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segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Os fertilizantes colaboram com o ciclo do carbono na natureza, essencial à vida do ser humano



O carbono é fundamental para a vida do ser humano, das plantas e dos animais, tendo em vista que ele é a estrutura das moléculas orgânicas. Assim, ele é um componente essencial de nossos corpos, dos alimentos que ingerimos, das roupas que vestimos e também do combustível que utilizamos. Nos alimentos, este elemento encontra-se presente na forma de carboidrato em pães, massas, arroz, batata, frutas e vegetais.

Durante o seu ciclo na natureza, o carbono entra constantemente na atmosfera na forma de dióxido de carbono (CO2), metano e outros gases e, ao mesmo tempo, é retirado da atmosfera pelas plantas por meio da fotossíntese, processo no qual o CO2 é absorvido e incorporado à biomassa das plantas na forma de carboidratos durante o seu crescimento.

Átomos de carbono estão constantemente sendo trocados entre organismos vivos e mortos, atmosfera, oceanos, rochas e solo. Segundo a ONU, a faixa mais superficial do solo do nosso planeta armazena cerca de 2,2 trilhões de toneladas de carbono, três vezes mais do que o nível contido na atmosfera, sendo um importante reservatório de carbono. Esse estoque é realizado por meio da entrada de detritos de plantas e animais no sistema, os quais são decompostos por organismos do solo, os quais reciclam os nutrientes e os disponibilizam para as plantas do próximo ciclo.

Os fertilizantes têm um papel relevante a desempenhar nesse processo, uma vez que são responsáveis por oferecer às plantas os nutrientes necessários ao seu pleno desenvolvimento, privilegiando o crescimento vegetal, e, com isso, melhorando a ciclagem do carbono da matéria orgânica.

Esclarecer a população sobre os benefícios dos fertilizantes para a produção de alimentos de qualidade, em larga escala e, com isso, o barateamento da cesta básica, são os principais objetivos da iniciativa Nutrientes para a Vida (NPV), lançada no Brasil há cerca de um ano.

A NPV está diretamente ligada à melhoria da qualidade de vida, seguindo os mesmos preceitos de sua coirmã e inspiradora, a Nutrients For Life, que já colhe frutos nos Estados Unidos, onde surgiu, e em outros países como Canadá, México e Colômbia. O foco não é apenas mostrar o quanto os fertilizantes são essenciais para o desenvolvimento das plantas, mas também como eles proporcionam melhor qualidade nutricional aos alimentos.


Sustentabilidade agrícola
 
Carlos Eduardo Pellegrino Cerri, engenheiro agrônomo e professor no Departamento de Ciências do Solo da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ), explica que as variedades de plantas com características distintas conferem melhores condições para o enriquecimento do solo em carbono, pois oferecem substratos variados necessários para que os organismos do solo possam atuar no processo de decomposição da matéria orgânica e consequente liberação de nutrientes que podem ser absorvidos pelas plantas.

“O ideal é que as plantas com características distintas sejam aportadas ao solo continuamente para que essa quantidade de carbono fique acumulada. Isso irá proporcionar sustentabilidade ao sistema produtivo. Para isso, há técnicas importantes, como, por exemplo, a rotação de culturas e o plantio direto, que conservam e diminuem a exaustão do solo”.

O engenheiro agrônomo destaca, ainda, que é possível obter maior controle da erosão dos solos a partir desses processos de estocagem de carbono.

“Os materiais orgânicos podem ajudar na estruturação do solo e torná-lo menos suscetível ao processo erosivo. Aqueles depositados na superfície, como restos de plantas, ajudam a atenuar esse processo, pois absorvem a energia cinética das gotas de chuva, que, desta forma, não incidem diretamente no solo e sim no material orgânico depositado na superfície do solo. Esse material estocado na forma orgânica afeta positivamente as condições físicas, químicas e biológicas do solo, deixando-o favorável ao desenvolvimento das plantas”, finaliza.







Professor da FGV alerta: "algumas pessoas vão viver apenas no ambiente paralelo"



O coordenador do MBA em Marketing Digital da Fundação Getulio Vargas (FGV), André Miceli, adverte que com a evolução da tecnologia surgirão pessoas que não serão apenas desempregadas, mas que não serão empregáveis, constituindo uma parcela improdutiva da sociedade. O especialista aponta que esse grupo poderá ser sustentado por um sistema de renda básica universal.

"Serão pessoas que não vão conseguir encontrar um espaço na sociedade que emerge. A tecnologia vai forçar o nascimento de novas profissões baseadas em novas habilidades, como análise de dados e programação", analisa André Miceli.

