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terça-feira, 6 de abril de 2021

Coronavírus e câncer: pacientes oncológicos têm mais risco de complicação da doença

Cuidados para minimizar as chances de contaminação devem ser rigorosos e manutenção do tratamento do câncer é fundamental para que a doença seja controlada

 

Higienização e distanciamento social são cuidados essenciais para evitar o contágio e a disseminação do novo coronavírus e exige atenção redobrada para pacientes oncológicos. Para eles, os cuidados com a saúde são importantes em qualquer situação, e especialmente durante a pandemia, em decorrência da própria doença e dos efeitos do tratamento, que pode reduzir a resposta a infecções. 

 

O oncologista e presidente da Oncologia D’Or, Paulo Hoff, explica que esses pacientes possuem risco maior de desenvolver complicações, caso sejam contaminados pelo novo coronavírus. De acordo com o médico, aproximadamente 1.600 pacientes com câncer em tratamento tiveram Covid-19 e foram internados em hospitais da Rede D’Or em todo o país. “A mortalidade de pacientes com câncer que estão em tratamento, tiveram covid e foram internados é substancialmente maior daqueles que não têm câncer, chegando a quase 4%. Para os demais pacientes, a expectativa de sair do hospital é muito alta. A mortalidade é de apenas 2% na rede. A preocupação é relevante, mas por outro lado o câncer também é uma doença letal e atrasar o seu tratamento diminui a probabilidade de cura”, afirma. 

 

Segundo a oncologista da Clínica OncoStar, da Rede D’Or, Maria Ignez Braghiroli, tudo ainda é muito recente e requer estudos mais aprofundados para investigar a causalidade da doença. “Porém o que se sabe é que pacientes hematológicos e aqueles em tratamento ativo com quimioterapia têm mais chances de apresentar um quadro moderado a grave da doença, assim como idosos, obesos e hipertensos. Por isso, os cuidados para reduzir a contaminação devem ser rigorosos”, alerta. 

 

A preocupação se dá porque muitas vezes quem faz quimioterapia pode ficar com a imunidade comprometida e, consequentemente, ser mais suscetível a infecções no geral. Para o tratamento de leucemia ou outras neoplasias hematológicas são usados imunossupressores que atacam a defesa do organismo levando a dificuldade para combater infecções, como a Covid-19.

 

“O sistema imunológico é uma das principais armas do corpo para enfrentar infecções que surgem no organismo. Para tratar um câncer hematológico é preciso inibir o sistema imune. Dessa forma, esses pacientes ficam mais vulneráveis a qualquer tipo de infecção, vírus respiratórios de maneira geral, e apresentam mais chances de sofrerem complicações ao contrair o novo coronavírus”, explica médico e coordenador nacional da Rede D'or de terapia celular e coordenador médico do Transplante de Medula Óssea do Hospital Vila Nova Star, Vanderson Rocha.

 

As leucemias representam o tipo mais comum de câncer em crianças e adolescentes. E, apesar desse público ser menos afetado pela Covid-19, com evolução geralmente menos grave da doença e casos leves a moderados, ainda assim requer atenção. Por isso precisam tomar alguns cuidados com o vírus. “O tratamento é extremamente imunossupressor fazendo com que a criança se torne suscetível a quadros infecciosos, incluindo as infecções virais. Sempre houve essa preocupação a vírus respiratórios de maneira geral e, em relação ao coronavírus, apesar da mortalidade mais baixa e desfechos diferentes ao de adulto, a criança também é mais suscetível e deve manter o seu cuidado individual, que é distanciamento, uso de máscara, higiene das mãos e álcool gel”, destaca a oncologista pediátrica da OncoStar, Viviane Sonaglio.

 

Para Hoff é necessário que os pacientes oncológicos tenham cuidados redobrados e deem continuidade ao seu tratamento para que a doença não progrida. “É importante manter a periodicidade do tratamento e o hospital cria condições para isso com protocolos de segurança, consultas à distância, adaptações no tratamento, se houver necessidade etc. Cada caso é avaliado individualmente. O mais importante é conversar com o médico sempre e seguir assistido”, destaca.

 

Nova onda de Covid deve atrasar ainda mais os diagnósticos de câncer

Em 2020, milhares de brasileiros deixaram de ser diagnosticados com câncer. Com a nova onda, o medo de ir ao médico continua

 

Desde o início da pandemia da Covid-19 no Brasil, no ano passado, muitas pessoas têm evitado sair de casa para realizar atividades não essenciais. Porém, por causa do medo de contaminação, uma atividade essencial não tem sido realizada: o diagnóstico precoce de doenças graves, como câncer. A nova onda de covid pode atrasar ainda mais a identificação da doença.

 

Segundo pesquisa da Sociedade Brasileira de Urologia de São Paulo (SBU-SP), em parceria com outras instituições de saúde paulistas, os diagnósticos de câncer de rim, próstata e bexiga, por exemplo, caíram, em média, 26% no período da pandemia, em comparação ao mesmo período em 2019.

