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quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Boletos podem gerar problemas para empresários



A emissão de boletos é uma atividade cotidiana para as pequenas e médias empresas. Apesar de ser um dos métodos de pagamento preferidos das lojas on-line - que muitas vezes oferecem até mesmo um desconto para o cliente que paga com boleto - a prática pode trazer custos “escondidos” para os empresários. E como cada centavo é importante, principalmente quando estamos começando um novo negócio, precisamos ficar espertos para evitar estes gastos desnecessários.

Quando uma empresa emite um boleto, o banco cobra uma taxa que varia entre R$ 3,00 e R$ 5,00. Até aí, nenhuma novidade. Esse é um custo que existe e que já deve fazer parte da programação financeira de toda empresa. O problema começa quando um mesmo boleto começa a gerar diversas cobranças de taxa.

Digamos que seu cliente fez uma compra e pediu para realizar o pagamento via boleto. Só que, por um motivo qualquer, ele não conseguiu finalizar a operação na data estipulada. Ele então pede a geração de um novo boleto, com outra data de pagamento. Resultado? A empresa precisa pagar por dois boletos para a mesma compra. E se o cliente faz o pedido, gera um boleto, mas não finaliza a compra? Novamente o prejuízo fica por conta da empresa.

Na prática, o banco tem total poder sobre a geração de boletos. Ele define o valor, quanto tempo demora para ser compensado e a forma de pagamento para o empresário. Isso facilita o surgimento dos “custos fixos escondidos”. Cancelamentos, alterações de datas, gerações de novos boletos para uma mesma compra: tudo entra sorrateiramente como uma nova cobrança para o seu negócio.

Esses custos escondidos podem gerar gastos desnecessários consideráveis. Ás vezes comparando o valor da taxa ao valor da venda, pode parecer insignificante, mas somando todos os gastos, taxas e impostos pagos pelas pequenas e médias empresas no nosso país, percebemos que cada centavo vale muito.

Felizmente, existe uma maneira de fugir desses custos. Uma possibilidade é trabalhar com sistemas de gestão empresarial que ofereçam esse serviço. Já existem no mercado sistemas com valores acessíveis para pequenas e médias empresas que trabalham com módulos específicos para emissão de boletos.

Cada sistema oferece diferentes benefícios, mas acho importante o empresário optar por um módulo que diminua seus gastos e que realmente facilite o dia a dia da empresa. Já temos soluções que oferecem ao pequeno negócio a possibilidade de pagar apenas pelos boletos que forem compensados, evitando assim que o acúmulo de taxas escondidas. Na prática, a emissora do boleto compensa para o empresário, no período previamente combinado, o valor da venda menos a taxa referente aquele boleto. Isso é ótimo para evitar surpresas desagradáveis na hora do fechamento.

Também é interessante a facilidade oferecida pelos sistemas que funcionam sem arquivo de remessa e retorno, atuando de forma integrada com o módulo financeiro e controle de recebimentos. Isso diminui a quantidade de arquivos da empresa e, consequentemente, o retrabalho. E nós sabemos como é importante eliminar trabalhos repetidos para que seus colaboradores fiquem mais motivados e consigam focar no que realmente traz lucro para a sua empresa.

Com pequenos cuidados, podemos aumentar os ganhos de empresas de qualquer porte. Esses gastos escondidos, quando reunidos, podem ser o diferencial para sua empresa crescer ou passar por tempos difíceis. Ser um empreendedor é um trabalho de dedicação e são esses pequenos aspectos que determinam quem será bem sucedido. 






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quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Qual a diferença entre preguiça, cansaço e estafa? Qual a diferença entre preguiça, cansaço e estafa?



Na correria do dia a dia, muitas pessoas se deparam com uma extensa quantidade de afazeres para dar conta. É trabalho, filhos, casa e, ainda, ter tempo para a vida social. E com esse excesso de atividades, muitas vezes, surge a sensação de que algo não está bem: indisposição e desânimo, falta de vontade para realizar as tarefas. Isso tudo, no fim das contas, não se sabe se é preguiça, cansaço ou estafa. Pensando em esclarecer essa dúvida, a especialista em Saúde Coletiva e professora do Programa de Pós-graduação em Enfermagem da Universidade UNIVERITAS/UNG, Maíra Rosa Apostolico, explica a diferença.


Qual a diferença entre preguiça, cansaço e estafa?

