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sábado, 7 de novembro de 2020

Cuidado com o plágio

Não corra riscos desnecessários, patenteie a sua criação

A Patente é um título de exclusividade. Logo, quem possui o registro de patente terá direitos de usá-la como julgar mais conveniente

Em vista disso, terceiros só poderão usufruir dos seus direitos com a autorização daquele que tem o registro de patente. Isto abre uma vantagem de mercado muito grande para quem procura investir em produtos inovadores, além da possibilidade de retorno financeiro com a comercialização deste ativo.

Mesmo assim, a incidência que crimes de plágio ainda é alta, este crime pode prejudicar seriamente uma empresa. Vem com a gente entender um pouco mais sobre essa questão

 

  1. O plágio

Plagiar nada mais é do que copiar ou usar o trabalho intelectual de outra pessoa ou organização. Existem duas formas de plágio. A primeira é quando se reivindica a autoria de conteúdos criados por terceiros e a segunda é criar algo muito semelhante com ideias comerciais já disponíveis no mercado.

Segundo a Constituição brasileira: Crime de Violação aos Direitos Autorais no Art. 184 – Código Penal, que diz: Art. 184. Violar direitos de autor e os que lhe são conexos: Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa.

 

  1. O que pode ser plagiado?

De forma geral, tudo que pode ser protegido, pode ser plagiado. Ou seja, todo tipo de propriedade intelectual: seja ela música, livro, teorias, nomes, marcas e identidades visuais.

Como você criador sabe, uma empresa investe anos em pesquisa de ponta e desenvolvimento de uma solução tecnológica para um determinado problema da indústria. Essa solução criativa e original tem grande impacto naquele mercado e representa a oportunidade de altos retornos financeiros para a empresa autora da criação.

Então, uma concorrente consegue lançar aquele produto no mercado antes e começa a obter ganhos sobre a ideia plagiada. Com certeza, é uma situação que gera grande estresse para os negócios.

 

  1. Como resolver?

Caso o autor consiga provar que aquela invenção é realmente de sua autoria as perdas da tecnologia inovadora são menores. A melhor forma de fazer isso é tendo o certificado de patente.

Significa que você buscou os meios oficiais e formais para que sua criação fosse avaliada e certificada por órgão competente. Contra um certificado como estes, emitido pelo INPI, fica bem mais difícil discutir e praticamente impossível continuar fazendo o uso indevido da criação por terceiros, certo?

Se ainda houver dúvidas ou você prefira manter o foco em seu negócio e deixar o processo de pedido de depósito de patente com quem entende do assunto, conte com A Capelatto.

 

 

A Capelatto

Márcia Araújo da silva - Diretora executiva

www.acapelattomarcas.com.br

Instagram: @acapelatto

Facebook: A Capelatto Marcas e Patentes

Linkedin: @acapelatto

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sexta-feira, 6 de novembro de 2020

Neuropsicóloga oferece curso gratuito de estimulação

O desenvolvimento infantil nada mais é do que o processo que as crianças vivenciam desde o nascimento até o início da adolescência, por volta dos 12 anos de idade. O desenvolvimento apresenta uma série de marcos que constituem a aprendizagem e envolve as quatro esferas que compõem a história de qualquer pessoa: física, cognitiva, social e afetiva.

A neuropsicóloga Bárbara Calmeto, do Autonomia Instituto, explica abaixo sobre cada uma dessas esferas:⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀

1. Desenvolvimento físico: diz respeito ao aprimoramento das habilidades físicas da criança. Nos primeiros anos de vida, ela aprende a engatinhar e ficar em pé para depois conseguir caminhar, correr e pular.

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2. O Desenvolvimento Cognitivo: diz respeito ao aprimoramento das habilidades que permitem o processamento de informações.

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3. O Desenvolvimento Social: tem relação com a linguagem e a interação com os outros. Começa desde o nascimento do bebê e é aprimorado por meio do toque materno e paterno, das conversas, músicas e leituras.

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Pensando em ajudar pais que não sabem como estimular as crianças em cada uma dessas esferas, ela oferecerá um curso online gratuito, de 9 a 12 de novembro, às 20h. Para ter acesso ao Guia de Estimulação, basta acessar o Instagram @autonomiainstituto por onde será enviado o link aos interessados.

 

Mais informações: autonomiainstitutoterapias@gmail.com


80% das mulheres estupradas carregam feridas psicológicas

Caso de violência envolvendo jovem catarinense confirma que a agressão às mulheres é banalizada no Brasil, onde são registrados 180 estupros por dia; no Paraná, programas de reabilitação de agressores previnem novos casos

 

A situação vivida por Mariana Ferrer, a blogueira catarinense que sofreu violência sexual em uma balada em Santa Catarina, em 2018, não é um caso isolado. No Brasil, 89% das vítimas de estupro são mulheres, segundo a edição de 2020 do Anuário Brasileiro de Violência. O mesmo relatório aponta que a cada 8 minutos uma pessoa é estuprada no Brasil, onde a cada 2 minutos existe também uma ocorrência de agressão doméstica. O País é o 5º no ranking mundial quando o assunto é a violência contra a mulher.

Essa realidade certamente é ainda mais alarmante porque faltam dados oficiais sobre a real dimensão deste fenômeno no Brasil e acredita-se que apenas 35% das pessoas que foram estupradas geralmente apresentam de fato queixas policiais. A ex-modelo e empresária Luiza Brunet sentiu na pele as feridas da violência, que a acompanham desde pequena. Ela foi testemunha de violência doméstica na infância, vítima de abuso sexual aos 12 e agredida pelo ex-companheiro aos 54 anos. Faz pouco tempo que resolveu denunciar os episódios. Na visão dela, a violência contra mulheres é fundamentalmente por gênero. “É por isso que precisamos lutar. Denunciando, essa questão se manterá viva. Precisamos fortalecer as mulheres a tomarem coragem e denunciar sempre”, afirma.

A subnotificação pode ser explicada por vários motivos, mas principalmente pelo machismo arraigado em nossa sociedade patriarcal, cuja parte dos homens parece viver no tempo das cavernas em pleno século XXI, a julgar pelo comportamento do advogado Cláudio Gastão da Rosa Filho, que defendeu o empresário André Aranha, réu num processo em que foi acusado de estupro contra Mariana Ferrer.

