Pesquisar no Blog

quarta-feira, 17 de junho de 2020

Plasma ganha força no tratamento do Covid-19, mas já traz resultados positivos na estética


Técnica oferece rejuvenescimento, crescimento de cabelo, melhora nas estrias entre outros benefícios


Nesta pandemia o uso do plasma para uso experimental no tratamento de pacientes com Covid-19 se transformou em uma importante frente nos projetos de pesquisa de procedimentos de recuperação da infecção ao coronavírus. Essa técnica já apresenta resultados significativos em outros ramos da medicina e odontologia, como a estética, por exemplo.

Conhecido como IPRF (Fibrina Rica em Plaquetas), o procedimento consiste na coleta do sangue do paciente, que depois é levado a uma centrífuga onde as células são separadas. Essa centrifugação faz com que haja a divisão das hemácias do plasma. O plasma então é aplicado por meio de uma injeção nas regiões onde se busca melhora.

De acordo com o cirurgião dentista Willian Ortega, especialista em harmonização facial, essa técnica oferece rejuvenescimento cutâneo, crescimento de cabelo, fechamento de feridas cirúrgicas, preenchimento de alvéolos frescos, regeneração óssea guiada, melhora nas estrias e nas cicatrizes de acne, proteção e cicatrização de feridas cutâneas, preenchimentos de papilas, estimulação de enxertos ósseos, melhora na cor de olheiras e ajuda na estimulação de colágeno da pele.

Por ser um tratamento autólogo, ou seja, que utiliza tecido ou órgão de um mesmo indivíduo, o procedimento oferece riscos mínimos de rejeição. “A aplicação é rápida, em torno de 30 minutos, e dura uma média de 3 meses quando é absorvido pelo corpo”, explica o especialista.

Muito rico em fatores de crescimento, o plasma sanguíneo consegue, entre outras possibilidades, atenuar as rugas, fortalecer o crescimento do cabelo nos locais onde é aplicado, já que estimula a produção de novas células.

“Ficar com o rosto mais jovem, sem olheiras, marcas de expressão, é o sonho de muitos e o melhor, o resultado já começa a ser notado no dia do procedimento”, afirma Ortega.

O tratamento é realizado em algumas sessões pré-definidas pelo cirurgião dentista. Os cuidados depois da aplicação são mínimos, como não tomar sol, não fazer exercícios físicos, por exemplo.






Willian Ortega – CRO PR 23.627 - Graduado pela UNIPAR (Universidade Paranaense), especialista em Ortodontia e Pós- Graduado em Harmonização Orofacial. Diretor professor da Facial Academy. Especialista em Implantodontia pela Uningá. Também ministra cursos e palestras pelo Brasil e no Exterior.
Consultório PR: Rua  Minas Gerais, 1932 - 4 Andar - Sala 404 (EXCLUSIF), Centro - Cascavel/Pr. Edifício Unique. Telefone: (45) 9.9809-3334.
Consultório SP: Rua Iraí, 300, Moema, IDF Odontologia, São Paulo/SP.
Instagram: /drwillianortega    
Facebook: Willian Ortega

Quase metade dos brasileiros desconhece a Doença Falciforme, tida como a doença hereditária de maior prevalência no país



Com baixa expectativa de vida e predominância entre negros, a condição é pouco conhecida no Brasil, revela pesquisa inédita



Em 19 de junho acontece o Dia Mundial de Conscientização da Doença Falciforme (DF), criado para ampliar o debate sobre a condição. Considerada a disfunção hereditária mais comum no Brasil, 47% da população afirma nunca ter ouvido falar sobre a DF, conforme levantamento inédito realizado pelo IBOPE Inteligência com dois mil brasileiros conectados[i].

Segundo dados do Ministério da Saúde, existem cerca de sete milhões de brasileiros portadores do traço falciforme[1] e são estimados, por ano, cerca de 3.500 novos casos da doença,[ii] com maior incidência em negros, mas devido à intensa miscigenação existente no Brasil, pode ser observada também em pessoas de outras etnias. Atualmente, esses pacientes encaram um desafio extra, dado que a infecção por Covid-19 pode apresentar diversas dificuldades e perigos específicos para esses indivíduos.

A DF é caracterizada pela alteração nos glóbulos vermelhos, que perdem a forma arredondada e elástica, tornam-se mais alongados, lembrando a forma de uma foice (daí o nome falciforme), o que dificulta a circulação[iii]. Esse processo pode desencadear uma das consequências mais graves da doença: as Crise Vaso-Oclusivas (CVOs), responsáveis por intensos episódios de dor aguda e altamente debilitantes.

“Essas crises de dor fazem com que muitos pacientes busquem por pronto-socorros e hospitais, possibilidade mais restrita nesse momento de pandemia, tanto em função da alta ocupação dos leitos quanto por fazerem parte do grupo de risco”, explica a Dra. Marimilia Pita, médica hematologista-pediátrica do Hospital Samaritano de São Paulo e fundadora do projeto Lua Vermelha, que busca trazer visibilidade à doença e à luta dos pacientes.

