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quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Onde procurar atendimento médico de acordo com o problema de saúde apresentado pelo paciente



Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade orienta sobre qual serviço deve ser procurado de acordo com as necessidades das pessoas


Muitas pessoas têm dúvidas sobre onde e como procurar atendimento médico no Sistema Único de Saúde (SUS) devido à oferta de diferentes serviços em serviços diversos como unidades básicas de saúde, ambulatórios, hospitais e serviços de emergência.  A Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC) orienta sobre qual serviço de saúde deve ser procurado de acordo com a necessidade da pessoa, para que seu problema seja solucionado da melhor forma possível:



Unidade Básica de Saúde (UBS): a UBS é o lugar para o cuidado integral das pessoas, devendo ser a porta de entrada para quase todos os problemas de saúde, especialmente os mais comuns, e ser resolutiva em cerca de 90% dos casos. Ofertam atendimentos variados  por meio das equipes da Estratégia  Saúde da Família.  Oferecem não apenas serviços de assistência à saúde, mas também ações de prevenção, cura e reabilitação para maximizar a saúde e o bem-estar, sempre considerando o contexto onde a pessoa está inserida.

As UBS oferecem assistência a casos urgentes, como dores fortes, febre, dificuldade para respirar, e também são efetivas para cuidar de pessoas com problemas crônicos como hipertensão, diabetes, asma, dores crônicas e problemas de saúde mental como depressão e ansiedade, além da realização de ações de caráter preventivo como  consultas de pré-natal e acompanhamento do crescimento e desenvolvimento de crianças. As ações são desenvolvidas não apenas no consultório, mas também por atendimento domiciliar, e proporcionam não só resultados como a redução do número de internações, mas a melhoria da saúde da população como um todo. A maioria das unidades funcionam das 8h às 17h, de segunda a sexta-feira, com alguns locais funcionando até horários noturnos e aos sábados, e estão espalhadas por todo o país.



Unidade de Pronto-Atendimento (UPA): demandas de emergência (situações que envolvam risco iminente de morte, como infartos, AVCs (os chamados "derrames"), problemas respiratórios graves, acidentes envolvendo traumas), além de situações de urgência como dores intensas, dificuldade para respirar, diarreias, que necessitem de exames de laboratório ou de imagem, que serão atendidas de forma rápida e encaminhadas a hospitais, quando necessário.. Algumas UPAs oferecem atendimento em ortopedia, destinado a pessoas que sofreram fraturas, luxações ou outros traumas dos ossos e articulações. Funcionam 24 horas por dia, sete dias da semana. A maioria dos grandes hospitais hoje tem seus serviços de urgência e emergência ligados às UPAs e ao SAMU (Serviço de Atendimento Médico de Urgência), com a porta fechada para pessoas que procurem estes hospitais diretamente.

“Por todo Brasil sabe-se que 70% dos pacientes que procuram as UPAS, poderiam ter seus problemas resolvidos na atenção primária. Importante que cada município tenha redes de atenção primária estruturadas para isso, e posso regular melhor esse fluxo. As mais de 40 mil equipes que compõem a Estratégia de Saúde da Família formadas por médicos de família e comunidade, enfermeiros, agentes de saúde e dentistas, têm a capacidade de resolver 90% dos problemas apresentados nas consultas de rotina ou urgências”, explica Thiago Trindade, presidente da SBMFC.

A procura por serviços de emergências para gripes, resfriados, alergias, problemas respiratórios que demandam de tratamento e acompanhamento médico, assim como hipertensão arterial e diabetes em índices fora do normal podem ser e devem ser direcionadas às Unidades Básicas de Saúde. Mesmo algumas demandas de corte e feridas que necessitam de pontos podem ser feitas nas unidades, o que potencialmente iria diminuir a fila dos prontos-socorros, UPAs e hospitais.





