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terça-feira, 11 de agosto de 2020

Preocupação com meio ambiente reduz durante pandemia

Saiba como estimular as crianças a pensarem na natureza, mesmo dentro de casa


O noticiário sobre meio ambiente reduziu significativamente durante o período de pandemia para dar espaço a informações sobre o avanço do novo coronavírus no país e no mundo. Somado ao isolamento social, pelo qual o contato com a natureza foi substituído por meses inteiros dentro de casa, é normal que a preocupação com o planeta tenha ficado esquecida durante a pandemia. É o que mostra uma pesquisa recente do Instituto Ipsos, realizada com 16 mil entrevistados de 16 países, no período de 21 a 24 de maio de 2020. Segundo o estudo, embora 85% defendam que o governo deve priorizar a preservação do meio ambiente na retomada pós-pandemia, 41% dos ouvidos no Brasil admitem que o tema da proteção ambiental não está na sua própria lista de prioridades no momento.

Longe das escolas, onde, em grande parte das vezes, os alunos recebem dos professores ensinamentos relacionados à educação ambiental, crianças e adolescentes não precisam passar toda a quarentena sem abordar conceitos sustentáveis e colocar em prática atitudes ecologicamente corretas. Os pais, em casa, podem ajudar os filhos a enxergar o que deve ser feito. Lixo doméstico, consumo consciente e energia elétrica são temas que podem ser abordados pelos pais durante uma conversa. De acordo com o professor do Colégio Positivo e assessor pedagógico da disciplina de Matemática do CIPP (Centro de Inovação Pedagógica, Pesquisa e Desenvolvimento do Colégio Positivo), Dirceu Fedalto, a vida moderna trouxe inúmeras comodidades para os setores industrial e comercial, assim como para os ambientes domésticos. "O problema é que todo esse conforto gera uma produção cada vez maior de lixo, que na sua grande maioria acaba em lixões ou aterros, quando não é descartado de forma incorreta e acaba chegando nos rios e mares. Para mudar isso nós podemos começar modificando nossos hábitos de consumo. Reduzir, reusar, reciclar são termos que devem sair do campo do discurso para a prática", alerta Fedalto. 

O professor cita algumas dicas que podem começar a ser adotadas no dia a dia das famílias e que pais podem passar para os filhos: utilização de sacolas retornáveis para as compras do mercado; redução do consumo de papel - imprimindo apenas aquilo que for indispensável - e também de plástico; dar preferência a produtos e empresas que façam uma gestão adequada de resíduos; e, claro, fazer a separação correta para que a maior quantidade possível de lixo produzido possa, de fato, ser reciclado. As dicas de Fedalto vão ao encontro de um conceito que em outros países já está amplamente incorporado à sociedade: a economia circular. Segundo a professora de Tecnologia e Inovação do Colégio Positivo e assessora pedagógica do CIPP (Centro de Inovação Pedagógica, Pesquisa e Desenvolvimento do Colégio Positivo), Micheline Castelli de Souza, em uma economia circular, a atividade econômica constrói e reconstrói a saúde geral do sistema por meio de estratégias de redução, reutilização, recuperação e reciclagem do que é produzido e da energia gerada. "Estamos falando de um trabalho efetivo em todas as escalas, nos grandes e nos pequenos negócios, atividades globais ou locais.

A ideia parece distante, mas Micheline garante que os pais, em casa, podem mostrar para seus filhos como se comportar a fim de colocar em prática esse conceito. "São gestos simples e ensinamentos que podem ser incorporados ao hábito como, por exemplo, criar compostas nos jardins públicos para os moradores destinarem o lixo orgânico; dizer não aos canudos de plástico; preferir comprar produtos a granel no mercados, evitando assim que embalagens desnecessárias gerem ainda mais lixo; preferir o transporte por meio de bicicletas e patinetes - não poluentes; modificar a forma de consumo, dando preferência às coisas usadas e produtos artesanais; preferir marcas que aproveitam as sobras de tecido e não incineram; além de destinar corretamente os lixos eletrônicos às empresas que providenciam o reaproveitamento adequado", explica Micheline.

