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sexta-feira, 21 de junho de 2019

Dicas para viajantes grávidas ou com bebês


Crianças exigem atenção e cuidado, mas também trazem muitas alegrias. Não é justo para elas e nem para os deixar, deixar de curtir momentos prazerosos somente por pensar no ''trabalho'' que é viajar com os pequenos.

Para as mamães de plantão: vai viajar grávida ou com bebês? Confira algumas dicas do ETIAS que irá te ajudar em tudo que precisa para que sua viagem seja uma maravilhosa experiência para você e seu(sua) baby! 


Polineuropatia Amiloidótica Familiar


A Academia Brasileira de Neurologia (ABN) inicia campanha nacional para conscientizar os cidadãos sobre uma doença genética rara conhecida como PAF, a Polineuropatia Amiloidótica Familiar. A ação também visa disseminar informações para a própria classe médica, já que muitos sintomas são também comuns a outros males, dificultando diagnóstico e tratamento adequado. 

Entre as cidades que receberão a ação está Porto Alegre. A capital gaúcha será palco de palestras e interações junto à comunidade acadêmica, com o objetivo de disseminar conhecimento sobre a PAF e suas promissoras formas de tratamento.  

 O evento acontecerá em 04 de julho, na Associação Médica do Rio Grande do Sul, e visa atingir estudantes de medicina e profissionais da área, tanto residentes, como especialistas. Carlo Domênico Marrone, neurologista e coordenador da ação, enfatiza a presença dos palestrantes Pablo Wickler e Marcelo Raffo, além da alta expectativa em relação ao encontro “A iniciativa é muito boa em termos de divulgação sobre a doença”, comentou.   

A PAF provoca a perda progressiva de movimentos e atrofia muscular. Caso não seja tratada nos primeiros dez anos após o surgimento de sintomas iniciais, pode levar à morte.   

Mais comum em descendentes de portugueses, tem prevalência importante no Brasil, se comparados os dados de outros países. É decorrente de uma falha de um gene que possui a função específica de condensar a proteína transtirretina (TTR), no fígado. Enfim, o estopim é o acúmulo desbalanceado dessa proteína em várias partes do organismo, como rins e nervos. 

A PAF é popularmente chamada de “doença dos pezinhos”. Isso porque os pés acusam a consequências primeiramente, com perda de sensibilidade à temperatura, formigamento e dor intensa.  

Ela traz outras consequências como diarreia, falta de apetite, desidratação, perda de peso, além de certa dificuldade para andar. Em seguida, meio que repentinamente, surgem outros distúrbios, como diarreia e outras alterações gastrointestinais.  

Após cinco anos, parte dos enfermos já demonstra enorme dificuldade de se locomover. Transforma-se em real risco de morte quando rins e coração são atingidos.  

São centenas as suas mutações. Comumente, os portadores brasileiros manifestam a predominante também entre os portugueses, a V30M. Em 2018, o Ministério da Saúde incorporou o primeiro medicamento específico para PAF na rede pública.  
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Mundialmente, junho é destacado como Mês de Luta contra a PAF. É uma reverência ao neurologista lusitano Mário Corino da Costa Andrade, falecido no dia 16/ano 2005, seu descobridor nos idos de 1950.  



Como os vegetais interferem na gestação

A partir da concepção, diversas alterações hormonais ocorrem no organismo feminino para garantir o adequado desenvolvimento do embrião que dará origem ao feto. Na medida em que a gravidez avança, aumenta a demanda nutricional da mãe que deve se manter bem nutrida e fornecer todos os nutrientes e energia necessários para o pleno crescimento e desenvolvimento do bebê até o momento do parto. 

Evidências científicas crescentes ainda sugerem que os efeitos da dieta materna sobre o feto podem persistir na vida adulta do descendente com possíveis efeitos intergeracionais. Por tudo, a dieta materna requer planejamento, alimentos seguros e qualidade nutricional. 

O aumento das necessidades de vitaminas e minerais ocorre para quase todos as gestantes, especialmente para vitaminas do complexo B (tiamina, riboflavina, niacina, piridoxina, folato, cianocobalamina), vitamina A, ferro, zinco, iodo e selênio. Enquanto que se estima incremento das necessidades calóricas ao redor de 300 Kcal/ dia, a partir do segundo trimestre gestacional. 

O consumo exagerado de alimentos durante a gestação pode causar aumento excessivo de peso materno. A obesidade gestacional é uma grande preocupação obstétrica por aumentar significativamente o risco de parto pré-termo, diabetes gestacional, hipertensão arterial gestacional, pré-eclâmpsia, parto cesárea e determinadas anormalidades congênitas. 

Por outro lado, a baixa ingestão alimentar ou o consumo insuficiente de nutrientes podem causar forte impacto no curso natural da gestação e na saúde do bebê, indicando a necessidade de acompanhamento da evolução ponderal materna simultaneamente às orientações nutricionais. 

Com frequência, nos países emergentes, as pessoas, incluindo gestantes, têm apresentado dificuldade para consumir adequadamente vitaminas e minerais por razões relacionadas a fatores econômicos, bem como fatores relacionados ao estilo de vida moderno, resultando em maior risco de ganho de peso inadequado acompanhado por consumo insuficiente de micronutrientes. O consumo de alimentos com elevada densidade nutricional, ou seja, alimentos que contém elevado teor de micronutrientes relativo ao conteúdo energético pode substancialmente favorecer o alcance das necessidades nutricionais sem aumento indevido do peso corporal. 

Dentre os alimentos com maior densidade nutricional, destacam-se as frutas, legumes e verduras (FLV). As carnes, ovos, leite e derivados com menor teor de gorduras, leguminosas, sementes e castanhas também são considerados alimentos com elevada densidade nutricional.

 Enquanto que esses últimos são fundamentais para alcance das necessidades de proteína, ferro, vitamina D e E, cálcio e ácidos graxos essenciais, o consumo de FLV possibilita o fornecimento de elevado teor de potássio, vitamina C, carotenoides, magnésio, cromo, entre muitos outros micronutrientes, com menor carga calórica equilibrando a dieta quando associados com os demais alimentos. As FLV devem fazer parte da rotina alimentar diárias das gestantes. Recomenda-se o consumo de no mínimo 3 porções de legumes e/ou verduras e 3 porções de frutas ao dia para as gestantes. 

As mulheres grávidas representam um grupo de alto risco de inadequação nutricional. Uma dieta saudável, equilibrada e variada, que inclua frutas, verduras e legumes é a maneira preferencial de atingir as necessidades nutricionais na gestação. 

Para a obtenção de vegetais com valores nutricionais adequados devemos cultivar os vegetais em solos com quantidades suficientes de nutrientes. Os solos com teores de nutrientes insuficientes devem ser fertilizados, com o objetivo de favorecer a produção em quantidade e qualidade nutricional. Assim, a qualidade nutricional de um solo irá representar a qualidade nutricional dos vegetais e, consequentemente, no fornecimento de nutrientes para a gestante e seu bebe.  




Daniel Magnoni - consultor da iniciativa Nutrientes para a Vida (NPV), diretor de Serviço de Nutrologia e Nutrição Clínica do Hospital do Coração – Hcor, Mestre em cardiologia pela Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP; especializado ainda em Clínica Médica, Nutrologia e Nutrição Parenteral e Enteral pela Associação Médica Brasileira – AMB / Conselho Federal de Medicina – CFM   

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