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quarta-feira, 6 de maio de 2020
Dia da Matemática: 7 filmes para gostar mais dos números
Mesmo sendo uma ciência exata, a Matemática pode ter ação, drama e muito suspense. Confira a lista para celebrar o Dia Nacional da Matemática
O dia 6 de maio – Dia Nacional da Matemática – é uma homenagem ao matemático, escritor e educador brasileiro Júlio César de Mello e Souza, mais conhecido como Malba Tahan. Ao longo de sua vida, ele publicou 120 livros, sendo 51 deles sobre a Matemática, incluindo o sucesso “O homem que calculava”. A data foi proposta em 2004, mas somente em 2013 foi sancionada a lei que instituiu oficialmente o Dia Nacional da Matemática. Na opinião do professor de Matemática e mestre em engenharia do Colégio Marista Anjo da Guarda, Bruno Machado Pereira Bueno, a data marca muito mais do que apenas a disciplina. "A Matemática é uma ciência desenvolvida pelo homem para descrever o universo em todas as suas formas, desde os eventos mais simples até os mais complexos”, analisa. Para celebrar o dia, o professor selecionou sete filmes que mostram como os números marcam a história e a trajetória da humanidade:
O quarto de Fermat ou A sala de Fermat (La Habitación de Fermat)
Este suspense espanhol, lançado em 2007 não está no topo da lista por acaso. O longa segue a linha de filmes “escape room” e apresenta vários enigmas matemáticos super interessantes e uma trama frenética, digna dos melhores títulos do gênero. Quatro matemáticos são colocados em situações peculiares e de risco ao serem convidados por um estranho para resolver um grande enigma. A trama ainda gira em torno de um dos maiores problemas matemáticos da história: “A conjectura de Goldbach” que declara que “Todo número inteiro par maior que 2 pode ser escrito como a soma de 2 números primos”, elaborada por Christian Golbach em 1792.
Uma Mente Brilhante (2001)
Esse clássico foi vencedor do Oscar de melhor filme de 2002 e conta a história do matemático John Forbes Nash Jr., esquizofrênico e ganhador do Prêmio de Ciências Econômicas em Memória de Alfred Nobel. É um drama muito interessante que mostra uma diferente aplicação da matemática – a teoria dos jogos – que mudou o mundo dos negócios e das relações de mercado. Trata também da luta de Nash contra a doença.
Estrelas Além do Tempo (2016)
“Um filme realmente inspirador, que mostra a luta contra o preconceito travada por grandes mentes femininas”, analisa o professor Bruno Machado Pereira Bueno. A história é baseada no livro “Hidden Figures”, de Margot Lee Shetterly, e conta a trajetória de três matemáticas negras, na década de 1960. Elas trabalham na NASA, e além de desafiar a gravidade para ajudar no projeto de conquista do espaço, também têm que lidar com o racismo e desconfiança da própria equipe.
O Contador (2016)
Com um toque menos dramático, mas ainda assim com muita Matemática, é um filme envolvente que vai agradar aqueles que gosta de números e de tramas com ação. O longa conta a história um homem que tem transtorno do espectro autista e enorme facilidade com números. Isso faz com que Christian Wolff, o protagonista, tenha uma vida dupla entre a contabilidade e o mundo da lavagem de dinheiro e terrorismo. Ao desvendar uma enorme fraude nos livros, ele também descobre que sua vida está em perigo.
Quebrando a Banca (2008)
“Um filme bem diferente, com uma pegada de ação e que aborda, além da probabilidade matemática, a relação do homem com o dinheiro”, conta Bruno. Números, principalmente quantias monetárias, podem ter um efeito negativo e é isso que mostra o filme. Ben Campbell (Jim Sturgess), é um jovem estudante do MIT, que precisa de dinheiro para pagar os estudos. Sua saída é recorrer ao jogo, após ser convidado para integrar um grupo de universitários em uma viagem a Las Vegas, liderada pelo professor e matemático Micky Rosa (Kevin Spacey). A vida extravagante e fora dos padrões põe em xeque o protagonista.
A Teoria de Tudo (2014)
“O longa metragem que dispensa comentários”. A Teoria de Tudo conta a história de um dos maiores cientistas da história, Stephen Hawking, que além de ter contribuído muito para o desenvolvimento da ciência ainda a aproximou das pessoas por meio de seus livros mais acessíveis, como o “Uma breve história do tempo”. A sua relação com a esposa, Jane Hawking, e a evolução da doença congênita, Esclerose Lateral Amiotrófica, trazem ainda mais proximidade para os fãs da ciência e do ícone que é Hawking.
