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segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Doação de Leite e Projeto 'Seu Leite Pode Salvar Vidas'



Nas férias, os bancos de leite sofrem com queda no volume de doações e a campanha Seu Leite Pode Salvar Vidas, de Dove, oferece voucher de desconto para as mães em fase de lactação entregarem suas doações em um dos 11 bancos de leite da capital via Uber.

Além disso, a parceria firmada com o Hospital Maternidade Leonor Mendes de Barros rendeu histórias inspiradoras. Alguns dados bem interessantes que mostram, por exemplo, como a doação de ordenhadeiras elétricas tornou a UTI Neonatal autossuficiente

- A doação de leite materno é muito importante nas primeiras semanas de um bebê prematuro. Porém, segundo a Secretaria de Estado da Saúde, as doações aos Bancos de Leite Materno caem aproximadamente 20% durante os meses de férias – julho, dezembro e janeiro.

- Qualquer mãe saudável, que esteja em fase de lactação, pode ser uma doadora de leite humano e a campanha Seu Leite Pode Salvar Vidas, de Baby Dove, tem dado visibilidade a esta questão social atual, além de contribuir para o aumento do número de mulheres que doam leite materno. A campanha se baseia numa corrente de mães reais ajudando mães reais.

- Uma das frentes é a parceria regional com o banco de leite do Hospital Maternidade Leonor Mendes de Barros – centro de referência em bancos de leite em São Paulo –, para o qual a marca realizou em março deste ano a doação de 50 ordenhadeiras elétricas. O intuito é estimular a produção de leite entre as mães com bebês prematuros internados.

- No momento da alta materna, as mães recebem a ordenhadeira e frascos para coleta de leite materno em casa. Entre diversas histórias inspiradoras, temos a de uma mãe de gêmeos, que além de coletar leite suficiente para os próprios filhos, conseguiu doar para o banco de leite do Hospital, beneficiando outros bebês prematuros.

- De abril a julho de 2017, 45 recém-nascidos internados no Hospital foram beneficiados. O volume de leite materno ordenhado da mãe para o próprio filho foi de 175,6 L, enquanto no mesmo período de 2016 foram 39,6 L; um aumento de mais de 400%. Com isso, atualmente, a UTI Neonatal do Hospital Maternidade Leonor Mendes de Barros é autossuficiente.

- Ainda assim, os 11 bancos de leite da capital paulistana precisam de doações. Por isso, outra frente da campanha Seu Leite Pode Salvar Vidas é facilitar o transporte das doadoras externas. As mães da cidade de São Paulo que queiram entregar sua doação para um banco de leite contam com o subsídio da Uber. Por meio do código promocional DOELEITEMATERNO é oferecido o desconto de até R$ 15 na corrida de ida e até R$ 15 na volta a um banco de leite. A ação é válida durante o mês de dezembro.

Fatos sobre prematuridade e doação de leite materno: 

- A prematuridade é a maior causa de mortalidade de bebês com até 7 dias de vida;

- 15 milhões de bebês nascem antes do tempo por ano no mundo: mais de 10% do total de nascimentos;

- O Brasil está entre os dez países com o maior número de partos prematuros, são 279 mil por ano;

- Por hora, 40 bebês nascem antes do tempo no Brasil;

- Em 2015, dos mais de 79 mil nascidos prematuros, apenas 26 mil receberam leite materno de doação.


 
Fontes: Organização Mundial da Saúde (OMS), UNICEF, UNICAMP, Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano



Sobre a campanha Seu Leite Pode Salvar Vidas
Plataforma social de Baby Dove para doação de leite materno para prematuros. O objetivo da marca é estar ao lado das mães, apoiando-as em suas decisões, diminuindo as pressões da maternidade, o impacto que isso tem sobre as suas vidas e oferecendo cuidado superior por meio dos nossos produtos.  A campanha promove o conhecimento da causa entre as mães e a sociedade, estimulando que mais mães passem a doar e recebam o apoio necessário para isso. Para mais informações acesse: www.doeleitematerno.com.br.





Dia Mundial do Câncer: inteligência artificial é mecanismo eficaz de prevenção


Inteligência artificial (IA) não é mais parte de uma visão utópica que lotou salas de cinema no século passado, com filmes como Exterminador do Futuro, Matrix e Blade Runner. Ela agora está em nossos bolsos, computadores e, cada vez mais, na forma que trabalhamos com a saúde. Graças ao seu desempenho no diagnóstico e tratamento do câncer, a IA está protagonizando uma verdadeira revolução – suas ferramentas são capazes de armazenar, processar e cruzar informações da literatura médica e do acompanhamento dos pacientes.

Isso é evidenciado na colonoscopia, principal mecanismo de prevenção do câncer colorretal. Anualmente, esta neoplasia é responsável por mais de 35 mil diagnósticos no Brasil, de acordo com dados no Instituto Nacional do Câncer (INCA), contudo, com um rastreamento efetivo, seria possível evitar 60% desses casos. O uso da inteligência artificial permite aumentar a precisão e sensibilidade na detecção de adenoma, lesão benigna precursora de diversos cânceres do intestino grosso, mesmo que ainda muito pequenas.

O objetivo de integrar esse nível de tecnologia ao exame é alcançar a taxa de 50% na identificação do adenoma, feito já relatado em estudos com populações em idade de rastreio realizados pela Universidade da Califórnia (EUA).