O uso da energia elétrica é outro tema bastante importante para ser tratado com crianças e jovens, já que o consumo consciente pode diminuir os impactos sofridos pela natureza devido à geração de energia. Segundo especialistas, os impactos ambientais para a geração de energia elétrica seriam diminuídos se cada cidadão passasse a economizar, em média, 15% de toda energia consumida em sua residência. Muitas vezes, o assunto é motivo de conflito em família porque crianças e jovens não se dão conta da importância, por exemplo, de apagar sempre a luz quando deixa um ambiente ou desligar a TV quando não está assistindo. De acordo com o professor de Física do Colégio Positivo e também assessor pedagógico da disciplina no CIPP, Fabiano de Freitas, pode-se começar orientando os filhos a evitar abrir a porta de geladeira com frequência e sem necessidade. "Quando abrimos a porta de uma geladeira, o ar em seu interior aumenta de temperatura, de forma que a geladeira precisa refrigerá-lo novamente, usando assim mais energia", explica Freitas. 

O ar-condicionado e o aquecedor são outros aparelhos que merecem atenção, segundo o professor: eles consomem muita energia e seu uso deve ser moderado. "Ensine os filhos a programar para que eles sejam desligados durante a madrugada", recomenda. E para concluir, o tempo dos banhos é outra dica valiosa. Freitas ressalta que o chuveiro elétrico é um dos aparelhos que mais aumenta a conta de energia. "Devemos orientar desde cedo crianças e jovens para que não se estendam no chuveiro mais que o tempo necessário, mostrando que dessa forma economizamos energia elétrica e água".

Trabalhar essas formas de pensar junto a crianças e jovens é garantir o futuro do planeta. E, enquanto a quarentena não termina, pais podem ser - em casa - os agentes dessa transformação.

 

O poder da empatia no bem estar das empresas

Cada vez mais a ideia de competitividade dentro das empresas tem ficado para trás. As organizações do mundo todo já notaram a importância de humanizar os processos, assim como ajustar a comunicação e as relações interpessoais, tanto com clientes como com os próprios colaboradores. 

Historicamente, a sociedade tem se desenvolvido baseada em relações de abuso de poder, tanto o financeiro como o intelectual e o biológico. Entretanto, finalmente, começamos a discutir a empatia, ou seja, a atitude de colocar-se no lugar do outro.

Não há época mais propícia para colocarmos esta atitude em prática. Estamos atravessando um dos momentos mais frágeis do século. A crise, impulsionada pelo novo coronavírus, não escolheu gênero, classe ou região, ela veio e reconfigurou toda nossa vida, a rotina, a forma de trabalho e de nos relacionarmos. A saúde e a tecnologia ganharam a linha de frente do protagonismo positivo e atitudes voltadas ao outro passaram a ganhar mais espaço, inclusive, nas empresas.

O local de trabalho, mesmo que ainda tenha um potencial violento no ponto de vista psicológico, teve que quebrar as barreiras e dar espaço a empatia. Em um momento onde as pessoas têm acessado emoções até então nunca experimentadas, como medo, ansiedade, insônia, incertezas e vulnerabilidade, estar disposto ao outro virou sinônimo não só de gentileza, mas também de sobrevivência e bem estar no meio corporativo.

O que nos torna humano é justamente a capacidade de sentir, de gerar conexões e de nos importarmos com o outro. Por isso, agir com empatia aumenta nossos vínculos sociais e melhora nossa capacidade de regular emoções durante um período de estresse e ansiedade.

Por outro lado, mesmo que de uma forma inconsciente, uma liderança empática significa segurança e confiança para colaboradores, além de ser uma atitude positiva para a inteligência emocional. A longo prazo, isso ainda pode significar a retenção de talentos dentro da empresa e a consolidação da cultura interna que é tão difícil de se criar.

Ser um líder e ter uma equipe que ouve, observa, busca manter o autocontrole e o equilíbrio é a chave para a sustentabilidade empresarial, quando a empatia entra em uma organização, ela abre espaço para uma série de valores e ainda, tem a capacidade de elevar resultados, assim como o engajamento e confiança para tomada de decisões. Os laços também ficam mais ricos e firmes o que é ótimo para o trabalho em equipe.