 

“Isso significa que muitas pessoas não foram até o hospital rastrear problemas, como alterações na urina, por exemplo”, comenta o radio-oncologista Miguel Torres, presidente do Instituto de Radioterapia São Francisco. E, segundo o médico, com a nova elevação de casos de covid-19 em 2021, a tendência é que esse comportamento continue. 

 

O problema é que, de acordo com outro estudo, publicado no fim do ano passado pelo The British Medical Journal, a cada quatro semanas de atraso no tratamento do câncer, o risco de morte aumenta em até 13%.

 

Rastreamento

 

Segundo Miguel Torres, os exames de rastreamento são muito importantes para a descoberta precoce dos cânceres. Ele explica que ele é diferente de prevenção. “Hábitos saudáveis, por exemplo, são do campo da prevenção. O rastreamento é quando você tem algum sintoma ou alteração que precisa imediatamente ser avaliada”, diz.

 

Muitos cânceres evoluem muito rapidamente, por isso Torres enfatiza a necessidade de descoberta precoce. “Quando um câncer chega na fase metastática, atingindo outros órgãos, por exemplo, as chances de cura são muito pequenas. Precisamos evitar que isso aconteça”, alerta Torres. 

 

Medo

 

Segundo o médico, o paciente não precisa ter medo de ir até o hospital fazer um exame. “Os hospitais estão adotando protocolos de atendimento rigorosos, de acordo com organismos internacionais, muitas vezes separando os pacientes em ambientes distintos. Tudo para assegurar o menor risco de contaminação”, comenta. 

 

Além disso, ele lembra que é possível marcar uma consulta online. “Se o paciente não quiser sair de casa, o Conselho Federal de Medicina - CFM permite que ele busque a telemedicina. E, mesmo havendo a necessidade de ir ao hospital para fazer exames complementares, isso pode ser feito com segurança”, diz.


Já o medo dos médicos é de que, futuramente, se as pessoas continuarem sem buscar diagnóstico, haja descobertas em massa de cânceres em estágio avançado. “Isso é extremamente preocupante, porque o diagnóstico retardado pode comprometer seriamente a curabilidade em muitos casos” alerta.

 

 

Instituto de Radioterapia São Francisco  - IRSF

 

O que o hemograma tem a dizer sobre sua saúde?

Exame de laboratório analisa os principais componentes do sangue e deve ser feito pelo menos uma vez ao ano; mas quais informações estão escondidas em cada parte do teste?


O hemograma completo é um dos exames mais solicitados pelos médicos e todo mundo já fez pelo menos uma vez na vida. Mas quando o laudo chega, pouca gente entende o que os índices querem dizer sobre o equilíbrio do organismo. Para desvendar os principais pontos desse exame, o bioquímico especialista em análises clínicas e citopalogia e responsável pelo Laboratório de Análises Clínicas da Paraná Clínicas, Roberto Guerra Dall Stella (CRF-PR 2.009), preparou um guia rápido sobre o assunto:

 

O que é analisado?

O hemograma avalia as células sanguíneas, entre elas os leucócitos ou células brancas, as hemácias ou células vermelhas e as plaquetas ou trombócitos. O teste também mede os índices de hemoglobina e hematócritos. “O exame tem papel importante no diagnóstico de doenças hematológicas e sistêmicas, mas também auxilia o acompanhamento de terapias medicamentosas e a avaliação de doenças coagulatórias”, explica.

 

O que dizem os leucócitos?

As células brancas são responsáveis pelo sistema de defesa. A contagem da quantidade e o formato dos leucócitos ajudam a entender se o paciente tem alguma infecção ou inflamação, identificando também se o agente causador é uma bactéria, um vírus ou outro tipo de organismo. Segundo Roberto, “os índices de leucócitos orientam ainda a diferenciação entre neoplasias hematológicas”, como leucemias e linfomas.

 

O que dizem as hemácias?

As células vermelhas têm como principal função o transporte de oxigênio, mas também auxiliam na eliminação do gás carbônico do organismo. O tamanho, a cor e a estrutura das hemácias ajudam a avaliar se há anemia e de qual tipo, “sendo essencial para o direcionamento do diagnóstico e do tratamento adequado”, completa o bioquímico do Laboratório da Paraná Clínicas.

 

O que dizem as plaquetas?

Também conhecidas como trombócitos, as plaquetas carregam a tarefa de coagular o sangue na velocidade adequada. Em quantidade acima do considerado normal, podem causar a formação de coágulos no organismo, enquanto índices abaixo do recomendado, resultam em sangramentos e, até mesmo, em casos de hemorragia.

 


Paraná Clínicas

www.paranaclinicas.com.br


Covid-19, resfriado, gripe, sinusite e rinite: otorrinolaringologista explica como diferenciar os sintomas

Com a chegada do outono, as doenças respiratórias costumam aumentar em até 40%, confundindo ainda mais as enfermidades.


Atualmente, basta um espirro ou sensação de mal-estar para o medo da contaminação por Covid-19 assolar uma família. De acordo com a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), as doenças respiratórias costumam aumentar em até 40% no outono, podendo confundir ainda mais as patologias e sintomas. 

