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quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Anticoncepcional e o câncer de mama: pra onde correr ?



Um estudo na Dinamarca, divulgado em dezembro no New England Journal of Medicine, com cerca de 1,8 milhão de mulheres mostra um dado preocupante: os anticoncepcionais hormonais elevam o risco de câncer de mama em 20%. São anticoncepcionais hormonais aqueles que liberam estrogenio e ou progesterona no organismo através de pílulas, DIU, implante ou injeção. A pesquisa acompanhou mulheres entre 15 e 49 anos, por 11 anos , e mostrou um caso de câncer mamário para cada 7.690 mulheres por ano. Esse número é expressivo no universo de 140 milhões de mulheres que usam a pílula mundo afora, mas em termos absolutos, segundo os pesquisadores o risco é pequeno , pois há variáveis individuais.

O mesmo estudo também mostra que quanto maior o tempo de uso, principalmente em mulheres com mais de 35 anos, maiores são as chances de desenvolver a doença. O risco foi de 9% superior para mulheres com 1 ano de uso, enquanto o uso por 10 anos aumenta o risco em até 38%. Em outras palavras a chance de ter câncer de mama aos 50 anos é de 2%, quem usou o anticoncepcional por 1 ano, o risco se eleva para 2,2% e quem usou por 10 anos ou mais, o risco aumenta para 2,76%. Vale lembrar que o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres e que, a cada ano, aumenta a incidência no Brasil em 28% . Todos os anos 14 mil mulheres morrem por conta da doença.

Dra. Marisa Patriarca, ginecologista da pós-graduação da Unifesp, afirma que não podemos ser alarmistas e que até o momento não há orientação para interromper o uso dos anticoncepcionais hormonais e que é importante colocar os riscos e benefícios na balança. A ginecologista lembra que as píluas também têm objetivos não contraceptivos específicos como tratamento da TPM, das cólicas menstruais, do sangramento menstrual excessivo, bem como da acne, aumento de pelos e, em alguns casos, de queda de cabelo. Além disso, diminui a probabilidade de câncer de intestino, endométrio e ovário que é mais fatal. 

Dra Marisa orienta que "aquelas que têm histórico de câncer mamário em parentes de primeiro grau, principalmente as mulheres com mais de 35 anos, elejam outra alternativa que não o anticoncepcional hormonal e busquem métodos não hormonais eficazes como a camisinha e o DIU sem hormônio. "
Para a ginecologista "todo tratamento médico precisa ser individualizado. Não é uma receita de bolo." Mas, a médica diz que a escolha é da paciente, que deve sempre ter acompanhamento médico na tentativa de minimizar os riscos da doença.

Para Dra. Marisa esse estudo revela a urgência de incentivo às pesquisas que visem encontrar medicamentos contraceptivos cada vez menos nocivos a saúde da mulher.






Dra. Marisa Teresinha Patriarca - ginecologista e obstetra. Professora de ginecologia do curso de pós-graduação da Unifesp. Mestrada e doutorada pela Unifesp. É médica assistente, doutora e coordenadora do Setor Multidisciplinar de Pesquisa em Patologia da pele feminina do Departamento de Ginecologia da Unifesp. Chefe do Setor de Climatério do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo (IAMSPE)





Mitos e verdades sobre o Pilates



A fisioterapeuta Gabriela Fendi lista as maiores dúvidas sobre a modalidade


O Pilates é uma das febres mais adoradas pelas mulheres, principalmente pelas famosas. Recentemente, a modelo e apresentadora, Luciana Gimenez, postou uma foto em seu Instagram praticando uma das modalidades do Pilates e gerou repercussão nas redes devido a sua “barriga tanquinho”. Porém, as pessoas ainda tem muitas dúvidas sobre os exercícios da prática, por isso, a Fisioterapeuta e especialista em Pilates, Gabriela Fendi, criadora do espaço Vida Ativa, listou alguns mitos e verdades mais comuns entre as pessoas.


É igual ioga?

MITO. “Segundo Joseph Pilates, para a prática adequada do método, as pessoas devem adquirir a capacidade de controlar de forma consciente os movimentos musculares e articulares do corpo. Para isso ele trouxe filosofias orientais de relaxamento e ligação entre corpo e mente.  Joseph teve como base na criação dos exercícios, movimentos do ballet e circo. Não só isso, a resistência muscular não é feita apenas pelo peso corporal, mas também por objetos como as molas que oferecem diferentes tensões”


Pode ser praticado por idosos?

VERDADE. "É uma atividade de baixo impacto, individualizada e sempre acompanhada, por isso, é indicada para idosos. Os exercícios trabalham força, flexibilidade e consciência corporal com movimentos coordenados com a respiração, com o foco na qualidade de execução e não na quantidade de repetições. Além disso a prática auxilia na redução das dores, aumenta a flexibilidade, melhora a atenção, aumenta o equilíbrio, fortalece o corpo, corrige a postura e entre outros benefícios.”