Crianças em tratamento contra o câncer não podem tomar vacina de febre amarela, alerta oncologista



A alternativa para combater a doença é o uso de repelentes e roupas adequadas, além de cuidados com o ambiente 


Em meio ao surto preocupante de febre amarela que ocorre no Brasil, a população lota os postos de saúde em busca de vacinação. Entretanto, a oncologista pediátrica e membro da Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE), Alayde Vieira, faz um importante alerta: a vacina para febre amarela é contraindicada para crianças em tratamento oncológico. “Crianças menores de seis meses não podem ser vacinadas, assim como crianças que estão em tratamento contra o câncer e pacientes transplantados, já que se tornam imunodeprimidos por conta dos medicamentos usados no tratamento”, afirma. 

Modalidades de tratamento utilizados na oncologia pediátrica como a quimioterapia e radioterapia impedem a vacinação, principalmente por conta da queda na imunidade e na incapacidade de produzir anticorpos. No caso da vacina da febre amarela os efeitos colaterais quando feitos em pessoas imunodeprimidas são muitos severos com risco de complicações graves e fatais. 

Uma das alternativas para protegê-los é utilizar  repelentes. A oncologista orienta que em crianças a partir dos seis meses de idade, é recomendado repelentes com o composto químico IR3535. Porém, por serem um pouco mais fracos, os estudos diferem quanto à sua eficácia contra o Aedes aegypti, transmissor da febre amarela. Acima dos dois anos de idade, os repelentes com DEET (dietiltoloamida) e Icaridina são os mais utilizados. A especialista alerta, porém, que o uso deve ser moderado e é preciso ficar atento à concentração desses produtos e tempo de repetir aplicação. 


 Outras formas de proteção 

Alayde explica que repelentes nunca devem ser usados em associação com hidratantes e protetores solares, pois diminuem sua eficácia e podem causar alergias – principalmente nas crianças oncológicas, por conta da hipersensibilidade. “É importante evitar o uso do produto nas mãos, pois a criança pode levar à boca, olhos ou nariz e causar alguma intoxicação”, reforça. 

Outra alternativa são os repelentes naturais, como o óleo de citronela, andiroba e capim-limão – estes, porém, protegem a criança por menos tempo por serem altamente voláteis. O repelente líquido de tomada também ajuda a afastar os mosquitos, mas deve ser colocado em locais fora do alcance de crianças. 

“Também é necessário pensar em reforços para essa prevenção, como colocar telas nas janelas, utilizar roupas com mangas e calças compridas, manter as janelas fechadas no período da manhã e final da tarde, evitar água parada e manter o ambiente sempre limpo para evitar que surjam criadouros de mosquitos”, comenta.

Caso a criança apresente qualquer sintoma de febre amarela, como febre, dor de cabeça, dores musculares, náuseas ou olhos avermelhados, ela precisa imediatamente ser encaminhada à unidade de pronto atendimento do serviço de oncologia que frequenta. Tendo a confirmação da doença, ela terá que ser hospitalizada e monitorada, já que não existe medicação específica para a doença. “A febre amarela já é uma doença difícil de ser tratada, mas com pacientes oncológicos é necessário ter um cuidado a mais, por isso precisamos focar na prevenção e evitar a proliferação do mosquito transmissor”, conclui.





Febre Amarela: mais parques são fechados e Consulta do Bem responde às sete dúvidas mais frequentes sobre a doença



Vacinação continua sendo a melhor prevenção contra a doença, mas é necessário atenção para os sintomas que se assemelham a uma gripe comum  


A Organização Mundial da Saúde incluiu todo o estado de São Paulo na área de risco de transmissão da febre amarela e a vacinação passou a ser recomendada para todos que viajarem com destino a qualquer parte do estado paulista. A organização justifica o novo posicionamento devido ao aumento no número de casos e de morte. 

Marcus Vinicius Gimenes, médico e CEO do Consulta do Bem, e Carlos Ballarati, especializado em patologia clínica e sócio-fundador do Consulta do Bem, explicam tudo o que é necessário saber sobre a doença, desvendando alguns mitos e compartilhando dicas sobre prevenção. 