Por isso eu digo: a empatia tem um papel fundamental para o bem estar das empresas. Mesmo que sozinha ela não resolva todos os problemas e barreiras do universo corporativo, andar com sapatos alheios e colocar-se no lugar do outro, buscar diálogo, se colocar em um local de escuta vai contra a maré da violência, daquilo que nos ameaça psicologicamente e reforça aquilo que mais sentimos falta: a nossa humanidade, inclusive e principalmente, dentro do ambiente de trabalho.






Celson Hupfer - fundador e CEO da Connekt, plataforma inteligente de recrutamento digital. Com mais de 30 anos de experiência como executivo no segmento financeiro, planejamento estratégico, análise de riscos e área comercial, já passou por cargos de diretoria no antigo BankBoston e no Itaú. Também foi consultor autônomo em um empreendimento próprio, a Hupfer Consultoria, empresa de assessoria e consultoria de desenvolvimento de pessoas. Doutor em Psicologia Social pela Universidade de São Paulo (USP) e membro do conselho do mestrado profissional da Fundação Dom Cabral, é especialista em liderança, tendo liderado equipes de mais de 1.500 colaboradores e implantado programas de expansão. Formado em Economia pela USP, com curso em Psicanálise na Universidade Católica Sedes Sapientiae.


O PODER DE DECISÃO E O RESPEITO: UMA QUESTÃO MAIS PROFUNDA

Faz quase dois anos que eu circulo no ambiente de startups. Sempre atuei com poder de decisão nas áreas de marketing e tecnologia. Devido a isso, eu observava nos olhos de cada um que dividia comigo o mesmo espaço profissional, a desconfiança, o pré-julgamento, o risinho no canto da boca que deixava explícito pensamentos do tipo: “onde ela pensa que vai? Quem ela acha que é para falar comigo assim? ”, e por aí vai. O machismo sempre foi algo a se superar. Não é um tema recente, mas, sim, recorrente e em contraste com todas as evoluções corporativas desde então.

Cansei de ver chefes pitizentos sendo vistos como duros e exigentes. As mulheres duras e exigentes, eram taxadas como loucas e de gênio difícil. Isso tudo pelo simples fato de serem mulheres, pessoas consideradas do “sexo frágil”, sem capacidade para ocupar grandes cargos, sem poder de decisão, ou gerir possíveis crises na empresa. Tudo isso pelo fato de as práticas machistas dentro de uma empresa serem ainda recorrentes e naturalizadas. Infelizmente, isso não acontece só no Brasil, mas ao redor do mundo.

Alguns destaques que podem ser observados com base no estudo produzido pela Central Mulheres, em parceria com a Inesplorato e a Avon, são: a disparidade salarial entre homens e mulheres ainda é de 27,1%, em média. No intervalo de 10 anos (2000-2010), o valor médio do salário das mulheres diminuiu 3,2%. O dos homens aumentou em 2%; 14% dos cargos de CEO, apenas, são ocupados por mulheres. Entre as lideranças, elas somam só 23% do total.

Isso faz parte de uma cultura machista construída e que com o passar do tempo foi intensificada no meio das startups, o que hoje já pode ser considerada como “default”. A violência com que vejo mulheres sendo tratadas no mercado de trabalho beira o insano.

E como mudar isso? O #heforshe ajuda, mas o #sheforshe ajuda ainda mais. O poder de decisão e o respeito são questões muito mais profundas.

Essa semana, conversando com outras mulheres do meio, percebi que existem dois tipos de startups: aquelas que são criadas por sócias e as que quase não possuem mulheres envolvidas. Com isso, é possível perceber que há uma cultura formada pela desconfiança, por não querer receber ordens de mulheres, e por achar que mulher dura, não passa apenas de uma pessoa difícil de conviver, conflituosa ou pior, ela “dá piti” e não orientações de forma assertiva.