Pilates emagrece?

MITO. “O método é ideal para quem busca tonificar os músculos, aumentar a flexibilidade e corrigir o alinhamento da postura, mas não emagrece. Ele previne dores, melhora a resistência, aumenta a força, e alinhado com uma dieta equilibrada ou alguma atividade aeróbica, ele ajuda no emagrecimento. Resumindo, praticado isoladamente ele não tem a função de perder peso, para que isso aconteça, é necessário a prática de atividade com alto gasto calórico.”


Faz bem aos órgãos internos?

VERDADE. “Dentro do pilates, o powerhouse ou centro de força, é o principal princípio da modalidade. Segundo Joseph, é deste segmento que se origina a força para os movimentos. Os músculos que o formam sustentam a coluna, os órgãos internos e a postura. Quando todas estruturas são ativadas em conjunto formam um cilindro que traz estabilidade corporal, protege a coluna durante as atividades e faz pressão intra-abdominal, melhorando significamente o funcionamento dos órgãos.”


Deixa as pessoas mais altas?

MITO. “Ele melhora no alinhamento e na postura corporal devido à combinação de alguns fatores. Entre os já citados, estão o aumento da flexibilidade muscular, da mobilidade articular e do crescimento axial. Este último se refere ao ganho de espaço intra-articular,  principalmente da coluna, resultando no aumento do espaço entre as vértebras, diminuindo assim dores por compressão nos discos."


É indicado para mulheres grávidas

VERDADE. "A prática da modalidade durante a gestação é essencial para a mulher, pois trabalha a postura que está alterada com a mudança do centro de gravidade, alivia e previne dores comuns, tais como dores lombares, cãibras, e na região escapular (devido ao aumento das mamas) e prepara o corpo para o parto com o fortalecimento do períneo. Além também de ajudar na autoestima e no controle do peso.”


Diminui a circunferência da barriga?

MITO. “O método não tem capacidade de diminuir a gordura corporal, sendo para isso necessário a combinação com atividades aeróbicas e uma alimentação saudável, porém, com o fortalecimento abdominal e a melhora da postura adquiridos, é possível redistribuir o volume do abdômen modelar o corpo.






Pilates ajuda a combater a Osteoporose



A osteoporose é uma doença silenciosa que causa o enfraquecimento progressivo da massa óssea. Segundo a Fundação Mundial de Osteoporose, aproximadamente 10 milhões de pessoas no Brasil lidam com o problema. É comum o paciente demorar para descobrir, e dessa forma, só começar a tratar quando se chega a um estágio avançado. O que poucas pessoas sabem é que o Pilates pode ser um grande aliado nessa luta.

A osteoporose prejudica o bem estar e a qualidade de vida dos pacientes. O que o Pilates faz é auxiliar no tratamento, devolvendo a autonomia e mobilidade corporal. A prática de exercícios físicos regulares tem por objetivo deixar os ossos mais firmes e aumentar também o tônus muscular. 

Para os pacientes que convivem com a osteoporose, é fundamental fazer o organismo criar resistência para evitar fraturas. Como o Pilates é uma técnica que trabalha o corpo todo e respeita as particularidades, necessidades e limites de cada um, tem sido o treinamento mais indicado para o tratamento da doença.

O Pilates é um dos melhores exercícios para tonificar os músculos e aumentar a atividade muscular do organismo sem gerar desgaste ou impacto para as articulações e ossos. Durante a prática, os ossos são submetidos à carga mecânica, favorecendo o aumento da massa óssea sem fadigar o organismo.
A prática também ajuda a trabalhar o equilíbrio, a força muscular, a concentração e coordenação. Além disso, é o aliado número um para postura, o que ajuda a corrigir padrão de movimentos errados, evitando assim possíveis lesões. 

Embora a doença atinja em sua grande maioria pessoas acima de 50 anos e mulheres na pré-menopausa, é comum encontrar pacientes mais jovens preocupados com os sintomas, que vão desde dores nas articulações até fraturas constantes.

Para aqueles que foram diagnosticados com a doença e pretendem iniciar um exercício físico que os auxiliem no tratamento, é importante começar aos poucos, com o acompanhamento de um educador físico ou fisioterapeuta - e de preferência em um estúdio especializado. 

Os exercícios mais recomendados para os alunos que estão começando são os de baixo impacto, que proporcionem fortalecimento dos membros inferiores, superiores e músculos estabilizadores da coluna. 

É importante não deixar o trabalho de reabilitação do organismo todo nas mãos dos Pilates. Uma alimentação balanceada, rica em cálcio e que reponha os nutrientes do corpo também ajuda na prevenção e tratamento. 

Mesmo não sendo a única forma de ajudar os pacientes, a atividade física compreende grande parte da recuperação e, por isso mesmo, é fundamental se cercar de profissionais qualificados. 





Thatiana Cristina Baldini Luiz - fisioterapeuta e professora - coordenadora das unidades Paraíso e Aclimação da Action 360º 





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