O Homem que viu o Infinito
Outra película baseada numa história real. Dessa vez o público conhece a vida do matemático indiano Srinivasa Ramanujan (1887–1920), um dos mais influentes do século XX. De origem humilde e sem formação acadêmica, ele contribuiu para a matemática com diversos trabalhos, como a teoria dos números e séries infinitas. O filme mostra sua relação de amizade com Godfrey Harold Hardy e o conflito entre a razão (matemática) e a crença de que suas teorias eram de origem divina.
Bônus – Está nos números (2018)
Apesar de não ser um filme, este documentário entra nas recomendações por mostrar como são feitas as previsões de tudo ao nosso redor de forma simples e compreensível. Dirigido e escrito por Daniel McCabe, ‘Está nos Números’ explica como a estatística é uma linguagem única, que não é Matemática pura, beira a filosofia e um conjunto de regras próprias. Dessa forma são feitas previsões do tempo, de eleições, e até estratégias de esportes bastante populares. Afinal, está tudo lá, nos números.
Rede Marista de Colégios (RMC)
www.colegiosmaristas.com.br
New Roads destaca a importância das rodovias para o País
Em comemoração ao Dia da Estrada de Rodagem, o engenheiro
Elci Pessoa Júnior destaca a importância da conservação das rodovias
O
Brasil é o país que tem a maior concentração rodoviária de transporte de cargas
e passageiros entre as principais economias mundiais. Mais de 70% da produção
do País é escoada pelas nossas rodovias.
Tamanha importância ganha um significado ainda maior no dia 13 de maio,
quando se comemora o "dia do automóvel e da estrada de rodagem". A
data foi criada em 1934 pelo então presidente da República, Getúlio Vargas, por
meio do Decreto nº 24.224.
Atualmente, a malha rodoviária
brasileira já totaliza 1,563 milhões de quilômetros, dos quais 213 mil são
pavimentados. Nesse cenário, a malha rodoviária federal corresponde a 75,8 mil
km, dos quais 65,4 mil km são de rodovias pavimentadas e 10,4 mil km não
pavimentadas. O investimento público federal em obras de manutenção,
duplicação, adequação e construção de rodovias totalizou R$ 7,65 bilhões em
2018. Tais investimentos visam ampliar a capacidade de tráfego, ordenar o
trânsito das rodovias nos perímetros urbanos e garantir condições permanentes
de segurança e conforto na circulação de veículos e usuários. Deste total
investido, R$ 4,3 bilhões referem-se à manutenção da malha federal administrada
pelo Dnit.
De acordo com pesquisa realizada em
2019 pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), 51% da malha rodoviária
federal pavimentada de todo o País apresenta algum tipo de problema, sendo
considerados regular, ruim ou péssimo – e esse número é ainda pior nas rodovias
estaduais, chegando a 71,7%.
Para o engenheiro da New Roads e consultor internacional,
Elci Pessoa Júnior, as rodovias têm um papel importante na economia do País.
“Elas são responsáveis por significativas componentes nos custos dos produtos,
decisivas na competitividade do Brasil no mercado internacional e, portanto,
lastros para o desenvolvimento da sociedade como um todo”, afirma.
As primeiras rodovias
A história do rodoviarismo nacional conta com capítulos de
grande relevância, como em 1861, quando foi inaugurada a primeira estrada
pavimentada do Brasil, a Estrada União e Indústria, que ligava Petrópolis a
Juiz de Fora.
A estrada foi inaugurada em 23 de junho
de 1861 pelo imperador dom Pedro II, sendo naquele tempo considerada a maior
obra de engenharia da América Latina. Construída com a mão de obra de colonos
alemães, a rodovia foi pavimentada pelo método Macadame e possuía 144 km de
extensão, sendo 96 km no estado do Rio de Janeiro e 48 km em Minas Gerais.
Um
grande marco na engenharia brasileira, a construção da estrada ficou a cargo de
Mariano Procópio Ferreira Lage, engenheiro formado na Alemanha, a quem fora
dada concessão para a sua exploração. A “União e Indústria” veio então a garantir
o escoamento da produção cafeeira da região, sendo, portanto, um importante
vetor de desenvolvimento para o País.
A
estrada demandou forte avanço da técnica de engenharia no Brasil à época, tendo
em vista os inúmeros desafios geográficos que exigiam grandes esforços de
engenheiros e operários. A “União e Indústria” integrou e uniu os estados do
Rio de Janeiro e Minas Gerais, alicerçando o avanço econômico da região.