 

Como nas startups, tudo isso acontece de forma muito rápida. O quadro se repete dia após dia. As mulheres acabam fugindo de situações parecidas e da tomada de decisão, e começam a buscar por espaços menos fechados e mais hospitaleiros, onde há respeito e acolhimento por parte dos outros colaboradores da empresa.

Acredito que com poucas mudanças, mais humanidade e entendimento de que todos precisam aprender o tempo todo, vamos construir empresas prontas para crescer e ser capazes de resolverem problemas, de dentro para fora. Porém, enquanto isso não acontece, acho que podemos ajudar, então, de outras formas. Minha sugestão é:

 

1. Evite interrupções enquanto elas falam. A situação é tão corriqueira que ganhou um termo denominado Manterruping que significa interrupções masculinas. E isso acontece quando elas estão em reuniões, apresentações, e até mesmo na hora do café ou em avaliações de desempenho.

 

2. Evite chamar uma colega de louca toda vez que ela envia uma demanda ou cria algo. Você já viu algum homem chamando outro assim? Isso é uma violência ao caráter e profissionalismo da colega de trabalho.

 

3. Evite piadas sobre as particularidades de uma mulher. No trabalho, o machismo fica evidente quando a mulher é ridicularizada ao ser taxada de “está na TPM”. A tensão pré-menstrual se tornou um sintoma machista e reducionista de toda a complexidade delas.

 

4. Quando vir algum colega desmerecendo o trabalho de uma mulher, sem nenhum motivo real, pergunte, até fazer com que ele perceba que seu julgamento está baseado em gênero, não em competência.

 

5. Evite apoiar motins contra uma colega, o próximo pode ser você. Convites e propostas indecentes — e no meio do expediente —, bem como ofensas, julgamentos e diversas variações de abusos físicos e psicológicos fazem com que elas se sintam inferiores aos demais.

 

Por fim, é importante lembrar que para exterminar o machismo é necessário um esforço coletivo. Homens e mulheres podem ter costumes diferentes em todos os ambientes, mas precisam estar juntos na briga pelo respeito e igualdade de gênero. Nós, mulheres, bem como os homens, temos o poder e a capacidade de decidir sobre melhorias, e assim, agir em prol do crescimento dos colaboradores e por fim, da empresa.

 



Fátima Bana  - especialista em marketing digital e e-commerce e palestrante com vivência de mais de 15 anos como Diretora Executiva, Head e CMO.


Bares pós-quarentena: apenas 24% das pessoas se sentem confiantes para frequentar bares e restaurantes (Intertek)

 Bares e restaurantes precisam respeitar 10 itens básicos para garantirem maior proteção aos clientes

Dados do instituto de pesquisa Hibou, mostram que 58% só irão a restaurantes se não houver aglomeração


O retorno às atividades durante e pós-quarentena é uma movimentação global que depende de novas medidas de segurança. Em São Paulo, os bares e restaurantes foram liberados para abertura gradativa a partir de 6 de julho. Após um mês, esse tipo de estabelecimento ganhou flexibilização noturna.

Com base em pesquisa realizada no Reino Unido, que mostrou enorme insegurança e preocupação da população em voltar ao trabalho, viajar, frequentar restaurantes e hotéis, a Intertek lançou o Selo Protek - primeiro programa mundial de saúde, segurança e bem-estar para pessoas, locais de trabalho e espaços públicos.

Especificamente para setor de bares e restaurantes os protocolos são mais do que sanitização. Não adianta somente garantir a desinfecção do espaço físico se as pessoas não obedecerem normas rígidas.

O selo Protek abrange 10 procedimentos operacionais novos: Distanciamento social - mesas com 2m de distância uma da outra, higienização de parques infantis e controlar a ocupação - proibido piscina de bolinha, incentivar a higiene das mãos na entrada, incentivar a etiqueta respiratória, fazer uma avaliação de risco, uso correto de EPI, limpeza do sistema de ventilação, higiene e segurança alimentar, gestão dos fornecedores, gestão do retorno ao trabalho.

