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quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Ginecologista aponta os principais problemas ginecológicos no verão e confere sugestões para evitá-los

Com a chegada do verão, alguns episódios desagradáveis costumam aparecer e prejudicar a saúde feminina. O ginecologista Dr. Domingos Mantelli aponta alguns cuidados que as mulheres devem ter com a estação mais quente do ano.
“Ficar com o biquíni molhado ou até mesmo usar roupas sintéticas podem fazer com que os corrimentos se tornem mais recorrentes nessa época do ano”, alerta o médico. Para Mantelli, é fundamental manter uma higienização adequada e evitar a umidade prolongada na região da vagina.  “Trocar os biquínis úmidos por secos, apostar em roupas mais leves e ventiladas como saias e vestidos e, principalmente, buscar orientação médica sempre que notar algo errado”, adverte.

Dentre as doenças ginecológicas que surgem mais no verão, o médico destaca a candidíase, a tricomoníase e a vaginose.
Entenda cada uma:


Candidíase

“É causada pelo fungo do gênero “cândida”, microrganismo que pode ser transmitido durante o ato sexual, embora não seja considerada uma DST (doença sexualmente transmissível) ”, explica Mantelli. A doença causa coceira e dores vaginal, para urinar e no ato sexual, além de corrimento branco com odor cítrico. O problema tem cura, e o tratamento deve ser feito com medicação antifúngica via oral e creme vaginal, por uma semana”, ressalta.


Tricomoníase

Doença causada pelo parasita Trichomonas vaginalis e a transmissão é por via sexual. O mal causa inflamação da vagina acompanhada de corrimento amarelo-esverdeado com odor desagradável. A doença causa dores ao urinar e durante o ato sexual. Se não for tratada, a doença pode suscitar em infertilidade e câncer do colo do útero. O tratamento é feito com medicamento via oral.


Vaginose bacteriana

Causada principalmente pela bactéria chamada Gardnerella Vaginalis, seu principal sinal é um corrimento amarelo ou branco-acinzentado, com um odor forte, e que piora durante as relações sexuais e na menstruação. Também pode provocar ardor e um pouco de coceira. O tratamento também é realizado com medicamento via oral e creme vaginal.


Infecção Urinária

A infecção urinária pode ocorrer em qualquer parte do sistema urinário como rins, bexiga, uretra e ureteres. Esse tipo de infecção é comum em mulheres devido ao tamanho da uretra feminina. Os principais sintomas são: ardência ao urinar, excesso de vontade de urinar, e urina escura e com forte odor, além de dores pélvica e retal. Em casos mais graves há sangramento na urina.
Para evitar problemas, o ginecologista sugere algumas dicas simples que podem minimizar os riscos de desenvolver tais doenças:

-  Evite usar calças apertadas, prefira utilizar vestidos e saias, além de calcinhas de algodão;

-  Sempre apare os pelos pubianos. Isso facilita a higienização;

-  Faça sempre uma higiene íntima após o ato sexual, urinar e evacuar. Troque o absorvente durante a menstruação. O sabonete utilizado deve ser o neutro ou o íntimo e com indicação do ginecologista;

-  Não utilize sabonete comum na higiene íntima e, após a lavagem externa, utilize toalha higiênica. O uso regular e descuidado do papel higiênico pode causar irritação local;

-  Lave as roupas íntimas com água e sabão e seque-as ao sol. Não seque peças íntimas em ambientes fechados e úmidos como banheiros;

-  Não compartilhe sabonetes, peças íntimas e toalhas.

Dr. Domingos Mantelli - Ginecologista e obstetra com formação em neurolinguística e atuação na área de medicina psicossomática. É formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro (UNISA) e pós-graduado em residência médica na área de ginecologia e obstetrícia pela mesma instituição. Também é autor do livro “Gestação: mitos e verdades sob o olhar do obstetra”.

DESEJO POR VIVER MUDA DE ACORDO COM OS HÁBITOS E A SAÚDE



Dores prejudicam o comportamento social e reduzem a ambição por longevidade


Uma nova pesquisa realizada entre setembro e outubro de 2017 revelou que os homens desejam viver mais que as mulheres. Entitulada "Saúde e qualidade de vida: a relação com os pés, tornozelos e joelhos", a consulta mostra ao longo de suas 64 páginas que o desejo por longevidade muda também de acordo com os hábitos, a saúde e a própria idade.

O levantamento mostra que o homem brasileiro deseja viver em média 90 anos e 10 meses. Já a mulher, afirma querer viver 88 anos e 7 meses. Somente 24% dos homens e 16% das mulheres desejam viver por mais de 100 anos:


"Através de um método chamado regressão múltipla, conseguimos concluir a estreita relação de bons hábitos com a longevidade" afirma o octagenário Thomas Case, um dos autores do estudo, que lista os resultados mais alarmantes:

1. Fumantes apresentam um desejo por longevidade quase 5 anos menor que os não fumantes. Na amostra, 8,9% dos homens e 7,4% das mulheres fumam.

2. Os que consomem bebidas alcoólicas não querem viver tanto quanto aqueles que não bebem. Para cada dia da semana que a pessoa tem o hábito de beber, o desejo de vida diminui em 4 meses.

3. Pessoas que fazem exercícios aeróbicos todos os dias querem viver 4 anos mais que os que não fazem essas atividades.

4. Pessoas que consideram sua saúde excelente desejam viver 40 anos mais do que aquelas com saúde ruim.

5. Quanto mais velha, mais a pessoa quer viver. Cada ano de vida, aumenta o desejo de longevidade em 4 meses.

6. Dores nos pés prejudicam a expectativa por longevidade. Os respondentes da pesquisa apontaram redução em aproximadamente 4 meses para cada nível de dor a mais.


