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segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

O que forma um advogado?



Entenda mais sobre como os profissionais de Direito atuam
 
Desde 1827, quando as primeiras faculdades de Direito abriram no Brasil, os doutores se destacam na família e são sinônimo de orgulho. Até hoje, aqueles com conhecimento jurídico se sobressaem, e suas histórias podem ser surpreendentes.

Sabrina Rui veio de uma família de engenheiros civis, e apesar de amar a área de exatas, acabou cursando Direito, pois seus pais gostariam que ela seguisse um caminho diferente. “Felizmente, foi a escolha certa, pois eu sempre gostei muito de ler e estudar, me apaixonei pelo curso”, conta Sabrina.

Durante a faculdade, Sabrina procurou estagiar em diferentes áreas do Direito, procurando descobrir o que mais a atraía. Nessa busca pela diversidade, trabalhou com vários profissionais, como o Professor Eduardo de Oliveira Leite, referência na área de Direito de Família, e também com o falecido Dr. Osmar Margarido dos Santos, na área de Direito Tributário no norte do Paraná, pois Sabrina é de Maringá. “Terminei o curso em 1999, na Universidade Estadual de Maringá e fui aprovada no primeiro exame da OAB que realizei”, conta.

Após a formatura, foi convidada a permanecer no escritório do Dr. Osmar como advogada júnior, atuando na área empresarial e tributária contenciosa. Por estar trabalhando nesse escritório e se dedicando à esta área específica, realizou 2 pós-graduações em direito tributário, uma pelo IBEJ em Curitiba e outra pela UFSC - federal de Santa Catarina.

Dra. Sabrina conta que sempre participa de diversos cursos e congressos para continuar atualizada. Após 4 anos no escritório, optou por abrir seu próprio negócio, com uma sócia. Então a Rui & Campos Advocacia surgiu, escritório que atende até hoje na região de Maringá. Contudo, em 2008 a Advogada mudou-se para Curitiba, e percebeu que a necessidade do mercado era o Direito Imobiliário.

Aprofundou-se no assunto e começou a atuar com frequência em conjunto com a Justiça Federal, em razão dos contratos de financiamento imobiliário com a Caixa Econômica Federal, que apresentavam muitos desequilíbrios.

Permaneceu atuando na área de direito imobiliário e tributário, e hoje presta assessoria na área empresarial, bem como atende pessoas físicas. “Costumo brincar que apesar de todas as especialidades que existem no ramo do Direito, procuro sempre ter em mente o que meu cliente precisa e atendê-lo da forma mais global possível, pois na maioria das vezes, para ter seu problema solucionado, é preciso de um atendimento como um todo, e não analisar o problema sob um único ângulo”, relata Sabrina.

Um fator que não pode faltar para exercer bem a advocacia é a dedicação e o bom entendimento do assunto, conforme conta a Dra. Sabrina Rui.




Dra. Sabrina Marcolli Rui - Advogada em direito tributário e imobiliário
SR Advogados Associados
(41) 3077-6474
Rua Riachuelo, nº 102 - 20º andar - sala 202, centro – Curitiba.

Saiba quais são os hábitos ineficazes que lideres usam e que dificultam o sucesso da equipe


Ser líder requer grandes cuidados em muitos aspectos. As palavras possuem um peso ainda maior numa posição de destaque, por isso é importante estar atento ao uso de discursos ou palavras que podem soar negativas ou ser mal interpretadas. Mas essa consciência deve ir além da linguagem para que a imagem do superior não fique desgastada e as ações se tornem ainda mais eficazes. Existem alguns hábitos que, ainda que sejam praticados por líderes de sucesso, não geram resultados que eles esperam.

Um desses costumes é ter uma opinião sobre todos os assuntos possíveis, o desejo de adicionar seus "dois centavos" a cada discussão e tentar agregar conhecimentos em toda conversa, sendo que isso pode fazer com que a sua equipe perca autonomia. Em contrapartida, o hábito de não escutar é a forma mais passiva-agressiva de desrespeito pelos colegas.

