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quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Coceira na pele nem sempre é uma doença dermatológica


 Médica alerta para sintoma comum causado por doença no fígado


Existem diferentes razões para o surgimento de coceira ou irritação na pele. Entre as mais comuns estão as alergias, picadas de inseto, dermatites e outras. Mas uma doença rara e pouco conhecida pode ser a causa, especialmente em mulheres de 35 a 60 anos. Trata-se da Colangite Biliar Primária (CBP), uma disfunção hepática autoimune caracterizada por destruição progressiva dos canais biliares presentes no fígado.

“Um dos principais sintomas da CBP é o prurido, também conhecido como coceira ou comichão, sem causa aparente. A coceira excessiva surge, habitualmente, com mais intensidade à noite ou em dias quentes”, explica a médica ginecologista Patrícia de Rossi.

A especialista esclarece que existem diversas causas para esse incômodo, o que leva muitas pessoas a procurarem imediatamente o dermatologista. Porém, como o ginecologista é o médico que acompanha a saúde da mulher, pode ser o primeiro a ser consultado sobre o sintoma. “Por isso, a indicação de um exame de sangue específico, principalmente em mulheres acima dos 35 anos, é essencial”, explica.

Não existe ainda uma explicação científica que justifique o porquê da CBP ser predominante no sexo feminino. O que se sabe é que as doenças autoimunes são mais frequentes neste sexo.

Dra. Patricia afirma que, geralmente, a suspeita de Colangite Biliar Primária surge quando se observam alterações no funcionamento do fígado. Para diagnosticá-la é necessário que o paciente comece realizando dois exames de sangue simples: fosfatase alcalina e a gama glutamiltransferase (Gama GT), que mostram se pode haver lesão nos canais biliares. Após a suspeita, complementa-se a pesquisa com outros exames realizados, mediante a solicitação médica como a pesquisa dos anticorpos antimitocôndria.

Se os resultados estiverem elevados, o paciente deve ser encaminhado ao hepatologista para avaliar o que está causando essas alterações. O especialista poderá pedir outros exames de sangue e ultrassom, biópsia do fígado ou uma colangiografia, que avalia todo o caminho da bile e permite a identificação de obstruções ou lesões dos canais.

“É importante que a mulher peça ao seu médico ginecologista e também ao dermatologista a investigação do funcionamento hepático quando surgir algum desses sintomas”, finaliza.

Disfunção erétil é mais temida que câncer; especialista explica sintomas e tira dúvidas sobre a prótese peniana


Estudos indicam que cerca de 10 milhões de brasileiros apresentam a condição e muitos ainda passarão pela situação ainda este ano;

Segundo problema de saúde mais temido pelos homens pode ser tratado com medicamentos ou com o implante de prótese;


A disfunção erétil, popularmente conhecida como impotência sexual, é o segundo problema de saúde mais temido pelos homens, segundo pesquisa da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). As doenças cardiovasculares e o infarto estão em primeiro lugar, mas o medo da impotência ficou na frente do receio por doenças como câncer de próstata, diabetes e câncer de pulmão. Esta condição atinge, em algum grau, cerca de 50% dos brasileiros acima dos 40 anos.

No Brasil, os índices de disfunção erétil são altos. Estudos indicam que cerca de 10 milhões de homens apresentam problemas de ereção no país e muitos vão se defrontar com a condição ainda este ano. A disfunção erétil afeta a qualidade de vida do homem, em relação à autoestima, e consequentemente, atinge a qualidade de vida da família, que se relaciona com o paciente.

Segundo o urologista e professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Archimedes Nardozza Jr., a dificuldade de se conseguir uma ereção pode estar associada a diversos fatores, como problemas vasculares – no caso de quem sofre de diabetes – efeitos colaterais de alguns tipos de medicamentos, estresse, diminuição da testosterona entre outros. A queda da testosterona pode estar relacionada ao envelhecimento masculino (DAEM), ou andropausa e pode ser tratada com reposição hormonal. "Para o tratamento da disfunção erétil dispomos de medicações via oral, injeções intracavernosas e tratamentos definitivos como a colocação de um implante", explica o urologista.


Prótese peniana
 
Ainda de acordo com o especialista, existem dois tipos de próteses, a maleável e a inflável. A prótese peniana maleável é composta de dois cilindros flexíveis colocados dentro do pênis. Ela cria uma ereção permanente e é posicionada para permitir a penetração e a relação sexual. São mais acessíveis, por terem cobertura dos convênios, e mais fáceis de manusear, mas podem causar constrangimentos sociais, por manter o pênis sempre ereto.

Já a prótese peniana inflável simula o mecanismo natural de funcionamento do pênis, permitindo uma ereção totalmente rígida durante a relação sexual e depois a flacidez completa. Ela é composta por dois cilindros, um reservatório de soro contido no corpo e uma bombinha localizada dentro do saco escrotal. Para obter uma ereção, o homem aperta a bombinha e o soro do reservatório é transferido para o pênis, causando a ereção. Após a relação sexual, o homem aciona a bombinha e o pênis volta para o estado de flacidez.