“Dizer que a vítima publicava fotos ginecológicas nas redes sociais não pode ser usado como argumento em julgamento sério, porque é travestido de preconceito. As palavras ofensivas do advogado perante a Justiça são mais uma evidência de que as mulheres são tratadas como ‘levianas’ até mesmo sob o olhar de alguns operadores do direito quando o assunto é o estupro. Mesmo sendo vítimas, são culpabilizadas. O machismo enraizado na sociedade brasileira insiste em colocá-las nos bancos dos réus como provocadoras, estimuladoras da violência sexual e seres dotados de alta capacidade sedutora para os ‘indefesos homens’”, afirma Alessandra Diehl, psiquiatra e especialista em sexualidade.

A médica alerta que o estupro acarrerta consequências gigantescas e, muitas vezes, incalculáveis para a saúde física e mental das vítimas, como a depressão, transtorno do estresse pós-traumático (TEPT), HIV, infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e traz altos custos para os sistemas de saúde e criminal. “As vítimas de estupro são 13 vezes mais propensas a tentar suicídio em comparação às outras formas de violência. Cerca de 80% das vítimas de estupro sofrerão com dor crônica e/ou outros transtornos psicológicos de formas duradouras. Após a agressão a atividade sexual pode se tornar algo terrivelmente assustador para muitas mulheres. Trata-se, portanto, de um fenômeno global, um grave problema de saúde pública que desrespeita os direitos humanos e direitos já adquiridos por todas nós, mulheres”.


Como mudar o quadro de violência contra as mulheres no Brasil

Na opinião de Alessandra Diehl, enquanto o direito penal só pode punir o comportamento desviante, as intervenções na área da saúde pública podem usar estratégias de prevenção, que deve começar na infância. “Existe uma enorme necessidade de ampliação de educação sexual nas escolas brasileiras, além de campanhas na mídia e de estratégias de prevenção ambiental, além de educação/treinamento para juízes, promotores e médicos generalistas e foresences que atendem vítimas de violência sexual”, argumenta Alessandra Diehl.

Na opinião da líder no Paraná do Projeto Justiceiras, Mariana Bazzo, as melhores estatísticas de prevenção desse tipo de violência se referem à mudança de cultura da sociedade, ou seja, envolvem políticas públicas que ultrapassem o mero punitivismo. “Há uma lacuna também no atendimento especializado às mulheres e às famílias por meio do sistema único de assistência social e de saúde, que deveriam receber maior importância, inclusive, no orçamento específico”.

Claudia Montanha, Tesoureira da Caixa de Assistência dos Advogados do Paraná, explica ainda que uma das medidas que pode ser aplicada pelo juiz em caso de violência doméstica é o comparecimento do agressor a programas de recuperação e de reeducação, além do acompanhamento psicossocial. “Esse atendimento pode ser individual ou por meio de grupos de apoio, como prevê a legislação Maria da Penha. Ou seja, há uma busca pela recuperação do agressor. Esses programas são formados por operadores do direito, psicólogos e profissionais de assistência social”, conta.

A especialista reforça que no Paraná já existem iniciativas que buscam reabilitar esses agressores, numa ação conjunta do Judiciário com o Ministério Público. “Em Cianorte, num universo de 600 homens que participaram de programas de recuperação, apenas quatro reincidiram no cometimento de atos de violência familiar. Temos cidades onde a reincidência foi zero. Acredito muito nesses tipos de programa de reabilitação, principalmente porque a participação dos agressores é obrigatória. Além do resgate do agressor, é necessário também investir em ações de prevenção e conscientização contra a violência doméstica, com adoção de políticas públicas relacionadas com essa temática”, complementa Claudia.

                 Alessandra Diehl cita também que em países como Portugal já começou a surgir uma nova prática promissora na prevenção de estupro em contextos ambientais, que envolve a participação de bystanders para a criação de alianças entre jovens mulheres e homens nas escolas de nas universidades. Um grupo chamado “Men can stop rape” (Homens podem parar o estupro) realiza o treinamento de bystander: eles são observados como aliados para impedir ou prevenir as práticas de abuso sexual.


Campanha de Prevenção das Doenças da Aorta oferece consultas e exames gratuitos à população

Ação possibilitará um dia de orientação com especialistas da área. Pessoas acima dos 55 anos e hipertensos são o público-alvo


A 11ª Campanha de Prevenção das Doenças da Aorta, promovida pelo Hospital Santa Marcelina de Itaquera, em parceria com o Ambulatório de Especialidades Santa Marcelina, terá o apoio da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular - Nacional e Regional São Paulo. A ação será realizada no dia 7 de novembro, das 9h às 15h, no Ambulatório do Hospital Santa Marcelina (Rua Santa Marcelina, nº 400, em Itaquera). Na ocasião, serão tomadas todas as medidas restritivas para o enfrentamento da Covid-19, obedecendo aos protocolos impostos pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

O evento é aberto ao público e gratuito, com o objetivo de proporcionar aos interessados a oportunidade de ter contato com profissionais da área vascular para tirar dúvidas sobre as doenças da aorta. Mulheres e homens acima de 55 anos e hipertensos irão passar por uma triagem com avaliação médica e, caso haja a necessidade, realizarão exames de ultrassom da aorta e carótida (doppler). Haverá encaminhamentos para tratamentos, caso sejam constatados fatores de gravidade.

Outras informações podem ser obtidas por meio do telefone: (11)2070-6446.


Doenças da Aorta

A campanha está focada, principalmente, nas doenças da aorta, maior artéria do corpo humano. Ela começa no coração, passa pelo tórax e desce para o abdômen, se dividindo na altura do umbigo. Da aorta surgem diversas artérias que levam a irrigação sanguínea para a cabeça, pescoço, braços, vísceras abdominais (fígado, intestino, etc), antes de se bifurcar para as pernas (artérias ilíacas).

