Pesquisar no Blog

sexta-feira, 21 de junho de 2019

Como os vegetais interferem na gestação

A partir da concepção, diversas alterações hormonais ocorrem no organismo feminino para garantir o adequado desenvolvimento do embrião que dará origem ao feto. Na medida em que a gravidez avança, aumenta a demanda nutricional da mãe que deve se manter bem nutrida e fornecer todos os nutrientes e energia necessários para o pleno crescimento e desenvolvimento do bebê até o momento do parto. 

Evidências científicas crescentes ainda sugerem que os efeitos da dieta materna sobre o feto podem persistir na vida adulta do descendente com possíveis efeitos intergeracionais. Por tudo, a dieta materna requer planejamento, alimentos seguros e qualidade nutricional. 

O aumento das necessidades de vitaminas e minerais ocorre para quase todos as gestantes, especialmente para vitaminas do complexo B (tiamina, riboflavina, niacina, piridoxina, folato, cianocobalamina), vitamina A, ferro, zinco, iodo e selênio. Enquanto que se estima incremento das necessidades calóricas ao redor de 300 Kcal/ dia, a partir do segundo trimestre gestacional. 

O consumo exagerado de alimentos durante a gestação pode causar aumento excessivo de peso materno. A obesidade gestacional é uma grande preocupação obstétrica por aumentar significativamente o risco de parto pré-termo, diabetes gestacional, hipertensão arterial gestacional, pré-eclâmpsia, parto cesárea e determinadas anormalidades congênitas. 

Por outro lado, a baixa ingestão alimentar ou o consumo insuficiente de nutrientes podem causar forte impacto no curso natural da gestação e na saúde do bebê, indicando a necessidade de acompanhamento da evolução ponderal materna simultaneamente às orientações nutricionais. 

Com frequência, nos países emergentes, as pessoas, incluindo gestantes, têm apresentado dificuldade para consumir adequadamente vitaminas e minerais por razões relacionadas a fatores econômicos, bem como fatores relacionados ao estilo de vida moderno, resultando em maior risco de ganho de peso inadequado acompanhado por consumo insuficiente de micronutrientes. O consumo de alimentos com elevada densidade nutricional, ou seja, alimentos que contém elevado teor de micronutrientes relativo ao conteúdo energético pode substancialmente favorecer o alcance das necessidades nutricionais sem aumento indevido do peso corporal. 

Dentre os alimentos com maior densidade nutricional, destacam-se as frutas, legumes e verduras (FLV). As carnes, ovos, leite e derivados com menor teor de gorduras, leguminosas, sementes e castanhas também são considerados alimentos com elevada densidade nutricional.

 Enquanto que esses últimos são fundamentais para alcance das necessidades de proteína, ferro, vitamina D e E, cálcio e ácidos graxos essenciais, o consumo de FLV possibilita o fornecimento de elevado teor de potássio, vitamina C, carotenoides, magnésio, cromo, entre muitos outros micronutrientes, com menor carga calórica equilibrando a dieta quando associados com os demais alimentos. As FLV devem fazer parte da rotina alimentar diárias das gestantes. Recomenda-se o consumo de no mínimo 3 porções de legumes e/ou verduras e 3 porções de frutas ao dia para as gestantes. 

As mulheres grávidas representam um grupo de alto risco de inadequação nutricional. Uma dieta saudável, equilibrada e variada, que inclua frutas, verduras e legumes é a maneira preferencial de atingir as necessidades nutricionais na gestação. 

Para a obtenção de vegetais com valores nutricionais adequados devemos cultivar os vegetais em solos com quantidades suficientes de nutrientes. Os solos com teores de nutrientes insuficientes devem ser fertilizados, com o objetivo de favorecer a produção em quantidade e qualidade nutricional. Assim, a qualidade nutricional de um solo irá representar a qualidade nutricional dos vegetais e, consequentemente, no fornecimento de nutrientes para a gestante e seu bebe.  




Daniel Magnoni - consultor da iniciativa Nutrientes para a Vida (NPV), diretor de Serviço de Nutrologia e Nutrição Clínica do Hospital do Coração – Hcor, Mestre em cardiologia pela Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP; especializado ainda em Clínica Médica, Nutrologia e Nutrição Parenteral e Enteral pela Associação Médica Brasileira – AMB / Conselho Federal de Medicina – CFM   

DOENÇAS RESPIRATÓRIAS EXIGEM ATENÇÃO REDOBRADA NO INVERNO


Especialistas do Hospital Leforte apontam o que deve ser levado em conta nesta época do ano


Os vírus respiratórios circulam o ano todo, porém nos meses de outono e inverno sua ocorrência se torna mais frequente devido a manutenção das pessoas em locais fechados e com pouca circulação do ar. O inverno começa oficialmente no próximo dia 21 de junho e fica o alerta: quais os cuidados necessários quando se fala em doenças respiratórias? Para a redução do risco de adquirir ou transmitir doenças respiratórias, o Ministério da Saúde recomenda a adoção de medidas denominadas “etiqueta respiratória”.