De acordo com a pesquisa “SWAY - Sickle Cell World Assessment Survey”, que avaliou o impacto da DF na vida de mais de dois mil pacientes em 16 países (incluindo brasileiros, como o quarto maior país), mais de 90% dos entrevistados tiveram pelo menos uma crise de dor nos últimos 12 meses e 39% tiveram cinco ou mais crises durante o mesmo período. Pesquisas indicam que o número de crises de dor também está relacionado à taxa de mortalidade (ou seja, quanto mais crises o paciente tem, maior seu risco de morte[iv]) – e menor a expectativa de vida,[v] que é reduzida em 20 anos quando comparada à população normal. Tal condição exige prevenção e tratamento adequado desses episódios.

Apesar de ser a principal queixa dos pacientes, sob o ponto de vista dos entrevistados do IBOPE que dizem conhecer a doença, 81% não consideram as crises de dor como o sintoma mais limitante. “Por isso que datas como o dia 19 de junho são tão importantes e merecem destaque, para que as pessoas saibam mais sobre a doença e os pacientes tenham melhor assistência”, ressalta a Dra. Marimilia.

Enquanto a pesquisa com pacientes evidencia uma lista de impactos dos mais diversos aspectos, em sua qualidade de vida, apenas 32% dos brasileiros entrevistados pelo IBOPE (entre aqueles que afirmaram conhecer a DF) reconhecem o alto impacto da doença. Nesse sentido, vale destacar os principais achados da SWAY:
  • Mais de quatro a cada dez pacientes declaram que a DF causa alto impacto na vida familiar ou social e 51% relataram que a doença também afetou negativamente seu desempenho escolar.[vi]
  • Em relação à carga emocional, os pacientes declaram ainda que: 58% sentem-se preocupados com a progressão e piora da sua doença, 48% sentem medo de morrer, 45% sentem-se deprimidos e 44% desamparados e frequentemente ansiosos e nervosos[vii].
  • Em média, os pacientes afirmam ter perdido mais de um dia de trabalho por semana (8,3 horas em 7 dias) como consequência de sua doença.
Todo esse quadro faz com que os pacientes falciformes tenham qualidade de vida inferior a dos indivíduos com câncer[viii]. “Devido a toda essa situação, entendemos que a Doença Falciforme merece atenção especial, para que esses pacientes sejam cuidados apropriadamente, além de respeitados, principalmente ao sofrerem as crises dolorosas, que são extenuantes", finaliza a médica.


Sobre Covid-19 e Doença Falciforme

A infecção por Covid-19 pode levar a hipóxia (diminuição do oxigênio) e desidratação, como consequência da infecção respiratória, sendo essas condições fatores potencialmente desencadeadores de uma crise de dor, o que pode incluir uma síndrome torácica aguda (dor no tórax).[ix] Essa síndrome está associada a um alto risco de mortalidade e morbidade, sendo uma complicação frequente em indivíduos com DF.[x]






Sobre a pesquisa do IBOPE Inteligência
O levantamento “Percepção dos brasileiros sobre a Doença Falciforme” entrevistou 2.000 brasileiros conectados, incluindo homens e mulheres, de 16 anos ou mais. A pesquisa foi realizada pelo IBOPE Inteligência em maio de 2020.


Sobre a SWAY - Sickle Cell World Assessment Survey
Pesquisa internacional que avaliou o impacto da doença falciforme (DF) na vida dos pacientes, em novembro de 2019. Este estudo foi realizado com 2.145 pacientes com doença falciforme em 16 países, incluindo 260 brasileiros.



Novartis




[1] No traço falciforme, o indivíduo não desenvolve a doença, mas pode transmitir o gene para gerações futuras.[1]




Referências:
[i] Pesquisa “Percepção dos brasileiros sobre a Doença Falciforme”, realizada pelo IBOPE Inteligência com 2.000 brasileiros, em maio de 2020.
[ii] Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Anemia falciforme: um problema de saúde pública. Disponível em: https://santacasasp.org.br/portal/site/pub/12482/anemia-falciforme--um-problema-de-saude-publica. Acesso em maio de 2020.
[iii] Ministério da Saúde. Anemia falciforme. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/dicas-em-saude/437-anemia-falciforme. Acesso em junho de 2020.
[iv] Bailey M et al. ASH 2019 Poster 2167
[v] Lobo C. et al, Hematology, Transfusion and Cell Therapy. Volume 40,37-42, 2018
[vi] SWAY - Sickle Cell World Assessment Survey. Pesquisa realizada com mais 2.000 pacientes com Doença Falciforme de 16 países. Disponível em: https://ashpublications.org/blood/article/134/Supplement_1/2297/423076/Impact-of-Sickle-Cell-Disease-Symptoms-on-Patients.
[vii] SWAY - Sickle Cell World Assessment Survey. Pesquisa realizada com mais 2.000 pacientes com Doença Falciforme de 16 países. Disponível em: https://ashpublications.org/blood/article/134/Supplement_1/2297/423076/Impact-of-Sickle-Cell-Disease-Symptoms-on-Patients.
[viii] Kato GJ, Piel FB, Reid CD, Gaston MH, Ohene-Frempong K, Krishnamurti L, Smith WR, Panepinto JA, Weatherall DJ, Costa FF, Vichinsky EP. Nat Rev Dis Primers. 2018 Mar 15;4:18010
[ix] The COVID–19 pandemic and haemoglobin disorders. Accessed April 1, 2020. https://thalassaemia.org.cy/wp-content/uploads/2020/03/COVID-19-pandemic-and-haemoglobin-disorders_V2.pdf
[x] Jain, S, Bakshi, N, Krishnamurti, L. Pediatr Allergy Immunol Pulmonol.  Dec 1;30(4):191-20, 2017