São duas as principais doenças nessa artéria: os aneurismas (dilatação) e as obstruções. Os aneurismas causam preocupações ainda maiores pela possibilidade de rompimento, tendo um elevado índice de mortes quando esse fato ocorre. E as obstruções, podem levar a falta de sangue nos membros e risco de gangrenas com possibilidade de perdas. 

 


Serviço:


11ª Campanha de Prevenção das Doenças da Aorta,

Data: dia 7 de novembro

Horário: das 9h às 15h

Local: Hospital Santa Marcelina de Itaquera – Ambulatório de Especialidades Santa Marcelina

Endereço: Rua Santa Marcelina, nº 400, em Itaquera – SP

Informações: (11) 2070-6446.

 

Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo – SBACV-SP

www.sbacvsp.com.br


ADJ Diabetes Brasil finaliza a campanha nacional para prevenção da Retinopatia Diabética no mês do diabetes em Belo Horizonte

 -A terceira edição terá a parceria da Associação de Diabetes Infantil e da Novartis –

 

Uma pesquisa realizada pela ADJ e por outras organizações nacionais e internacionais mostrou que 38,4% das pessoas com a diabetes tiveram consulta e/ou exames adiados durante a pandemia do novo Coronavírus, 59,4% das pessoas registraram aumento dos episódios de glicemia e 31,2% constataram maior variabilidade glicêmica*. O estudo, publicado em junho deste ano, identificou as principais barreiras enfrentadas por 1.701 pessoas com diabetes no Brasil. Para conscientizar as pessoas sobre a doença, a ADJ Diabetes Brasil, em parceria com a Associação de Diabetes Infantil, realiza no dia 12 de novembro um evento virtual e gratuito, a partir das 19h. Os interessados devem se inscrever no https://www.racineonline.com.br/evento/fique-de-olho-retinopatia-edicao-belo-horizonte.

A pesquisa destaca que as pessoas com diabetes no Brasil estão alterando seus hábitos durante a quarentena, o que afetou sua glicemia, aumentando o risco de maior severidade da Covid-19. Além disso, quanto maior o descontrole da glicemia, maior a probabilidade de desenvolver as complicações do diabetes, entre elas, a retinopatia diabética. No país, segundo dados do Ministério da Saúde, a incidência da retinopatia diabética está entre 24% a 39% na população com a doença, sendo estimada prevalência de dois milhões de casos.

Segundo dados da National Patient and Procedure Volume Tracker Analysis, a oftalmologia, uma das especialidades mais procuradas pelas pessoas com diabetes, tem sido a mais atingida na pandemia, no que diz respeito à queda no número de consultas, exames e cirurgias. A procura diminuiu em 81%, entre março e abril de 2019, em relação ao mesmo período de 2020, nos Estados Unidos. No Brasil, ainda não há dados oficiais sobre a queda das consultas dessa especialidade, mas os especialistas alertam que os números não diferem muito dos dados do país norte-americano**.

Para alertar as pessoas sobre os riscos que elas possam vir a ter ao interromperem seus tratamentos de diabetes e de retinopatia diabética, a ADJ Diabetes Brasil está fazendo uma campanha nacional para falar sobre a importância de realizar o controle adequado da glicemia, prevenindo uma das principais complicações do diabetes, a retinopatia diabética.

A Organização Mundial da Saúde aponta que o Brasil possui 16 milhões de pessoas com diabetes. Na última Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico, publicada em maio de 2020, no período entre 2006 e 2019, a prevalência de diabetes passou de 5,5% para 7,4%. A capital mineira é a terceira em diagnóstico de diabetes (8%). Quando divididos por sexo, o diagnóstico de diabetes foi mais frequente no Rio de Janeiro (9%), em Belo Horizonte e Fortaleza (8,9%).***.

As altas taxas de glicemia degeneram a retina e, com o tempo, a visão pode ser afetada, sendo a principal causa de cegueira. A retinopatia diabética pode ser de dois tipos: a não proliferativa, forma inicial da doença que é detectada quando os vasos do fundo do olho estão danificados, causando hemorragia e vazamento de líquido da retina, chamado de Edema Macular Diabético; e a proliferativa, que é diagnosticada quando os vasos da retina ou do nervo óptico não conseguem trazer nutrientes para o fundo do olho e, por consequência, há formação de vasos anormais, que causam o sangramento.

Além de sensibilizar as pessoas sobre os riscos da retinopatia diabética, a campanha também tem como objetivos educar as pessoas para que mudem seus hábitos e consigam controlar as taxas de glicemia e incentivar a visita ao oftalmologista regularmente, para realizar os exames preventivos de visão.

A iniciativa é gratuita e está aberta para todas as pessoas que fizerem as inscrições. A primeira foi realizada em Belém do Pará, a segunda em Vitória. A terceira, voltada para a Grande Belo Horizonte, será um evento virtual, no dia 12 de novembro, às 19h. Para acessar, é necessário se inscrever em: https://www.racineonline.com.br/evento/fique-de-olho-retinopatia-edicao-belo-horizonte.

Nesta ação, a ADJ Diabetes Brasil conta com a parceria da Unimed Vitória e o apoio da Novartis. Mais informações podem ser acessadas no www.adj.org.br.

 


Sobre a ADJ Diabetes Brasil

Fundada em 10 de março de 1980, a ADJ Diabetes Brasil é uma entidade não-governamental, sem fins lucrativos, legalmente registrada no Registro Civil de Pessoas Jurídicas. Seu objetivo é promover educação nesse campo para pessoas com diabetes, familiares, profissionais de saúde e comunidade.  

Atende gratuitamente as pessoas com todos os tipos de diabetes, de qualquer faixa etária e classe socioeconômica. Oferece um trabalho integrado realizado por uma equipe multidisciplinar.

 


Fontes: *Revista Elservier: https://tinyurl.com/ybus5xv7

** National Patient and Procedure Volume Tracker Analysis: https://cutt.ly/CpdWtvv

*** Vigitel: https://tinyurl.com/yayb9hdj

 

Delirium é um sinal chave de COVID-19 em idosos frágeis


Uma nova análise de dados de pesquisadores do King's College London, usando informações do aplicativo COVID Symptom Study e pacientes internados no St Thomas Hospital, em Londres, mostrou que o delírium - um estado de confusão mental aguda associado a um maior risco de doença grave e morte - É um sintoma chave de covid-19 em idosos frágeis.

