Pacientes renais crônicos dialisam no mínimo três vezes por semana e recebem todo o suporte necessário nas clínicas
Pacientes que recebem cuidados integrais apresentam melhor resposta a tratamento contínuo. No Brasil, há mais de 140 mil pessoas fazendo diálise para sobreviver. Covid-19 ainda aumentou comprometimento da função renal em pelo menos 30% dos casos graves
Uma das doenças com maior velocidade de
crescimento na população mundial é a renal crônica. Apenas no Brasil, em dez anos,
o número de pacientes dobrou, passando de 140 mil pessoas. Aliás, o tratamento
renal substitutivo é um dos que mais demanda idas a uma unidade de saúde ao
longo da vida do paciente, precisando ir à clínica de hemodiálise pelo menos
três vezes por semana. Sem o funcionamento normal dos rins, é a máquina de
diálise que filtra o sangue e retira toxinas e líquidos em excesso do
organismo, de três a quatro horas por sessão. Há alguns casos até que os
pacientes precisam dialisar todos os dias. Por isso que a relação do doente
renal com a sua clínica de diálise e os profissionais que os atende é tão
profunda. E, aproveitando este Dia Mundial da Saúde, celebrado globalmente em 7
de abril, a Fresenius Medical Care aproveita para destacar a importância do
trabalho das equipes multidisciplinares para os renais crônicos.
Assistentes sociais, psicólogos, enfermeiros,
técnicos, nutricionistas e fisioterapeutas têm um papel tão importante quanto
os médicos nefrologistas no atendimento renal. Nas clínicas da Fresenius
Medical Care - líder mundial de produtos e serviços de diálise - o objetivo é
que o paciente viva uma vida que valha a pena, ou seja, com a maior qualidade
de vida possível.
"Além da parte médica, temos focado em
educação e conscientização sobre o manejo da doença. Cada dia comprovamos mais
que o paciente se cuida melhor quando está empoderado, envolvendo-se em
processos decisórios sobre o tratamento. Especialmente no contexto de uma
doença renal avançada, quando os rins param de funcionar de vez, o entendimento
e a participação do paciente no seu tratamento são fundamentais. Nossa equipe
multidisciplinar vem sendo desenvolvida para protagonizar cada vez mais frente
ao desafio de melhorar a experiência de cada paciente, incluindo envolvê-los
com o próprio tratamento. É um baita diferencial", relata a médica
nefrologista Ana Beatriz Barra, diretora médica da Fresenius Medical Care e
pesquisadora da doença renal.
Conheça melhor o trabalho realizado por
cada equipe:
Assistência Social
A assistência social é a responsável pelo
primeiro atendimento, quando numa entrevista social busca-se conhecer a
realidade socioeconômica do paciente para levantar demandas e necessidades e
fazer encaminhamentos a benefícios que possa ter direito, como previdência,
assistência social, transportes e medicamentos gratuitos, isenção de impostos.
De acordo com Fátima Gomes, Coordenadora Nacional de Serviço Social da FMC, nos
três primeiros o atendimento é continuado para diagnosticar as dificuldades do
paciente até que haja entendimento completo sobre todas as orientações, que
incluem como tomar a medicação, cuidar da fístula, que é a ponte colocado no
braço, por onde a máquina de diálise entra em contato com o sangue do paciente.
"É muita informação para absorver. Ao final do trimestre, esperamos que
eles se apropriem do tratamento, se empoderem, pratiquem autocuidado e possam
conviver bem com o tratamento e ainda possam continuar ou voltar ao mercado de
trabalho".
Nutrição
A equipe de nutrição busca desmistificar que o paciente renal não pode comer
quase nada. Segundo Raquel Silva, Coordenadora Nacional de Nutrição da FMC, as
restrições são individualizadas e combinadas de acordo com o estado de saúde do
paciente. "O sal é um grande inimigo dos rins. Então ensinamos temperos
diversificados para que a comida também fique saborosa, passamos receitas e
ensinamos modos de preparo que ajudam a eliminar substâncias que não podem ser
ingeridas em excesso. Outro trabalho é ajudar a acertar o consumo adequado de
líquidos. Hoje, as orientações são mais abertas. O diálogo é bilateral. O
paciente interage e expõe necessidades e desejos. Buscamos que o paciente tenha
uma vida praticamente normal, mantendo o prazer na alimentação. Primeiro a
gente olha o paciente, depois a doença em si", explica.
Dependendo da fase, a nutrição é primordial. No tratamento conservador, por
exemplo, ajuda fazendo com que não haja sobrecarga grande nos rins e preserve a
função renal, postergando o avanço da doença crônica, que é a fase dialítica.
"Fazendo a alimentação saudável, o paciente vai se sentir melhor, vai ter
os exames clínicos adequados, taxas normais, pressão adequada e vai ter menos
intercorrência durante a terapia, como menos hipotensão...ele se sente melhor e
no longo prazo, isso vai aumentar a sobrevida do paciente. O bem nutrido tem
taxa de mortalidade menor. A nutrição errada pode provocar inflamações e até
doença cardiovascular, tanto em obesos, como em pessoas com má nutrição.
Psicologia
As equipes de psicologia buscam realizar acolhimento e condições para promover
um olhar de continuidade para a vida e uma vida com qualidade. O atendimento é
feito junto aos pacientes e familiares, reconhecidos como significativos
integrantes na contribuição da saúde do paciente. "Pessoas que podem contar
com suporte familiar promovem um olhar e um querer de qualidade para a sua
vida. São muitos os desafios, sobretudo a adesão e redefinição de sua vida, com
essa responsabilidade, e compromisso com a hemodiálise. Saúde não é ausência de
doença, temos que tratar as pessoas amarguradas e entristecidas, ou seja, com a
mente afetada também", relata a psicóloga Débora Guimarães, da Clínica CDR
Cascadura, que integra a rede de clínicas da Fresenius.
Enfermagem
A enfermagem exerce um papel fundamental no cuidado com a vida. Na diálise,
este papel é de suma importância, visto que é um tratamento de alta
complexidade, o qual o paciente depende para sua sobrevivência. A enfermagem
atua na linha de frente no tratamento dos renais crônicos, que necessitam de apoio,
muita dedicação e de uma equipe técnica altamente qualificada. "A
enfermagem está presente no dia a dia destes pacientes, cuidando,
proporcionando tratamento de alta qualidade. Fazemos a diferença na vida do
paciente, podendo mudar o rumo de sua história, com muita dedicação, cuidado e
amor!", enfatiza a Gerente Nacional de Enfermagem da FME, Regina Alves.
Fisioterapia
As equipes de fisioterapia atuam na prevenção à perda de força muscular, massa
óssea e capacidade física e de problemas cardiovasculares. "Com a
fisioterapia, conseguimos minimizar os quadros de desconforto e limitações
físicas dos pacientes crônicos, melhorando a força muscular, devolvendo a eles
a segurança para atividades sociais e, principalmente, ampliando a qualidade de
vida. Os tratamentos são determinados de acordo com o perfil individual de cada
paciente", relata a fisioterapeuta Lílian Gobbo, do Centro de Nefrologia e
Diálise Fresenius Nove de Julho, no Hospital Nove de Julho, em São Paulo.
Segundo a especialista, o trabalho pode incluir também sessões de relaxamento
com música.
Fresenius Medical Care
www.freseniusmedicalcare.com.br
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