Por Nós, nova campanha da CRANE para a Bayer




Conjunto de ações desenvolvidas no digital visa alertar a importância do acesso integral ao tratamento para câncer colorretal e hepático


Uma das jornadas mais difíceis na vida de uma pessoa e dos familiares é receber um diagnóstico de câncer, e o tratamento precoce é um fator decisivo para o sucesso da doença. A campanha “Por Nós”, desenvolvida pela CRANE para a Bayer, é em prol do acesso integral ao tratamento do câncer colorretal e hepático, com o objetivo de oferecer mais qualidade de vida, e sobrevida, aos pacientes diagnosticados com esta doença.

A campanha já está circulando pelas plataformas digitais, garantindo que a comunicação atinja o target, gerando consideração e conscientização das pessoas que estão passando por este momento delicado, sejam elas pacientes, familiares, médicos e técnicos envolvidos na jornada de identificação e tratamento das doenças. Presente no Facebook, Linkedin e Google, a campanha conta com estratégia de search e mídia programática, por ter mais controle da segmentação e uma melhor relação custo x alcance. Para Fabio Shimana, CEO da CRANE, “a campanha 'Por Nós' chega para atingir todos os públicos envolvidos quando existe um diagnóstico positivo para o câncer colorretal e hepático, que são bastante agressivos. É um 'por nós' enquanto pacientes que buscam uma solução, mais qualidade de vida, mais sobrevida para viver momentos inesquecíveis e criar memórias. É um 'por nós' enquanto familiares e amigos, que querem aproveitar todos os momentos com quem se ama, e que não se sabe até quando estarão em seu ciclo de convivência, afinal, a doença pode evoluir e chegar ao óbito. E é um 'por nós' enquanto médicos e profissionais da saúde, que detectam e acompanham a doença e que, à vezes, por conta do grau da evolução do câncer ou por condições financeiras da família – por não terem condições de arcar com os medicamentos muitas vezes caro – ficam de mãos atadas, acompanhando de longe, mas sofrendo de muito perto. Queremos trazer essa discussão à tona, queremos convidar as pessoas a questionarem o valor de suas vidas e das vidas de quem se ama.

O câncer colorretal, também conhecido como câncer de cólon e reto ou câncer do intestino grosso, é o terceiro mais frequente em homens e o segundo entre as mulheres no Brasil. Por conta da importância de ampliar o conhecimento sobre a sua alta incidência e o alerta sobre opções de tratamento específicas para cada paciente, a campanha é realizada pela Bayer e conta com o apoio do Instituto Vencer o Câncer (IVOC) e do Instituto Oncoguia, “Em um momento em que vivemos em meio a uma pandemia, onde centenas de vidas são perdidas diariamente, é ainda mais frequente o questionamento: quanto vale uma vida? Quanto vale uma memória, um momento inesquecível, uma ocasião única, uma sobrevida? Por isso, a campanha 'Por Nós' vem nos desafiar a pensarmos ainda mais no próximo, e no que pode ser feito para que estes pacientes tenham mais tempo com as pessoas que amam. Por isso, é importante conscientizar a sociedade e as autoridades sobre a importância do acesso ao tratamento integral do paciente com câncer colorretal e hepático”, diz Cleidson Marques, gerente de produto da Divisão Pharmaceuticals da Bayer.


Ficha Técnica:
Agência: CRANE
Cliente: Bayer
Nome da campanha: Por Nós
CCO: Fabio Shimana
Direção de Operação: Juliana Aguiar
Gestão de Projetos: Gabriel Valença
Operação: Juliana Grandolfo e Rayane Figueiredo
Planejamento: Carolina Maurer
Conceito Criativo: Felipe Adati
Criação: André Ueno e Vitor Massao
Direção de Mídia: Lucio Shimana
Mídia: Vanessa Colin e Victor Larranaga
Mídia Ops: Rafael Martes
Conteúdo: Ísis Foguer e Laura Martins
Business Intelligence e Pesquisa: Synue Cunioci, Marina Lopes e Julia Righetto




Fabio Shimana - CEO da CRANE


CRANE
Av. Pavão, 590 – Moema

Tel. 11 5534 5060

A eficiência na testagem da Covid19 salva vidas

Conheça a diferença dos dois tipos de testes atualmente disponíveis para a detecção da doença: o RT-PCR e o Sorológico


O surto de Covid19 tem afetado social e economicamente países do mundo todo. Por ser tão complexa a situação, há muitas discussões acerca do surgimento do vírus, maneiras de retardar a propagação e as pesquisas para se descobrir a vacina. Porém, há um ponto de concordância entre as autoridades de saúde: a testagem em maior número possível do novo coronavírus é essencial para seu controle.
           