Tratamento inadequado do diabetes afeta 18% dos idosos nos EUA; quadro é semelhante no Brasil

Doença atinge uma em cada quatro pessoas com mais de 65 anos e incidência é maior nas com baixa escolaridade


Aproximadamente 18% dos idosos com diabetes nos Estados Unidos são tratados de forma inapropriada; ou por excesso de medicamentos ou por subtratamento, revela um estudo publicado recentemente no Journal of General Internal Medicine. A pesquisa foi feita com base nos dados de 78 mil pacientes com mais de 65 anos em dez estados dos EUA – as informações são do Medicare, programa de assistência médica do governo federal americano.

O vice-presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes, Dr. João Eduardo Nunes Salles, afirma que um terço dos idosos apresenta algum tipo de alterações no metabolismo da glicose. “É fundamental atentar-se às particularidades que tangem o tratamento do diabetes, não apenas medicamentoso, mas comportamental e nutricional. Além do avanço do sedentarismo e da obesidade, o envelhecimento populacional também tem grande impacto no aumento dos casos de diabetes”, avalia.

No Brasil, segundo levantamento da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde, o diagnóstico da doença aumentou 54% na população masculina entre 2006 e 2017, atingindo 7,1% dos homens adultos. Contudo as mulheres ainda são as principais vítimas da doença, com 8,1% no último ano. A SBD estima que 16 milhões de brasileiros foram diagnosticados com a doença.

Salles alerta também para a importância do controle da doença, sobretudo para diminuir o risco de cardiopatias – segundo a International Diabetes Federation, pessoas com mais de 60 anos e portadoras de diabetes tipo 2 têm um risco de três a quatro vezes maior de morrer por doenças cardiovasculares.

“Há alternativas terapêuticas capazes de controlar o diabetes e suas complicações. Conhecimento e acesso a tratamentos adequados são fundamentais para preservar a doença no idoso, aumentando sua expectativa e qualidade de vida”, atesta o especialista.

O geriatra Renato Bandeira de Mello, diretor científico da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), faz uma ponderação e explica a necessidade de avaliação ampla ao idoso diabético para racionalizar tanto o diagnóstico como o tratamento dessa condição. “Saber avaliar o idoso de forma multidimensional é fundamental para o processo de tomada de decisões clínicas. Por exemplo, em pacientes com Doença de Alzheimer com comprometimento cognitivo importante ou quando há limitações e vulnerabilidade físicas em decorrência de outras doenças graves, o excesso de exames e tratamentos, assim como o controle rígido do diabetes podem aumentar o risco de complicações e prejudicar a qualidade de vida desses pacientes”.

O especialista também destaca que, por meio da Avaliação Geriátrica Ampla, é possível identificar em outro extremo os idosos robustos, em que a idade isoladamente, mesmo quando superior a 80 anos, não limita a indicação dos tratamentos com objetivo de controle de complicações a médio e longo prazo. “Nos idosos plenamente funcionais, mesmo que longevos, não se deve restringir tratamentos somente pela idade em si. Este é um equívoco que pode levar ao subtratamento de condições controláveis”. Sendo assim, recomenda-se que as indicações de exames, procedimentos e tratamentos sejam ponderadas individualmente de acordo com a funcionalidade daquele idoso.

A SBGG, no documento “Escolhas Sensatas na Assistência ao Paciente Idoso”, aponta que o controle rígido dos níveis glicêmicos em idosos frágeis pode trazer mais riscos do que benefícios, sobretudo quando há hipoglicemias graves ou recorrentes. Baseado nesta ponderação, recomenda-se não prescrever medicamentos com intuito de atingir alvos de hemoglobina glicada menor que 7,5% em idosos diabéticos com declínio funcional e/ou cognitivo ou em extremos etários.











Sobre a SBD
Filiada à International Diabetes Federation (IDF), a Sociedade Brasileira de Diabetes é uma associação civil sem fins lucrativos, fundada em dezembro de 1970, que trabalha para disseminar conhecimento técnico-científico sobre prevenção e tratamento adequado do diabetes, conscientizando a população a respeito da doença e melhorando a qualidade de vida dos pacientes. Também colabora com o Estado na formulação e execução de políticas públicas voltadas à atenção correta dos pacientes, visando a redução significativa da doença no Brasil.









Sobre a SBGG
A Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), fundada em 16 de maio de 1961, é uma associação civil sem fins lucrativos que tem como principal objetivo principal congregar médicos e outros profissionais de nível superior que se interessem pela Geriatria e Gerontologia, estimulando e apoiando o desenvolvimento e a divulgação do conhecimento científico na área do envelhecimento. Além disso, visa promover o aprimoramento e a capacitação permanente dos seus associados.
 

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