o cacau e a baunilha e misturar bem;
3. Acrescentar a farinha, a aveia em flocos, a aveia em flocos finos, o gergelim e o fermento e mexer até obter uma massa homogênea;
4. Com o auxílio de uma colher, coloque porções de massa em uma forma untada;
5. Assar em forno preaquecido a 180 graus por aproximadamente 15 minutos;
6. Dispor os cookies em uma grade para que eles resfriem e fiquem crocantes. Sirva.


Para conferir outras receitas acesse o hub Qualy.

Para comemorar o Dia Mundial do Café, aprenda preparar trufa de café com leite da Água Doce

Dia 14 de abril é o Dia Mundial do Café. A data foi criada para valorizar a indústria cafeeira. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), o produto é consumido por nove entre 10 pessoas com mais de 15 anos no Brasil. Para deixar o dia ainda mais gostoso, confira como preparar uma receita de trufa de café com leite, o queridinho dos brasileiros, da Água Doce Sabores do Brasil.

 

TRUFA DE CAFÉ COM LEITE

 Foto: Bruno Marconato



Ingredientes:


200g de leite condensado
120g de leite em pó
15g de café solúvel
200g de chocolate do padre


Modo de preparo:


Em um recipiente misture o leite condensado e o café solúvel até homogeneizar. Acrescente o leite em pó até obter uma consistência de enrolar. Faça bolinhas e passe no chocolate do padre. Coloque em forminhas e sirva. Acrescente um grão de café para decorar.


 

Grau de dificuldade: Fácil

Tempo de preparo: 40min

Rendimento:
15 unidades



Fonte: Água Doce Sabores do Brasil

www.aguadoce.com.br


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