As doenças respiratórias da nova estação são divididas em duas: infecciosas (gripes, resfriados e sinusites) e as imunológicas (rinites ou outras de quadro alérgico). É preciso prevenir, para não precisar remediar. "Maus hábitos podem facilitar a transmissão de vírus e bactérias. Enquanto ambientes mal ventilados facilitam o contágio por via aérea, o compartilhamento de objetos estimula a transmissão por contato direto ou indireto com o infectado", informa o otorrinolaringologista, Prof. Dr. Eduardo Baptistella, presidente da ABORL-CCF.



Como diferenciar as principais doenças do outono

Covid-19.
É provocada pelo coronavírus denominado SARS-CoV-2. É a Covid-19. Nos casos leves a moderados, os sintomas apresentados são majoritariamente febre, tosse seca, cansaço e perda de paladar ou olfato. Os sintomas mais graves envolvem a dificuldade de respirar ou falta de ar, dor ou pressão no peito e perda de fala ou movimento. 

Resfriado. É causado por vírus, como rinovírus, adenovírus, coronavírus (não Covid-19). Apresenta sintomas como nariz entupido, coceira no nariz, espirros e mal- estar. 

Gripe. É provocado pelo vírus influenza. Apresenta os mesmos sintomas do resfriado adicionados à febre e dores pelo corpo. Pode acompanhar dor de garganta e tosse.

Rinite. É causado por quadro alérgico diante o contato com poeira, animais ou mudanças climáticas. Apresenta sintomas como nariz entupido, coceira no nariz e espirros. Não acompanha febre ou mal-estar.

Sinusite. É uma infecção dos seios da face provocada por vírus ou bactéria. Apresenta sintomas como secreção nasal, dores de cabeça, febre, tosse e dores no corpo. 

Quando procurar um especialista 

Cabe ao médico otorrinolaringologista classificar e avaliar o melhor tratamento ao paciente de maneira personalizada, seja resfriado, gripe, rinite, sinusite ou Covid-19. 

"Em caso de febre, dores no corpo, coriza ou dores de cabeça frequentes, procure imediatamente um médico otorrino, seja via telemedicina ou consulta presencial. Nunca se automedique, seja com sprays nasais ou comprimidos, pois os descongestionantes levam não só ao efeito-rebote, como  também ao desenvolvimento de outras doenças, como cardíacas, de pressão arterial, glaucoma, perfurações septais e sangramentos no nariz", finaliza o Dr. Baptistella. 


De olho nas fezes para ter o intestino saudável

Equilíbrio entre atividades físicas e dieta são indicados para a saúde em todas as idades, principalmente na vida adulta¹


O intestino tem um papel fundamental para o bom funcionamento do organismo, já que é responsável pela absorção de água e nutrientes e a eliminação dos resíduos alimentares². Por isso, manter uma dieta equilibrada é fundamental para o bom funcionamento do intestino, entretanto, algumas doenças ainda ocorrem com mais frequência, entre elas a constipação idiopática crônica (CIC)³.

Diferente da prisão de ventre ocasional³, a constipação idiopática é uma condição crônica e de causas desconhecidas que faz o indivíduo evacuar com uma frequência menor que a usual³. Na maioria dos casos de CIC as fezes são duras, secas e a sua expulsão é dolorosa ou difícil ou, ainda, a evacuação é percebida como incompleta ou bloqueada³.

"O aumento da ingestão de líquidos e a adoção de uma alimentação rica em fibras estimula o peristaltismo intestinal, que é o movimento que o intestino realiza para cumprir a sua função de absorver os nutrientes e eliminar os resíduos alimentares do organismo, ajudando a melhorar ou evitar os sintomas da constipação idiopática crônica", esclarece Maria do Carmo Friche Passos, gastroenterologista e professora da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).


Diagnóstico

Além da avaliação clínica, geralmente feita por um gastroenterologista ou proctologista, se a pessoa apresentar, pelo menos, dois dos sintomas abaixo por um período de três meses ou mais, ela é uma forte candidata a estar com constipação idiopática crônica³.

• Menos de 3 evacuações espontâneas por semana;

• Pelo menos 25% das evacuações com esforço evacuatório;

• Pelo menos 25% das evacuações com fezes irregulares ou endurecidas;

• Pelo menos 25% das evacuações com sensação de obstrução ou bloqueio anorretais;

• Pelos menos 25% das evacuações com necessidade de manobras manuais para defecar.

De olho nas fezes

Outra forma que auxilia o diagnóstico da CIC é a análise das fezes³. Por isso, o médico costuma perguntar qual é o formato de fezes e com a ajuda da escala de Bristol3 (abaixo), ele avalia qual a forma e consistência das fezes. Em geral, o indivíduo portador de CIC apresenta os tipos 1 e/ou 2 da tabela abaixo na maioria das evacuações³.