O setor de bares e restaurantes foi seriamente atingido pelo isolamento social. Para sua retomada, são necessárias diversas medidas. Em recente levantamento do instituto brasileiro de pesquisa Hibou, 58% dos brasileiros só irão a restaurantes sem aglomeração e 79,5% consideram condicional o uso de máscaras por toda a equipe de atendimento dos locais e serviços. "Kit higiene obrigatório e aglomeração são apenas alguns pontos de atenção. Podemos verificar muitos outros itens e certificar os estabelecimentos para que os clientes se sintam ainda mais confiantes", diz Hélio


Pesquisa Intertek no Reino Unido (abril/2020)

• 70% não gostaria de retornar ao trabalho, a menos que práticas de saúde e segurança autenticadas estejam em vigor.

• 91% dos entrevistados concordam que seu empregador deve tomar medidas extras para proteger os funcionários.

• No cenário das indústrias de consumo, apenas 24% dos entrevistados se sentem confiantes para visitar um bar ou restaurante

• Apenas 27% se sentem confiantes em visitar hotéis.

 

Saiba o que é auxílio-doença parental e os reflexos no serviço público

A crise sanitária instalada no nosso pais por conta da COVID-19 deixou muitos trabalhadores em estado de venerabilidade. Seja por conta da doença causa pelo novo coronavírus, seja pela perda de renda, amparar essa parcela da população é fundamental. Dessa forma, se faz necessária a discussão acerca do auxílio-doença parental – entendimento ainda não fixado de maneira ampla pelo RGPS (Regime Geral da Previdência Social).

O auxílio-doença parental tem por escopo supri as necessidades daquele segurado que esteja impedido de exercer suas funções laborais e é o único responsável pelo cuidado com a saúde de algum parente próximo. A interpretação vale para filho, cônjuge, pais, avós ou demais parentes que necessitem de cuidados especiais.

Sem previsão legal para os segurados do RGPS, o benefício é uma construção com base em doutrinas e entendimentos jurisprudenciais. É uma junção entre o auxílio-doença do regime da previdência (Lei 8.213/91, artigo 59), a licença para tratamento de saúde e a licença por motivo de doença em pessoa da família. Sobre esse último item, o artigo 81 da Lei 8.112/90 prevê o benefício concedido ao servidor que tiver de se ausentar do trabalho para cuidar de ente familiar acometido de alguma doença.

A legislação previdenciária prevê apenas o benefício de auxílio-doença que é concedido ao segurado que encontrar-se incapacitado de forma temporária para exercer sua atividade laborativa. Ou seja, apenas garante o benéfico ao segurando do RGPS, não estendendo quando seus parentes são acometidos de alguma doença.

Desta forma, há uma latente necessidade de suprir laguna legislativa existente para os segurados do RGPS. O objetivo é o de prover os cuidados ao familiar adoentado.

Os benéficos encartadas na Lei 8213/91 são muito além de mero auxílios. Estão relacionados ao princípio da dignidade humana como uma das diretrizes do Estado Democrático de Direito esculpido na Constituição Federal de 1998.


Dispositivos legais

Sob o prisma dos princípios constitucionais e direitos fundamentais, tem-se como ponto de partida o direito à vida. O tema é previsto no caput do artigo 5º da Constituição Federal.

O direito ao respeito à estrutura familiar, é, segundo a própria Carta Política, a "base da sociedade".  De tal modo, nada mais justo do que especial proteção à mencionada instituição. Consolida tal tese o art. 226, caput, da Constituição Federal.

No âmbito da legislação federal, a licença por motivo de doença em pessoa da família encontra-se regulamentada no art. 83 da Lei 8.112/90. O dispositivo prevê ao servidor a licença por motivo de doença do cônjuge ou companheiro, padrasto ou madrasta, ascendente, descendente, enteado e colateral consanguíneo, ou afim até o segundo grau civil, mediante comprovação por junta médica oficial. O direito é aplicado caso a assistência direta do servidor for indispensável e não puder ser prestada simultaneamente com o exercício do cargo.

