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quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

São Paulo e o "novo ciclo" de Febre Amarela: uma análise da FGV DAPP sobre a cobertura vacinal e orçamento público



Imunização na capital paulista foi baixa no início do ano, comparada a taxa de municípios médios. Recursos para combate à doença no estado aumentam, porém execução não segue o mesmo ritmo


Um mês após o governo federal declarar o fim do surto de febre amarela no país — iniciado em dezembro de 2016 e considerado o pior já registrado desde 1980 —, a detecção do vírus em um macaco na capital paulista reacendeu o debate sobre os riscos de expansão da doença e suas formas de controle. Nesta análise, a partir de dados publicados no recente estudo "Febre amarela – estudo de caso", a FGV/DAPP destaca a eficácia da cobertura vacinal realizada nos primeiros meses do ano em São Paulo e a execução do orçamento público destinado à vigilância sanitária no estado.

São Paulo é um dos 19 estados do país onde ocorre vacinação permanente — conhecida também como vacinação de rotina — contra a febre amarela. Diante do surto da doença, o estado também foi contemplado com o chamado bloqueio vacinal, uma ação de imunização utilizada em resposta a situações de maior risco à população. Entretanto, como pode ser observado, nos mapas abaixo, registraram-se doses baixas de vacinação, tanto de bloqueio quanto de rotina, de janeiro a maio deste ano. Vale ressaltar que em fevereiro de 2017 foi registrada uma morte por febre amarela na capital paulista e ao observarmos o número de todo o estado esse número cresce para 7 registros até o mês de julho deste ano.

Num recorte ponderado pela população de cada município do estado, percebe-se ainda que a capital do estado registrou um baixo número de vacinas aplicadas por mil habitantes: a taxa foi 0 a 63 doses aplicadas para cada mil habitantes. O resultado pode ser comparada a municípios como Jundiaí, Hortolândia e Pedreira, todos com menos de 500 mil habitantes.

Campinas também apresentou a mesma taxa de vacinação da capital, enquanto que Ribeirão Preto, São José do Rio Preto e Cotia contaram com grandes quantidades de vacinação por mil habitantes — entre 183 e 1 mil. Nesse sentido, é importante destacar que , para que se consiga evitar o número de casos de febre amarela, é necessária uma ampla cobertura vacinal em todas as localidades da região afetada.


Vacinação de bloqueio por taxa de 1 mil habitantes no estado de São Paulo



Fonte: DataSUS e DataSUS. Elaboração: FGV/DAPP (http://sipni.datasus.gov.br/si-pni-web/faces/relatorio/consolidado/dosesAplicadasMensal.jsf, acessado em: 24/05/2017)

A visão do orçamento público destinado à vigilância em saúde

Além da cobertura vacinal, a execução orçamentária dos recursos que a cidade e o estado alocam para vigilância em saúde, setor que cuida de doenças transmitidas por vetores, como é o caso da febre amarela, é um importante componente na forma como o Estado se articula na gestão de epidemias. No caso do estado de São Paulo, percebe-se que, apesar de certa consistência no aumento do orçamento autorizado para vigilância epidemiológica ao longo da série, com exceção do valor autorizado para 2015, a execução não mantém a mesma trajetória. Se considerarmos os valores dos anos fechados (2011 – 2016), a média de execução é de 76% do orçamento autorizado. No entanto, nota-se que os últimos dois anos completos apresentam uma execução percentual menor frente ao orçamento autorizado, de aproximadamente 72% para 2015 e 2016. O valor pago em 2017, até o momento, é inferior, pois ainda há espaço, no exercício financeiro para execução das verbas autorizadas até o final do ano.
 


Gráfico 1 – Orçamento do Estado de São Paulo para vigilância epidemiológica (R$ milhões a preços de 2017, 2011 a 2017)

Fonte: Secretaria de Fazenda do Estado de São Paulo. Elaboração: FGV/DAPP


Por sua vez o orçamento da prefeitura de São Paulo apresenta um comportamento diferente. A partir dos dados da execução orçamentária da unidade "Coordenação de vigilância em saúde", observa-se um movimento de ajuste entre o orçamento autorizado e o executado de 2014 até 2016. Percebe-se esse ajuste na queda do valor autorizado para os anos de 2015 e 2016, enquanto o valor de execução foi mantido. De fato, os orçamentos de 2015 e 2016 são similares, porém, menores que o observado em 2014 – valor mais alto da série. Ocorre que a proporção do que foi gasto frente ao orçamento autorizado foi maior para 2015 e 2016, ficando acima de 80% do valor autorizado, enquanto que os outros anos com valores fechados (de 2011 a 2014) apresentaram uma média de execução de 64% do orçamento autorizado. Importante ressaltar que isso não significou que em 2015 e 2016 houve um aumento do valor absoluto executado: os valores para a série estão todos em torno dos R$ 18 milhões.