Os resultados, publicados na revista Age and Aging, destacam que médicos e cuidadores devem estar cientes do delirium como um possível sinal de alerta precoce de covid-19 em idosos, mesmo na ausência de sintomas mais típicos, como tosse ou febre.

Liderados pela geriatra Dra. Rose Penfold, do King's College London, os pesquisadores analisaram dados de dois grupos de idosos com 65 anos ou mais de março a maio. O primeiro grupo incluiu 322 pacientes internados no hospital com coronavírus, com teste positivo a doença, enquanto o segundo era composto por 535 usuários do aplicativo COVID Symptom Study que relataram ter um resultado positivo no teste.

Eles descobriram que os idosos internados em hospitais classificados como frágeis, de acordo com uma escala padrão, tinham maior probabilidade de ter delirium como um de seus sintomas do que pessoas da mesma idade que não foram classificadas como frágeis. Delirium, junto com cansaço e falta de ar, também foram mais comuns em usuários mais frágeis do aplicativo COVID Symptom Study, em comparação com pessoas mais saudáveis ​​da mesma idade.

Um terço dos usuários de aplicativos que experimentaram delirium não relatou sofrer os sintomas 'clássicos' da covid-19 de tosse e febre, enquanto o delirium foi o único sintoma para cerca de um em cada cinco (18,9%) dos pacientes hospitalizados.

A fragilidade do grupo de pacientes hospitalizados foi medida por meio do teste Clinical Frailty Scale (CFS), administrado por um médico. Os usuários do aplicativo COVID Symptom Study App foram solicitados a preencher um pequeno questionário perguntando sobre sua saúde, que é comparável ao CFS.

Este é o primeiro estudo que mostra que o delirium é uma síndrome geriátrica provável de coronavírus em idosos frágeis, embora a conexão biológica precisa entre as duas condições ainda precise ser entendida. Os resultados também destacam a necessidade de uma avaliação sistemática da fragilidade para os idosos, juntamente com a conscientização e a triagem para delirium para esta população vulnerável em hospitais, lares de idosos e na comunidade.

A Dra. Rose Penfold do King's College London explica. "Pessoas mais velhas e mais frágeis correm maior risco de contrair covid-19 do que aquelas que estão mais em forma, e nossos resultados mostram que o delírio é um sintoma chave neste grupo. Médicos e cuidadores devem estar atentos a quaisquer alterações no estado mental em pessoas idosas, como confusão ou comportamento estranho, e esteja alerta para o fato de que isso pode ser um sinal precoce de infecção por coronavírus".

A Dra. Claire Steves, do King's College London, disse: "Os últimos seis meses nos mostraram que o coronavírus pode se espalhar catastroficamente por lares de idosos. Sabendo que o delírium é um sintoma em pessoas frágeis, os idosos ajudarão as famílias e os cuidadores a identificar os sinais anteriores da doença e agir de forma adequada e implementar medidas de controle de infecção, como isolamento, aumento da higiene e equipamento de proteção individual para proteger este grupo altamente vulnerável. "

O professor Tim Spector, professor de Epidemiologia Genética no King's College London e líder do COVID Symptom Study, disse: "Em abril, atualizamos o aplicativo para permitir que os usuários registrem relatórios de saúde em nome de amigos e familiares que não podem acessar o aplicativo. Isso aumentou significativamente o número de pessoas mais idosas no estudo, fornecendo percepções vitais. "

 


Rubens de Fraga Júnior - Especialista em geriatria e gerontologia. Professor titular da disciplina de gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná.


Estudo detalha como o exercício aeróbico reverte o processo degenerativo que leva a doenças metabólicas

Experimentos com camundongos e com humanos mostram que o treinamento aumenta no tecido adiposo a expressão de uma enzima-chave para a saúde metabólica do organismo, combatendo o efeito deletério do envelhecimento e da obesidade (imagens: Danilo Ferrucci e Bruna B. Brandão)

Mais do que um simples reservatório de energia para períodos de privação alimentar, o tecido adiposo desempenha papel central na regulação do metabolismo. Para isso, libera diversas moléculas na circulação, incluindo pequenos RNAs capazes de modular a expressão de genes-chave em diferentes partes do organismo, entre elas fígado, pâncreas e músculos.

Já foi demonstrado que tanto o envelhecimento como a obesidade podem comprometer essa produção de microRNAs reguladores pelo tecido adiposo e favorecer o surgimento de doenças como diabetes e dislipidemia. A boa notícia é que, de acordo com um novo estudo divulgado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), tal processo degenerativo pode ser revertido pela prática de exercícios físicos aeróbicos.

“Experimentos com camundongos e com humanos revelaram que o exercício aeróbico estimula a expressão de uma enzima chamada DICER, que é essencial para o processamento dos microRNAs. Consequentemente, observamos um aumento na produção dessas moléculas reguladoras pelas células adiposas e uma série de benefícios para o metabolismo”, conta Marcelo Mori, professor do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (IB-Unicamp) e um dos coordenadores da pesquisa, apoiada pela FAPESP e realizada em parceria com grupos das universidades de Copenhague (Dinamarca) e Harvard (Estados Unidos).

Os experimentos foram conduzidos durante o pós-doutorado de Bruna Brasil Brandão, ex-aluna de doutorado de Mori que agora está em Harvard, no laboratório coordenado pelo médico Carl Ronald Kahn. Os resultados mostraram que, durante a prática aeróbica, ocorre uma comunicação cruzada entre os tecidos muscular e adiposo por meio de moléculas sinalizadoras secretadas na circulação. Essa troca de informações torna o consumo de energia pelas células adiposas mais eficiente, possibilitando a adaptação metabólica do organismo ao exercício e o ganho de performance muscular.

Os roedores foram submetidos a um protocolo de corrida em esteira durante uma hora, por oito semanas. À medida que ganhavam condicionamento físico, a velocidade e a inclinação da esteira eram aumentados. Ao final, os cientistas notaram, além da melhora na performance, uma elevação significativa na expressão de DICER nos adipócitos, que foi acompanhada de redução do peso corporal e da adiposidade visceral.

