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terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

Educação em 2021: O ensino remoto continua, mas será preciso aperfeiçoá-lo

Para a grande maioria de professores e alunos, 2020 foi um laboratório em que iniciativas para o ensino remoto puderam ser testadas, observadas e avaliadas. Tivemos, além de sucessos e insucessos, um aprendizado muito rico e um horizonte de possibilidades. O ano também serviu para que a comunidade escolar enfrentasse uma realidade existia, porém, não era urgente. As limitações da conectividade nas escolas e os recursos digitais necessários para o ensino remoto se transformaram na grande pauta de escolas e governos.

Os investimentos em tecnologias educacionais se tornaram necessários quando as receitas das escolas privadas caíram consideravelmente. E esse panorama não foi muito diferente nas redes públicas, se considerarmos a queda no consumo de bens e serviços de uma forma geral e a consequente queda na arrecadação de tributos, que se reflete na redução dos gastos em todas as esferas da administração pública, inclusive na Educação. Esses fatores causaram e continuam ocasionando tremendas adversidades para mantenedores e secretários de educação em todo o Brasil.

Considerando os atuais níveis de infecção e mortalidade em decorrência do Covid-19, teremos a continuação das aulas remotas até pelo menos o primeiro semestre do ano, com a consolidação de práticas iniciadas durante o ano letivo de 2020 e a adoção de novas abordagens. Por isso, priorizar ações e investimentos nessa área com o objetivo de garantir resiliência e seguimento do ensino-aprendizagem, mesmo num regime remoto ou de ensino híbrido, é fundamental para que redes privadas e públicas não deixem o nível de conhecimento cair ainda mais em 2021.

Avaliar, mensurar e propor alternativas pedagógicas serão os próximos passos de ensino-aprendizagem a serem feitos. E como poderemos fazer isso com diferentes grupos de alunos com características e níveis de aprendizado tão distintos, em escala e com diagnósticos imediatos? Além das avaliações tradicionais, para um grau de análise mais preciso e imediato sobre o que os estudantes aprenderam ou não durante a pandemia, instituições de ensino deverão usar ferramentas digitais de análise de desempenho em tempo real baseadas em evidências.

Elas serão muito úteis para que os docentes tenham a oportunidade de realizar intervenções pedagógicas pontuais de acordo a necessidade individual de cada aluno durante as aulas. É uma maneira de atuar diretamente na dificuldade do aluno, personalizando o ensino. Além disso, esses recursos também possibilitam a mensuração dos níveis de engajamento dos alunos; esses, por sua vez, vão servir de indicadores para se trabalhar os riscos de evasão escolar.

Nos últimos meses, a difusão de pesquisas mostrando a insatisfação e, consequentemente, a desmotivação dos estudantes para seguir o ciclo básico de estudos é algo que deve fazer soar os alarmes  para educadores e autoridades de todo o país. Em razão disso, a utilização de plataformas digitais, com as quais crianças e jovens têm maior afinidade, podem tornar a experiência de aprendizagem mais prazerosa e, por sua vez, ajudar a diminuir os riscos de abandono escolar.

E nesse contexto, são especialmente eficientes as plataformas de estudos que proporcionam o aprendizado por meio da gamificação. Elas possuem a capacidade de desafiar os estudantes por meio de atividades em formato de games ou quizzes, fazendo com que o aluno desperte o interesse pelo conteúdo trabalhado e interaja mais prontamente com as atividades propostas. Essa metodologia de ensino engaja mais cada participante porque o instiga a desvendar a mecânica do jogo.

É muito provável que nos próximos seis meses, aulas e outros tipos de aprendizagens exclusivamente presenciais continuem sendo sonho de consumo e uma distante realidade em boa parte do mundo. No que se refere ao Brasil, a adoção de metodologias ativas e tecnologias educacionais ainda é incipiente e há um longo caminho a ser percorrido.

Não desenvolver essa estrutura para o ensino remoto pode ser catastrófico se o contexto atual permanecer. Em função disso, a comunidade escolar deve se preparar para continuar aperfeiçoando essas metodologias, consolidando e inovando em práticas que já produziram resultados no ano passado.

 


George Balbino - vice-presidente da Mangahigh no Brasil. A plataforma educacional britânica é pioneira na criação de conteúdos didáticos de matemática e raciocínio lógico por meio de games e quizzes para crianças e adolescentes. Alinhando pedagogia e o aprendizado personalizado com o lúdico, a instituição oferece conteúdos alinhados aos currículos nacionais de países da América do Norte, América do Sul, Ásia, Europa e Oceania.


Educação financeira em sala de aula: crianças ajudam os pais com as finanças

Em um período de pandemia as escolas precisam se atentar a novos temas, e um que se tornou imprescindível nas salas de aulas é a educação financeira que já é obrigatória desde 2020 e deve ser reforçada em 2021.

Para conquistar os pais o tema também é muito importante, sendo que 100% dos pais dos alunos que têm educação financeira nas escolas acreditam que o tema pode ser absorvido pela família, melhorando as finanças, e observam que os filhos poupam dinheiro em casa ou gastam parcialmente em algo que valorizam.

Os dados são da 1ª Pesquisa de Educação Financeira nas Escolas, realizada em parceria entre o Instituto de Economia da UNICAMP, por seu Núcleo de Economia Industrial e da Tecnologia (NEIT), o Instituto Axxus e a Abefin.

Ela também aponta que a grande maioria (71%) dos alunos que têm aulas sobre o tema nas escolas ajudam os pais a fazerem compras conscientes. A pesquisa foi realizada com 750 pais/responsáveis de cinco capitais brasileiras, Recife, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiânia e Vitória.


Iniciativas de educação financeira nas escolas se multiplicam

As iniciativas de educação financeira estão se multiplicando no país, principalmente após o tema se tornar obrigatório nas salas de aulas por definição da Base Nacional Comum Curricular, exemplo é que apenas a empresa DSOP Educação Financeira, que atende alunos em escolas em todo país estão com o programa desenvolvido em centenas de escolas, tanto públicas como privadas.

"Os resultados são surpreendentes, pois vemos que realmente conquistamos mudanças em todo o grupo que está envolvido nesses ensinamentos. E, hoje, é fundamental a criação de hábitos mais saudáveis e a motivação do consumo consciente para os alunos, tratando isso de forma lúdica e leve, mostrando que o dinheiro não é um inimigo, mas sim uma ferramenta que passará pelas mãos e que precisa ser tratado com respeito", explica o presidente da DSOP, Reinaldo Domingos.

Desenvolvidos por educadores e especialistas os materiais são adequados a cada fase de aprendizado, que contemplam desde o maternal e a educação infantil até o ensino médio e profissionalizante.

De acordo com o presidente da DSOP, a ideia é habilitar as instituições para inserir um tema que, apesar de ainda não ser consenso no país, é de grande importância para um futuro com mais sustentabilidade financeira.

"A educação financeira nunca foi pauta nos lares e muito menos nas escolas, por isso, é uma das maiores carências da nossa sociedade. Nosso objetivo não é só fornecer material didático, mas também possibilitar aos educadores vivenciar essa aplicação em sala de aula e também aprenderem esses conceitos para suas vidas", ressalta.



Fonte: Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin).


VOLTA ÀS AULAS

Nas creches e pré-escolas Com Acolhimento e Saúde Já temos a data da volta às aulas na cidade de São Paulo, 08 de fevereiro que prevê inicialmente um rodízio de alunos para evitar que as salas fiquem com mais de 35% da sua capacidade. 

Para a retomada das aulas a vereadora Janaina Lima (Novo) coproduziu um guia de recomendações para o acolhimento, cuidados de saúde e alimentação em escolas municipais, principalmente, para creches e pré-escolas.

 "O guia está disponível a todos. É um material destinado diretamente para a capacitação de funcionários operacionais dessas unidades escolares. Ele também traz protocolos e procedimentos de modo lúdico, muitas vezes, com passo a passo recomendado por especialistas", destaca Janaina Lima, autora da Lei do Marco Legal da Primeira Infância (que garante cinco refeições diárias para as crianças no município de São Paulo). 

São Paulo, 01 de fevereiro de 2021 - Já temos a data da volta às aulas na cidade de São Paulo, 08 de fevereiro, seguindo a reclassificação do Plano SP. Nestas primeiras semanas terá um rodízio de alunos para evitar que as salas fiquem com mais de 35% da sua capacidade. 

Para a retomada das aulas a vereadora Janaina Lima (Novo) coproduziu um guia de recomendações para o acolhimento, cuidados de saúde e alimentação em escolas municipais, principalmente, para creches e pré-escolas.

Para orientar mães, pais, responsáveis pelas crianças e os profissionais da educação infantil, que não a terem acessos às informações e orientações para a volta às aulas com segurança, acolhimento, cuidados de saúde e alimentação, seguindo os protocolos e atitudes de higienização das mãos com álcool gel, uso das máscaras e evitar aglomerações foi elaborado o Guia para a Reabertura da Educação Infantil, que tem a coprodução da vereadora Janaina Lima (Novo) e especialistas em pedagogia, psicologia, nutrição e biomedicina. 

"O guia está disponível a todos. É um material destinado diretamente para a capacitação de funcionários operacionais dessas unidades escolares. Ele também traz protocolos e procedimentos de modo lúdico, muitas vezes, com passo a passo recomendado por especialistas", destaca a parlamentar que é autora da Lei do Marco Legal da Primeira Infância .

 Ao longo dos meses no enfrentamento da pandemia foram acumuladas situações que levam às consequências de aspectos: físico, mental e social das crianças (sobretudo aquelas matriculadas em escolas públicas) que ficaram em casa, no isolamento social sem alternativas para o seu desenvolvimento e em muitos casos essas crianças não possuem um computador, internet em casa e estrutura para incentivos e atividades escolares. 

O fechamento das escolas levou para a discussão e análises sobre os prejuízos para a saúde mental das crianças e as constatações socioeconômicas das famílias. "Você volta a trabalhar, mas você não tem onde deixar seus filhos. Então se criou um mercado irregular e de creches informais sem os devidos cuidados e acessos aos conhecimentos sobre práticas pedagógicas." 

Ressalta a vereadora Janaina Lima sobre a falta de opção de mães, pais e responsáveis pelas crianças que diante do fechamento das escolas recorrem às creches informais ou cuidadores para deixar os seus filhos, enquanto garantem o trabalho e a geração de renda. 

Pelo Plano São Paulo, feito pelo governo estadual, mesmo as cidades na fase vermelha (quando a gravidade da pandemia é maior) devem liberar o funcionamento das escolas. O que varia de fase para fase é a porcentagem de ocupação das salas de aulas autorizadas. Educação sendo considerada como serviço essencial. 

uia para Reabertura na Educação Infantil  O documento está disponível para download através do link http://bit.ly/2XpYP1x

 

Especialista dá dicas para aposentado fugir de armadilhas financeiras

Cuidados financeiros durante a aposentadoria
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Planejador financeiro também dá dicas para garantir a aposentadoria de maneira segura e sem depender do INSS


Dos mais de 61,3 milhões de pessoas com nomes negativados em janeiro de 2020, 6,73 milhões tinham entre 65 e 94 anos. Segundo dados da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), a maior alta de inadimplência (5,35%), em comparação com o mesmo período de 2019, é observada entre os idosos com faixa etária entre 65 e 84 anos, mesmo com boa parte dos integrantes desse grupo recebendo uma renda regular.

Segundo o planejador financeiro pessoal, João Gondim, ter uma renda regular mensal não significa ter uma vida financeira saudável porque muitos aposentados podem ter esse valor garantido todos os meses, mas terem hábitos de consumo descontrolados. “Pode acontecer de uma pessoa receber R$ 5 mil por mês e acabar tendo gastos de R$ 6 mil ou até mesmo o aposentado que gasta todo mês exatamente o mesmo valor da renda e não possuir uma reserva financeira. Quando surgir algum imprevisto, é muito provável que ele recorrerá a empréstimos”, explica João Gondim.

Para superar esses problemas, Gondim orienta que os aposentados devem, assim como qualquer outra pessoa, contar com uma reserva de plena liquidez, ou seja, um dinheiro de segurança que seja possível resgatar rapidamente em caso de adversidades. “Outra dica muito importante é fazer a gestão dos gastos eventuais, ou seja, aqueles que a pessoa não tem todos os meses, mas que fazem parte do orçamento, como vestuário, presentes e manutenção do carro. Portanto, esse tipo de gasto deve ser controlado para que não extrapole o orçamento”, detalha o planejador financeiro.

Porém, a grande armadilha para os aposentados pode ser o crédito consignado. Justamente por ter uma renda mensal regular, esse grupo da população consegue ter acesso mais fácil aos créditos, mas quando essa busca por ajuda financeira é associada ao descontrole financeiro, é possível que o aposentado acabe comprometendo sua receita. “O problema é que muitas dessas dívidas não são feitas pelos aposentados, mas por pessoas que sabem que os aposentados têm condições facilitadas para conseguir o crédito consignado e acabam pegando dinheiro emprestado no nome do aposentado. No final das contas, acaba não pagando e o nome do aposentado fica sujo na praça”, alerta Gondim.


Investimento para aposentados

Para aqueles que ainda planejam continuar investindo após a aposentadoria, João indica evitar investimentos de longo prazo, já que esse tipo de investimento está voltado para um contexto de acumulação patrimonial, como as ações, e envolvem um risco intrínseco muito alto no curto prazo. “Pode ser que o aposentado amargue cinco ou seis anos de queda de suas ações e retire menos do que investiu. Já pessoas com 30 anos que estão nessa fase de acúmulo de capital para garantir, por exemplo, a aposentadoria, já pode pensar em investir 100% em ações por mais 30 anos, tempo que um aposentado pode não ter para recuperar o investimento”, detalha o Gondim.

Nesse cenário, o ideal é investir em renda fixa, como o tesouro direto, já que esse grupo da população está mais preocupado em ter mais qualidade de vida e usufruir daquilo que acumulou ao longo do tempo. “O aposentado é uma pessoa que, provavelmente, vai deixar de fazer a maior parte dos investimentos que fez ao longo do tempo porque pressupõe que ele já conquistou a casa própria e não vai ficar trocando de carro com a mesma regularidade que antes”, explica. “Quando a pessoa se aposenta, é provável que tenha um decréscimo de renda média e, com isso, muitos investimentos reduzem. Além disso, não será mais preciso destinar uma parte da renda para a aposentadoria. O que será preciso é fazer uma organização financeira para realizar objetivos um pouco maiores, como fazer uma viagem”, completa o planejador financeiro.


Como garantir a aposentadoria?

Já aqueles que estão pensando no futuro com uma aposentadoria confortável sem depender do INSS já podem começar a se programar desde já. João detalha alguns passos para conquistar a segurança financeira no futuro:

1 - Definir o valor da aposentadoria: uma pessoa que quer se aposentar com uma renda de R$ 5 mil mensal, por exemplo, deve pensar que ainda tem que levar em consideração alguns impostos, que giram em torno de 15%. “Por isso, é necessário pegar o valor desejado, que neste exemplo é de R$ 5 mil, e multiplicar por 1,15, o que dará um valor de R$ 5.750.Esse é o valor bruto, considerando o valor desejado acrescido dos impostos”, explica Gondim.

2 - Encontrar o valor do patrimônio necessário para aposentadoria: após encontrar o valor da renda bruta necessária (R$ 5.750), o próximo passo é dividir esse número por 0,0065, que é o valor da rentabilidade esperada dos investimentos em fundos imobiliários. “Dessa forma, chegará a um patrimônio de R$ 884.615, que é o valor que deve ser juntado para alcançar a aposentadoria no valor desejado”, detalha.

3 - Decida quando quer se aposentar: após saber o valor que deve ser levantado, a pessoa deve encontrar a diferença em meses da idade atual com a idade da aposentadoria planejada. Portanto, uma pessoa que tem 33 anos hoje e pretende se aposentar com 75 anos, resultará em 504 meses até a aposentadoria.

4 - Valor do investimento para se aposentar: para encontrar o valor que deve ser investido mensalmente, basta acessar o site da Calculadora do Cidadão, do Banco Central, e buscar a área de aplicações com depósitos regulares. Depois, basta preencher o formulário com os dados encontrados durante o processo acima, como número de meses (504), taxa de juros mensal (0,65%) e o valor do patrimônio desejado (R$ 884.615). Ao clicar em calcular, a pessoa terá o valor que deverá investir mensalmente para garantir a aposentadoria. Neste exemplo, o valor seria de R$ 226,79.

 

É hora de executar o planejamento financeiro

 Início de ano é o período em que as contas das pessoas jurídicas mais sobem. É fundamental ter feito um orçamento planejado nos últimos meses do ano anterior


Um dos maiores desafios dos pequenos e microempresários é a enxurrada de contas a pagar no início do ano. São diversas obrigações tributárias, como IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores), IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), anuidades de conselho de classe, IRPJ (Imposto de Renda da Pessoa Jurídica), CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido), e em abril o IRPF (Imposto de Renda da Pessoa Física).

É fundamental para não ter dores de cabeça ter estabelecido um planejamento financeiro e o orçamento do exercício nos últimos meses do ano anterior.

Fábio Barretta, CEO da Coan, empresa que desenvolve sistemas de gestão para pequenos negócios, alerta para os empresários evitarem não pagar impostos, pois a multa é de 20% após 30 dias, fora os juros diários. “Por isso, o ideal é buscar a orientação de um contador e pedir uma simulação de parcelamento, mas evitar deixar de pagar, pois a curto prazo a cobrança irá para cartório de protesto e depois para execução fiscal”, adverte.

Embora a entrega da DIRPJ (Declaração de Imposto de Renda da Pessoa Jurídica) seja no mês de junho, é importante separar e conferir a documentação mês a mês com o contador, assim como se faz com a DIRPF (Declaração de Imposto de Renda da Pessoa Física).

Barretta recomenda às pessoas físicas já irem levantando informações e documentos para não deixar isso próximo do prazo de entrega da DIRPF que será em abril, entre eles:

- comprovantes de despesas médicas

- comprovantes de despesas com empregados domésticos

- comprovantes de despesas com ensino

- informe de rendimentos diversos

- documentos de aquisição de bens moveis e imóveis

- informação do CPF de todos os dependentes, não importando a idade

É importante lembrar que estão obrigados a fazer a DIRPF os contribuintes que tiveram rendimentos superiores a R$ 22.847,77 em 2020. Quem estiver obrigado e não apresentar ou entregar a declaração fora do prazo vai pagar multa de no mínimo R$ 165,74. O valor máximo é o equivalente a 20% sobre o IR devido.


Perspectivas

Na opinião de Fábio Barretta, 2020 foi um ano de retração econômica, com o isolamento social, fechamento parcial de muitos negócios, de modo que as empresas terão que recuperar esse atraso em 2021, com o maior desafio de alavancar as vendas em um cenário econômico muito diferente pós-crise da Covid-19.

Ele considera ser muito importante os empresários criarem um planejamento estratégico de recuperação empresarial em 2021, vislumbrando os seguintes cenários:

- o novo ambiente do seu negócio pós-covid

- análise do processos operacionais para entender o que deve continuar e o que foi modificado apenas para o período da crise

- projeção de faturamento e de caixa para 2021

Segundo Barretta, “tudo isso será muito importante para o empresário entender o que mudou no seu mercado de atuação e na postura do seu cliente. Sem dúvida, esses serão os maiores desafios”, finaliza.

 



Fábio Barretta - diretor executivo desde 2018 da COAN- consultoria contábil. É bacharel em ciências contábeis desde 2005 pela PUC/SP.  Também possui especialização em planejamento tributário pela FECAP/SP em 2010. Atua na área contábil desde 1997, onde ingressou na COAN CONTABIL passando pelas áreas contábil, fiscal e legal, acumulando vasta experiência em assessoria contábil. Fábio é sócio diretor desde 2010, período em que marcou o ingresso da COAN CONTABIL nos programas de qualidade e certificação ISO9001. Para saber mais, visite o site https://coancontabil.com.br/, mande e-mail para fabio@coancontabil.com.br ou acesse o perfill no instagram @coan_contabil e pelo facebook CoanContabilidade.

 

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

Mais amor e otimismo

Ricardo Muri, o Astrólogo das Celebridades, revela o que o céu mostra neste primeiro semestre de 2021

 

 Em tempo de expansão e liberdade, o primeiro semestre de 2021 promete crescimento econômico, mas também ensinará algumas lições a quem não estiver disposto a se abrir ao novo: “pessoas que ficarem criticando e julgando os outros, sentirão um peso muito grande em maio.”

 

Após um ano complicado como 2020, nada melhor do que boas notícias. E assim segue o primeiro semestre de 2021. De acordo com Ricardo Muri, conhecido como o astrólogo das celebridades e responsável pelo mapa astral de nomes como Leo Santana, Juliana Paes e Kelly Key, “as previsões para o início desse ano são as mais positivas e incríveis no sentido de expansão”. A explicação para isso é que Júpiter entrará na constelação de Aquário, o que traz um senso de otimismo e liberdade. De acordo com o astrólogo, é principalmente tempo de abrir a cabeça para as novidades que estão por vir e deixar o passado para trás.

 

“Pessoas que estavam presas a coisas do passado e apegadas a dar novas chances a velhas histórias que já não deram certo emocionalmente, começarão a se desapegar nos dois primeiros meses”, afirma Ricardo. “O movimento de Júpiter e Saturno trazem a quebra de muitos paradigmas de conservadorismo. É como se de repente o mundo começasse a se abrir de uma forma muito mais plena, contundente e séria para uma nova história”.


 

Evolução necessária

 

Nem só de calmaria vive o primeiro semestre. De acordo com Muri, em aproximadamente três meses, o Sol fará uma quadratura com Plutão, o que revela alguns momentos de tensão. “Nesses dois primeiros meses, o mundo está dando a oportunidade de abrirmos os olhos para o novo mundo e quem entender esse recado, enfrentará melhor o mês de maio”, e deixa o alerta importante: “Pessoas que continuarem julgando o próximo, criticando muito e que não quiserem abrir novos espaços sentirão um peso muito grande nas costas entre maio e junho. Veremos pessoas perdidas, sentindo uma grande chacoalhada do universo”.


 

Ano do amor

 

Regido por Vênus, 2021 não poderia ser diferente e estará muito propício ao amor. A partir de março o ano astrológico começa a ser contado, quando o planeta regente entra na constelação de Áries. “Pessoas que não namoravam há muito tempo, começarão a olhar para essa nova oportunidade. O amor será potencializado no mundo, a paz, a harmonia, estaremos mais carinhosos e compreensivos uns com os outros e em busca de uma vida com mais alegrias”, conta, dizendo que será um tempo em que mais sorrisos serão vistos.


 

Prosperidade na economia

 

Além de um símbolo do amor, Vênus também representa o comércio. Segundo o astrólogo, o ano regido pelo planeta indica que também a partir de março haverá um “boom” na economia, favorecendo comércio e mercado financeiro. O momento será principalmente propício a empresas e novas ideias no setor de tecnologia. “As pessoas abrirão mais espaço e entrarão mais no mercado digital”.


 

Signos em evidência

 

Touro: Regidos por Vênus, os taurinos estarão em seu grande momento, que será muito propício ao comércio e prosperidade financeira.

 

Libra: Também regido por Vênus, o signo de Libra será favorecido nos namoros, relacionamentos, casamentos, equilíbrio emocional, respeito, olhar ao próximo e menos ego.

 

Sagitário: A partir do momento em que Júpiter encaixou na constelação de Aquarius, os sagitarianos vão sentir mais liberdade, a leveza característica do signo, uma expansão e grande alegria de viver.

 

Aquário: É o signo do futuro, e vai se beneficiar muito com a evolução digital do marketing, mercado e tecnologias de inovação.

 

 

 

Ricardo Muri

 

https://astromuri.com.br/

https://www.instagram.com/ricardomuriastrologo


Meus pedidos para 2021

No finalzinho do ano que acabou, tive uma conversa séria com o papai Noel: queria deixar claro quais eram os meus pedidos para 2021.


- Papai Noel, esse ano eu fui uma boa menina então eu queria te pedir umas coisinhas…Muita saúde, bastante amor e um pouquinho de dinheiro, pode ser?

- Pode sim, só que pra esse presente chegar eu preciso de uma ajuda sua. Você está

disposta a fazer a sua parte?



Você pode estar achando estranho que eu esteja falando sobre uma conversa que tive com o bom velhinho. Acontece que, se você for como eu e estiver - depois desse 2020 difícil que tivemos - precisando exatamente dessas coisas que eu pedi, então fique aqui comigo mais um pouco que vou revelar o segredo do bom Noel para ter mais saúde, amor e dinheiro.

Vamos direto ao ponto: a chave para receber esses presentes, segundo o papai Noel é cultivar a felicidade.

Mas como assim? Felicidade pode trazer mais sucesso e dinheiro? E quanto ao amor ou à saúde? Será que isso faz sentido? Em geral, pensamos o contrário: buscamos saúde, amor e sucesso, e cremos que isso nos levará à felicidade. Quantas vezes ouvimos (ou dissemos) frases como: "quando eu comprar um carro eu vou ser feliz", ou "quando eu arrumar um namorado eu serei feliz" ou "quando eu perder três quilinhos aí então eu estarei feliz"? E podemos substituir o que vem depois do "quando" nesses exemplos que eu dei por milhares de outras coisas que vão desde mudar de emprego, arrumar um trabalho ou pagar o apartamento até casar, ter uma vida mais saudável ou mais tempo com a família. O fato é que sempre associamos a felicidade à uma consequência dos nossos objetivos, não à causa deles.

Existe um campo de estudos que é chamado de ciência da felicidade. Ele nasceu da psicologia positiva, um movimento recente dentro da psicologia que se ocupa daquilo que traz bem estar para as pessoas.

Até há muito pouco tempo atrás, a psicologia era mais voltada para a patologia, ou seja, se ocupava mais das questões de doença mental do que da sanidade mental. Assim, a psicologia positiva vem para contrabalancear essa situação, focando na qualidade de vida, plenitude e felicidade dos indivíduos.

Uma das conclusões mais importantes a que os pesquisadores da psicologia positiva chegaram é a de que as nossas emoções e sentimentos afetam diretamente a nossa vida: desde a forma como interagimos com o mundo, nos relacionamentos, até a nossa aprendizagem, nosso crescimento pessoal e profissional.

Pode parecer óbvio, mas isso traz uma consequência muito relevante: significa que se houver uma maneira de melhorar a forma como nos sentimos e de mudar positivamente nossas emoções, podemos ter uma vida melhor, com melhores relacionamentos e até mais sucesso profissional e financeiro.

Ou seja, o fato é que ser mais feliz pode sim gerar mais saúde, amor e dinheiro!

A ciência comprova que o nível de felicidade de um indivíduo traz resultados palpáveis nessas três áreas. Na saúde, o benefício não é apenas o mais óbvio, ligado à saúde mental. As pesquisas demonstraram que ser feliz faz bem para o coração: a felicidade diminui a frequência cardíaca e regula a pressão arterial, o que reduz significativamente o risco de doenças cardiovasculares.

A felicidade também fortalece o sistema imunológico (o que, nesse momento que estamos vivendo, é extremamente bem-vindo): num experimento realizado recentemente, depois de serem contaminadas com vírus da gripe, pessoas rabugentas foram as mais propensas a desenvolver a doença e aquelas que experienciavam mais emoções positivas ficaram mais saudáveis - mesmo sendo expostas à mesma carga viral. Num outro estudo, desenvolvido com a vacina da hepatite B, as pessoas mais felizes tiveram uma resposta de anticorpos à vacina quase duas vezes mais alta que os demais, o que é um indicador de um sistema imunológico mais robusto.

Além disso, níveis mais altos de felicidade combatem o estresse - que pode desencadear mudanças biológicas e hormonais e provocar uma série de enfermidades. Um experimento indicou que pessoas felizes têm níveis até 23% mais baixos de cortisol no organismo, hormônio que está diretamente relacionado com o estresse. A felicidade, ademais de tudo isso, está relacionada com a longevidade: estudos evidenciam que pessoas que apresentam mais emoções positivas têm uma expectativa de vida maior que a média da população.

Sobre o amor - e aqui não estou falando apenas a respeito do amor romântico, mas também sobre a família, os amigos e o parceiro (ou parceira): quem é feliz vive relacionamentos melhores. Isso porque a felicidade libera componentes neuroquímicos que fazem com que as pessoas se conectem mais e fiquem mais satisfeitas com as suas relações. Em geral, quem se considera feliz tem uma coisa muito importante para o amor: positividade. Ver o lado bom da vida. Quem só olha para as coisas ruins, tem uma tendência muito maior a criticar o outro, já quem tem um olhar mais positivo vê o outro com muito mais compaixão.

Outros comportamentos geralmente relacionados com gente feliz, como a empatia (que é a capacidade de entender os sentimentos do outro e se colocar no seu lugar), tornam toda a comunicação melhor, o entendimento mais possível e consequentemente geram uma maior conexão. E isso vale para o marido ou a esposa, o namorado ou namorada, mas igualmente para a família, ou mesmo para alguém do trabalho - esse tipo de conduta gera melhores relacionamentos em todas as áreas da vida.

Felicidade é também uma medida da inteligência emocional de um indivíduo, em todos os seus pilares: autoconhecimento e autocontrole emocional, automotivação (até porque, esse olhar mais positivo para o mundo faz com que a pessoa consiga ver muito mais motivos para realizar aquilo que deseja), entendimento das emoções do outro (já falamos sobre a importância da empatia) e habilidade em lidar com as emoções nas relações interpessoais. Ou seja, quanto mais feliz se é, mais inteligente a pessoa será.

E quanto ao dinheiro? O nosso dinheiro vem do nosso sucesso profissional. E o sucesso está intimamente relacionado com a felicidade. Caramba, o sucesso também?? Sim, pesquisas realizadas nos últimos dez anos sugerem que as características atreladas às pessoas felizes - emoções positivas como entusiasmo, otimismo e serenidade - promovem resultados positivos no ambiente de trabalho.

Por que isso ocorre? Em primeiro lugar, porque pessoas mais felizes estão mais satisfeitas com seus empregos. Como consequência, elas se engajam mais com o seu trabalho e acabam performando melhor. Um estudo realizado pela Universidade da Califórnia identificou que trabalhadores felizes são, em média, 31% mais produtivos, três vezes mais criativos e vendem 37% a mais em comparação com outros.

Além disso, eles recebem um maior suporte dos seus colegas de trabalho e têm melhores avaliações de performance. Aqui, algumas pesquisas revelam que os seres humanos são em parte influenciados pelo que os pesquisadores chamam de "efeito auréola" - que é quando a avaliação positiva de uma parte resulta numa avaliação positiva do todo. No caso da felicidade, por exemplo, ficou comprovado que quando outras pessoas avaliam alguém como "feliz" (o que seria a avaliação de uma parte ou de um critério), elas têm a tendência a expandir essa avaliação positiva para outras áreas (como a competência profissional). Dessa forma, teríamos uma opinião mais ou menos assim: "A Juliana é tão feliz, ela deve ser ótima no seu trabalho também".

Ou seja, por tudo isso que coloquei aqui, aumentar nosso nível de felicidade parece ser o primeiro passo para atingir nossos objetivos. Ser feliz não tem contraindicações e traz inúmeros benefícios.

É por tudo isso que eu resolvi fazer o que o papai Noel me recomendou e tentar ser mais feliz nesse ano que se inicia. Afinal, parece que ele acompanhou as pesquisas feitas no último século sobre felicidade e seus efeitos na nossa vida e está na vanguarda do conhecimento!

Claro que nesse cenário complexo que vamos todos enfrentar em 2021 essa tarefa não vai ser fácil, mas é importante termos esse lembrete e mantermos sempre em mente o que vamos ganhar deixando de lado o mal humor e a negatividade e abraçando a felicidade. Sendo assim, eu recomendo que você salve ou imprima esse artigo e volte a ele toda vez que o desânimo te alcançar. Desse modo você renovará o seu compromisso com seus objetivos e refrescará o entendimento das vantagens de tentar sempre ser feliz.

Um FELIZ ano novo para você, repleto de conquistas e cheio de saúde, amor e sucesso.



Ju Ferreira - palestrante e mentora, criadora da metodologia Alquimia Pessoal, executiva de uma empresa de TI há 17 anos.


Meditação combate degeneração cognitiva e provoca aumento de massa cinzenta

 

A especialista em meditação Debora Garcia aponta que 30 minutos de prática diária já apresentam grandes resultados a curto prazo 

 

Paz interior. Clareza de pensamentos. No imaginário popular, a prática meditativa é apenas uma ferramenta para alcançar um estado zen, porém, a ciência vem demonstrando que há ganhos mais significativos que apenas o bem-estar.  

Uma pesquisa conduzida por Harvard Medical School, em parceria com o Hospital Geral de Massachusetts, comprovou que a mente dos praticantes de meditação é acometida por um aumento na densidade de massa cinzenta no hipocampo esquerdo, parte do cérebro associada ao aprendizado e armazenamento de informações. 

“Essa região é responsável pela memória e é uma das poucas que continua ganhando novos neurônios ao longo da vida. Apesar dessa característica, fatores como estresse, por exemplo, tendem a prejudicar essa área. Quando estamos em alta e continua tensão, o corpo tende a liberar cortisol abundantemente, o que impede que o cérebro produza novos neurônios”, explica Débora Garcia.   

Foi identificado ainda que outras regiões do cérebro obtiveram aumento de massa cinzenta após oito semanas de prática: córtex cingulado posterior e em dois pontos do cerebelo, o que reforça a percepção dos praticantes sobre a melhora na memória, redução do stress e regulação emocional. 

Ainda durante o estudo, os pesquisadores observaram uma manutenção cognitiva. Foi constatado que os praticantes analisados, que tinham entre 25 e 50 anos, tinham a mesma quantidade de massa cinzenta que os de 25 anos, demonstrando uma clara regressão da denegação natural dessa massa causada pela idade. 

Debora cita que em outro estudo publicado na Journal of Cognitive Enhancement, os pesquisadores observaram que praticantes que se mantiveram meditando tiveram benefícios cognitivos, sendo menos afetados pela perda cognitiva natural do envelhecimento. 

Outro benefício muito observado é o aumento da criatividade, que de acordo com a visão da especialista tem relação com a clareza mental que a prática proporciona. “Ao reduzir os julgamentos, visto que quem medita aprende a ser um observador de si mesmo, a pessoa tende a desenvolver uma maior receptividade as próprias ideias e assim dar vasão para esse lado mais criativo”, garante.

 

 

Créditos - Foto: Divulgação / MF Press Global


Saúde incentiva doação de sangue antes de receber vacina contra a Covid-19

Volume de doação, que caiu durante a pandemia, pode diminuir ainda mais devido ao tempo de inaptidão causado por alguns tipos de imunizantes

 

Enquanto dá seguimento ao Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, o Ministério da Saúde incentiva que os brasileiros doem sangue no hemocentro mais próximo antes de serem vacinados. O apelo mais recente surge pelo impedimento temporário para que aqueles que receberam certos tipos de vacinas compareçam aos locais de doação.

O tempo de inaptidão existe porque o micro-organismo da imunização, ainda que na forma atenuada, ainda circula por um período determinado no sangue do doador. Em caso de pacientes imunossuprimidos, há um risco de o receptor desenvolver a doença para a qual o doador foi vacinado. O coordenador de sangue e hemoderivados do Ministério da Saúde, Roberto Firmino, explica a necessidade deste intervalo: 

“O modo de fabricação das vacinas pode levar riscos a um paciente que receba o sangue, tendo em visto que seu sistema imunológico já se encontra debilitado pela própria condição de saúde. Ao receber uma vacina, o organismo imediatamente desenvolve reações necessárias para que o imunizante tenha efeito, e estas reações podem levar a resultados imprecisos dos exames sorológicos ou tornar irreconhecível efeitos adversos da vacina ou alterações pós doação”. 

A norma no Brasil determina dois períodos diferentes conforme o tipo de vacina aplicada: 

- Após vacinas de vírus ou bactérias inativados, toxoides ou recombinantes – 48 horas.

- Após vacinas de vírus ou bactérias vivos e atenuados – 4 semanas.

O imunizante produzido pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac funciona com vírus inativado, de modo que se encaixa no período de 48 horas. Já o tempo de inaptidão para as pessoas que receberem o imunizante da AstraZeneca/Oxford, produzido no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), é de quatro semanas, por se tratar de uma vacina de vetores virais. 

"A população precisa estar ciente sobre os períodos de restrição para doação de sangue após receber a vacina. Por isso, enfatizamos a importância de os doadores fazerem suas doações antes de receberem a vacina. A doação de sangue é segura e não contraindica a vacinação, podendo inclusive receber a vacina logo em seguida à doação", afirma Rodolfo Firmino. 

MENOS DOADORES 

A pandemia causou queda na doação de sangue. Com menos pessoas em circulação nas ruas, o Ministério da Saúde registrou diminuição de doadores nos hemocentros que, em 2020, variou entre 15% e 20%. Além disso, o primeiro mês do ano é considerado período de férias, quando também é esperada redução nos estoques de sangue. 

O Ministério da Saúde esclarece que ainda não houve registro de desabastecimento no Brasil, mas alguns hemocentros já necessitam de apoio da população com certos tipos sanguíneos. 

Por conta da pandemia, os hemocentros pelo país adotaram medidas de segurança para evitar aglomerações e outros fatores de propagação do coronavírus. Os doadores precisam agendar um horário de atendimento, via internet ou telefone (consulte o hemocentro da sua região para mais detalhes), e cada unidade passa pelo devido procedimento de higienização, tanto dos locais de circulação quanto para lavagem de mãos das pessoas. 

“Cabe ressaltar que o Ministério da Saúde, em conjunto com a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), publicou Nota Técnica para inaptidão de pacientes com Covid-19 ou em convalescência, de modo a afastá-los dos centros de coleta por um período de segurança para manter o sangue, os doadores e os pacientes receptores ainda mais seguros”, acrescenta Firmino. 


MONITORAMENTO E GESTÃO 

O Ministério da Saúde acompanha diariamente o quantitativo de bolsas de sangue em estoque nos maiores hemocentros estaduais, e ativou, no início da pandemia, o Plano Nacional de Contingência. Essa estratégia permite uma possível antecipação na tomada de decisão para minimizar o impacto de eventuais desabastecimentos. 

Atualmente, a taxa de doação de sangue voluntária da população brasileira é de 1,6%, número que está dentro do preconizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Em 2019, a pasta investiu R$ 1,5 bilhão na rede de sangue e hemoderivados no Brasil e R$ 1,6 bilhão em 2020. O valor engloba aquisição de medicamentos e equipamentos, reformas, ampliação e qualificação da rede. 

Além disso, em 2020, em razão da pandemia, a Campanha Nacional de Promoção da Doação Voluntária de Sangue realizada pelo Ministério da Saúde – lançada em junho e reforçada em novembro em comemoração ao Dia Nacional do Doador de Sangue – teve como foco a importância de a população continuar doando sangue apesar das restrições de deslocamento, uma vez que seu consumo é diário e contínuo, pois as anemias crônicas, cirurgias de urgência, acidentes que causam hemorragias, complicações da dengue, febre amarela, tratamento de câncer e outras doenças graves ainda ocorrem todos os dias. 

Cabe lembrar que não há um substituto para o sangue e sua disponibilidade é essencial em diversas situações. 



Rodrigo Vasconcelos

Ministério da Saúde


Dia Mundial do Câncer: aconselhamento genético e biópsia minimamente invasiva são aliados no tratamento

O Dia Mundial do Câncer, formalizado no dia 4 de fevereiro, é uma iniciativa global organizada pela União Internacional para o Controle do Câncer (UICC) com o apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS). Com o tema #IAmAndIWill (#EuSoueEuVou), a data tem como objetivo aumentar a conscientização e a educação mundial sobre a doença, além de influenciar governos e indivíduos para que se mobilizem pelo controle do câncer.

 

Atualmente, 7,6 milhões de pessoas no planeta morrem em decorrência de câncer a cada ano. Estima-se que 1,5 milhão de mortes anuais poderiam ser evitadas com medidas adequadas. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), no Brasil, para o sexo masculino, os tipos de câncer mais preponderantes atualmente são os de próstata, intestino e pulmão. Para as mulheres, os mais comuns são câncer de mama, intestino e colo de útero. O câncer pode acometer indivíduos de qualquer idade, mas geralmente é observado em faixa etária mais elevada, entre 60 e 79 anos.

 

 

O que causa um câncer?

 

Segundo Lucas Sant’Anna, médico oncologista que integra o corpo clínico do Onco Center Dona Helena, de Joinville (SC), o câncer ocorre quando células do nosso organismo passam a se dividir de forma descontrolada e adquirem ainda capacidade de invadir outras estruturas do corpo. “Para que ocorra a mudança de uma célula normal para uma maligna, é necessário que haja alguma alteração no DNA da célula”, explica, frisando que essas alterações são influenciadas por diversos fatores, sendo alguns dependem de nosso estilo de vida, por isso a importância da adoção de hábitos saudáveis, como praticar exercícios regularmente, evitar consumo de álcool em excesso, evitar o tabagismo e manter uma alimentação balanceada. “Também existem outros fatores que têm relação com características genéticas dos pacientes desde o seu nascimento. Por exemplo, defeitos em certos genes podem elevar risco de alguns tipos de câncer, assim como algumas características individuais também podem elevar este risco, como a cor de pele (a branca pode ser fator de risco para o câncer de pele e a negra para câncer de próstata)”, detalha.

 

 

A oncogenética aliada ao tratamento precoce

 

A oncogenética  é uma ciência que estuda os aspectos moleculares, celulares, clínicos e terapêuticos de síndromes de predisposição ao câncer. “O objetivo principal é identificar portadores de defeitos genéticos que aumentariam as chances do indivíduo desenvolver câncer e, então, atuar de forma preventiva para reduzir o risco, por meio de exames de rastreamento, cirurgias preventivas e/ou terapias”, detalha Lucas.

 

O aconselhamento genético pode ser um grande aliado, pois o câncer, na maioria das vezes, é curável desde que diagnosticado em fase mais precoce. “Logo, a melhor estratégia para aumentar as chances de cura é justamente a realização de exames de rastreamento que possam identificar a doença em fase mais inicial”, frisa o profissional.

 

 

Preferência por procedimentos minimamente invasivos

Durante a investigação da suspeita de câncer, o médico oncologista pode solicitar uma biópsia de um nódulo detectado em exames. No Hospital Dona Helena, procura-se dar preferência para tratamentos minimamente invasivos, como a biópsia percutânea, sem necessidade de cirurgia. 

O procedimento minimamente invasivo pode ser realizado em pacientes de todas as idades. “É preciso uma avaliação para saber que tipo de célula tem naquele nódulo e qual é o tipo de tumor que estamos lidando. Para isso, precisamos tirar um pedacinho dessa lesão”, ressalta Bruno Miranda, especialista em radiologia, diagnóstico por imagem e em medicina intervencionista da dor, que integra o corpo clínico do Hospital Dona Helena. “Por meio de exames de imagem, como ultrassom e tomografia computadorizada, conseguimos localizar a lesão e retirar fragmentos por meio de uma agulha”, detalha. 

A técnica é feita com anestesia local, na maioria das vezes com o paciente acordado. Geralmente, ele é liberado logo após o procedimento ou depois de algumas horas em observação. A intervenção é feita pela equipe de radiologia intervencionista do Hospital Dona Helena. “É um procedimento bastante seguro. Normalmente o paciente não sente dor, ou sente muito pouca, e é liberado sem nenhuma intercorrência.”

 


Um tratamento multidisciplinar e humanizado

OncoCenter Dona Helena


 

Marcela Güther


Fevereiro Roxo: pequenas mudanças de comportamento podem indicar Doença de Alzheimer

Ele esqueceu de pagar o aluguel. Ela confundiu os trajetos e, em vez de ir ao trabalho, foi ao supermercado. A cada dia, ele fica um pouco mais silencioso e contemplativo, os olhos parecem olhar para o nada. Ela tem pequenos surtos de agressividade e não se lembra de nomes. Não existe um exame laboratorial que simplesmente detecte a doença. Na maioria das vezes, o diagnóstico é consolidado por avaliações clínicas após anos de mudanças comportamentais que, no início, parecem normais ao avançar da idade. A Doença de Alzheimer caminha vagarosamente até tornar a pessoa incapaz dos atos mais corriqueiros. Uma pessoa com Alzheimer transforma a vida de toda a família.


Desde 2014 celebra-se o Fevereiro Roxo, mês dedicado à conscientização sobre a Doença de Alzheimer, mal que acomete cerca de 36 milhões de pessoas no mundo e 1,2 milhão no Brasil. Trata-se de uma enfermidade ainda incurável, equivocadamente referida como "esclerose" ou "caduquice". Conforme descrito pela Associação Brasileira de Alzheimer, "a doença se apresenta como demência, ou perda de funções cognitivas (memória, orientação, atenção e linguagem), causada pela morte de células cerebrais".

O advogado Vilson Leoni Sant’Anna tinha 50 anos quando começou, ocasionalmente, a apresentar pequenos lapsos de memória. Foi diagnosticado com Alzheimer 10 anos depois. Hoje, aos 77, já não fala, vive acamado, esboça eventualmente algumas reações. "Ele conserva a capacidade de se emocionar", conta Maria Lúcia Sant’Anna, sua esposa.

"Nosso cérebro é uma casa em que, com a doença, as luzes vão se apagando. Especialistas afirmam que a última luz que se apaga é a luz das artes, por isso eu ponho música para ele ouvir", diz Maria Lúcia.

Há uma razão especial para isso: além de advogado, Vilson era músico, um multi-instrumentista virtuoso. Sua mulher narrou à reportagem um acontecimento inusitado. Há cerca de quatro anos, quando ele ainda tinha capacidade de falar, com a memória já praticamente inexistente, ela o fez ouvir uma gravação dele próprio executando uma peça musical. E lhe perguntou: "Você sabe quem está tocando?". Ao que ele respondeu, provocando nela profunda emoção: "Lógico que sei. Sou eu".

No caso de Vilson, o Alzheimer, nas primeiras manifestações, tornou-o um gastador como nunca havia sido. Simplesmente perdeu a noção de cuidado com o dinheiro. "Quando ele parou de trabalhar, já não ganhava nada e estava endividado - tudo fruto da mudança de comportamento. Antes, ele nunca fez uma dívida sequer", descreve Maria Lúcia, professora aposentada que, hoje, dedica-se integralmente a cuidar do marido.

Vilson e Maria Lúcia vivem na cidade de Bauru, no interior paulista, e contam com ajuda dos três filhos, todos já independentes, mas que não têm condições de lhes assegurar todos os recursos financeiros de que necessitam. Eles contam com apoio da Caixa de Assistência dos Advogados de São Paulo, da qual recebem auxílio mensal em dinheiro e medicamentos.

"A ajuda da CAASP tem sido fundamental para que tenhamos um vida digna", agradece Maria Lúcia.

A ciência ainda não descobriu as razões do surgimento da Doença de Alzheimer em determinados organismos. O que se sabe é que ela decorre do depósito de placas senis de proteína beta-amiloide no cérebro. Outra característica da doença é a redução do número de neurônios e das ligações entre eles - as sinapses -, acarretando redução progressiva do volume cerebral.

Segundo a Associação Brasileira de Alzheimer, "a certeza do diagnóstico só pode ser obtida por meio do exame microscópico do tecido cerebral do doente após seu falecimento. Antes disso, esse exame não é indicado, por apresentar riscos ao paciente. Na prática, o diagnóstico da Doença de Alzheimer é clínico, isto é, depende da avaliação feita por um médico, a qual irá definir, a partir de exames e da história do paciente, qual a principal hipótese para a causa da demência".

Hoje a Doença de Alzheimer não tem cura, mas os avanços da medicina permitem que os pacientes tenham maior sobrevida e melhor qualidade de vida enquanto as pesquisas progridem. Além disso, já se demonstrou que atividades de estimulação cognitiva, social e física favorecem a manutenção de habilidades preservadas e a funcionalidade. Mas é importante saber: a quantidade e a qualidade desses estímulos devem ser monitoradas e avaliadas a partir das respostas do paciente.

Embora não seja considerada uma doença hereditária, familiares de pessoas com Alzheimer têm risco maior de desenvolvê-la. Pessoas com histórico de atividade intelectual intensa e alta escolaridade tendem a desenvolver os sintomas em estágio mais avançado da atrofia cerebral, demonstrou-se, pois é necessária maior perda de neurônios para que os sintomas se manifestem. Daí concluiu-se que uma maneira de retardar o processo da doença é a estimulação cognitiva constante e diversificada ao longo da vida.

Hipertensão, diabetes, obesidade, sedentarismo e tabagismo são fatores de risco, porém modificáveis. Há estudos comprovando que, controlados tais hábitos, retarda-se o surgimento da Doença de Alzheimer.


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