A preguiça relaciona-se com a pouca disposição ou lentidão para o trabalho; cansaço representa a fadiga gerada pelo trabalho; e a estafa é colocada como sinônimo de cansaço. Estes são os usos populares dos termos, embora do ponto de vista de saúde, podem ter uma compreensão diferente.

A preguiça não é considerada uma patologia ou estado de saúde, mas um estado de disposição para a atividade, apontada muitas vezes como limite que antecede o desempenho de atividades físicas ou mentais e adoção de novos hábitos. O cansaço por si só é também um estado de disposição pessoal embora seja posterior à atividade. A estafa, sim, está relacionada a um estado de saúde, associado ou não a outras patologias físicas, e que pode chegar ao comprometimento do desempenho de atividades cotidianas das pessoas. Um conceito que vem sendo bastante difundido é o de Burnout ou Síndrome de Burnout, considerada uma reação de estresse e se manifesta como uma exaustão física e emocional, sentimento de frustração e fracasso, relacionado com o ambiente de trabalho.


Por que é tão difícil identificar a diferença entre eles?

A dificuldade maior está em determinar os limites entre um e outro, já que os três termos se relacionam com a disposição do indivíduo para suas atividades.

 Entretanto, devemos observar o grau de comprometimento no desempenho dessas atividades para determinar a diferenciação. Importante ressaltar, que cada indivíduo tem respostas próprias aos acontecimentos da vida, à rotina de trabalho, aos sucessos e desafios do dia a dia. Portanto, o que pode ser pouco limitante para um, pode ser muito para outros.


O que desencadeia essas sensações?

Na atualidade, as relações sociais têm se modificado muito. Há diversos tipos de estressores presentes no nosso dia a dia e que provocam diferentes reações nos indivíduos. As pessoas apresentam flutuações de afeto que são inerentes das relações humanas. Entretanto, algumas pessoas persistem em quadros chamados depressivos, caracterizados pela menor disposição frente às demandas e acontecimentos. Há também as causas relacionadas à atividade laboral. Já se sabe que algumas profissões demandam mais recursos emocionais e físicos dos trabalhadores, impondo-lhes uma carga maior de estressores. E ainda, não se pode afastar causas físicas e orgânicas para estes sintomas, que podem ter diferentes origens.


Como cada um influencia no desempenho físico e mental?

É difícil traçar um modelo ou um padrão, pois cada pessoa responde de uma maneira muito própria e constrói mecanismos de superação, também, muito particulares. O comprometimento pode ser desde um simples desinteresse até a incapacidade para desempenhar atividades comuns da vida cotidiana, ou específicas do trabalho. O importante é o indivíduo avaliar o seu próprio contexto de vida, suas necessidades e de que forma elas estão comprometidas.

 Mas é extremamente relevante observar os sinais que o corpo e a mente apontam: se o corpo diz que algo não vai bem, talvez seja preciso modificar hábitos, horários, rotinas para respeitar os próprios limites. Atualmente, há um interesse muito grande em medicalizar tudo, inclusive sentimentos, sofrimentos cotidianos, estados de espírito e o próprio cansaço, sem se observar de fato o que está provocando este quadro. Procurar saber o que está nos deixando doentes. Isso nos chama a atenção para o desrespeito aos nossos limites e responsabilização dos indivíduos por um modo de vida que nem sempre condiz com a necessidade ou a realidade.


A urgência que a sociedade de hoje exige e a rotina atarefada podem ser considerados os principais causadores de tudo isso?

As elevadas exigências no mundo do trabalho cada vez mais competitivo; a individualidade valorizada acima do interesse coletivo; a exposição ao trânsito, à violência, às dificuldades econômicas; a falta de tempo; mas, sobretudo, a frustração gerada nos sujeitos pela não satisfação de necessidades, muitas vezes fabricadas pela lógica do consumo excessivo e o status que o "ter" tem representado para as pessoas podem ser algumas das causas. Se por um lado, a maioria da população responde aos desafios de forma positiva, superando e construindo formas de se adaptar, outras pessoas transformam essas frustrações em sintomas físicos e mentais, caminhando para a fadiga e até para a depressão. Importante lembrar que esse fenômeno afeta a todos, independentemente de idade, sexo, condição social, embora as formas de satisfação das necessidades e frustrações sejam distintas a depender dos recursos pessoais, sociais e econômicos que as pessoas possuem.


Ter preguiça é algo comum e saudável? Se sim, o quanto pode ser benéfico tirar um dia inteiro para "curtir uma preguiça"?