Muitos não percebem, ou realmente fazem com alguma inocência, que estão promovendo comentários destrutivos, o sarcasmo das agulhas e os comentários cortantes que achamos que nos fazem soar vivos e espirituosos, podem destruir a equipe com que trabalhamos.

Começar as frases com “mas”, “não” e também o uso do “de qualquer forma” pode ser algo prejudicial para os líderes. O uso excessivo dessas palavras negativas faz com que qualquer frase soe como: eu estou certo, você está errado. Além disso, não perca tempo tentando obter o que as pessoas não têm. Trate de estimular o que equipe, ou o colaborador, já têm.

O líder precisa aprender que o seu poder de alavancagem depende muito mais de sua humildade e capacidade de apoiar seus colaboradores do que da sua capacidade técnica. Suas competências básicas são a delegação e o empowerment, a defesa da visão e o comportamento coerente com os valores.

Em algumas pessoas também é perceptível o egocentrismo, uma necessidade excessiva de ser o centro das atenções, mas é preciso ser sucinto e ter zelo ao exaltar as próprias virtudes. Quem convive com pessoas de sucesso entende que eles estão nessa posição por mérito e ao exaltar determinadas competências o efeito pode ser exatamente o contrário do desejado.

Em vez de tratar de resolver o defeito, deve-se investir suas fontes para corrigir o mecanismo que o gerou. Desse modo, não só se conserta aquele defeito específico como também se melhora o rendimento geral. Quando se sente à vontade de percorrer esse caminho, você entende por que os japoneses afirmam que “um defeito é um tesouro”.

Quais desse comportamentos, você como um líder de sucesso, tem percebido em si mesmo e não reconhece os efeitos e resultados no seu time? Se qualquer uma dessas situações estiver acontecendo na sua empresa, e até mesmo na vida, é possível que você esteja perdendo dinheiro, produtividade e resultados por conta disso. 





Renata Tolotti - empreendedora, coach e palestrante. Além da formação em arquitetura, cursou a Marshall Goldsmith Stakesholder  Centered Organization (melhor formação de líderes por Harvard Business School em 2018). Também possui certificação em Coaching Integral Sistêmico, Coaching Business e executivo e estudou Comportamento Humano pela Flórida Christian University. Mais informações sobre a especialistas podem ser obtidas pelas redes socais http://facebook.com/coachrenatatolotti, instagram: @renata.tolotti, ou pelo site https://palestras.renatatolotti.com.br


sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

Velhice não é assexual, defendem especialistas



Sexualidade de idosos foi destaque em eventos científicos realizados pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia em 2019
 


A ciência do envelhecimento avançou nas últimas décadas, possibilitando a ressignificação de mitos sobre a sexualidade das pessoas com 60 anos ou mais. Debater esse tema é um dos propósitos da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), que, em 2019, buscou disseminar informação de qualidade, e sem preconceitos, especialmente entre profissionais de saúde.

"O velho não é um ser assexuado”, reiterou o presidente da SBGG, o Dr. Carlos Uehara, em entrevista à Agência Brasil de jornalismo, durante o X Congresso de Geriatria e Gerontologia do Estado do Rio de Janeiro. A Sociedade também realizou, neste ano, outros 23 eventos científicos, somando quase 7 mil participantes, entre especialistas, pesquisadores e estudantes, para debater, entre outros assuntos, a sexualidade dos idosos.

“Mesmo com todos os esforços dos especialistas, diversas construções sociais ainda privam os idosos do amor, da sexualidade e do prazer”, explica o Dr. Milton Crenitte, que complementa: “Ainda existe um mito da ‘velhice assexual’, que dificulta a inclusão da sexualidade nessa fase da vida”.

Mas a Drª Roberta Parreira garante: para seus pacientes idosos, a sexualidade quando vivida é parte importante de uma vida saudável. “Eles conversam comigo sobre o assunto quando se sentem à vontade. E dizem que veem o sexo como uma necessidade de vida, algo agradável. Ainda que nesta etapa da vida, por exemplo, homens e mulheres tenham condições físicas e biológicas particulares”, diz.