Ao repetir o experimento com animais geneticamente modificados para não expressar a DICER nas células adiposas, o grupo notou que o efeito do exercício aeróbico foi bastante reduzido. “Os animais não perderam peso e nem gordura visceral e não houve melhora no condicionamento. Além disso, notamos que as células adiposas estavam usando o substrato energético de uma forma diferente que a dos animais não modificados, deixando menos glicose disponível para os músculos”, explica Mori.

Em humanos, seis semanas de treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT, na sigla em inglês) foram suficientes para aumentar em mais de cinco vezes, em média, a quantidade de DICER no tecido adiposo. O efeito foi observado tanto em voluntários jovens (em torno de 36 anos) quanto nos idosos (em torno de 63 anos). Contudo, a resposta variou bastante entre os indivíduos, sendo que em alguns deles o nível de DICER chegou a crescer 25 vezes e, em outros, praticamente não mudou.

Mecanismo detalhado

O papel de DICER e do processamento de microRNAs no tecido adiposo foi descrito pela primeira vez em 2012 na revista Cell Metabolism em trabalho liderado por Mori enquanto fazia parte de um grupo internacional de pesquisadores chefiado por Kahn. Nesse trabalho, observou-se que a expressão da enzima diminuía no tecido adiposo de camundongos à medida que os animais engordavam e que isso reduzia a longevidade. Descobriu-se ainda que o efeito deletério da obesidade poderia ser revertido com a restrição de calorias.

Em 2016, na revista Aging, o grupo de Mori mostrou, também em camundongos, que a restrição calórica preveniu a queda da produção de microRNAs pelo tecido adiposo causada pelo envelhecimento, bem como o desenvolvimento de diabetes do tipo 2. Na Nature, em 2017, os pesquisadores comprovaram que os microRNAs produzidos pelo tecido adiposo caíam na circulação e agiam em tecidos distantes, regulando a expressão gênica (leia mais em agencia.fapesp.br/24786/).

“Neste novo trabalho, vimos que o exercício aeróbico, assim como a restrição calórica, consegue reverter a queda na expressão de DICER e na produção de microRNAs graças à ativação de um sensor metabólico muito importante: a enzima AMPK [sigla em inglês para proteína quinase ativada por monofosfato de adenosina]”, diz Mori.

Segundo o pesquisador, esse sensor é ativado quando a célula consome ATP (trifosfato de adenosina, a molécula que serve de substrato energético para a célula) e surge um déficit de energia. Nos experimentos com camundongos, observou-se que o exercício aeróbico ativou a AMPK nas células musculares e isso, de algum modo, induziu a expressão de DICER nas células adiposas.

“O óbvio seria que o efeito sobre a expressão gênica ocorresse na mesma célula em que há o déficit energético, o que de fato acontece. Mas, nesse caso, o sensor também é ativado no músculo e controla a resposta que acontece no tecido adiposo”, explica.

Com o objetivo de confirmar a comunicação entre os tecidos, os cientistas coletaram soro sanguíneo de um animal treinado e injetaram em um roedor sedentário. Esse “tratamento” aumentou a expressão de DICER no tecido adiposo. Em outro experimento, adipócitos em cultura foram incubados com o soro de camundongos treinados e o mesmo efeito foi observado.

“Esse resultado sugere que existe uma ou mais moléculas na circulação de indivíduos treinados capazes de por si só induzirem uma melhora metabólica no tecido adiposo. Se conseguirmos identificar quais componentes são esses, podemos investigar se eles também conseguem induzir outros benefícios do exercício aeróbico, como a cardioproteção. E, no futuro, talvez possamos pensar em transformar isso em um fármaco”, afirma Mori.

Buscando detalhar ainda mais o mecanismo de regulação metabólica, os pesquisadores analisaram todos os milhares de microRNAs expressos no organismo dos camundongos treinados e compararam com os encontrados no animal sedentário.

“Identificamos uma molécula chamada miR-203-3p, cuja expressão aumenta tanto com o treinamento quanto com a restrição de calorias, e mostramos que esse microRNA é o responsável por promover o ajuste metabólico do adipócito. Quando fazemos um exercício prolongado e o estoque de glicogênio do músculo é consumido, sinais moleculares são enviados ao tecido adiposo. Nesse momento entra em ação o miR-203-3p, que faz uma espécie de ajuste fino do metabolismo do adipócito. Vimos que essa flexibilidade metabólica é fundamental para a saúde e também para o ganho de performance”, explica Mori.

Quando essa modulação não acontece, acrescenta o pesquisador, o adipócito aumenta seu consumo de glicose durante o exercício, deixando menos substrato energético disponível para o músculo. Isso poderia levar a uma hipoglicemia precoce, considerada um dos principais limitadores da performance de atletas.

“No animal que não expressa DICER nos adipócitos, essa conversa entre tecido adiposo e músculo não acontece. É um modelo que mimetiza o animal envelhecido e também o obeso. Ou seja, quando DICER está diminuída, a saúde metabólica é pobre e os processos degenerativos são acelerados”, diz.

A pesquisa contou com apoio da FAPESP por meio de diversos projetos: (17/01184-917/07975-818/21635-817/03423-017/04377-215/01316-715/03292-812/04079-812/06238-6 e 10/52557-0). Os resultados descritos na PNAS foram comentados na revista Science no início de outubro.

O artigo Dynamic changes in DICER levels in adipose tissue control metabolic adaptations to exercise pode ser lido em www.pnas.org/content/117/38/23932.