Tratamento

 

A constipação idiopática crônica deve ser tratada com o objetivo de melhorar o ritmo evacuatório e a consistência das fezes, reduzir o esforço evacuatório e prevenir complicações futuras³. O tratamento inclui medidas não medicamentosas (tomar muito líquido, manter a dieta rica em fibras e praticar atividade física regularmente) e também o uso de medicamentos, que deverão ser tomados apenas sob prescrição médica³.

É importante destacar que não se deve tomar laxante por conta própria porque seu uso contínuo pode acostumar o intestino, fazendo com que seja necessária sempre uma dose maior para obter o mesmo efeito⁴.

O primeiro passo para cuidar da constipação idiopática crônica e melhorar a qualidade de vida é deixar o tabu de lado e conversar com o seu médico sobre o problema⁵.

 

 

Takeda Pharmaceutical Company Limited

http://www.takeda.com

 

 

Referências

1 Suares NC, Ford AC. Am J Gastroenterol. 2011;106:1582-91. doi: 10.1038/ajg.2011.164. Acesso em: 28/09/2020.

2 Intestino Saudável - Orientações e Receitas/[editores] Lucia Camara Castro Oliveira, Flávia de Alvarenga Netto. - Rio de Janeiro: Editora Rubio, 2011. Prevenção e Cuidados. 2 Nutrição - Recomendações Dietéticas. CDD 616.35

3 M1. Lacy BE, Fermin M, Chang L, et al. Bowel Disorders. Gastroenterology. 2016; 150:1393-407.

4 Johanson JF, Kralstein J. Aliment Pharmacol Ther 2007;25:599-608

5 ACG Chronic Constipation Task Force. An evidence-based approach to the management of chronic constipation in North America. Am J Gastroenterol. 2005;100(S1):S1-S4.


Dia Mundial da Saúde: equipes multidisciplinares atuam para aumentar bem-estar físico, mental e social de renais crônicos


Pacientes renais crônicos dialisam no mínimo três vezes por semana e recebem todo o suporte necessário nas clínicas


Pacientes que recebem cuidados integrais apresentam melhor resposta a tratamento contínuo. No Brasil, há mais de 140 mil pessoas fazendo diálise para sobreviver. Covid-19 ainda aumentou comprometimento da função renal em pelo menos 30% dos casos graves


Uma das doenças com maior velocidade de crescimento na população mundial é a renal crônica. Apenas no Brasil, em dez anos, o número de pacientes dobrou, passando de 140 mil pessoas. Aliás, o tratamento renal substitutivo é um dos que mais demanda idas a uma unidade de saúde ao longo da vida do paciente, precisando ir à clínica de hemodiálise pelo menos três vezes por semana. Sem o funcionamento normal dos rins, é a máquina de diálise que filtra o sangue e retira toxinas e líquidos em excesso do organismo, de três a quatro horas por sessão. Há alguns casos até que os pacientes precisam dialisar todos os dias. Por isso que a relação do doente renal com a sua clínica de diálise e os profissionais que os atende é tão profunda. E, aproveitando este Dia Mundial da Saúde, celebrado globalmente em 7 de abril, a Fresenius Medical Care aproveita para destacar a importância do trabalho das equipes multidisciplinares para os renais crônicos.

Assistentes sociais, psicólogos, enfermeiros, técnicos, nutricionistas e fisioterapeutas têm um papel tão importante quanto os médicos nefrologistas no atendimento renal. Nas clínicas da Fresenius Medical Care - líder mundial de produtos e serviços de diálise - o objetivo é que o paciente viva uma vida que valha a pena, ou seja, com a maior qualidade de vida possível.

"Além da parte médica, temos focado em educação e conscientização sobre o manejo da doença. Cada dia comprovamos mais que o paciente se cuida melhor quando está empoderado, envolvendo-se em processos decisórios sobre o tratamento. Especialmente no contexto de uma doença renal avançada, quando os rins param de funcionar de vez, o entendimento e a participação do paciente no seu tratamento são fundamentais. Nossa equipe multidisciplinar vem sendo desenvolvida para protagonizar cada vez mais frente ao desafio de melhorar a experiência de cada paciente, incluindo envolvê-los com o próprio tratamento. É um baita diferencial", relata a médica nefrologista Ana Beatriz Barra, diretora médica da Fresenius Medical Care e pesquisadora da doença renal.



Conheça melhor o trabalho realizado por cada equipe:

Assistência Social

A assistência social é a responsável pelo primeiro atendimento, quando numa entrevista social busca-se conhecer a realidade socioeconômica do paciente para levantar demandas e necessidades e fazer encaminhamentos a benefícios que possa ter direito, como previdência, assistência social, transportes e medicamentos gratuitos, isenção de impostos. De acordo com Fátima Gomes, Coordenadora Nacional de Serviço Social da FMC, nos três primeiros o atendimento é continuado para diagnosticar as dificuldades do paciente até que haja entendimento completo sobre todas as orientações, que incluem como tomar a medicação, cuidar da fístula, que é a ponte colocado no braço, por onde a máquina de diálise entra em contato com o sangue do paciente. "É muita informação para absorver. Ao final do trimestre, esperamos que eles se apropriem do tratamento, se empoderem, pratiquem autocuidado e possam conviver bem com o tratamento e ainda possam continuar ou voltar ao mercado de trabalho".