Entre as mudanças fisiológicas que ocorrem nos corpos com o passar dos anos estão a redução de lubrificação vaginal nas mulheres e o declínio da intensidade do orgasmo, nos homens. Mas o advento dos medicamentos para disfunção erétil, por exemplo, permitiu o retorno à vida sexual ativa para muitos idosos. “Também é preciso entender que a sexualidade pode ser vivida pelo toque, carinho, afeto, pelas relações sociais ou pela maneira que o indivíduo desejar”, defende Crenitte.


Sexualidades

A sexualidade pode ser vivida em sua multiplicidade, conforme disse Uehara, em entrevista à Agência Brasil. Segundo o Dr. Milton Crenitte, que também é diretor da Eternamente SOU, primeira organização social voltada para atendimento das velhices LBGT, lésbicas, gays, bissexuais e pessoas transgênero muitas vezes têm a sexualidade invisibilizada na maturidade.

“Infelizmente, eles expressam maiores riscos de estarem morando sozinhos, de não terem filhos e de não apresentarem alguém para chamar em caso de uma emergência. Também, surgem questões relacionadas com a falta de confiança nos serviços de saúde e com o medo de sofrer discriminação nesses locais”, relata Crenitte.

“Nessa fase da vida, as pessoas têm uma bagagem biográfica que deve ser respeitada. A pessoa não deixa de ter sexualidade quando envelhece. Se o envelhecer pode trazer algumas perdas e lutos, a sexualidade nesse contexto, quando preservada, é uma maneira de ela se sentir viva e ter qualidade de vida, estar feliz consigo mesmo”, conclui Parreira.





Sobre a SBGG
Fundada em 16 de maio de 1961, a SBGG é uma associação civil sem fins lucrativos que tem como principal objetivo congregar médicos e outros profissionais de nível superior que se interessem pela Geriatria e Gerontologia, estimulando e apoiando o desenvolvimento e a divulgação do conhecimento científico na área do envelhecimento. Além disso, visa promover o aprimoramento e a capacitação permanente dos seus associados.

Verão é a pior época do ano para idosos



Médico explica por que e diz o que fazer para evitar o comprometimento da saúde



O verão é uma das estações mais comemoradas por pessoas do mundo todo, justamente por ser associado a sol, lazer ao ar livre e alegria. Mas ele não é assim tão “bonzinho” para quem está na terceira ou quarta idade. De acordo com Marcelo Levites, geriatra e diretor da Sobramfa – Educação Médica & Humanismo, os efeitos deletérios das temperaturas elevadas, somadas a uma qualidade de ar ruim, podem ser devastadores para os idosos. “Calor excessivo não é inofensivo para ninguém, mas quem mais sofre é o grupo com mais de 65 anos”.

Levites diz que a hipertermia é responsável por um expressivo aumento de internações nesta época do ano, especialmente de idosos – que normalmente têm uma transpiração menos eficaz por conta do processo de envelhecimento. “Pacientes que já tratam de hipertensão, doenças renais, de pulmões e coração são muito mais suscetíveis ao calor. Outros grupos de risco incluem pessoas muito acima ou abaixo do peso ideal, que fazem uso de diuréticos, sedativos, tranquilizantes e reguladores de pressão, entre outros. Sob calor extremo, o corpo tem de trabalhar muito mais para manter a temperatura interna em padrões saudáveis. Sendo assim, os idosos têm risco aumentado para insolação, cãibras, exaustão e até mesmo infarto e derrame (AVC)”.

Nesta época do ano, segundo o médico, o ideal é manter os idosos num ambiente fresco e arejado, longe do sol. A ingestão de líquidos é altamente recomendada, com exceção de bebidas alcoólicas e cafeínas. “Muitos pacientes acreditam que já ingerem quantidade suficiente de água quando tomam seus medicamentos. Isto não é verdade! Então, o melhor é aumentar a oferta de água e chás gelados ao longo do dia – além de alimentos que contêm alto teor de água, como tomate, cenoura, melancia, melão, maçã, abacaxi, verduras e água de coco”.

De acordo com o especialista, saber identificar quando uma pessoa está sendo afetada pelo calor extremo pode ajudar a salvar uma vida. É preciso estar atento se o idoso apresenta algum tipo de fraqueza, tontura ou confusão mental. Mal-estar, náuseas e dores no estômago, braços e pernas também devem ser acompanhados de perto – assim como alterações no ritmo da respiração.