 

 

 

Karina Toledo

Agência FAPESP 

https://agencia.fapesp.br/estudo-detalha-como-o-exercicio-aerobico-reverte-o-processo-degenerativo-que-leva-a-doencas-metabolicas/34542/


Novembro Azul é mês de alerta para o diabetes, fator de risco no combate ao novo coronavírus


Especialistas do Grupo Opty explicam as implicações da doença na visão e contam sobre aguardados avanços no tratamento


Novembro Azul marca não somente o alerta para o cuidado com a saúde masculina, mas também a luta contra um inimigo, muitas vezes desconhecido pelo paciente, que atinge quase 7% da população no Brasil, de acordo com a Sociedade Brasileira do Diabetes: dia 14 de novembro é o Dia Mundial de Combate ao Diabetes. Em tempos de pandemia, ampliar o apelo para que os brasileiros controlem essa doença que pode ser um fator de risco no enfrentamento à COVID-19 é ainda mais fundamental, assim como o reforço da importância da realização do exame de fundo de olho, que detecta a retinopatia diabética – a maior causa de cegueira na população abaixo dos 60 anos, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). A prevenção e o tratamento não podem parar.

“Quem tem diabetes não corre maior risco de se contaminar pelo coronavírus, mas possui maior possibilidade de complicações pela infecção. A baixa imunidade, ligada à elevação do açúcar no sangue, traz mais complexidade ao quadro do paciente e também é um fator para o desenvolvimento da retinopatia diabética, quando o diabetes afeta a retina, parte dos olhos responsável pela captação de imagens, e seus vasos sanguíneos”, explica o Dr. Alan Barreira, especialista em retina e vítreo do HCLOE, empresa do Grupo Opty em São Paulo.

Novembro Azul é uma oportunidade de conscientizar a população para as sérias complicações associadas ao diabetes, que pode trazer consequências para a visão e o corpo em geral, quando o diagnóstico é tardio. “O intuito é melhorar a qualidade de vida dos portadores dessa doença. A boa notícia é que fazendo exames regularmente e o acompanhamento oftalmológico, é possível manter os problemas sob controle”, comenta o Dr. Renato Braz Dias, especialista em retina e vítreo do Hospital de Olhos INOB, empresa do Grupo Opty em Brasília. O exame de fundo de olho pode trazer informações importantes em pessoas de todas as idades. Diversas enfermidades podem ser detectadas, entre elas alterações metabólicas, como o diabetes mellitus.

A concentração elevada de glicose no sangue predispõe a inchaço dos tecidos, má irrigação sanguínea e aumento do risco de infecções. Dessa maneira, algumas das alterações mais comuns encontradas nos olhos, decorrentes do controle inadequado do diabetes, são alterações na córnea (úlceras recorrentes e redução de sensibilidade), no nervo óptico, no cristalino (com desenvolvimento de catarata), na íris e até mesmo descolamento de retina em casos mais avançados.

Em números – Pelo menos 425 milhões de pessoas no mundo têm diabetes. No entanto, cerca de 50% delas não sabem que têm o problema, embora cerca de 2 milhões de mortes todos os anos sejam atribuídas a complicações do diabetes. (Atlas IDF 2017).

De acordo com a publicação As Condições de Saúde Ocular no Brasil (2019), do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, uma das consequências da diabetes, a retinopatia diabética, é responsável por 1,8 milhão de casos de cegueira devido a doenças oculares em todo o mundo. Depois de 20 anos de doença, estima-se que mais de 75% dos pacientes têm alguma forma de retinopatia diabética. Ainda segunda a publicação, há evidências de estudos conduzidos durante mais de 30 anos de que o tratamento pode reduzir o risco de perda visual em mais de 90% dos casos. Porém vale reforçar que, embora alguns tipos de retinopatia possam ser tratados, uma vez que a visão tenha sido perdida devido à essa causa, ela não pode ser totalmente recuperada.

Tratamentos possíveis – Quando a retinopatia diabética avança, existem algumas opções de tratamento que podem ser utilizadas, que devem ser avaliadas caso a caso. Entre elas estão:

  • A fotocoagulação da retina a laser, método que pode minimizar os prejuízos gerados por áreas doentes da retina ou até mesmo impedir o vazamento de líquido por microaneurismas retinianos.
  • A injeção de medicação dentro do olho, o chamado tratamento antiangiogênico, pode ser necessária, quando surge o inchaço de retina na região responsável pela visão central, a mácula. Essa medicação possibilita que o líquido que gera essa condição seja reabsorvido.
  • A cirurgia chamada de vitrectomia posterior pode ser imprescindível nos casos extremos, com o acometimento retiniano mais grave, quando há o descolamento de retina ou o sangramento vítreo.

Novidades – “Os avanços tecnológicos na Oftalmologia têm ocorrido a passos largos, e sempre surgem novidades nos tratamentos. A bola da vez são os sistemas de inteligência artificial, que, treinados para detectar as diferenças entre olhos saudáveis e não saudáveis, podem atender a essa demanda crescente de casos de retinopatia diabética, analisando as fotografias dos olhos em busca de sinais da doença”, conta o Dr. Renato Braz. “A Food and Drug Administration (FDA), órgão regulador norte-americano, já aprovou dois desses dispositivos de diagnóstico, que não demoram para também serem autorizados no Brasil”, comenta.

Para os pacientes com retinopatia diabética que fazem uso de injeções de medicação nos olhos para estabilizar ou melhorar sua visão, também há notícias promissoras, de acordo com informações divulgadas pela Academia Americana de Oftalmologia. “Na maioria dos casos, essas aplicações oculares têm se mostrado eficazes para evitar o inchaço e a ruptura dos vasos sanguíneos da retina, que podem resultar de níveis elevados de açúcar no sangue, mas precisam ser injetadas nos olhos com frequência, às vezes mensalmente. Esses dois novos tratamentos em desenvolvimento, que usam terapia genética, seriam alternativas menos invasivas: um deles requer uma única injeção sob a retina”, conta o Dr. Renato Braz, sobre os aguardados estudos norte-americanos. Ambos os métodos estão em ensaios clínicos de fase 2, o que significa que pode levar dois ou mais anos para que sejam aprovados e se tornem disponíveis ao público.

Também para facilitar a aplicação da medicação, outro estudo em desenvolvimento comentado pela comunidade científica, já na fase três de testes clínicos, é de um sistema de liberação lenta, um pequeno dispositivo recarregável (do tamanho de um grão de arroz) que armazena os medicamentos. Uma cirurgia é necessária para sua implantação na “parede” do olho. Alguns pacientes podem não precisar repetir o tratamento por até nove meses.