Não se trata de dizer que é saudável ou não. Também depende de que perspectiva se interpreta o termo preguiça. Na perspectiva do mundo atual, produtivo, ininterrupto, pode-se dizer que é uma coisa ruim. Por outro lado, quando se analisa o contexto e as cobranças sociais excessivas a que os indivíduos estão sujeitos, o "momento de preguiça" é muitas vezes, de lazer, de desfrute com a família, de descanso. Vivemos hoje, em uma lógica de produção e consumo que nem sempre admite que o sujeito "relaxe" ou aproveite momentos menos acelerados ou intensos. É como se o tempo todo as pessoas tivessem que produzir algo material e sentem-se culpadas ao agirem diferente. Nos esquecemos que momentos de descontração também podem significar uma oportunidade de criatividade e imaginação. Nesta perspectiva, o "dia de curtir a preguiça" pode ser muito benéfico.


Cansaço excessivo pode ser sinal de doença? Se sim, qual ou quais seriam essas enfermidades?

Pode sim. Há diversas doenças que tem como manifestação clínica o cansaço, como distúrbios hormonais, cardiovasculares e metabólicos. Uma avaliação criteriosa do estado de saúde, incluindo avaliação nutricional e física são fundamentais para diferenciar o cansaço proveniente da sobrecarga do cansaço como sintoma de doença. Entretanto, insisto no ponto de que a rotina deve ser igualmente analisada, buscando-se identificar não só os estressores biológicos, mas sociais também. É importante que antes de medicalizar ou querer dar nome de doença ao cansaço, o contexto de vida seja considerado e reformulado.


Quando é necessário procurar um profissional para saber a causa de tanto desânimo e se isso já se tornou algo prejudicial para a saúde?

Sempre que as chamadas flutuações de afeto forem persistentes e limitarem o desempenho das atividades cotidianas das pessoas, sua causa deve ser investigada. Manter os exames de saúde periódicos em dia é fundamental para um diagnóstico precoce de qualquer quadro mais grave.


Como fazer para combater cada um desses três problemas?

O que precisamos fazer é aprender a interpretar os sinais que o nosso corpo nos transmite, entendendo quando é tempo de reformular a vida, naquilo que é possível reformular. Ignorar tais sinais fará com que haja comprometimentos físicos e mentais, agravando e transformando o cansaço em fadiga crônica, em crises de estresse e outros quadros mais graves. Falamos muito da atividade laboral, mas não podemos esquecer do trabalho doméstico não remunerado, que também é uma atividade causadora de sobrecarga, muito negligenciada, pouco reconhecida e que afeta em geral, as mulheres. Portanto, rever o modo de vida, dentro do possível, dedicar-se a uma atividade laboral que também satisfaça preferências pessoais, elencar prioridades na rotina diária, ter uma rotina de horários e hábitos, dividir tarefas domésticas entre os membros da família, manter uma alimentação saudável, rica e variada, praticar atividades físicas, ter momentos de lazer sozinho, com a família e com amigos, entre tantas outras práticas. Enfim, ocupar-se não só das obrigações, mas também de atividades prazerosas. Atividades de voluntariado têm sido associadas à satisfação individual e coletiva, motivando as pessoas e gerando sentimentos de pertença, reconhecimento, capacidade e satisfação.





Momento é favorável para solicitar aposentadoria



A orientação é dos advogados Fernando Gonçalves dias e Hugo Gonçalves Dias, especialistas em aposentadoria especial 


A proposta do Governo Federal para alterar as regras para aposentadoria, através de mudança na Constituição Federal, tem levado muitas pessoas a anteciparem a aposentadoria, com receio de serem atingidas pelas novas regras, a exemplo do que aconteceu com a Reforma da Previdência em 16/12/1998, quando passou a ser exigido idade mínima e foi extinta a aposentadoria proporcional.

Essa proposta aumentou extraordinariamente o pedido de aposentadoria em todos os postos do INSS. Se isso não bastasse, os servidores do INSS, também com receio de serem afetados pelas novas regras que entrarão em vigor, se a Reforma da Previdência for aprovada, estão antecipando suas aposentadorias. A maioria dos servidores do INSS possui tempo para aposentar, já protocolaram o pedido e devem deixar o trabalho nos próximos meses.

Em virtude destes três fatos: a) Anúncio da Reforma da Previdência; b) Aumento da demanda junto aos postos do INSS; c) Falta de servidores do INSS, em razão dos pedidos de aposentadoria, somado ao prazo de 45 dias previsto na legislação previdenciária para o INSS decidir sobre o pedido de qualquer benefício previdenciário, assistencial e revisional, a análise dos requisitos para conseguir o benefício tem sido superficial, o que favorece o trabalhador.