Nutrição

A equipe de nutrição busca desmistificar que o paciente renal não pode comer quase nada. Segundo Raquel Silva, Coordenadora Nacional de Nutrição da FMC, as restrições são individualizadas e combinadas de acordo com o estado de saúde do paciente. "O sal é um grande inimigo dos rins. Então ensinamos temperos diversificados para que a comida também fique saborosa, passamos receitas e ensinamos modos de preparo que ajudam a eliminar substâncias que não podem ser ingeridas em excesso. Outro trabalho é ajudar a acertar o consumo adequado de líquidos. Hoje, as orientações são mais abertas. O diálogo é bilateral. O paciente interage e expõe necessidades e desejos. Buscamos que o paciente tenha uma vida praticamente normal, mantendo o prazer na alimentação. Primeiro a gente olha o paciente, depois a doença em si", explica.

Dependendo da fase, a nutrição é primordial. No tratamento conservador, por exemplo, ajuda fazendo com que não haja sobrecarga grande nos rins e preserve a função renal, postergando o avanço da doença crônica, que é a fase dialítica. "Fazendo a alimentação saudável, o paciente vai se sentir melhor, vai ter os exames clínicos adequados, taxas normais, pressão adequada e vai ter menos intercorrência durante a terapia, como menos hipotensão...ele se sente melhor e no longo prazo, isso vai aumentar a sobrevida do paciente. O bem nutrido tem taxa de mortalidade menor. A nutrição errada pode provocar inflamações e até doença cardiovascular, tanto em obesos, como em pessoas com má nutrição.



Psicologia

As equipes de psicologia buscam realizar acolhimento e condições para promover um olhar de continuidade para a vida e uma vida com qualidade. O atendimento é feito junto aos pacientes e familiares, reconhecidos como significativos integrantes na contribuição da saúde do paciente. "Pessoas que podem contar com suporte familiar promovem um olhar e um querer de qualidade para a sua vida. São muitos os desafios, sobretudo a adesão e redefinição de sua vida, com essa responsabilidade, e compromisso com a hemodiálise. Saúde não é ausência de doença, temos que tratar as pessoas amarguradas e entristecidas, ou seja, com a mente afetada também", relata a psicóloga Débora Guimarães, da Clínica CDR Cascadura, que integra a rede de clínicas da Fresenius.



Enfermagem

A enfermagem exerce um papel fundamental no cuidado com a vida. Na diálise, este papel é de suma importância, visto que é um tratamento de alta complexidade, o qual o paciente depende para sua sobrevivência. A enfermagem atua na linha de frente no tratamento dos renais crônicos, que necessitam de apoio, muita dedicação e de uma equipe técnica altamente qualificada. "A enfermagem está presente no dia a dia destes pacientes, cuidando, proporcionando tratamento de alta qualidade. Fazemos a diferença na vida do paciente, podendo mudar o rumo de sua história, com muita dedicação, cuidado e amor!", enfatiza a Gerente Nacional de Enfermagem da FME, Regina Alves.



Fisioterapia

As equipes de fisioterapia atuam na prevenção à perda de força muscular, massa óssea e capacidade física e de problemas cardiovasculares. "Com a fisioterapia, conseguimos minimizar os quadros de desconforto e limitações físicas dos pacientes crônicos, melhorando a força muscular, devolvendo a eles a segurança para atividades sociais e, principalmente, ampliando a qualidade de vida. Os tratamentos são determinados de acordo com o perfil individual de cada paciente", relata a fisioterapeuta Lílian Gobbo, do Centro de Nefrologia e Diálise Fresenius Nove de Julho, no Hospital Nove de Julho, em São Paulo. Segundo a especialista, o trabalho pode incluir também sessões de relaxamento com música.




Fresenius Medical Care

www.freseniusmedicalcare.com.br

 

Cannabis medicinal pode amenizar sintomas associados ao Autismo

Novos tratamentos apontam bons resultados para síndrome que afeta vários aspectos da comunicação e do comportamento do indivíduo


O Transtorno do Espectro Autista (TEA), conhecido popularmente como autismo, é uma síndrome que provoca problemas na comunicação, na socialização e no comportamento. Diagnosticado geralmente entre os dois e três anos de idade, atinge mais de 70 milhões de pessoas no mundo, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU).

"O TEA envolve atrasos e comprometimentos do desenvolvimento, seja da linguagem ou no comportamento social. Os sintomas podem ser emocionais, cognitivos, motores ou sensoriais. Desde os primeiros meses de vida, os sinais e sintomas já podem ser percebidos e as intervenções devem ser iniciadas de imediato. O diagnóstico definitivo, em geral é confirmado em idades variadas, baseado na evolução de cada caso. No entanto, muitas crianças ainda são diagnosticadas tardiamente, seja por desinformação ou resistência da família e dos médicos", explica o Dr. Jair Luiz de Moraes, neuropediatra com vasta experiência no diagnóstico precoce do TEA.

Dr. Jair explica que há uma série de diferentes manifestações do TEA, que têm em comum: maior ou menor limitação na comunicação, seja linguagem verbal e/ou não verbal; e comportamentos caracteristicamente estereotipados, repetitivos e com gama restrita de interesses. "O grau de gravidade varia desde pessoas que apresentam um quadro leve e com total independência e discretas dificuldades de adaptação, até aquelas que serão dependentes para as atividades de vida diárias, ao longo de toda a vida", explica.


Estudos com cannabis medicinal

Até o momento, o uso da cannabis medicinal para o manejo de sintomas de TEA se baseia em relatos de casos ou ensaios clínicos abertos, não controlados, e com número restrito de participantes. Seu objetivo principal tem sido para o tratamento das comorbidades, principalmente auto e heteroagressividade, hiperatividade, ansiedade e distúrbios do sono.

Uma publicação de outubro de 2019 do BMC Psychiatry, periódico que reúne artigos sobre transtornos psiquiátricos, apontou que existem três ensaios clínicos em larga escala e cinco estudos pequenos que avaliaram o uso de cannabis para autismo. Um destes estudos, realizado em Israel, avaliou a eficácia da cannabis rica em cannabidiol em 60 crianças. A pesquisa constatou que 61% dos problemas comportamentais entre os participantes foram muito melhorados, segundo relatos dos pais. Também houve melhora nos níveis de ansiedade em 39% das crianças e 47% na comunicação.

"Tenho relatos no meu consultório de melhoras efetivas em relação as comorbidades em pacientes com TEA, imediatamente após a troca da medicação convencional, que muitas vezes provocam diversos efeitos colaterais", reforça o neuropediatra, que desde 2019 passou a adotar produtos à base de cannabis em suas prescrições.


Direitos da pessoa com TEA

De acordo com o Center of Deseases Control and Prevention (CDC), órgão ligado ao governo dos Estados Unidos, em uma pesquisa realizada de dois em dois anos no País, existe hoje um caso de TEA a cada 54 crianças de oito anos. No Brasil, os dados ainda são muito limitados, mas informações do Censo Escolar mostram que o número de alunos com autismo que estão matriculados em classes comuns aumentou 37,27% entre os anos de 2017 e 2018.

Para efeitos legais, os autistas são considerados pessoas com deficiência. De acordo com a Lei nº 12.764/12, é direito da pessoa com TEA o acesso a ações e serviços de saúde, incluindo identificação precoce, atendimento multiprofissional, terapia nutricional, medicamentos e informações que auxiliem no diagnóstico e no tratamento.

 


Health Meds

 


Referências:

McGuire P, Robson P, Cubala WJ, Vasile D, Morrison PD, Barron R, et al. Cannabidiol (CBD) as an Adjunctive Therapy in Schizophrenia: A Multicenter Randomized Controlled Trial. Am J Psychiatry. 2018;175(3):225-231.

Salgado CA, Castellanos D. Autism Spectrum Disorder and Cannabidiol: Have We Seen This Movie Before? Glob Pediatr Health. 2018;Nov 29;5:2333794X18815412.


Cura de linfoma após infecção por covid-19 tem explicação científica, aponta médico da Unifesp

O oncologista Ramon Andrade de Mello esclarece que caso tem similaridade com a imunoterapia

 

Um artigo recente publicado no British Journal of Haemathology traz o caso clínico de um homem de 61 anos diagnosticado com linfoma de Hodgkin clássico. O paciente apresentou ainda covid-19. Após 11 dias, ele recebeu alta para convalescer em casa sem qualquer administração de corticosteroides e imunoquimioterapia. A surpresa veio quatro meses depois, após um exame que revelou uma remissão generalizada do linfoma.

O oncologista Ramon Andrade de Mello, professor da disciplina de oncologia clínica da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), da Uninove e da Faculdade de Medicina da Universidade do Algarve (Portugal), explica que o caso tem explicação pela ciência: "Apesar de ainda não termos estudos específicos sobre esse paciente, temos algumas abordagens que ajudam na sua compreensão".

Para o pesquisador, uma das hipóteses é que a infecção pela covid-19 desencadeou uma resposta imune antitumoral. "É similar ao que chamamos de imunoterapia. O tratamento tem medicamentos que ajudam o organismo a enfrentar determinado tipo de câncer", esclarece Ramon de Mello. No caso do paciente citado, o organismo produziu citocinas inflamatórias - que são moléculas - em resposta à infecção, ativando as chamadas células T, que atuam naturalmente contra as células tumorais.

"Isso não quer dizer que os pacientes com câncer podem ser infectados pelo novo coronavírus para curar o tumor. Muito pelo contrário. O caso do paciente retratado pela publicação britânica é muito raro", ressalta o professor da Unifesp.