Prevenção e controle – Enquanto novos progressos na medicina estão no horizonte, a prevenção e controle do diabetes são o melhor tratamento recomendado. Para vencer o diabetes e a retinopatia diabética, é necessária uma abordagem multidisciplinar, com o acompanhamento de um endocrinologista e de um oftalmologista. “Não é fácil, mas não há milagre ou segredo: o controle das taxas de açúcar no sangue passa por uma alimentação saudável, prática de atividades físicas, vigiar as taxas de glicose no sangue frequentemente, tomar corretamente os medicamentos prescritos pelos médicos e reduzir fatores de risco, como estresse, sobrepeso e tabagismo”, explica o Dr. Alan Barreira. 

 


Opty

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Tontura pode ser sinal de que algo mais grave está acontecendo


 Diabetes, alterações da tireóide, colesterol, anemia e até problemas arteriais e neurológicos são algumas possíveis causas do sintoma


Nem toda tontura é labirintite. Apesar de ser comum achar que esta é a causa do sintoma, nem  sempre é assim. Existem muitas outras doenças que podem levar à sensação de vertigem e é importante que seja feita uma avaliação por um profissional especializado. A tontura pode ser um sinal de que algo grave esteja acontecendo no organismo. 

Segundo a otorrinolaringologista Milena Costa, a primeira questão que precisa ser esclarecida é a de que tontura não é uma doença, é um sintoma, assim como a febre. "Quando a pessoa tem tontura, provavelmente há alguma coisa acontecendo no organismo dela que está irritando o labirinto e gerando o sintoma de tontura."  

A causa precisa ser investigada com cautela porque são muitas as possibilidades e algumas delas podem ter consequências sérias. "É comum que existam problemas metabólicos envolvidos, como diabetes, pressão alta, alteração da tireóide, colesterol ou excesso de cafeína e/ou doce. Tudo isso pode causar estímulo no labirinto e gerar tontura" segundo a médica.

 

Doenças próprias do labirinto 

Existem alguma doenças que são próprias do labirinto como a  Doença de Meniere, uma síndrome rara que ataca o ouvido interno e causa zumbido, perda auditiva e vertigem. Atinge, mais frequentemente, pessoas entre os 40 e 50 anos de idade. 

Outra alteração que ocorre diretamente no labirinto é Vertigem Posicional Paroxística Benigna, nesse caso, pequenos cristais que fazem parte do sistema auditivo mudam de lugar e causam a tontura. É comum em pessoas diabéticas ou com outros distúrbios metabólicos.

 

Tratamento

"É fundamental uma avaliação com um profissional especializado para seja investigada a causa. Só então o tratamento correto pode ser estabelecido", diz Milena. Existem medicamentos específicos que podem ser receitados. "Mas manter hábitos saudáveis como beber bastante água, mantendo o corpo hidratado, praticar exercícios físicos regularmente, evitar estimulantes, não fumar e ter uma alimentação balanceada já podem ajudar bastante na prevenção de doenças".

 


Dra. Milena Costa - Médica otorrinolaringologista formada pela Faculdade de Medicina de Taubaté, com residência médica em Otorrinolaringologia no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e fellowship de pesquisa em Rinologia pela Stanford University, na Califórnia.


O impacto dos hábitos na saúde

O ser humano é moldado por hábitos. Diversos livros consagrados como “O “Poder do hábito” de Charles Duhig e “Previsivelmente irracional de Dan Ariele mostram que nosso comportamento, apesar do livre arbítrio e as inúmeras diferenças culturais e comportamentais, é absurdamente previsível algumas características herdadas de nossos ancestrais por meio de símbolos e crenças.

Esse registro de práticas pode ser cada vez mais permanente conforme as pessoas insistem nelas, com isso, cria-se maneiras consolidadas com o passar do tempo e isso fica por anos sendo revalidado. Porém, existem algumas soluções para quebrar essa “corrente”, mesmo que o vício mecânico seja um dos mais difíceis de vencer, por conta disso, utilizamos os hábitos angulares, criado por Duhing, os quais já têm estudos que comprovam sua eficácia.

Para pacientes com problemas motores, que demandam de fisioterapia e resiliência, o hábito angular é perfeito, pois ele é capaz de desencadear uma série de reações em como os indivíduos organizam suas vidas, para isso, o exercício físico é bastante utilizado, pois deixa essas pessoas ativas e a repetição dos movimentos auxiliam em várias patologias, inclusive depressão.

Sobre a importância da organização, em minhas sessões de fisioterapia, consegui perceber que tornar a rotina mais organizada ajudou pacientes ansiosos a lidarem melhor com as tarefas, compromissos e, inclusive, com o processo de tratamento que realizávamos juntos. Como profissional, posso dizer que tal mudança auxilia muito na evolução das pessoas, e aponta a relevância de nos conscientizarmos de reinventar hábitos, largar aqueles ruins, que fazem mal, e ter um olhar crítico para o que fazemos.

Já os conhecimentos trazidos por Yuval Harari em Sapiens, e diversos estudos de antropólogos da atualidade, transformaram a forma como entendemos nossos hábitos modernos e nos provoca a questionar “o porquê” do  nosso corpo ter uma certa dificuldade em se adaptar a esta cultura de conforto, a qual nossa sociedade nos proporciona com vários tipos de tecnologias e facilidades.

Muito do que enxergávamos como desgaste do corpo por mau uso antes, hoje vemos como uma incompatibilidade evolucionária, ou seja, cada vez mais voltamos para nossa essência, percebendo que, assim como nossos ancestrais, também temos que nos movimentar mais e com movimentação variada, pois nosso corpo não foi feito pra ficar parado, sentado em cadeiras e sofás confortáveis por longos períodos.

Carl Jung estudou a fundo estas características do ser humano convivendo com nativos de tribos e baseado em sua experiência chegou à conclusão que além da genética, é possível que haja um inconsciente coletivo, uma força arraigada em comunidades que adotam hábitos como rituais gerando comportamentos por gerações, sem que se questione o porquê daquele ritual.