Etiqueta respiratória

“A etiqueta respiratória são algumas ações facilmente aplicadas pela população como: higienização das mãos frequente com álcool em gel ou água e sabão; utilizar lenço descartável para a higiene nasal; cobrir o nariz e a boca ao espirrar ou tossir; evitar tocar as mucosas dos olhos, nariz e boca; higienizar as mãos após tossir ou espirrar; não compartilhar objetos de uso pessoal como talheres, pratos, copos ou garrafas; manter os ambientes bem ventilados; evitar o contato próximo a pessoas com sinais ou sintomas respiratórios.

Além destas medidas, as pessoas que apresentam sintoma de gripe devem evitar sair de casa em período de transmissão da doença (até 7 dias após o início dos sintomas); restringir ambiente de trabalho para evitar disseminação; evitar aglomerações e ambientes fechados, procurando manter os ambientes ventilados; adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos”, destaca a Dra Emy Akiyama Gouveia - Coordenadora Corporativa Médica de SCIH (Serviço de Controle de Infecção Hospitalar) do Grupo Leforte.


Vacinas

Especialistas do Hospital Leforte são unânimes quando o assunto são as vacinas. “Estamos falando de mecanismos comprovadamente eficazes na defesa do organismo humano contra agentes infecciosos virais ou bacterianos. Daí a importância de estar com a carteira de vacinação em dia, não só as crianças, mas os adultos”, ressalta a Dra Emy.

Para a prevenção das doenças respiratórias temos disponível a vacina contra o vírus da influenza (reforço anual) e a vacina antipneumocóccica que possuem indicações específicas.


Influenza

A especialista também aponta que, no caso da vacina da gripe, é importante fazer o reforço todos os anos, devido às mutações do vírus influenza e pelo fato de que a imunidade que cai ao longo dos meses: “o tempo de manutenção dos anticorpos é variável, em média dura apenas de 6 a 12 meses”.  O serviço público oferece a vacina trivalente (H1N1, H3N2 e o influenza do tipo B Victoria). No setor privado, no entanto, é possível encontrar a versão tretavante, que inclui o tipo B Yamagata. “Temos os grupos mais suscetíveis como crianças, idosos e doentes crônicos, mas  o ideal é que todos estejam protegidos”, destaca.


Bronquiolite

A bronquiolite é uma doença infecciosa viral causada pelo VSR (vírus sincicial respiratório) e acomete principalmente crianças até os 2 anos de idade. Suas complicações podem ser pneumonias e insuficiência respiratória aguda. Em alguns casos, há necessidade de internação. Não há vacina específica.

Para as crianças prematuras menores de 34 semanas, existe o Palivizumabe, que é um anticorpo monoclonal que a criança começa a tomar em fevereiro e segue até junho para a prevenção da bronquiolite.

“É bom que os pais saibam que ela é fundamental para prematuros e crianças com problemas respiratórios nesta faixa etária ou mesmo cardiopatas, a fim de se evitar a bronquiolite”, destaca  coordenador da UTI Pediátrica do Hospital, Dr Evandro Salgado.  


Bebê chiador

Tecnicamente chamado de lactente sibilante, o bebê chiador (que tem chiado no peito) é visto com um potencial asmático, mas o diagnóstico definitivo da doença só ocorre após os dois anos. “Até esta idade, o que chamamos de lactente sibilante é bebê com uma alergia que pode ser causada pela poeira do ar, ácaro ou alergias alimentares, entre outras causas. São pacientes mais propensos a contrair um quadro gripal e vírus”, explica o Dr. Salgado. “Neste caso, indicamos que os pais procurem um médico, até mesmo para evitar uma possível confusão com outra doença que é a bronquiolite”.


Como cuidar das alergias respiratórias, gripes e resfriados

A ida ao pronto-socorro também deve ser ponderada diante do risco de se contrair uma infecção. Por isso, é sempre bom ter, se possível, um médico de confiança e também atuar na prevenção, como o simples cuidado em lavar as mãos ou usar máscaras, em alguns casos.

