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segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Especialista ensina a evitar danos causados pelas chuvas de verão



Colocar pisos drenantes em casa e se afastar de locais próximos a rios e córregos são medidas que ajudam a evitar dores de cabeça durante enchentes


O verão é a estação mais aguardada por todos, pois coincide com o período de férias escolares e viagens com a família. Apesar de ser tempo de aproveitar o lazer, esta é também a época das chuvas.

Este fenômeno é fácil de ser compreendido, se lembrarmos do ciclo das águas que estudamos na escola: o sol em contato com a superfície terrestre faz com que a água dentro do solo ou sobre ele evapore e, com isso, temos formações de nuvens. Quando elas se encontram, com a diferença de temperatura (calor aqui embaixo e frio lá em cima), temos as tempestades e chuvas de verão, que causam imensos problemas tanto nas cidades quanto no campo.

           O especialista em meio ambiente, Alessandro Azzoni, lembra que, nas cidades, por conta do efeito da urbanização, o solo permeável (de terra) é substituído pelo asfalto e pelo cimento. “Essa impermeabilização tem um efeito devastador. A água das chuvas não é retida pela terra, ela simplesmente desliza e forma a enxurrada, aumentando de volume de acordo com o declive da via, gerando enchentes nas partes mais baixas.”

De acordo com o especialista, algumas cidades adotaram, em seus licenciamentos ambientais, a obrigatoriedade de cota ambiental e piso drenante, a fim de reduzir o volume de água que chega às galerias e córregos.

E o que fazer para minimizar os impactos negativos das chuvas de verão?

“Primeiramente, devemos sair dos trechos baixos próximos às margens de rios, pois estes são os cursos naturais de toda a água. As chances de acidente ou de ficar preso na chuva é muito menor longe destas áreas”, orienta o especialista, “em sua residência, trocar o piso da garagem e/ou calçada por piso drenante também ajuda a fazer a água ser absorvida antes mesmo de chegar à sarjeta e às galerias de águas fluviais”.

           Outra medida preventiva bastante simples está no hábito de verificar a previsão do tempo. Alessandro conta que nos países do hemisfério norte há esse acompanhamento, uma vez que alguns fenômenos naturais, como as nevascas, podem colocar a vida dos cidadãos em risco. “O mesmo deve ser feito por nós. Se sabemos que em determinado horário o risco de chuva é grande, saia antes e evite pegá-la. Se deixar para sair depois, poderá encontrar trechos com enchente, ficar preso no trânsito etc.”, destaca.

           O bom-senso também deve prevalecer: “nunca trafegue em trechos inundados. Você não sabe se houve um rompimento de esgoto ou de galeria fluvial, e este tipo de evento pode dragar pessoas para a vala aberta”, conta. Ele destaca também que a via inundada nos engana pela falta de percepção do solo. “Muitas vezes achamos que estamos trafegando em uma via e já estamos fora dela, quase dentro de um rio ou córrego. Por isso, não recomendo dirigir numa via alagada e muito menos caminhar, pois pode haver armadilhas escondidas, como bueiro sem tampa ou a força da correnteza que desequilibra”, reforça.

A prefeitura deve ser avisada sobre trechos inundados para poder realizar a limpeza de galerias e evitar novas enchentes. Alterações climáticas também devem deixar a população de sobreaviso.

“A chuva é importante para todos, mas muitas vezes, por nossos próprios erros, ajudamos a fazer com que ela cause danos irreparáveis. Não devemos construir em zonas de risco, desmatar margens de rios, estimular a impermeabilização total do solo. Se tomarmos os cuidados e ajudarmos a preservar nossos bens públicos e ambientais, passaremos sem risco esta que é uma estação de diversão”, conclui o especialista.





Dr. ALESSANDRO L. O. AZZONI  -ECONOMISTA,  ADVOGADO ESPECIALISTA EM MEIO AMBIENTE OAB/SP Nº: 353144




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