 
Gráfico 2 – Orçamento da prefeitura de São Paulo para Coordenação de Vigilância em Saúde (R$ milhões a preços de 2017, 2011 a 2017)

Fonte: Portal da Transparência da Prefeitura de São Paulo. Elaboração: FGV/DAPP.


Vale ressaltar ainda que a execução em 2017, até o momento (janeiro a setembro), é, em termos absolutos, bastante similar à do mesmo período de 2016 (2,1% maior). No entanto, em termos relativos, o pago em relação ao autorizado deste ano é de 46%, enquanto que no ano passado foi de 57,6%, considerando este período. Isso significa que, por um lado, maior autorização de orçamento não implica em maior volume de recursos, de fato, endereçados ao fim desejado. Mas, por outro lado, o município alocou, para 2017, um valor maior do que nos dois últimos anos, o que pode significar uma maior capacidade de resiliência para efetuar gastos emergenciais no fim do ano.




Visão monocular é considerada deficiêncial visual



Pessoas com boa visão em apenas um dos olhos podem ser incluídas em sistema de cotas 


Caracterizada pela capacidade do indivíduo enxergar bem com apenas um dos olhos, a visão monocular é decorrente de diversas doenças oculares. A causa mais comum é o trauma ocular, mais frequente em homens em idade produtiva. Entretanto, algumas afecções também são listadas, como as anomalias congênitas, as enfermidades infecciosas intraoculares (toxoplasmose), o glaucoma, as doenças da retina ou da córnea e os tumores oculares.

O problema é classificado como deficiência visual, pois ocasiona a perda da noção de profundidade (visão em 3D) e uma piora na acuidade visual binocular, bem como diminuição significativa (em torno de 25%) do campo visual periférico. Segundo a Associação Brasileira dos Deficientes com Visão Monocular, cerca de 1% a 2% da população tem esse diagnóstico.

A visão monocular provoca determinadas limitações nas atividades diárias da pessoa afetada. Isso ocorre, principalmente, pela dificuldade de localização espacial. “Algumas tarefas podem ser impraticáveis inicialmente. Especialmente as que requerem noção de profundidade como, por exemplo, a condução de veículos, ou situações que exijam esforço visual prolongado”, explica a Dra. Helena Oliveira, oftalmologista do H.Olhos Paulista.

Nesse sentido, as pessoas com visão monocular podem enquadrar-se legalmente no sistema de cotas de portadores de necessidades especiais nas empresas e nos concursos públicos.


Reabilitação e prevenção

Enxergar por apenas um dos olhos requer tempo para adaptação. Aos poucos a pessoa consegue se acostumar a essa condição e as dificuldades são amenizadas, embora não deixem de existir. “A reabilitação pode ser mais fácil em indivíduos mais jovens, naqueles que tiveram uma redução gradativa da capacidade visual e nos que não perderam totalmente a visão no olho atingido”, comenta a médica.

É importante frisar que embora a visão monocular seja normalmente irreversível, o paciente deve manter o acompanhamento oftalmológico para avaliações de rotina. “Isso é fundamental para a prevenção de doenças no olho que segue com uma boa visão”, finaliza a oftalmologista.





H. Olhos Paulista





10 cuidados com aparelhos ortodônticos



O uso de aparelho ortodôntico tem sido cada vez mais comum. Algumas vezes porquestão de estética, e muitas por questão de saúde. Mas é preciso ter alguns cuidados, para que após tratamento, não tenham surgido novos problemas. Por isso, o instituto Barbosa separou esse material com os 10 cuidados que se deve ter com aparelhos ortodônticos.

Abaixo, você pode visualizar como ficou esse material super rico visualmente, produzido pelo Instituto Barbosa: 

 



      


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