“A diminuição das chuvas e da umidade do ar facilita a disseminação de partículas irritantes da via aérea, como a poeira, ácaros e poluentes como a fuligem, além de vírus e bactérias. Como pessoas também tendem a ficar mais juntas e em lugares fechados, com pouca ventilação, este cenário proporciona um risco maior de ter uma gripe ou um resfriado”, destaca Dr. Elias Lobo Braga, coordenador da otorrinolaringologia do Hospital.

Segundo ele, o resfriado é uma infecção normalmente das vias aéreas superiores, causada por vírus. O mais comum deles pertence a subtipos do rinovírus, que provoca sintomas como obstrução nasal, espirros, indisposição, dor de garganta e de cabeça leves, geralmente sem febre.

O resfriado é autolimitado e dura até 7 dias. A gripe, por sua vez, é causada pelo vírus influenza, com sintomas muito parecidos ao resfriado, embora mais intensos, com febre alta e desconforto respiratório, com duração de até 15 dias. “Com esses sintomas mais fortes e com maior duração, é aconselhável buscar uma unidade médica para fazer o tratamento adequado”, reforça o Dr. Elias.

Já em relação à alergia, o ideal é buscar se distanciar das suas causas e fazer acompanhamento com o especialista.


Perigos e riscos da automedicação por meio do "Dr. Google"


O Dr. Gustavo Eder Sales, cardiologista do Hospital Albert Sabin, explica os riscos de se automedicar com "dicas" da internet.
 
Atualmente, 3,2 bilhões de pessoas acessam diariamente a internet no mundo. A grande maioria utiliza a ferramenta de busca Google como forma de acesso a informações sobre os mais diversos assuntos e interesses, e muitos desses internautas procuram respostas sobre variadas doenças.

Um recente levantamento realizado pelo Google, com o objetivo de saber como os brasileiros pesquisam e consomem conteúdo de saúde na própria plataforma e no YouTube, mostrou que o índice de pessoas que utilizam esses recursos como primeira fonte de informação em casos de problemas de saúde, chega a 26%, próximo aos que buscam imediatamente um médico, com 35%.

“É sabido que a internet possui muitas inverdades para diversos assuntos, sendo esse o principal risco a que se expõe a pessoa que procura orientação no "Dr. Google" ou até mesmo em sites confiáveis, porém, a coleta e interpretação das informações não serão eficazes como as feitas por profissional médico.”, adverte o cardiologista do Hospital Albert Sabin, Dr. Gustavo Eder Sales.

Como principal risco da utilização de tais informações está a automedicação, sempre gravíssima, pois, pode-se desenvolver intoxicações, prejudicar diagnósticos e ainda lesionar órgãos, não acometidos até o momento, pelo uso indevido de fármacos.

“Como exemplo, cito um fato ocorrido recentemente na UTI do nosso hospital. O paciente apresentava um quadro de cefaleia (dor de cabeça) e se medicava em domicílio por meio de “dicas” adquiridas na internet e outras fontes. Após dois ou três dias de automedicação procurou o hospital, pois, não apresentava melhora do quadro e, pior, havia evoluído. Foi então diagnosticado com meningite bacteriana, insuficiência renal aguda e outras patologias que culminaram com o óbito em menos de 24 horas de internação. Se este paciente procurasse atendimento médico no início dos sintomas, fosse diagnosticado e medicado adequadamente, certamente teria sua vida salva” desabafa o Dr. Sales.

Muitas vezes, o paciente faz a busca pelos sintomas e, de imediato, encontra o suposto diagnóstico. Porém, não leva em consideração que um mesmo sintoma pode estar associado a diferentes patologias e que cada pessoa é única. A coleta de informações a respeito de doenças em sites confiáveis não deixa de ser válida, contudo, desde que seja por pura e tão somente fonte de conhecimento, deixando o diagnóstico e a prescrição de remédios sempre a cargo de um médico.

“Quando o paciente nos procura trazendo informações de suas pesquisas na internet, em nada nos atrapalhará, pois, detendo o conhecimento adequado e específico, não nos influenciaremos. Porém, se o indivíduo se utiliza de tais informações para modificar o tratamento, colocará sua saúde e até sua vida em risco”, finaliza o Dr. Gustavo.




Rua Brigadeiro Gavião Peixoto, 123 – Lapa – São Paulo – SP
Central de atendimento (11) 3838 4655

Posts mais acessados