“Esse favorecimento decorre da falta de tempo e de servidores para analisar com mais tempo o preenchimento dos requisitos para a concessão da aposentadoria”, afirmam os advogados.

Este favorecimento deve beneficiar principalmente os trabalhadores especiais. Um segurado do INSS que trabalhou durante 25  anos, por exemplo, em ambiente com risco à sua saúde ou integridade física, que é o caso de quem trabalha em ambiente com nível de ruído acima de 85 decibéis ou em ambiente com risco de explosão ou com a presença de agentes químicos ou com risco à integridade (vigilância armada ou não) ou ambiente hospitalar (risco biológico), a princípio tem direito a aposentadoria especial que exige apenas 25 anos de tempo de serviço e não exige idade mínima.

Os documentos exigidos para esse trabalhador aposentar, em regra, é a Carteira de trabalho e Previdência Social (para comprovar o tempo de serviço) e o formulário padronizado pelo INSS atualmente denominado Perfil Profissiográfico Previdenciário (formulário este que até 31/12/2003 era conhecido como SB40, DSS8030).

“O PPP é exigido para quem trabalhou em ambiente com risco para possibilitar o reconhecimento do tempo especial e, consequentemente, a concessão da aposentadoria especial que exige apenas 25 anos de tempo de serviço, ou, para quem não trabalhou durante 25 anos em ambiente com risco, mas apenas parte deste tempo, a conversão do período trabalhado em tempo comum, com acréscimo de 40%”, explicam os especialistas.

Este formulário deve ser preenchido pelo empregador e entregue ao trabalhador quando este solicitar, ou no ato da rescisão do contrato ou uma vez ao ano para que este trabalhador possa tomar conhecimento das condições do ambiente onde trabalha, com base na avaliação do ambiente que é feita por Engenheiro de Segurança.

Aos médicos peritos do INSS cabe a análise das informações prestadas no PPP, como: qual agente nocivo; se a concentração está acima ou abaixo do limite de tolerância; se a avaliação desse agente foi feita obedecendo as regras da legislação previdenciária; se o risco do ambiente foi reduzido com a utilização de equipamento de proteção individual ou coletivo, e se o tempo de exposição do trabalhador ao agente nocivo se deu durante toda a jornada de trabalha etc.

Segundo Fernando e Hugo, “a carência de servidores do INSS, somado ao tempo em que tem que decidir, tem levado o INSS a reconhecer o direito a aposentadoria sem que seja feita uma análise minuciosa das informações prestadas no PPP, o que favorece o segurado”.

Nos casos em que o INSS decide negar o pedido de aposentadoria, o segurado tem grandes chances de reverter esta decisão através de interposição de recurso para a chamada Junta de Recursos da Previdência Social que, também pela carência de recursos humanos e por interpretação mais favorável ao segurado, tem reconhecido o direito a aposentadoria, mesmo no PPP tendo a informação de que houve a efetiva entrega, fiscalização do uso, higienização e troca periódica do EPI, informação esta que impede a concessão da aposentadoria, segundo decisão do Supremo Tribunal Federal, e que tem sido seguida pelo Juízes.

Outra interpretação favorável do INSS e das Juntas de Recursos da Previdência Social que tem favorecido o trabalhador a conseguir a aposentadoria é a falta de exigência da comprovação do requisito tempo de exposição. Ou seja, se a exposição ao agente nocivo ocorreu de modo habitual e permanente, não ocasional, nem intermitente. “O INSS tem reconhecido o direito a aposentadoria especial mesmo diante da ausência dessa informação, enquanto a Justiça tem negado”, observam os especialistas.

Assim, ao trabalhador que se encontra nesta situação - tenha trabalhado em área de risco – ainda que parte do tempo e ainda que não tenha os 25 anos de tempo de serviço, o melhor é aproveitar a interpretação favorável do INSS e correr para pedir a aposentadoria ou, para quem ainda não tem o tempo para aposentar, pedir o PPP para requerer junto ao INSS o reconhecimento desse tempo como especial para ser utilizado no futuro. Vale ressaltar que não existe direito adquirido à interpretação mais favorável do INSS. O fato de o INSS reconhecer atualmente o tempo de um trabalhador como especial, não impede que o INSS mude sua interpretação e passe a deixar de reconhecer o direito no futuro.




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