De acordo com o National Institute on Aging, nos Estados Unidos, idosos que não têm acesso a ambientes com ar-condicionado ou até mesmo ventiladores e umidificadores de ambientes estão correndo maior risco. Nestes casos, o ideal é que familiares e cuidadores façam o possível para que eles passem o dia em locais públicos que tenham essa condição ideal, como shopping centers, cinemas, livrarias – sempre evitando estar ao ar livre entre 12h e 18h. Idosos com algum tipo de demência, como Alzheimer, merecem ainda mais atenção, já que podem não estar aptos a descrever sintomas de mal-estar. “Ondas de calor matam pessoas no mundo todo e não é diferente no Brasil. Portanto, é preciso estar muito atento aos idosos nesta época do ano”, afirma Levites.






Fonte: Dr. Marcelo Levites - médico geriatra e diretor da Sobramfa – Educação Médica & Humanismowww.sobramfa.com.br



Confira algumas dicas para reduzir danos dos excessos cometidos durante as festas de fim de ano



Nós sempre costumamos associar comida a comemorações, e as festas de final de ano talvez sejam o exemplo mais emblemático disso. Em todo caso, o melhor caminho é buscar o equilíbrio e a moderação.


- Quais são os excessos mais comuns cometidos no final do ano e suas principais consequências?

Gorduras: consumidas em excesso, sobretudo as de origem animal, sobrecarregam o sistema digestivo, tendo impacto importante no fígado e nas vias biliares, bem como no sistema cardiocirculatório.


Álcool: o consumo de álcool acarreta uma grande sobrecarga no fígado, que consegue metabolizar em torno de 10 ml/hora da substância. Ou seja, o consumo acima de 240 ml de álcool pode demorar um dia inteiro para ser metabolizado. Além disso, os efeitos no sistema nervoso central são evidentes: euforia, disforia (a pessoa fica agitada e ansiosa, podendo evoluir para a agressividade) e depressão do estado de alerta, podendo levar ao coma alcoólico (quando o indivíduo fica inconsciente). Existe também o risco de o abuso de álcool evoluir para pancreatite aguda alcoólica, uma inflamação do pâncreas que pode ser muito grave, com risco de morte.


Açúcar: mesmo em indivíduos sem problemas relacionados à insulina, o consumo exagerado de açúcar pode, sim, elevar as taxas de glicemia e, com isso, causar danos nos tecidos, sobretudo no fígado e pâncreas. Outro fator importante relacionado ao abuso do consumo de açúcar se faz notar no aumento de peso, da chamada “massa gorda”, podendo induzir também outras situações, como aumento das taxas de triglicérides.


- Que doenças podem ser causadas ou agravadas por esses excessos?

O abuso no consumo de bebidas alcoólicas e de alimentos ricos em açúcar e gorduras pode acarretar diversos distúrbios, principalmente porque na maioria das vezes essas três substâncias são consumidas em grandes quantidades na mesma refeição. Entre as doenças mais comuns, podem ser citadas como exemplos:

      • Gastrite e esofagite aguda
      • Pancreatite
      • Diarreia provocada pelo excesso de gordura e álcool
      • Infiltração gordurosa no fígado
      • Alterações no comportamento e psiquismo
      • Sobrecarga do sistema cardiovascular

- Quem deve tomar mais cuidado?

De um modo geral, ao abusar dessas substâncias, todos estão se expondo a riscos. Entretanto, são mais vulneráveis crianças, idosos e pessoas diabéticas, hipertensas ou portadoras de doenças cardiocirculatórias.


- Como se prevenir?

Vivemos em um país tropical e nossas comemorações ocorrem em pleno verão.  Meu conselho é que se priorize o consumo de frutas frescas (sempre há uma linda mesa delas nas decorações das festas), água (as saborizadas são deliciosas e saudáveis) e que se reduza o consumo de alimentos ricos em gordura e açúcar. Quanto ao álcool, é importante não misturar bebidas – destilados e fermentados – e limitar-se a 3 doses por dia.