De fato, Jung estava certo em relação aos comportamentos e atitudes que estão relacionados ao ambiente e como lidamos com ele, Bruce Lipton demonstrou em sua pesquisa que o cérebro da célula é a membrana, e o DNA executa o metabolismo de acordo com os comandos vindos da membrana. É evidente o quanto o ambiente influencia em nossa vida, e que temos uma grande oportunidade de produzirmos os processos de cura através de como lidamos com as situações, já que influímos diretamente nas membranas de nossas células a partir da alimentação, da forma como nos movimentamos, de como lidamos com as emoções, na verdade todo estímulo que chega ao nosso corpo age sobre nossas células.

Então, com inúmeros embasamentos e aplicação diária, o livro “Cura pelo Hábito” foi criado por mim e Rafael Ferreira com uma visão diferente, com o objetivo de trazer toda a visão da abordagem biopsicossocial de forma prática, possível para qualquer um colocar novos costumes na rotina, mostrando que a questão central para a cura de doenças crônicas principalmente é a mudança de práticas diárias.

 



Claudio Cotter - graduado em Fisioterapia,  pós-graduado em Medicina Psicossomática e  idealizador da CM2 Clínica Multidisciplinar em São Paulo - SP.

 

Rafael Ferreira Pinto - graduado em Fisioterapia,  pós-graduado em Medicina Psicossomática e  idealizador da Oki Acupuntura Clínica  em São Paulo - SP. 


Pandemia faz casos de bruxismo aumentar a procura por dentistas

Especialista fala da importância em tratar o problema


A pandemia da Covid-19 fez com que muitas pessoas apresentassem problemas de saúde derivados de estresse e ansiedade. Nos consultórios odontológicos, a procura por atendimento para casos de bruxismo tem sido elevada durante todo o período de 2020. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 84 milhões de brasileiros sofrem de bruxismo, o que equivale a 40% da população. No Google, a busca pelo termo “bruxismo” bateu recorde em 2020. O último mês de agosto em comparação com dezembro de 2019, o termo teve aumento de 80% nas pesquisas.

O problema, que consiste no ranger ou pressionar dos dentes, principalmente durante o sono, se não for tratado, pode causar desgaste e dor nos dentes. “O coronavírus, juntamente com o período de isolamento e avanço da doença trouxeram muita tensão na vida das pessoas. Essa tensão, combinada com medo, angústia e ansiedade fazem com que o bruxismo fique mais evidente, levando mais pacientes a procurar pelos consultórios odontológicos”, explica o Dr. Gustavo Féres.

Os principais sintomas do bruxismo são dor na face, na cabeça e sensação de mandíbula travada. “Ao apresentar os sintomas característicos do problema é indicado que a pessoa procure um especialista para iniciar o tratamento, que é feito com o uso da placa de bruxismo. Ela protege os dentes evitando o contato entre as arcadas dentárias e age no reposicionamento da mandíbula, proporcionando alívio e mais saúde para o paciente”, finaliza o dentista.


Cuidado na hora de comprar: leite e composto lácteo são quase iguais só no rótulo

Acabe de vez com a dúvida que surge na hora da compra: apesar de serem similares para o consumidor, cada produto tem uma composição nutricional diferente

 

Embalagens parecidas e nomes tão similares! Às vezes, é difícil notar a diferença na prateleira, mas leite em pó e composto lácteo são produtos distintos. É importante saber o que difere um produto do outro, principalmente no que se refere ao valor nutricional de cada um. 

De acordo com a nutricionista Ana Carolina Netto, idealizadora do Espaço Acolher Nutrição, no Rio de Janeiro, o composto lácteo é um produto feito à base de soro do leite (no mínimo 51% do total do produto) e enriquecido com substâncias variadas. “Entre os principais nutrientes encontrados no composto lácteo, estão os ingredientes vegetais (milho e soja), vitaminas (em especial, A e D) e minerais (zinco e cálcio, por exemplo), com objetivo de melhorar sua qualidade nutricional”, ela explica.  

Mas é preciso ter atenção ao levar esses produtos pra casa. Além dos nutrientes mencionados, o composto lácteo também é acrescido de aditivos alimentares e maltodextrina, um extrato derivado do milho, que serve de açúcar e é utilizado para aumentar a palatabilidade da bebida.  

Apesar de ser tornar o composto lácteo saboroso, esse componente faz com que a criança adquira um hábito inadequado de alimentação em uma idade determinante para o seu desenvolvimento, preferindo doces e comidas não-nutritivas a refeições balanceadas, segundo Ana.  

A especialista em Nutrição Materno-Infantil destaca que o consumo de açúcar dos pequenos deve ser controlado rigorosamente pelos pais. “Mesmo que o composto lácteo indique em sua embalagem que ele pode ser consumido a partir do primeiro ano de vida, de acordo comSBP  não deve oferecer que nenhuma dose de açúcar aos alimentos das crianças menores de dois anos”, afirma.  

Já o leite é um produto natural, composto por água, gorduras, proteínas, vitaminas, minerais, enzimas e lactose, sendo comercializado de forma fluida ou em pó. Pode ser oferecido para crianças a partir de um ano de idade, desde que não apresentem quadros de alergia à proteína do leite de vaca ou intolerância a lactose ou outros problemas de saúde que indiquem a exclusão da bebida da rotina alimentar.

E para as crianças menores de um ano de idade? A nutricionista Ana Carolina é categórica em dizer que o leite materno segue sendo indicado como alimento exclusivo. “A melhor dica é seguir alimentando a criança com o leite materno mesmo. Inclusive, no geral, o leite materno sempre será o melhor alimento para a criança até os dois anos”, ela explica.

Apenas em casos de comprometimento para o aleitamento materno deve-se, com a devida orientação pediátrica e acompanhamento do nutricionista, usar fórmulas infantis, estas que não representam nenhum dos produtos citados – nem o composto lácteo, nem o leite encontrado nos mercados.

“Nesse caso, trata-se de um produto exclusivo e substituto do leite que deve ser utilizado dentro das condições e individualidade de cada bebê. Nessas situações, em hipótese alguma o composto lácteo, bebida láctea ou até mesmo o leite de vaca devem ser ofertados”, completa a profissional.


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