Em países como o Brasil, onde a doença ainda está em ascensão em diversas regiões, é fundamental realizar testes que tenham uma precisão na detecção do vírus, uma vez que um indivíduo contaminado com o Sars-CoV-2, o vírus da COVID-19, pode transmiti-lo para cerca de seis pessoas, muitas vezes antes mesmo de apresentar os sintomas mais agudos, ampliando exponencialmente a propagação do vírus, segundo o Disease Control and Prevention, o principal instituto nacional de saúde pública dos Estados Unidos.

Em relação à tecnologia, há dois tipos principais de testes atualmente disponíveis para a diagnóstico do Sars-CoV-2: o RT-PCR (sigla em inglês que quer dizer Transcrição Reversa seguida de reação em Cadeia da Polimerase) e o Sorológico.  

O RT-PCR consiste em um método laboratorial de diagnóstico molecular, ou seja, que detecta a presença do material genético do vírus. A amostra utilizada é obtida da mucosa das vias respiratórias. Ele é considerado o método padrão ouro, ou seja, o melhor e mais indicado para diagnóstico da COVID-19. “Em meio a uma pandemia, com a enorme quantidade de casos confirmados e suspeitos, é imprescindível recorrer a um teste com qualidade e precisão diagnóstica”, explica Patrícia Munerato, diretora de Análises Genéticas da Thermo Fisher Scientific.

“A eficiência de um teste é avaliada por dois fatores: sensibilidade e especificidade. A primeira significa a capacidade de detectar o vírus mesmo em concentrações muito baixas. Em alguns infectados, especialmente aqueles em estágio pré-sintomático, a quantidade de partículas virais (ou cópias)  pode ser muito baixa. O RT-PCR detecta a partir de 10 cópias do vírus, o que minimiza resultados falsos negativos. Já o conceito de especificidade está relacionado à capacidade de diferenciar “pedaços” do vírus  da COVID-19 que não sejam semelhantes a de outros vírus. Em outras palavras, garantir resultado positivo quando houver a presença do Sars-CoV-2, apenas, e negativo em sua ausência, mesmo se houver infecção por outros vírus respiratórios.” O RT-PCR tem a capacidade de detectar o vírus nos primeiros dias após o indivíduo o contrair, mesmo sem apresentar sintomas.

O outro tipo de teste, mencionado acima, é o Sorológico. E como ele funciona? Por meio da pesquisa de anticorpos (IgG e IgM) produzidos contra o SARS-CoV-2 numa amostra sanguínea.
  
O IgM, também chamado de anticorpo de fase aguda da doença, aparece quando a doença está em curso, e só é detectável após o oitavo ou décimo dia da infecção. O IgG, conhecido como anticorpo de memória imunológica, identifica se a pessoa foi exposta ao vírus e, por isso, produziu anticorpos em resposta à infecção. Embora capaz de distinguir infecção ativa (aguda) ou prévia (memória) da COVID-19, a sensibilidade dos testes sorológicos é bastante inferior à PCR. Por isso, a recomendação da OMS – Organização Mundial da Saúde e de autoridades de saúde, para diagnóstico da doença é o RT-PCR.

“A Thermo Fisher desenvolveu o kit multiplex de PCR em tempo real TaqPath COVID-19 RT-PCR CE-IVD descritos nos principais protocolos mundiais para detecção da Covid19 e que também possui registro na Anvisa, apresentando sensibilidade maior que 95% e especificidade maior que 99%. O resultado sai em três horas, a partir do início da análise da amostra”, detalha a diretora de Análises Genéticas da empresa.

Atualmente, a Thermo Fisher tem disponível para o Brasil três milhões de testes, semanalmente, podendo aumentar a capacidade, dependendo da demanda dos laboratórios e órgãos de saúde.





Thermo Fisher Scientific
www.thermofisher.com


OS CONTRATUALISTAS: ROUSSEAU, O RADICAL



Estamos habituados a falar do Estado, do capitalismo etc, ou seja, dos modos de organização social como se falássemos de entes bons ou maus, com vontade e capacidade própria. Ora, essas coisas são invenções da humanidade. O humano produz a sociedade em que vive.

Claro, produz e é produzido. Um modo de viver socialmente, depois de feito condição de vida, torna-se agente; ao nascermos em dado período histórico, somos determinados por ele. A isso nomeamos Dialética da História: nós produzimos a História, mas a História produzida nos produz.