A melhor prevenção é evitar o consumo de gorduras, açúcar e álcool entre 3 e 4 dias antes da data da festa.  Também podem ser utilizados protetores hepáticos, que têm função de “amortecer” os impactos, assim como os protetores gástricos, como o Pantoprazol, que também atuam como auxiliadores no controle dos danos.





Dra. Maria Bernadette Zambotto Vianna - coloproctologista, colonoscopista e prestadora de serviços no Hospital América de Mauá |Cremesp 83319

HEMOFILIA: conheça doença que afeta quase exclusivamente homens


Em 2019 foram investidos R$ 1,3 bilhão para compra de medicamento no tratamento de hemorragias causadas pela hemofilia. Em 2020, o SUS passa a ofertar emicizumabe como nova opção de tratamento


No dia 4 de janeiro é comemorado o Dia do Hemofílico no Brasil. A data tem como objetivo conscientizar a população brasileira sobre essa doença rara. Atualmente, existem 12.983 pacientes com hemofilia A e B cadastrados no Brasil. De acordo com dados da World Federation of Hemophilia, esta é a quarta maior população mundial de pacientes com a doença. No Brasil, o tratamento das hemofilias é realizado praticamente de forma exclusiva pelo SUS, que oferece uma linha de cuidado para tratamento e prevenção de complicações em diversas modalidades a todos os pacientes brasileiros acometidos pela doença.

O Ministério da Saúde garante aos portadores da hemofilia o medicamento Fator VIII Recombinante, direcionado ao tratamento da hemofilia A tipo mais predominante no país. Em 2019, a pasta adquiriu 720 milhões de unidades de medicamentos previstos no tratamento de doenças hemorrágicas hereditárias a um custo de R$ 1,3 bilhão. Os medicamentos compõem a linha de cuidado para tratar a doença e prevenir suas complicações.
Uma rede de 32 hemocentros em todas as regiões do país conta com o sistema Hemovida, que dispõe de uma base nacional para o cadastro de pacientes, inserção de dados clínicos, informações sobre o tratamento, registro de aplicações, além do controle de estoque de medicamentos.
NOVO TRATAMENTO PARA HEMOFILIA

Uma das grandes conquistas de 2019 para pacientes hemofílicos foi a incorporação do medicamento Hemcibra® (emicizumabe) para o tratamento de indivíduos com hemofilia A e inibidores ao Fator VIII refratários ao tratamento de imunotolerância. A incorporação ocorreu após recomendação publicada em relatório da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único em Saúde (CONITEC) sobre essa tecnologia.
Após publicação da portaria de incorporação, que ocorreu em novembro, o SUS tem até 180 dias para ofertar o tratamento. A incorporação de emicizumabe amplia as opções de tratamento para pessoas que convivem com a hemofilia, proporcionando qualidade e de vida e a possibilidade de viverem novas experiências.
Além do novo tratamento, diversas iniciativas foram realizadas nos últimos anos para melhorar a qualidade de vida dos pacientes, como: ações de incremento ao diagnóstico, monitoramento e avaliação, vigilância epidemiológica, tratamento domiciliar, profilaxia para hemofilia grave, tratamento de imunotolerância para pacientes que desenvolveram aloanticorpos contra o fator infundido, dentre outras. Com a estratégia das profilaxias adotadas pelo Brasil verificou-se uma queda dos episódios de sangramento espontâneos, por volta de 10% ao ano.
O QUE É HEMOFILIA?

As hemofilias são distúrbios genéticos e hereditários que acometem quase que exclusivamente os homens. Elas comprometem a capacidade do corpo de coagular o sangue, tão necessária para interromper as hemorragias. Isso acontece quando há ausência de proteínas, substâncias que, dentre inúmeras funções, ajudam na coagulação. Quando uma pessoa corta alguma parte do corpo e começa a sangrar, são as proteínas que entram em ação para estancar o sangramento. Esse processo é chamado de coagulação. As pessoas portadoras de hemofilia, não possuem essas proteínas e sangram mais.
A hemofilia do tipo A, por exemplo, decorre da falta do Fator VIII da coagulação e acomete 1 a cada 10 mil homens nascidos vivos. A hemofilia do tipo B decorre da falta do Fator IX da coagulação e acomete 1 a cada 50 mil homens nascidos vivos.
A hemofilia ainda não tem cura e seu tratamento é feito através da reposição do fator de coagulação deficiente, através da infusão endovenosa dos concentrados de fator deficiente (VIII, na hemofilia A ou IX, na hemofilia B), que tem como objetivo prevenir e tratar as hemorragias.