Confira a seguir sete respostas às principais dúvidas sobre febre amarela: 


1) Existe mais de uma Febre Amarela?

Sim, existe a febre amarela silvestre e a febre amarela urbana, sendo que a única diferença entre as duas são os mosquitos transmissores da doença. O vírus continua sendo o mesmo, por isso ambas apresentam os mesmos sintomas e a mesma evolução.

A febre amarela silvestre é transmitida pelos mosquitos Haemagogus e Sabethes, que estão presentes nas matas e na beira dos rios. Já a febre amarela urbana é transmitida pelo famoso mosquito, Aedes aegypti, que é também responsável pela transmissão da Dengue, Zika e Chikungunya. Mas vale esclarecer que a febre amarela urbana não existe no Brasil desde 1942.


2) Macacos infectados com Febre Amarela transmitem a doença aos humanos?

A doença é transmitida apenas pela picada do mosquito que carrega o vírus, por isso não há necessidade de exterminar os macacos doentes, que também são vítimas. Para os paulistanos, a confirmação da febre amarela nos macacos do parque funcionou como um alerta para antecipar a prevenção da doença antes que chegasse à cidade.


3) Pessoas doentes podem transmitir o vírus da Febre Amarela?

Não. A única forma de transmitir a doença é pela picada do mosquito que carrega o vírus.


4) Todos os paulistanos devem tomar a vacina da Febre Amarela?

Como os mosquitos Haemagogus e Sabethes, responsáveis pela transmissão da febre amarela silvestre, só conseguem voar por até 500 metros de distância, não é possível eles chegarem muito longe. É por isso que só quem mora na zona norte de São Paulo e nas proximidades deve, obrigatoriamente, receber a vacina, caso um destes mosquitos contaminados saia da área do parque.


5) Como prevenir a Febre Amarela?

A melhor opção preventiva contra a doença continua sendo a vacina, que é indicada para bebês com mais de 9 meses e adultos de até 60 anos. O mais recomendado às crianças é tomar a primeira dose da vacina aos 9 meses e um reforço aos 4 anos de idade. Já no caso de adultos, é necessário tomar duas doses com um intervalo de 10 anos. As duas doses são suficientes para imunizar o organismo. Já os bebês com menos de 9 meses, as gestantes, as lactantes, as pessoas com mais de 60 anos e aqueles que possuem HIV ou doenças autoimunes devem receber indicação médica para a vacina. Vale ressaltar que os especialistas indicam um prazo de 10 dias até a vacina ter efeito.

Outras formas de prevenção são o uso de repelentes e também evitar deixar exposto em casa casa lixo ou recipientes que possam acumular água. Mas é importante dizer que quem já teve a doença, fica imune para o resto da vida.
“A prevenção é sempre o melhor caminho. No caso da febre amarela, a vacinação das pessoas que moram nas proximidades da zona norte de São Paulo cria um ‘cinturão’ de proteção contra o avanço da doença na cidade”, explica Gimenes. 


6) Como ter certeza do diagnóstico?

Como os sintomas da febre amarela se assemelham muito com uma gripe comum - febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, vômitos e, às vezes, diarreia - é necessário estar atento e procurar um médico logo no primeiro sinal de mal-estar, principalmente os moradores das regiões Norte, Sul e Oeste, incluindo os distritos próximos a Itapecerica da Serra. Depois de 24h até 48h, as pessoas podem começar a melhorar naturalmente ou a doença pode evoluir para formas mais graves, afetando os rins e o fígado. É apenas nessa fase que o sintoma mais conhecido da doença, a icterícia (também conhecida pelo “amarelão” dos olhos), aparece. 


7) Como funciona o tratamento da doença?

O tratamento para a febre amarela é sintomático, ou seja, ele ajuda a aliviar os sintomas da doença. Porém a principal preocupação é sempre manter a pessoa hidratada para que os rins e o fígado não entrem em falência.






Consulta do Bem
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