Contradigo-me? Pretendo que não. Sustento que não existe a História sem o humano e não existe o humano sem a História. História e humanidade produzem-se reciprocamente. Refregas por interesses, ideologias, vantagens mundanas, enfim, por poder, são o motor dos acontecimentos.

Essas lutas engendram novas circunstâncias que enquadram novas condições de viver e de pensar dos humanos que nascem e se formam nesses caldos conflitivos; seguintemente reescrevem a História e por ela são reescritos. Ninguém, pois, controla o devir, o que faz da vida uma aventura.

Em Contrato de Convivência Social procurei mostrar que a Idade Moderna retirou da divindade católica a fabricação do mundo e devolveu-a aos humanos. A humanidade declarou-se responsável por si, então, ela teria uma melhor ou pior vida se organizasse uma melhor ou pior maneira de viver.

Nessa época pensadores designados contratualistas defendiam que os humanos poderiam ser tomados de sensatez suficiente para combinar um jeito de conviver digno para cada um, de modo que todos vivessem em paz. Os contratualistas principais são: Hobbes, Locke e Rousseau.

Começando com Thomas Hobbes, a quem denominei “o autoritário”, seguindo com John Locke, a quem nomeei “o liberal”, resumi, em dois artigos anteriores a este, o que cada um deles propõe sobre as condições mínimas necessárias – e exigíveis – para se construir uma vida social decente.

Agora, editando o escrito e concatenando as ideias de Jean-Jaques Rousseau (Editorial Presença, 1977), havido por inspirador de Karl Marx, destaco: São advertências e cláusulas d’O Contrato Social “Em condições sociais razoáveis, cuidadas por normas razoáveis, vive-se em paz” (p. 16).

São indefensáveis contratos com vantagens desproporcionadas: “Estabeleço contigo um acordo, inteiramente em meu benefício e totalmente em teu prejuízo, que manterei enquanto quiser e que tu terás de aceitar enquanto eu assim o entender” (p. 19). Quem se conformaria com tal?

Porém, se cada um desistir do excesso, aceitando condições igualitárias, ou seja, se em um pacto predominam justiça e razão, edifica-se “uma igualdade moral e legítima, e os homens que na força e no gênio são desiguais, tornam-se iguais pela convenção e pelo direito” (p. 30).

“Se o Estado é uma entidade moral cuja vida consiste na união dos seus membros, e se o mais importante dos seus cuidados é o da sua própria conservação, tem de existir uma força universal e compulsiva que mova e disponha cada parte de maneira mais conveniente para o todo” (p. 38).

“Cada um tem de se submeter às mesmas condições que impõe aos outros. Todos ficam obrigados às mesmas condições e todos devem gozar dos mesmos direitos” (p. 41). “Quem pretende o fim, aceita os meios e estes meios não podem separar-se dos riscos e até de algumas perdas” (p. 43).

“Os indivíduos costumam não apreciar outro plano de governo que não seja o que mais se aproxime do seu interesse particular. [Contudo, não haverá boa vida em comum sem que os cidadãos] obedeçam livres e suportem docilmente o jugo da felicidade pública” (p. 51) por sobre a particular.

Não há salvação privada fora do exercício pleno – vida pública – da cidadania. “Qual a finalidade da associação política? É a conservação e a prosperidade dos seus membros” (p. 99). Mas se “alguém diz: Que me importa? ao referir-se às questões do Estado, o Estado está perdido” (p. 111).

A história de muitos povos produziu desvios. Muitas anomalias, com custos danosos a todos, vêm-se arrastando pelos tempos. “Os que só conhecem Estados mal constituídos desde a sua origem enganam-se pensando ser possível manter semelhante equilíbrio” (p. 124). É o nosso caso.

Nos registros do mundo, estamos na conta de país extremamente desigual. Dos que têm condições, somos o pior. A vida social brasileira nunca foi, não é e não tem planos de se tornar justa, racional, igualitária. Pagamos um preço desgraçado convertido em violência, insegurança, medo.

Rousseau não raro é simplificado na afirmação de que “o homem nasce bom, mas a sociedade o corrompe”. Ora, nós produzimos as circunstâncias que nos produzem. Se as recebemos ruins, havemos de dar jeito nelas, ou será cada um por si: natureza, estado de guerra de todos contra todos.

Os que abiscoitam vantagens nesse sistema perverso e, pior, dizem “Que me importa?” (“E daí?”), “enganam-se pensando ser possível manter semelhante equilíbrio”. De vez em quando nos conflagramos; um dia esse negócio explode. Nisso, a sabedoria Tiririca: “Pior do que está, não fica”.



Léo Rosa de Andrade
Doutor em Direito pela UFSC.
Psicanalista e Jornalista

O ambiente de trabalho pós-quarentena


A psicóloga Valeska Bassan comenta quais os cuidados e atitudes que os colaboradores e gestores devem ter ao retornar as atividades


O governo começa a estudar um possível relaxamento do confinamento com a reabertura parcial das empresas. Mas você já parou para pensar no impacto psicológico que o retorno ao trabalho irá causar?  São muitas as dúvidas que pairam sobre o pensamento de grande parte da população sobre os mais diversos aspectos, sendo a maioria voltada ao impacto econômico e sanitário deste momento.