Outra rodovia que merece referência histórica é a estrada da
serra Dona Francisca, no norte catarinense (atual SC-418),
construída em 1858 por imigrantes, visando o comércio entre o planalto norte e
litoral – principalmente de erva-mate e madeira.
Fato importante no Brasil Império, a construção da rodovia
exigiu técnica, habilidade e disposição para vencer as dificuldades, como mão
de obra, materiais, recursos financeiros, obstáculos da natureza, que incluíam
neve, chuvas torrenciais, rochas, além de doenças transmitidas por
mosquitos, como a febre amarela, e ataques de silvícolas e de cobras, etc. A
construção da estrada da serra Dona Francisca, assim denominada em
homenagem à princesa Francisca Carolina, foi liderada pelo
engenheiro alemão Carl August Wunderwaldt.
Tais empreendimentos contribuíram para
o avanço da engenharia rodoviária e para a criação e o fortalecimento do setor.
Em 1927, foi fundada a Comissão de Estradas de Rodagem Federais. Já na década
de 1940, através da reestruturação do Departamento Nacional de Estrada de
Rodagem (DNER), foi criado o Fundo Rodoviário Nacional, o que levou a uma
expansão considerável da malha rodoviária. Na década de 1970, com a adoção do Plano Nacional de Desenvolvimento e
vultosos investimentos em infraestrutura, importantes rodovias foram
construídas, entre elas a Transamazônica e a
Belém-Brasília. Com isso, o País passou de 423
km de estradas pavimentadas em 1937 para 47 mil km de rodovias federais na
década de 1980.
Ao longo de todo esse período, grandes mudanças
puderam ser observadas. O Brasil que antes buscava preencher os vazios
territoriais e demográficos por meio do Programa de Integração Nacional (PIN),
criado no período militar, cujo lema era “integrar para não entregar”, passou a
planejar uma infraestrutura moderna voltada para atender novas demandas, como
os maiores fluxos e cargas, privilegiando questões cruciais como a
durabilidade, a segurança e o conforto dos usuários.
Elci Pessoa Júnior - engenheiro civil e consultor
Internacional da NIRAS-IP Consult GmbH, da Alemanha, para supervisão de Obras
Rodoviárias. É também engenheiro consultor do TCE/SC para Auditoria em Obras
Rodoviárias e Pavimentação Urbana e autor do livro “Manual de Obras Rodoviárias
e Pavimentação Urbana”, da Editora Oficina de Textos.
Ficar em casa é uma ótima chance para eliminar os focos do mosquito da dengue
Mosquito
(Freepik)
|
População precisa manter cuidados
de prevenção
Apesar de ser uma preocupação
muito mais silenciosa do que a atual pandemia de COVID-19, a prevenção contra a
dengue é algo que não pode, de modo algum, ser deixada de lado. A Associação
Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS) chama a atenção para que a população
aproveite esse período de confinamento para reforçar todos os cuidados
necessários para eliminação dos focos de proliferação do mosquito. O dado mais
recente mostrou que os casos de dengue mais do que dobraram entre 29 de
dezembro de 2019 (início do calendário epidemiológico) e 21 de março de 2020,
em comparação com igual intervalo do ano passado. O Rio Grande do Sul tem 410
casos da doença, sendo 340 autóctones, ou seja, contraídos na cidade onde a
pessoa reside. Setenta são importados e outros 479 casos foram notificados e
estão sob investigação.
“Como todos sabem, o mosquito
precisa de água parada e o isolamento social que estamos vivendo é uma
oportunidade para revisar tudo aquilo que já foi amplamente divulgado como não
deixar reservatórios de água abertos, eliminar entulhos, retirar vasos debaixo
de plantas e virar as garrafas para baixo, a fim de evitar o acúmulo de água.
Devemos lembrar que, se estamos tão preocupados com o coronavírus, é para que
não aconteça uma saturação da capacidade instalada dos serviços médicos e
outras doenças, como a dengue, podem também acarretar no aumento da ocupação de
leitos”, alertou o médico de Família e Comunidade, João Henrique Kolling.
O especialista lembra que o
inverno tem sido um fator de proteção para os estados do Sul. Com o frio, a
mobilização do vetor diminui e reduz a eclosão de larvas. Ao mesmo tempo, a
queda nas temperaturas, que é um fator de preocupação para o coronavírus,
funciona no sentido contrário para dengue.
Outro papel importante como
cidadão é a notificação a ser feita sempre que houver uma localização de um possível
foco transmissor. A prefeitura de Porto Alegre dispõe da página e aplicativo
para isso http://ondeestaoaedes.com.br/
Marcelo Matusiak
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