"A dor nos pés prejudica a saúde, a atividade física e o comportamento social. Isso tudo se traduz em menos desejo por viver. O exercício físico é um grande aliado da nossa saúde e influencia positivamente no nosso próprio desejo de viver. A dor, por outro lado, prejudica a qualidade de vida e a ambição pela vida longa!" conclui Case.

O desejo de viver mais está intimamente relacionado com o que o ser humano faz no dia a dia. Comportamentos não saudáveis são traduzidos em menos expectativa por longevidade, enquanto bons hábitos refletem não só mais desejo como também em mais longevidade real.

A consulta foi realizada com 3.316 brasileiros e traz ainda dados sobre doenças crônicas e também características dos pés, tornozelos e joelhos da amostra. O estudo completo e dicas de prevenção e alívio de dores estão disponíveis ao público em www.pessemdor.com.br




Incidência de lesões na medula espinhal aumenta no verão



Homens jovens são principais vítimas


Não há no Brasil época mais esperada que o sol, calor e muita diversão, com banhos de mar, piscina, rio e cachoeira. Mas, infelizmente, é nesta época do ano em que o lazer pode se transformar em um problema de saúde grave, como as lesões da medula espinhal causadas por mergulhos em águas rasas ou desconhecidas.  

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Coluna (SBC), mergulhos mal calculados são a 4ª maior causa de lesão medular no Brasil e no verão passa a ser a segunda causa, entre pessoas de 10 a 30 anos, ou seja, nos mais jovens. Homens, na idade média de 21 anos, são as principais vítimas.

De acordo o neurocirurgião, Dr. Iuri Weinmann, do Centro Neurológico Weinmann, esses acidentes podem levar à graves lesões na coluna, como fraturas, luxações e, em alguns casos, quadros de paraplegia ou tetraplegia. “Trata-se de uma emergência médica. Quanto antes o paciente chegar ao hospital, melhor será o prognóstico”.

“A maioria das lesões ocorre quando a pessoa mergulha de cabeça em águas desconhecidas, escuras, turvas e rasas. Este tipo de mergulho lesiona, em geral, entre as seções C4-C6, sendo a C5 a mais frequente. São lesões completas em que o paciente pode ter perda da função motora e sensitiva até os segmentos sacrais”, explica o neurocirurgião.

 


Gravidade depende do local atingido
 
“Todos os nossos movimentos e sensações têm origem nos impulsos nervosos que saem do cérebro e são transmitidos pela medula espinhal. Traumas nessa região podem cortar, comprimir ou danificar essa estrutura. Quanto mais próxima do pescoço a lesão, maior a gravidade, pois os sinais nervosos do cérebro deixam de ser enviados para os nervos das vértebras abaixo daquela que foi lesionada. Por isso, por exemplo, quando a pessoa quebra o pescoço, pode ser fatal”, explica Dr. Iuri.



Tetraplegia x Paraplegia

“Infelizmente, algumas lesões de medula irão levar a quadros de tetraplegia ou de paraplegia. A tetraplegia acontece quando a lesão atinge as vértebras entre as seções C1 a C8. Pode paralisar pernas, braços e, dependendo da gravidade, pode afetar até mesmo a respiração”, diz Dr. Iuri. O filme “Como eu era antes de você”, por exemplo, mostra o dia a dia de um personagem tetraplégico e nos dá uma boa ideia dos desafios enfrentados pelas pessoas com tetraplegia. 

Dr. Iuri explica que a paraplegia ocorre quando a lesão da medula acontece abaixo dos níveis espinais torácicos (T1 a L5). “As pessoas com paraplegia conseguem movimentar as mãos, mas o grau de mobilidade das pernas irá depender da gravidade da lesão. Uma parcela irá ficar totalmente paralisada da cintura para baixo e outra poderá apresentar dificuldade de mobilidade ou perda de sensibilidade na parte inferior do corpo”.

Vale lembrar que nem toda lesão na medula espinhal irá causar a tetraplegia ou a paraplegia, mas o risco existe.



Prognóstico

Hoje, graças aos avanços da neurocirurgia e da medicina intensiva, as lesões da medula espinhal podem ser tratadas. Entretanto, a recuperação pode levar meses ou anos. “Os danos permanentes só poderão ser calculados após alguns meses, quando poderemos definir se a lesão foi completa (perda de movimentos e sensações abaixo do nível do trauma) ou incompleta (preservação de certas funções motoras e sensações)”, explica Dr. Iuri.



Prevenção

Veja agora algumas dicas para curtir o verão com segurança:
  • Antes de mergulhar, certifique-se qual a profundidade da água. Estima-se que 89% das lesões de medula acontecem em águas rasas, com profundidade de menos de 1,53 m
  • Se for mergulhar, certifique-se que a profundidade tem pelo menos o dobro da sua altura
  • Se estiver alcoolizado, evite pular ou mergulhar em rios, cachoeiras e piscinas
  • Jamais pule de pedras ou penhascos
  • Não mergulhe em locais totalmente desconhecidos
  • Evite pular de cabeça, ao mergulhar em pé a probabilidade de lesionar a medula é menor
Águas turvas ou escuras podem esconder pedras ou bancos de areia, portanto não mergulhe nestas condições.






 

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