Muitas empresas optaram por manter as atividades home office, mas essas mudanças abruptas trazem muito desconforto e insegurança a curto e médio prazo. “Está sendo uma transformação significativa para todos. Trabalhar de casa não é uma tarefa fácil, exige disciplina, organização, espaço físico adequado. A situação se agrava para quem tem filhos ou que mora com muita gente no mesmo local”, comenta a psicóloga Valeska Bassan.

A especialista alerta ainda que esse estresse causado pela pandemia cause ansiedade além do comum, num ambiente em que as pessoas estão rodeadas de insegurança sobre o amanhã, e podem trabalhar além da conta, sem perceber, tendo o que chamamos de Síndrome de Burnout, um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de situações de trabalho desgastante.

Segundo levantamento feito pela International Stress Management Association (Isma-BR) estima-se que 32% dos trabalhadores brasileiros sofram com esse tipo de stress. De oito países analisados, estamos à frente da China e dos Estados Unidos – e perdemos apenas para o Japão, onde 70% da população apresenta os sintomas do burnout, segundo ranking elaborado pela Isma-BR.

Para Valeska, é importante que empresas e colaboradores entendam que é completamente normal apresentarem distúrbios emocionais após esse período. E como a prevenção é sempre o melhor remédio, não espere que colegas e colaboradores estejam apresentando os sintomas para buscar ajuda. Faça isso antes, preventivamente. Assim, além de manter a equipe mais tranquila e motivada, haverá um ponto de apoio profissional.

Se você lidera uma equipe, vale a pena buscar um profissional da psicologia para acompanhar esse retorno de uma forma mais leve. E se você é um colaborador, que tal conversar com os superiores e levar esta ideia?
Neste momento, a volta ao trabalho vai muito além de compartilhar um espaço físico e entregar resultados. Será um momento de novos aprendizados e um esforço comum na busca de motivação e positividade.

Não há como afirmar que tudo voltará ao normal, pois talvez surja um “novo normal” por meio da adaptabilidade incrível que o ser humano tem. Para isso, vale a pena refletir sobre o assunto desde já, para que a nova rotina seja mais leve e não gere nenhum trauma ou cause distúrbios emocionais. Será um momento onde todos precisarão ter empatia com o próximo e respeitar os medos e as emoções alheias.


A INVEJA MATA

        Na encíclica Rerum Novarum, publicada em 1891, época em que o comunismo era apenas uma tese ainda distante um quarto de século de sua primeira experiência, o papa Leão XIII, referindo-se a esse modelo, escreveu: "Além da injustiça do seu sistema, vêem-se bem todas as suas funestas conseqüências, a perturbação em todas as classes da sociedade, uma odiosa e insuportável servidão para todos os cidadãos, porta aberta a todas as invejas, a todos os descontentamentos, a todas as discórdias; o talento e a habilidade privados dos seus estímulos, e, como conseqüência necessária, as riquezas estancadas na sua fonte; enfim, em lugar dessa igualdade tão sonhada, a igualdade na nudez, na indigência e na miséria". Foi profeta. A história veio lhe dar inteira razão.

        No entanto, se as previsões do sábio pontífice foram confirmadas e pouca gente esclarecida rejeita suas afirmações sobre a ineficácia do sistema comunista, tem passado meio despercebida a relação entre comunismo e inveja (e poderíamos acrescentar "entre os totalitarismos e a inveja") cuja existência ele tão fortemente sublinhou.

        A inveja nasce da comparação e se afirma como um duplo sentimento negativo: a alegria pelo mal alheio e a tristeza pelo bem alheio. Os moralistas (estudiosos das questões relativas à moral) afirmam que o invejoso é a principal vítima desse sentimento. De fato, a inveja mata. Ela é um canhão que dispara para frente e para trás. Quando força motriz de um modelo político, ela se torna genocida e pode se voltar para a extinção de uma raça, de uma classe social ou da própria nação em nome de quem se expressa. Ao longo da história, centenas de milhões de seres humanos morreram em guerras e campos de concentração por conta do 5º pecado capital.

Foi esse pecado que deu causa ao holocausto. Foi ele que explodiu as Torres Gêmeas. É ele que hoje sai às ruas quebrando vitrinas. É ele que não consegue esconder o gozo perante tais fatos. É ele que nutre em tantos o ódio mortal aos Estados Unidos. Não podem os invejosos conviver com tamanha evidência dos equívocos em que se afundaram. O ódio que têm a Trump não guarda relação com humanismo e anseios de paz. Estiveram calados durante a Primavera de Praga, durante a invasão comunista do Tibet, assistiram desolados à queda do Muro de Berlim e só têm louvores aos regimes cubano, venezuelano e outros que tais.