Ramon de Mello lembra que os avanços das pesquisas têm contribuído para a cura de milhares de pacientes em todo o mundo: "Hoje, podemos adotar tratamentos com maior precisão e indicar o melhor caminho. Na oncologia, quanto mais cedo é realizado o diagnóstico, maiores são as chances de cura".

Os testes genéticos se tornaram aliados no mapeamento dos tumores cancerígenos. "Essa é uma área que tem avançado muito nos últimos anos e esses testes estão cada dia mais próximos da população. Com o diagnóstico genético, estamos inclusive olhando para particularidades que possam evoluir para um tumor. Assim, podemos tomar medidas preventivas com muita antecedência", explica o especialista.




Ramon Andrade de Mello  - Oncologista clínico e professor adjunto de Cancerologia Clínica da Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Ramon Andrade de Mello tem pós-doutorado em Pesquisa Clínica no Câncer de Pulmão no Royal Marsden NHS Foundation Trust (Inglaterra) e doutorado (PhD) em Oncologia Molecular pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (Portugal). O médico tem título de especialista em Oncologia Clínica, Ministério da Saúde de Portugal e Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO). Além disso, Ramon tem título de Fellow of the American College of Physician (EUA) e é membro do Comitê Educacional de Tumores Gastrointestinal (ESMO GI Faculty) da Sociedade Europeia de Oncologia Médica (European Society for Medical Oncology - ESMO), Membro do Conselho Consultivo (Advisory Board Member) da Escola Europeia de Oncologia (European School of Oncology - ESO) e ex-membro do Comitê Educacional de Tumores do Gastrointestinal Alto (mandato 2016-2019) da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (American Society of Clinical Oncology - ASCO). O oncologista é do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein e Hospital 9 de Julho, em São Paulo, SP, e do Centro de Diagnóstico da Unimed (CDU), em Bauru (SP).


Dia Mundial da Saúde reforça a importância da prática de exercícios físicos e boa alimentação para manter a saúde em dia

Com a pandemia da Covid-19, a data chama a atenção para os cuidados gerais com a saúde física e mental


O Dia Mundial da Saúde, lembrado no dia 07 de abril, é uma data que busca incentivar a conscientização e o respeito da população em manter o corpo e mente saudáveis. Além disso, em 07 de abril de 1948, foi criado a Organização Mundial da Saúde (OMS), por isso, a coincidência pela data, que reforça sempre os principais riscos da nossa saúde e como se prevenir corretamente.

Anualmente, a OMS define um tema relacionado à saúde para ser abordado ao redor do mundo por meio de campanhas de conscientização. Para 2021, a Organização definiu o tema como “Dia Mundial da Saúde 2021 – Construindo um mundo mais justo e saudável”, defendendo que a saúde é um direito de todos e não um privilégio. O objetivo foi constatar o alto número de grupos vulneráveis, espalhados pelo mundo, que ainda enfrenta dificuldades para ter um tratamento de saúde digno, principalmente, no enfrentamento à Covid-19.

Nesse sentido, é importante destacar que a constituição da Organização Mundial da Saúde, define que “saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a mera ausência de doença ou enfermidade”. Ou seja, uma pessoa saudável não é somente aquela que não esteja apresentando nenhuma doença, mas também apresenta uma boa relação consigo mesma e com a sociedade.


A saúde em tempos de pandemia

A pandemia transformou os comportamentos, costumes e atitudes diárias da população, além, é claro, de estar contaminando um alto número de pessoas pela doença. Então, é muito importante que todos se conscientizem em buscar a ajuda médica adequada antes e, principalmente, durante a recuperação da doença. “Cada paciente com Covid-19 foi afetado de alguma forma – com febre, com tosse, com comprometimento da capacidade pulmonar. Por isso, é muito importante que ao longo de todo o tratamento seja feito o acompanhamento correto com um profissional de saúde adequado. Isso pode salvar vidas”, afirma Milton Alves Monteiro Junior- Enfermeiro Infectologista do Hospital HSANP.

Para quem foi ou está contaminado pela Covid-19, é muito importante que haja uma rotina de cuidados para se recuperar adequadamente da doença. Manter a higiene, lavando as mãos e utilizando máscara sempre que necessário, afinal, existem casos de reinfecção pela doença. Procure descansar, pois o corpo humano e o metabolismo precisam de tempo para se reestruturarem. Faça suas atividades de forma sentada, como tomar banho, por exemplo, e só volte ao “normal” depois de se fortalecer.


Então, como ser saudável nos dias de hoje?

