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quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

ANDA DIVAGANDO MUITO? SAIBA OS PRÓS E CONTRAS




Quando deixamos de prestar atenção em algo e nos permitimos divagar (“mind wandering”, divagação ou devaneio da mente), algumas áreas cerebrais especificas são ativadas, constituindo a chamada “rede de modo padrão” (“default mode network”). Grosseiramente falando, seria algo como o “ponto morto” no câmbio do carro; o motor está ligado, mas o carro está parado. A rigor, não ficamos sem pensar em nada, mas os pensamentos fluem sem uma direção especifica, de modo solto, “flutuando”, “viajando”.

Dentro de certos limites, o cérebro humano tem capacidade de fazer o sistema ligado à atenção e a rede de modo padrão funcionarem em paralelo. Eles não são mutuamente excludentes. Muitas vezes, estamos concentrados em algo e, ao mesmo tempo, nossa mente está divagando, seja de forma consciente ou não. Por exemplo: estou escrevendo este texto e, ao mesmo tempo, pensando que daqui a alguns dias é aniversário de uma pessoa amiga, e que tenho que comprar um presente, etc.

Na realidade, o cérebro é programado para funcionar por um certo período de tempo, durante o qual estamos acordados. O descanso principal do cérebro ocorre quando dormimos. Nesse período, ele se refaz, organiza e consolida memórias. Quando estamos em um momento de lazer, por exemplo, muitas vezes não estamos concentrados em algo especifico que demanda muito do cérebro. Com isso, a possibilidade de divagações passa a ser mais possível.

No entanto, a divagação pode prejudicar o rendimento de algumas atividades, principalmente as intelectuais, como estudo ou trabalho. A possibilidade de deixar o cérebro divagar durante o período de trabalho depende muito da própria atividade que a pessoa desempenha. Além disso, há indivíduos que têm mais facilidade para se distrair com qualquer coisa. Estes devem ficar mais atentos nos momentos em que a concentração é fundamental. Mas se você é daqueles que, quando necessário, consegue foco total no que está fazendo, não há nada de mal em tirar umas pausas para divagar um pouco, desde que consiga finalizar a tarefa a tempo!

Na rotina frenética em que vivemos, fazer pausas ao longo do dia, nos momentos certos, é benéfico para mente e corpo. O famoso “dolce far niente” (do italiano, “doçura de não fazer nada”) é como dar fôlego ao cérebro e, também, ao organismo todo.






Prof. Dr. Mario Louzã - médico psiquiatra e psicanalista. Doutor em Medicina pela Universidade de Würzburg, Alemanha. (CRMSP 34330)






5 curiosidades sobre o Pilates que você não sabia



Corpo, mente e espírito. A integração desses três elementos é a base do Pilates, atividade física que ajuda a reorganizar a postura e a trazer consciência corporal. “O Pilates alinha o corpo, fortalece a musculatura abdominal, aumenta a resistência e a flexibilidade e reduz dores e tensões musculares”, conta a fisioterapeuta Ana Carolina Dutra R. Pinto, da Clínica Vitalitè.

Com a ajuda da especialista, vamos contar para você algumas curiosidades dessa prática secular, que hoje ganha mais e mais adeptos. Confira.


1. O Pilates nem sempre teve esse nome
O Pilates nem sempre teve o nome de seu criador, Joseph Pilates. O nome original do método era Contrologia, pois a ideia era que as pessoas ganhassem um maior controle sobre o corpo, a mente e os músculos. Seu criador acreditava que a melhora da saúde física dependia de alguns fatores: a fluidez e o controle dos movimentos, a atenção à respiração, o fortalecimento do core e a precisão dos exercícios. E claro, concentração. Sem ela, Pilates pregava, não adianta nada você se exercitar.


2. O Pilates foi inventado para ajudar soldados feridos na 1ª Guerra Mundial
Joseph Pilates era alemão, mas vivia na Inglaterra quando a 1ª Grande Guerra teve início, em 1914. Atuando como enfermeiro, ele trabalhou para ajudar soldados feridos e debilitados. Ele aplicou a metodologia que havia criado para si próprio e que focava no fortalecimento e na tonificação dos músculos.

Muitos dos aparelhos criados mais tarde, começaram a nascer ali, pois ele iniciou a prática adaptando cadeiras de rodas, mesas, estrados e camas para que as pessoas conseguissem se exercitar. As muitas molas hoje vistas em seus aparelhos inicialmente eram as que haviam sido retiradas das camas e dos beliches.


3. Todo movimento trabalha o corpo todo
Ok, o Pilates não é um exercício de alta intensidade, mas nem por isso é menos eficaz. Cada um dos movimentos foi pensado para recrutar diversos grupamentos musculares, de forma a trabalhar o corpo de uma maneira global. É preciso, inclusive, força para completar uma aula de Pilates.