        Há cerca de 15 anos, uma emissora de TV exibiu reportagem feita com jovens da periferia de Paris protagonistas de arruaças que, de lá para cá, foram mudando a face da capital francesa. Aquela matéria me explicou muita coisa. Inclusive sobre certo jornalismo militante que já ganhara força entre nós. Um dos jovens entrevistados levou a repórter para ver onde vivia. Era um edifício popular, muito melhor do que as moradias de qualquer favela brasileira. Sem muito que dizer, e percebendo a inconsistência das imagens para os fins a que se destinavam, a moça disparou: "Já se nota o contraste entre isto aqui e os palácios de Paris". Acho que ela queria levar a rapaziada para morar em Versailles. Enquanto isso, seu revolucionário guia apontava as más condições do prédio: paredes tomadas por pixações, a sinalizarem o caráter pouco civilizado dos moradores, e um balde, no meio da sala, marcando a existência de uma goteira, como se fosse dever do morador do Palais de l'Élysée  subir no telhado para reparar tão complexo problema. No fundo, é tudo inveja.

        Explorando esses vícios da alma, alguns governos se instalam. Também assim se corrompem, conduzidos pelos mesmos sentimentos maléficos. É assim que não se conformam com a perda do poder.






Percival Puggina - membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.


Saúde Única na Medicina Veterinária Militar ganha mais visibilidade durante a pandemia


Profissionais desempenham funções estratégicas na área epidemiológica e têm importante missão no âmbito preventivo contra a Covid-19


Neste 17 de junho celebramos o Dia da Medicina Veterinária Militar. A área está ligada não apenas à história da profissão no Brasil, mas, também, à sua essência fincada na Saúde Única, termo que representa a lida com a saúde humana, animal e ambiental de forma integrada. Se esta tríade, neste delicado momento de enfrentamento a uma pandemia, já se mostra latente na rotina do médico-veterinário de forma geral, um olhar focado na atuação do profissional em âmbito militar permite visualizar, ainda mais claramente, quão estratégico ele é para a prática do conceito de Saúde Única.

No Exército Brasileiro (EB), diante da necessidade iminente de prevenção à Covid-19, houve intensificação do trabalho de ações integradas que já faz parte das práticas de médicos-veterinários em diferentes contextos (rotineiros ou de missões especiais).

O Capitão Felipe Borges Soares, chefe da Seção de Cães de Guerra do 2° Batalhão de Polícia do EB, em São Paulo, é um dos oficiais médicos-veterinários que atuam nas ações de combate à Covid-19. Para ele, a capacitação em epidemiologia que a formação em Medicina Veterinária oferece aos profissionais permite que eles contribuam como assessores técnicos em aspectos relativos à interpretação epidemiológica dos dados da doença, por exemplo.

Este tipo de trabalho é crucial para que as tomadas de decisão sejam mais assertivas no sentido de evitar o contágio pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2), que provoca a Covid-19. A tarefa com o assessoramento mencionado por Soares, portanto, tem papel balizador para as ações necessárias.


Profissionais são chave para a prevenção

Além das funções de inteligência, os médicos-veterinários de carreira militar têm atuações bastante práticas. Exemplo disso são a delimitação e a implementação de protocolos sanitários, com base nos dados epidemiológicos.

“Temos atuado na orientação ao público interno sobre todas as medidas individuais de higiene, procedimento fundamental para dificultar contaminação de militares, e na instrução daqueles que atuarão em operações de desinfecção”, conta o oficial, referindo-se a diretrizes como a paramentação e desparamentação da forma correta, tipos de desinfetantes que devem ser utilizados, bem como a diluição adequada dos produtos, além da forma de aplicação e tempo de ação das substâncias para a eliminação do Sars-CoV-2.


Serviço à sociedade

Soares enfatiza que, especialmente em meio a uma pandemia com consequências tão drásticas, todas as ações que contam com a aplicação de saberes inerentes ao médico-veterinário visam à promoção da saúde do efetivo e da população, bem como a garantia de prontidão das tropas em prol da sociedade. Sob esta perspectiva, trata-se de uma contribuição da profissão que ultrapassa os aspectos sanitários, refletindo-se de forma direta no âmbito social.
“Como oficial, o profissional pode auxiliar a sociedade em qualquer situação de calamidade ou em ações humanitárias como a Operação Acolhida”, enfatiza a Tenente-Coronel Orlange Sodré Rocha, chefe da carteira de Cães de Guerra na Seção de Gestão Logística de Remonta e Veterinária da Diretoria de Abastecimento do Exército, em Brasília, referindo-se ao acolhimento a refugiados venezuelanos, realizado pela Força-Tarefa Logística Humanitária para o estado de Roraima, da qual o Capitão Soares participou.