Com a quarentena e a aplicação das medidas de segurança para diminuir o contágio da Covid-19, todas as pessoas estiveram e estão sujeitas a mudanças diárias em suas rotinas pessoais, profissionais, alimentares, etc. Por isso, Milton preparou algumas dicas que podem ser essenciais para atravessar esse período de forma mais saudável e tranquila:

 

  • Alimente-se bem: isso é fundamental para aumentar a imunidade do corpo humano;
  • Tenha uma boa noite de sono: os benefícios de uma noite bem dormida são de extrema importância, tanto para a saúde física quanto mental;
  • Faça exercícios físicos: a endorfina e a dopamina, liberadas durante a prática de exercícios, são consideradas aliadas no bem-estar e saúde do ser humano;
  • Beba muita água: manter o corpo humano hidratado é essencial para o bom funcionamento do metabolismo;
  • Tentar ser positivo diante dos acontecimentos: a positividade é muito importante para manter uma saúde mental saudável, diante de um cenário tão difícil como o da Covid-19.
  • Passe mais tempo com a família e amigos: desfrutar de um tempo ao lado das pessoas que ama, traz mais sentido à vida, tornando-a mais colorida. É importante trabalhar, mas rever amigos e familiares é fundamental para a existência humana. Por causa do isolamento social, uma alternativa é agendar vídeo-chamadas para se encontrar com amigos e familiares que não moram junto na mesma casa.
  • Tenha momentos de lazer: Mesmo quem passa muito tempo trabalhando e se sente confortável com isso, não se importando em passar horas e horas em frente à tela do computador, por exemplo, precisa de um momento para descansar a mente. Mesmo com a pandemia, isso é possível! Aprender cozinhar um prato novo, implementar alguma melhoria na sua casa, brincar com seus filhos, assistir a uma série, entre outros passatempos: entenda lazer como uma pausa na rotina para respirar novos ares e recuperar as energias.

 

“Parecem dicas simples e despretensiosas, mas são de extrema importância para que todos possam se reestabelecer e enfrentar um período tão complicado como o atual”, conclui o especialista.

 


HSANP


COVID-19 piora a visão de jovens

 Prontuários apontam agravamento do ceratocone em 48% dos pacientes que tiveram COVID-19. Doença geralmente surge na adolescência. Entenda. 

 

A pandemia de coronavírus é uma ameaça à saúde dos olhos. O oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier e membro titular do CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia) afirma que qualquer alteração na lágrima pode predispor a duas alterações na córnea, lente externa do olho:  Uma é a ceratite, inflamação que dependendo da gravidade diminui permanentemente a visão. A outra é o ceratocone devido à falta de lubrificação que provoca coceira nos olhos, maior fator de risco desta doença. O problema é que um estudo inglês mostra que o coronavírus causa olho seco em 23% das pessoas contaminadas. 

“Não por acaso, os prontuários de 52 portadores de ceratocone atendidos pelo hospital nos últimos três meses, revelam que 25 deles, ou 48%, apresentaram piora depois que tiveram COVID-19”, salienta. O oftalmologista explica que o ceratocone é uma doença degenerativa que geralmente aparece no início da adolescência. Tende a ser mais progressiva entre os mais jovens. Quanto maior a progressão, mais enfraquece e afina a córnea, fazendo com que tome o formato de um cone. Por isso, inclusive durante a pandemia, o acompanhamento periódico deve ser mantido. “O atraso no diagnóstico pode causar cicatrizes na córnea, irregularidades que dificultam o ajuste das lentes de contato, ceratite, edema e em casos extremos indicação para transplante de córnea que teve uma grande queda de doações e cirurgias na pandemia” afirma.

O oftalmologista destaca que o hospital é especializado, mantém rígidos protocolos de higiene e esterilização dos equipamentos e ambientes para eliminar o risco de contaminação durante o atendimento.Portanto não há justificativa para adiar qualquer assistência médica aos seus olhos.

 

Sintomas da progressão

Queiroz Neto afirma que as queixas mais frequentes que indicaram piora do ceratocone depois da COVID-19 nos pacientes analisados foram:

·         Visão embaçada.

·         Dor de cabeça frequente

·         Maior dificuldade para enxergar.

O oftalmologista esclarece que a visão embaçada nem sempre sinaliza piora do ceratocone. “Quando desaparece espontaneamente ou após pingar colírio lubrificante no olho indica olho seco”, afirma. Ainda assim, comenta, a consulta oftalmológica é importante para diagnosticar qual camada da lágrima – lipídica, aquosa ou proteica – está alterada. “Isso porque, nem o colírio lubrificante é uma aguinha qualquer. Cada um é formulado com substâncias que agem em uma camada específica da lágrima”, poderá.

Outros sintomas elencados pelo médico que podem sinalizar progressão do ceratocone são:

·         Dificuldade de enxergar à noite.

·         Coceira intensa e frequente nos olhos

·         Alteração constante do grau das lentes de contato ou óculos.

 


Tratamentos

O único tratamento que interrompe a progressão do ceratocone é o crosslinking, uma cirurgia ambulatorial feita com anestesia local em que é associada a aplicação de riboflavina (vitamina B2)   radiação ultravioleta. Queiroz Neto afirma que segundo estudos quanto mais jovem é o paciente melhores são os resultados da cirurgia.


Outros tratamentos elencados pelo médico para escapar do transplante nos casos de córneas mais finas são as lente esclerais que se apoia na esclera invés de se apoiarem na borda da córnea,   ou o anel intraestromal que melhora a acuidade visual aplanando a córnea.

 

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