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quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Amor de Carnaval vinga ou não vinga?




A terapeuta Salma Cortez explica o motivo dessa relação não subir a serra





Carnaval é o momento em que as pessoas se preparam para realizar algumas fantasias que não se permitem durante todo o resto do ano. Está inserido culturalmente que no decorrer desse período, tudo é permitido. Podemos usar roupas mais provocantes, homens podem se vestir de mulher e a paquera corre solta. Beija-se aqui, aperta-se dali e isso não é julgado como libertinagem, já que a liberação sexual durante o Carnaval é permitida. 

É interessante retomarmos aqui as origens históricas do Carnaval. A palavra Carnaval em si relaciona-se a "Carro Naval" – Barco, no Antigo Egito e relaciona-se, em sua origem histórica, a uma maravilhosa celebração de transição da Natureza, onde o Homem se percebia sendo um com o Universo que se transformava e se recriava através de um processo inicial de desordem criativa, para que uma nova etapa de vida pudesse ter início. 

É dentro deste contexto que entram a ausência de limites e regras típicas do Carnaval. No entanto, o que se perdeu é exatamente a noção de passagem para uma nova etapa de vida na qual o Caos tem uma função de transcendência. E é aqui que está o perigo da ausência de limites da festividade.

"O Carnaval pode ser em si um processo muito saudável se tivermos este nível de consciência, na qual temos a oportunidade de nos conhecer na ausência de limites, encarar nossos "demônios", vivenciar partes de nós que não nos permitimos no dia-a-dia estruturado por papéis e responsabilidades que nem sempre escolhemos como nossos", explica a terapeuta Salma Cortez.

Segundo a especialista, durante a maior comemoração festiva brasileira, os humores ficam mais amistosos e tudo que queremos é "ser feliz" e isso é direcionado aos excessos que podemos cometer sem sentir culpa, já que no Carnaval tudo é consentido. "Analisando este comportamento, podemos verificar que as pessoas se desprendem de alguns pudores que são preservados em seu dia a dia e aventuram-se em seus desejos reprimidos pela vida cotidiana, em que tal comportamento não é aceito para a maioria. Por isso, durante a folia, as pessoas querem mesmo é namorar com várias outras sem compromisso, apenas curtindo o momento de euforia, muitas vezes impulsionado pelo alto consumo de álcool, já que tem o aval do Carnaval para não sentir culpa pelos atos", afirma Cortez.

A terapeuta também informa que nada impede de grandes romances surgirem na data, pois para as surpresas do coração, não tem fantasia certa e nem marchinha ganhadora.

Então, vale o aviso: viva seu Carnaval e recrie-se no processo.






Salma Cortez - formada em psicologia pela USP, mestre em Reiki e membro da SBDOF (Sociedade Brasileira de Dor Orofacial). Terapeuta especializada em tratamento da DTM, desenvolvimento da qualidade de vida e aprofundamento do autoconhecimento por meio dos Florais Joel Aleixo e da EFT (Emotional Freedom Techniques ).


Novela usa coaching de modo equivocado, alerta escola internacional



Para diretora do Erickson College, a televisão brasileira está desinformando as pessoas e estimulando busca por tratamentos inadequados


Uma das mais respeitadas escolas de formação em coaching do mundo, o Erickson College criticou o uso indevido do coaching em uma novela na televisão brasileira. Na trama, uma personagem que passa por uma situação de abuso sexual procura uma “coach” para tratar o seu problema. Ocorre que o coaching não é uma ferramenta indicada para tratamentos de traumas psicológicos como este.

A International Coach Federation (ICF), que representa especialistas do mundo todo, “define o coaching como uma “parceria entre profissional (coach) e cliente (coachee) em um processo criativo e instigante que inspira o cliente a maximizar seu potencial pessoal e profissional”.

A diretora do Erickson College no Brasil, Iaci Rios, alerta que, ao apontar o coaching como tratamento psicológico, a novela está desinformando o público e estimulando as pessoas a procurar profissionais que não estão habilitados a lidar com situações críticas de saúde mental.

“É muito triste ver um veículo de comunicação com tamanho impacto na população brasileira, como é ainda a TV, veiculando comportamentos incorretos”, diz Iaci Rios. “A novela está apresentando uma prática de coaching totalmente equivocada e antiética. Desrespeitando não só os profissionais sérios de coaching, mas os psicólogos e psicanalistas”, avalia a especialista, que também é psicóloga, além de formadora de coaches.

“Evidente que um caso de trauma e sofrimento psicológico como o retratado nesta novela não pode ser tratado por um coach, mas sim por um psicólogo preparado para isso ou um médico psiquiatra”, completa Iaci.

“Evidente também que não se pode ‘arrancar a verdade’ de uma pessoa sob efeito de hipnose e muito menos um coach pode usar a hipnose, ainda mais para situações desse tipo”, reage a diretora.

“Nós do Erickson College, em uníssono com a ICF (International Coach Federation) e com todos os coaches profissionais éticos e responsáveis, repudiamos essa tremenda desinformação”, conclui.

Iaci Rios acredita que os autores da novela também são vítimas do uso indiscriminado do termo coaching por pessoas que não têm a formação adequada para esta atividade. Atualmente, muitos profissionais se apresentam como “coaches” para oferecer os mais diversos tipos de serviço, que nada têm a ver com a prática desta atividade reconhecida pela ICF.

Por fim, a diretora do Erickson College entende que os autores da novela ainda têm a oportunidade de prestar um serviço educativo à população, mostrando quais são práticas corretas do coaching e qual o tratamento adequado para a situação de trauma psicológico vivida pela personagem.




Sobre o Erickson College
Fundado em 1980 no Canadá, o Erickson College International é hoje uma organização mundial de educação, que oferece programas de formação em coaching e desenvolvimento humano nos cinco continentes.
No Brasil, o Erickson College é representado pela IMR, dirigida por Iaci Rios, que tem mais de 30 anos de carreira em Gestão de Recursos Humanos e Coaching Executivo.


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