4. Uma hora de Pilates queima calorias o dia todo
O segredo é justamente o fato de que todos os exercícios recrutam diferentes grupos musculares. Quanto mais grupamentos são recrutados, maior o gasto calórico após a atividade física. Por quê? Porque o corpo tem um gasto extra de energia para reparar a musculatura.


5. Fortalece o assoalho pélvico
O assoalho pélvico é uma camada de musculatura que ajuda a manter bexiga, próstata (nos homens), útero (nas mulheres) e reto no lugar. Quem tem o assoalho pélvico enfraquecido, mais cedo ou mais tarde vai sofrer de incontinência urinária e de diminuição do prazer sexual. Durante o orgasmo, essa musculatura se contrai involuntariamente. Quanto mais fortalecida ela estiver, mais intenso será o orgasmo.

Problemas no assoalho pélvico acometem homens e mulheres, mas são mais comuns em mulheres, por questões hormonais, costumando piorar após a menopausa. O Pilates trabalha fortemente o assoalho pélvico, ainda que você não se dê conta disso.




Conselhos de um psicólogo para 2018




Como dar conselhos para o futuro? Pensando sobre algumas coisas que se tivéssemos pensado no passado teríamos vivido melhor no presente, provavelmente alguns deles seriam:

- Cuidado com a autoajuda que promete sucesso (1) rápido e (2) com pouco esforço. Pessoas que vendem essas ideias costumam viver da venda de mentiras. Pergunte-se onde você quer estar, quem chegou onde você quer estar e o “preço” que pagou para estar lá. Isso pode dar origem a algumas reflexões úteis.

- Seja prudente com uma proposta de vida de remédios que anestesiem ansiedades, tristezas, cansaço e temores; tendem a tirar os sintomas de uma vida ruim que você tem vivido e precisa melhorar.

- Entenda que a beleza vista na capa de revistas não existe, senão com luz, maquiagem, computador e variações. Buscar essa aparência é inútil, frustrante e gera a sensação de “feiúra” repetidamente.

- Aceite que podemos ser excelentes em uma ou duas coisas na vida, muito bons em duas ou três, bons em três ou cinco e medíocres ou ruins no restante. Para sermos excelente em cada coisa na vida, precisamos de tempo. Então, pergunte-se: quantas horas são necessárias para sermos excelentes em algo numa semana, seja na profissão, na amizade, na estética, nas relações familiares, como marido ou esposa, no cuidado da casa, na saúde, no cuidado com familiares necessitados e variações? E então, questione-se: quantas horas por semana eu fico acordado?

- Os nossos sonhos são feitos do que nós achamos que nos fará bem, não do que nos faz bem, de fato. Então, reflita: sendo como sou, o que busco, realmente, me trará o benefício que busco? Qual será o preço?

- As pessoas que lhe dão conselhos sobre um ou mais assuntos, sejam familiares, amigos ou colegas; eles usam essas ideias em suas vidas? Como têm sido os resultados do que dizem? Compreenda: é normal as pessoas recomendarem caminhos que as levaram para lugares nos quais se encontram hoje, mas você gostaria de viver a vida delas no aspecto sobre os quais lhe dão conselhos?

- Ser transparente e sincero são ótimas características se você não tiver chefes, se todos gostarem das suas espontâneas emoções e atitudes e se for criança. Caso contrário, pense antes de tomar atitudes sem que reflita sobre eventuais consequências e preços delas, se chegar à conclusão que sim, faça o que achar razoável.

- “Ser emocional” no sentido de “tomar atitudes com base em emoções sem pensar nos efeitos” é bom para vender músicas, poesias e livros de autoajuda, mas péssimo, no geral, para viver bem.

- Diferencie, de maneira clara, dentro do possível, o que está dentro ou fora do seu controle e busque se preocupar, dentro do razoável, com o que está sob o seu governo, de fato.

- Sempre pergunte a si mesmo, principalmente em épocas difíceis: o que estou precisando entender sobre o que estou passando nesse momento e como aprender a lidar com isso?

- Se haverá crise econômica no país ano que vem e/ou nos outros anos, não há como saber, mas tem momentos de semear, adubar-cuidar ou colher; é importante aprender a se dedicar e dar o tempo necessário a cada um dos passos. Contudo, é relevante mencionar que alguns serviços ou produtos (sementes) percam ou estejam por perder a utilidade quando utilizados por pessoas, pois computadores, softwares e aplicativos estão acabando com algumas profissões (e não, não se está criando profissões na mesma velocidade que se está finalizando com elas). Imagina alguém que tem o sonho de abrir uma “locadora de vídeos”.





Bayard Galvão - psicólogo clínico formado pela PUC-SP, hipnoterapeuta e palestrante. Especialista em Psicoterapia Breve, Hipnoterapia e Psiconcologia, Bayard é autor de cinco livros, criador do conceito de Hipnoterapia Educativa e Presidente do Instituto Milton H. Erickson de São Paulo. Ministra palestras, treinamentos e atendimentos individuais utilizando esses conceitos.  www.institutobayardgalvao.com.br






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