O médico-veterinário, que escolheu a profissão por amor aos animais, interessou-se pela carreira militar logo após concluir a graduação, há dez anos, o que ele atribui ao fato de ter descoberto no Exército mais uma oportunidade para se exercer a Medicina Veterinária em sua plenitude. À época, o recém-formado talvez ainda não tivesse a real dimensão dos reflexos deste exercício. Hoje, porém, vivencia a experiência de ser parte do time de profissionais que colocam em prática, fardados, as mais variadas expertises da Medicina Veterinária.

Atualmente é um dos responsáveis por manter a sanidade do plantel de cães. Mas a atuação em uma década como médico-veterinário militar foi diversificada. “Desempenhei atribuições como oficial de meio ambiente, sendo responsável por propor e implementar medidas de conservação e sustentabilidade nas organizações militares; auditor em segurança alimentar, fiscalizando a cozinha de batalhões para que as estruturas e os processos estivessem adequados às recomendações de higiene alimentar; e oficial de controle da qualidade da água, de gestão de efluentes, de gestão de resíduos sólidos e de controle de zoonoses, pragas, vetores e animais sinantrópicos”, conta o capitão, que ainda ressalta que tais conhecimentos foram-lhe exigidos ainda mais quando atuou na Operação Acolhida.

“Outra importante atuação dos médicos-veterinários do Exército Brasileiro foi a participação na Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah), em que desempenharam fundamental papel na vigilância epidemiológica e no controle ambiental”, menciona Orlange, sobre o trabalho realizado pelo contingente brasileiro no Haiti, ao longo de 13 anos, apoiando a estabilização de um país cujo povo possui cultura e características muito particulares e, em alguns aspectos, semelhantes às do brasileiro que vive em comunidades periféricas.


Multidisciplinares

A experiência de Orlange como oficial do EB é também uma pequena amostra da ampla contribuição do médico-veterinário e do quanto ele é um agente promotor de saúde também por meio do trabalho desempenhado em instituições militares.

Ela cresceu em meio aos animais da fazenda do avô e decidiu que se tornaria médica-veterinária por sugestão dele, certo da aptidão da neta. Já o ingresso no EB, em 1996, tem a ver com admiração dos pais dela pela corporação. Ao longo desses 24 anos no Exército, atuou em inspeção de alimentos e em clínica de equinos, chefiou um serpentário e foi instrutora de Medicina Veterinária no Curso de Formação de Oficiais, até chegar ao posto atual, sendo responsável pelo assessoramento em todos os assuntos relativos a Cães de Guerra, desde a aquisição, reprodução e treinamento de animais, até a garantia de suprimentos, como medicamentos e alimentação, e instalações adequadas em canis.

O preparo para a atuação multissetorial do médico-veterinário militar mencionada por Orlange e por Soares é apontado como fundamental para a prevenção e controle das principais endemias emergentes e reemergentes pelo conselheiro do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP), Martin Jacques Cavaliero, que tem entre suas experiências profissionais a passagem pelo EB, em 1988, como oficial temporário.

O médico-veterinário lembra que, de acordo com o que preconiza o Ministério da Defesa (MD), dentre as tarefas de abrangência da medicina preventiva está o apoio dos profissionais de Medicina Veterinária. “O Manual de Logística de 2014 do EB, que trata sobre a conduta operacional, traz a Medicina Veterinária como campo estratégico para a Saúde. Nota-se um reconhecimento cada vez maior da importância desta contribuição.”

No que tange à diversidade das frentes de trabalho do médico-veterinário militar para a promoção da Saúde Única, Cavaliero cita o conjunto de ações que visam a proteção contra agentes químicos, biológicos, radiológicos e nucleares que produzem efeitos nocivos à saúde, a chamada Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear (DQBRN), enfatizando tópicos como a biossegurança, pesquisa e inovação.

Estes papéis-chave são mencionados pelo próprio “Manual de Campanha de DQBRN” do Exército, argumenta Cavaliero. “Neste material consta que o médico-veterinário militar está plenamente capacitado a atuar, juntamente com um grupo multifuncional de saúde, em áreas de inteligência, estimativas e vigilância de saúde; análise laboratorial; coleta de amostras; triagem e descontaminação; planos de evacuação; entre outras.”

Na opinião do Capitão Soares, apesar de a contribuição da Medicina Veterinária Militar ser mais conhecida pela atuação em clínica médica e cirúrgica de equinos e caninos, cada vez mais o EB conta com médicos-veterinários trabalhando em outras frentes. “Temos a oportunidade de aproveitar ao máximo nossa formação generalista, de forma e contribuir com o melhor que ela nos permite.”


Sobre o CRMV-SP

O CRMV-SP tem como missão promover a Medicina Veterinária e a Zootecnia, por meio da orientação, normatização e fiscalização do exercício profissional em prol da saúde pública, animal e ambiental, zelando pela ética. É o órgão de fiscalização do exercício profissional dos médicos-veterinários e zootecnistas do estado de São Paulo, com mais de 39 mil profissionais ativos. Além disso, assessora os governos da União, estados e municípios nos assuntos relacionados com as profissões por ele representadas.

Posts mais acessados