Roberto Chamorro e Amanda Mendes
Agência Saúde

Cirurgia de catarata pode tornar a direção mais segura


Embora muitas vezes seja essencial para preservar a visão em pacientes idosos, uma nova pesquisa descobriu que a cirurgia de catarata pode render grandes dividendos em termos de melhorar a segurança de um paciente ao dirigir um veículo



A capacidade da cirurgia de catarata para restaurar a visão é bem conhecida.  Os pacientes que já fizeram o procedimento relatam ficar  impressionados com a “vibração” das cores após a cirurgia e com a melhoria da visão noturna. Alguns podem até reduzir sua dependência de óculos. Mas será que é possível quantificar essa qualidade de visão aprimorada?

Para descobrir, pesquisadores da Austrália usaram um simulador de direção para testar a visão dos pacientes antes e depois da cirurgia de catarata. Eles descobriram que os “quase acidentes” e os acidentes diminuíram em 48% após a cirurgia. Os pesquisadores apresentaram o estudo durante a Reunião Anual da Academia Americana de Oftalmologia, 2019.

“A catarata é uma consequência normal do envelhecimento. A doença se desenvolve gradualmente, ao longo dos anos, à medida que o cristalino se torna turvo. Às vezes, é difícil distinguir os efeitos de uma catarata em desenvolvimento de outras alterações na visão relacionadas à idade. Com o envelhecimento, você pode ficar mais míope; as cores parecem mais sombrias e o brilho das luzes dificulta a visualização à noite. Aos 80 anos, cerca de metade de nós terá desenvolvido catarata”, explica o oftalmologista Virgílio Centurion, diretor do Instituto de Moléstias Oculares, IMO.

A cirurgia de catarata substitui o cristalino por uma lente artificial. A cirurgia é de baixo risco e eficaz. Mas nem todos fazem esta cirurgia imediatamente após  o diagnóstico. A decisão geralmente se baseia em quanto a catarata está interferindo nas atividades da vida diária. Oftalmologistas normalmente operam um olho por vez, começando com a catarata mais densa. Se a cirurgia for bem-sucedida e a visão melhorar substancialmente, opera-se o segundo olho. “No entanto, a maioria das pessoas obtém benefícios significativos com a cirurgia no segundo olho. A percepção de profundidade é aprimorada, a visão torna-se mais nítida, facilitando a leitura e a direção”, afirma Virgílio Centurion.


Benefícios da cirurgia

Para entender melhor os verdadeiros benefícios da cirurgia de catarata para a qualidade de vida dos pacientes, Jonathon Ng e seus colegas da Universidade da Austrália Ocidental, testaram o desempenho da condução de 44 pacientes antes da cirurgia de catarata. O simulador de direção avaliou uma variedade de variáveis: limites de velocidade ajustados, densidades de tráfego, cruzamentos não controlados e travessias de pedestres.

Os pacientes foram submetidos ao simulador de direção novamente após a primeira cirurgia de catarata e depois novamente, após a cirurgia do segundo olho. Após a cirurgia do primeiro olho, os “quase acidentes” e acidentes diminuíram em 35%; após a segunda cirurgia, o número caiu para 48%.

“A acuidade visual é um método importante para avaliar a aptidão de uma pessoa para dirigir, mas é uma avaliação incompleta. A qualidade da visão também é um indicador importante. Maior sensibilidade ao contraste e melhor visão noturna aumentam a segurança do motorista na estrada”, defende Centurion.

Os resultados deste estudo australiano destacam a importância da cirurgia de catarata oportuna na manutenção da segurança e da mobilidade/ independência  dos motoristas idosos.





IMO-Instituto de Moléstias Oculares
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