Diabetes, alterações da tireóide, colesterol, anemia e até problemas arteriais e neurológicos são algumas possíveis causas do sintoma
Nem toda tontura é labirintite. Apesar de ser
comum achar que esta é a causa do sintoma, nem sempre é assim. Existem
muitas outras doenças que podem levar à sensação de vertigem e é importante que
seja feita uma avaliação por um profissional especializado. A tontura pode ser
um sinal de que algo grave esteja acontecendo no organismo.
Segundo a otorrinolaringologista Milena Costa, a
primeira questão que precisa ser esclarecida é a de que tontura não é uma
doença, é um sintoma, assim como a febre. "Quando a pessoa tem tontura,
provavelmente há alguma coisa acontecendo no organismo dela que está irritando
o labirinto e gerando o sintoma de tontura."
A causa precisa ser investigada com cautela
porque são muitas as possibilidades e algumas delas podem ter consequências
sérias. "É comum que existam problemas metabólicos envolvidos, como
diabetes, pressão alta, alteração da tireóide, colesterol ou excesso de cafeína
e/ou doce. Tudo isso pode causar estímulo no labirinto e gerar tontura"
segundo a médica.
Doenças próprias do
labirinto
Existem alguma doenças que são próprias do
labirinto como a Doença de Meniere, uma síndrome rara que ataca o ouvido
interno e causa zumbido, perda auditiva e vertigem. Atinge, mais
frequentemente, pessoas entre os 40 e 50 anos de idade.
Outra alteração que ocorre diretamente no
labirinto é Vertigem Posicional Paroxística Benigna, nesse caso, pequenos
cristais que fazem parte do sistema auditivo mudam de lugar e causam a tontura.
É comum em pessoas diabéticas ou com outros distúrbios metabólicos.
Tratamento
"É fundamental uma avaliação com um
profissional especializado para seja investigada a causa. Só então o tratamento
correto pode ser estabelecido", diz Milena. Existem medicamentos
específicos que podem ser receitados. "Mas manter hábitos saudáveis como
beber bastante água, mantendo o corpo hidratado, praticar exercícios físicos
regularmente, evitar estimulantes, não fumar e ter uma alimentação balanceada
já podem ajudar bastante na prevenção de doenças".
Dra. Milena Costa - Médica
otorrinolaringologista formada pela Faculdade de Medicina de Taubaté, com
residência médica em Otorrinolaringologia no Hospital das Clínicas da Faculdade
de Medicina da USP e fellowship de pesquisa em Rinologia pela Stanford University,
na Califórnia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário