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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

Dia Mundial do Câncer: aconselhamento genético e biópsia minimamente invasiva são aliados no tratamento

O Dia Mundial do Câncer, formalizado no dia 4 de fevereiro, é uma iniciativa global organizada pela União Internacional para o Controle do Câncer (UICC) com o apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS). Com o tema #IAmAndIWill (#EuSoueEuVou), a data tem como objetivo aumentar a conscientização e a educação mundial sobre a doença, além de influenciar governos e indivíduos para que se mobilizem pelo controle do câncer.

 

Atualmente, 7,6 milhões de pessoas no planeta morrem em decorrência de câncer a cada ano. Estima-se que 1,5 milhão de mortes anuais poderiam ser evitadas com medidas adequadas. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), no Brasil, para o sexo masculino, os tipos de câncer mais preponderantes atualmente são os de próstata, intestino e pulmão. Para as mulheres, os mais comuns são câncer de mama, intestino e colo de útero. O câncer pode acometer indivíduos de qualquer idade, mas geralmente é observado em faixa etária mais elevada, entre 60 e 79 anos.

 

 

O que causa um câncer?

 

Segundo Lucas Sant’Anna, médico oncologista que integra o corpo clínico do Onco Center Dona Helena, de Joinville (SC), o câncer ocorre quando células do nosso organismo passam a se dividir de forma descontrolada e adquirem ainda capacidade de invadir outras estruturas do corpo. “Para que ocorra a mudança de uma célula normal para uma maligna, é necessário que haja alguma alteração no DNA da célula”, explica, frisando que essas alterações são influenciadas por diversos fatores, sendo alguns dependem de nosso estilo de vida, por isso a importância da adoção de hábitos saudáveis, como praticar exercícios regularmente, evitar consumo de álcool em excesso, evitar o tabagismo e manter uma alimentação balanceada. “Também existem outros fatores que têm relação com características genéticas dos pacientes desde o seu nascimento. Por exemplo, defeitos em certos genes podem elevar risco de alguns tipos de câncer, assim como algumas características individuais também podem elevar este risco, como a cor de pele (a branca pode ser fator de risco para o câncer de pele e a negra para câncer de próstata)”, detalha.

 

 

A oncogenética aliada ao tratamento precoce

 

A oncogenética  é uma ciência que estuda os aspectos moleculares, celulares, clínicos e terapêuticos de síndromes de predisposição ao câncer. “O objetivo principal é identificar portadores de defeitos genéticos que aumentariam as chances do indivíduo desenvolver câncer e, então, atuar de forma preventiva para reduzir o risco, por meio de exames de rastreamento, cirurgias preventivas e/ou terapias”, detalha Lucas.

 

O aconselhamento genético pode ser um grande aliado, pois o câncer, na maioria das vezes, é curável desde que diagnosticado em fase mais precoce. “Logo, a melhor estratégia para aumentar as chances de cura é justamente a realização de exames de rastreamento que possam identificar a doença em fase mais inicial”, frisa o profissional.

 

 

Preferência por procedimentos minimamente invasivos

Durante a investigação da suspeita de câncer, o médico oncologista pode solicitar uma biópsia de um nódulo detectado em exames. No Hospital Dona Helena, procura-se dar preferência para tratamentos minimamente invasivos, como a biópsia percutânea, sem necessidade de cirurgia. 

O procedimento minimamente invasivo pode ser realizado em pacientes de todas as idades. “É preciso uma avaliação para saber que tipo de célula tem naquele nódulo e qual é o tipo de tumor que estamos lidando. Para isso, precisamos tirar um pedacinho dessa lesão”, ressalta Bruno Miranda, especialista em radiologia, diagnóstico por imagem e em medicina intervencionista da dor, que integra o corpo clínico do Hospital Dona Helena. “Por meio de exames de imagem, como ultrassom e tomografia computadorizada, conseguimos localizar a lesão e retirar fragmentos por meio de uma agulha”, detalha. 

A técnica é feita com anestesia local, na maioria das vezes com o paciente acordado. Geralmente, ele é liberado logo após o procedimento ou depois de algumas horas em observação. A intervenção é feita pela equipe de radiologia intervencionista do Hospital Dona Helena. “É um procedimento bastante seguro. Normalmente o paciente não sente dor, ou sente muito pouca, e é liberado sem nenhuma intercorrência.”

 


Um tratamento multidisciplinar e humanizado

OncoCenter Dona Helena


 

Marcela Güther


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