O especialista ressalta que os Millennials (geração nascida nos 90 ,também conhecidos como Geração Y) possuem uma relação diferente com o "ter", ao contrário da Geração X. Miceli explica que esse é o motivo da força e o surgimento de cada vez mais empresas de compartilhamento. "Segundo o escritor Yuval Noah Harari - autor do artigo "O Significado da Vida em um Mundo sem Trabalho" -, eles serão "inúteis", pois não produzem e não querem nada. Com isso, é muito provável que muitos deles vivam um ambiente paralelo. Eles vão jogar online e ficar nas redes sociais. Sempre imersos a uma realidade virtual", explica o professor da FGV.

André Miceli, no entanto, lembra que o comportamento online reproduz atitudes ancestrais. Para ele, a necessidade de pertencimento, julgamento e compartilhamento de cultura serão sempre replicados no meio online. "As redes sociais serão palco para que continuemos a manifestar aspectos culturais que fazem parte do nosso gene. Queremos pertencer a uma tribo, fazer parte de grupos. Isso nos torna mais fortes. Outro ponto é o julgamento. Julgávamos para conseguir sobreviver. Lembro que, no Brasil, os jovens passam diariamente, em média, 3 horas por dia navegando na internet e estatísticas revelam que, entre os brasileiros de 16 a 24 anos, este número, certamente, vai aumentar bastante", observa





Especialista ensina a evitar danos causados pelas chuvas de verão



Colocar pisos drenantes em casa e se afastar de locais próximos a rios e córregos são medidas que ajudam a evitar dores de cabeça durante enchentes


O verão é a estação mais aguardada por todos, pois coincide com o período de férias escolares e viagens com a família. Apesar de ser tempo de aproveitar o lazer, esta é também a época das chuvas.

Este fenômeno é fácil de ser compreendido, se lembrarmos do ciclo das águas que estudamos na escola: o sol em contato com a superfície terrestre faz com que a água dentro do solo ou sobre ele evapore e, com isso, temos formações de nuvens. Quando elas se encontram, com a diferença de temperatura (calor aqui embaixo e frio lá em cima), temos as tempestades e chuvas de verão, que causam imensos problemas tanto nas cidades quanto no campo.

           O especialista em meio ambiente, Alessandro Azzoni, lembra que, nas cidades, por conta do efeito da urbanização, o solo permeável (de terra) é substituído pelo asfalto e pelo cimento. “Essa impermeabilização tem um efeito devastador. A água das chuvas não é retida pela terra, ela simplesmente desliza e forma a enxurrada, aumentando de volume de acordo com o declive da via, gerando enchentes nas partes mais baixas.”

De acordo com o especialista, algumas cidades adotaram, em seus licenciamentos ambientais, a obrigatoriedade de cota ambiental e piso drenante, a fim de reduzir o volume de água que chega às galerias e córregos.

E o que fazer para minimizar os impactos negativos das chuvas de verão?

“Primeiramente, devemos sair dos trechos baixos próximos às margens de rios, pois estes são os cursos naturais de toda a água. As chances de acidente ou de ficar preso na chuva é muito menor longe destas áreas”, orienta o especialista, “em sua residência, trocar o piso da garagem e/ou calçada por piso drenante também ajuda a fazer a água ser absorvida antes mesmo de chegar à sarjeta e às galerias de águas fluviais”.

           Outra medida preventiva bastante simples está no hábito de verificar a previsão do tempo. Alessandro conta que nos países do hemisfério norte há esse acompanhamento, uma vez que alguns fenômenos naturais, como as nevascas, podem colocar a vida dos cidadãos em risco. “O mesmo deve ser feito por nós. Se sabemos que em determinado horário o risco de chuva é grande, saia antes e evite pegá-la. Se deixar para sair depois, poderá encontrar trechos com enchente, ficar preso no trânsito etc.”, destaca.

           O bom-senso também deve prevalecer: “nunca trafegue em trechos inundados. Você não sabe se houve um rompimento de esgoto ou de galeria fluvial, e este tipo de evento pode dragar pessoas para a vala aberta”, conta. Ele destaca também que a via inundada nos engana pela falta de percepção do solo. “Muitas vezes achamos que estamos trafegando em uma via e já estamos fora dela, quase dentro de um rio ou córrego. Por isso, não recomendo dirigir numa via alagada e muito menos caminhar, pois pode haver armadilhas escondidas, como bueiro sem tampa ou a força da correnteza que desequilibra”, reforça.

A prefeitura deve ser avisada sobre trechos inundados para poder realizar a limpeza de galerias e evitar novas enchentes. Alterações climáticas também devem deixar a população de sobreaviso.

“A chuva é importante para todos, mas muitas vezes, por nossos próprios erros, ajudamos a fazer com que ela cause danos irreparáveis. Não devemos construir em zonas de risco, desmatar margens de rios, estimular a impermeabilização total do solo. Se tomarmos os cuidados e ajudarmos a preservar nossos bens públicos e ambientais, passaremos sem risco esta que é uma estação de diversão”, conclui o especialista.





Dr. ALESSANDRO L. O. AZZONI  -ECONOMISTA,  ADVOGADO ESPECIALISTA EM MEIO AMBIENTE OAB/SP Nº: 353144




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