“Atualmente, essa taxa varia entre 7% e 53% -- o ideal é igualar esse índice à prevalência. Com a inteligência artificial aplicável no combate ao câncer de cólon e reto, essa realidade é possível”, analisa o Dr. Tomazo Franzini, diretor da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED).

Estudo apresentado no World Congress of Gastroenterology, no ano passado, indica que a tecnologia de rede neural convolucional, uma classe de rede neural artificial usada no processamento e análise de imagens digitais, foi capaz diferenciar imagens com e sem pólipos com 96% de precisão. Para chegar a tal conclusão, foram usadas 9 mil imagens de colonoscopia de rastreio. Esse sistema de machine learning pode analisar até 170 imagens por segundo, facilmente aplicado no vídeo ao vivo.

“Precisamos chegar a taxas de detecção mais verdadeiras para, além de prevenir o câncer colorretal, também diminuirmos o risco do câncer de intervalo e a mortalidade pela doença. Por isso é fundamental, além da estruturação de um programa de screening de qualidade, a utilização de ferramentas modernas e mais eficazes – desta forma teremos maior segurança para médicos e pacientes”, afirma o especialista.

Suporte no diagnóstico precoce

Tecnologia aliada à luta contra o câncer também impulsionou pesquisas japonesas, na Universidade de Showa. Por lá, foi desenvolvido um sistema de inteligência artificial capaz de detectar tumores de cólon e reto em estágio inicial com assertividade de 86%. Denominado EndoBRAIN, analisa as mudanças neoplásicas, ou seja, quando há crescimento anormal, acelerado ou descontrolado de tecidos ou células, fornecendo diagnóstico automático com o pressionar de um botão.

Para chegar a esses resultados, foram compiladas mais de 30 mil imagens de células cancerígenas e pré-cancerígenas em um banco de dados que foi apresentado à IA para identificar as diferenças entre elas. O processo para identificar quais células se tornariam cancerígenas demorou menos de um segundo.

“A detecção precoce é a chave para um tratamento preciso, que prolongue a vida do paciente e que apresente chances reais de cura, que podem chegar a 90%. O rastreio assintomático, somado à qualidade do exame, é capaz de salvar vidas e evitar que mais pessoas morram graças a uma doença altamente curável, como é o câncer colorretal”, atesta Franzini.

“Diferentes pesquisadores, nacionais e internacionais, já evidenciaram em seus trabalhos a redução de óbitos em virtude da doença: em geral, o percentual é de 14% a 18% com testes bianuais e de 33% quando feitos anualmente. Precisamos aliar essa tecnologia com alta capacidade de precisão ao trabalho de prevenção, diagnóstico precoce e tratamento assertivo. A IA está sendo desenvolvida para caminhar ao lado dos médicos e profissionais de saúde, fornecendo armas poderosas na luta contra o câncer”, conclui o especialista da SOBED.

Em todos esses estudos, os softwares usados leem as informações registradas pelo banco de dados – a tecnologia para reconhecimento durante os procedimentos está em fase de desenvolvimento, com avanços promissores. Tomazo estima que em aproximadamente cinco a seis anos a utilização de inteligência artificial estará comprovada e disponível no mercado para os sistemas de saúde.











Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica orienta pacientes oncológicos sobre a vacinação contra a febre amarela



O aumento do número de casos de febre amarela no Brasil tem gerado grande preocupação junto à população e, consequentemente, lotado os postos de saúde na busca pela vacina. Tendo em vista este cenário de alerta na saúde pública, a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) reuniu orientações e precauções para um público que, muitas vezes, apresenta um quadro imunológico fragilizado: o paciente oncológico.

Segundo o Dr. Rodrigo Munhoz, Diretor da SBOC, cresce diariamente o número de pessoas com câncer que vem aos consultórios médicos para perguntar se deve ou não tomar a vacina. “De forma geral, a orientação é que os riscos e benefícios da vacina devem ser discutidos individualmente pelo paciente com seu oncologista. Trata-se de um assunto de extrema importância para o paciente oncológico, uma vez que a imunização tem algumas particularidades nessa população”, explica.

No entanto, segundo o Dr. Munhoz, em alguns cenários específicos, é recomendável evitar a vacinação contra a febre amarela:

- Pacientes recebendo quimioterapia venosa ou oral, ou ainda terapia-alvo, (exceto rituximabe e obinutuzumabe), não devem receber a vacina durante o tratamento e por até 3 meses após o término do mesmo;

-  Pessoas em tratamento com medicamentos como rituximabe, obinutuzumabe ou imunoterapia, bem como aquelas tratadas com fludarabina, não podem receber a vacina durante e por até 6 meses após o término do mesmo;

- Pacientes com histórico de transplante de medula óssea não devem receber a vacina por até 24 meses após o transplante. A vacina pode ser realizada apenas naqueles sem evidências de doença enxerto-versus-hospedeiro e fora de uso de medicamentos imunossupressores;

- Paciente em uso de corticoides em doses imunossupressoras, usadas para diminuir ou impedir que o organismo apresente resposta imune, não devem receber a vacina durante o tratamento e por até 4 semanas após o término do mesmo; 

- Indivíduos com mais de 60 anos e aqueles que apresentam outros problemas de saúde, histórico de alergias (sobretudo a ovos ou gelatina) ou reações prévias a vacinas devem consultar um profissional médico antes de receber a vacina.




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