A licença remunerada por motivo de doença em pessoa da família não é nenhum privilégio, mas um instrumento consentâneo com a política adequada em uma gestão de pessoas no setor público, que deve ter como referência o dever do Estado em assegurar de maneira integral a assistência à saúde e proteção especial à criança (artigo 227 caput e § 1º da constituição). E mais, não se pode afastar a obrigação de amparo à criança prevista na Constituição da República e no Estatuto da Criança e do Adolescente, que assegura a efetivação do direito à vida e à saúde da criança, quando se tratar de licença para cuidar do filho.

Logo, temos que tanto a legislação federal como a estadual fornecem as ferramentas para que o Estado possa oferecer saúde, educação, alimentação e outras prioridades previstas no art.227 da constituição. Dessa forma, quando a Administração Pública nega um direito, está ferindo diversos dispositivos legais, constitucionais e entendimento dos Tribunais. A omissão ao não reconhecer a licença para tratamento de saúde de pessoa da família, por entraves burocráticos de uma norma regulamentadora infraconstitucional, está entre esses direitos.

A Constituição Federal preconiza no artigo 37, que a Administração Pública está submetida ao princípio da legalidade de seus atos administrativos. Assim, à medida que o Estado ignora a existência do artigo 83, da Lei 8.112/90 e artigo 181, IV, da Lei 10.261/1968, indeferindo o direito dos servidores, afronta o princípio da legalidade e o Estado Democrático de Direito.

 



Dra. Jorgiana Paulo Lozano -faz parte da equipe técnica do escritório Aparecido Inácio e Pereira Advogados Associados. A advogada é bacharela em Direito pela Faculdade Anhanguera desde 2012, especialista em Direito do Constitucional e Administrativo pela Escola Paulista de Direito, em 2014, especializanda em Direito Previdenciário pela Faculdade Legale e inscrita na Ordem dos Advogados do Brasil sob o nº 331.044.

 

Lições importantes da pandemia para os investidores e o futuro financeiro

A pandemia do Covid-19 trouxe impactos significativos em diversas esferas sociais e econômicas. Pessoas físicas foram fortemente impactadas, tanto sob o ponto de vista da renda quanto sob o ponto de vista dos investimentos. O ano de 2020 vai deixar lições importantes para todos, e ter clareza a respeito dessas questões é fundamental para que possamos nos preparar melhor e garantir um futuro financeiramente mais seguro e próspero.


Nos últimos anos o Brasil vinha em uma trajetória de queda de juros e certo otimismo no mercado financeiro, capitaneado principalmente pelo Ministro da Fazenda e as reformas prometidas – destacando-se a reforma previdenciária, crucial para garantir a saúde fiscal do Governo Federal. Esses fatores levaram com que parte da população, que dispunha de capacidade de investimento, tomasse mais risco em sua carteira pessoal e aumentasse sua participação em ativos de renda variável buscando maiores retornos, impulsionados tanto pelo otimismo e novas máximas no Ibovespa quanto pela gradual e constante diminuição nos retornos de renda fixa.


O primeiro impacto financeiro da pandemia nas finanças pessoais foi a importantíssima lição de possuir recursos em aplicações de baixíssimo risco e alta liquidez. Esse investimento, chamado de reserva de emergência, serve justamente para cobrir eventuais necessidades não programadas. Ter uma reserva subestimada é altamente perigoso porque pode deixar o investidor descoberto em caso de necessidade. Por outro lado, uma reserva superestimada significa uma rentabilidade menor da carteira de investimentos em geral, já que a reserva de emergência tem uma rentabilidade menor se comparada com as aplicações de longo prazo.


A pandemia tornou claro o importante papel da reserva de emergência na gestão dos investimentos. A renda dos trabalhadores foi impactada. Mesmo pessoas saudáveis e que não estavam acostumadas a ter gastos mensais significativos com saúde foram forçadas a pensar em uma eventual despesa extraordinária consigo mesmo ou com algum ente próximo em caso de hospitalização por Covid. Aqueles investidores que possuíam uma reserva de emergência adequada certamente foram e estão sendo capazes de lidar muito melhor com o impacto financeiro da pandemia.

A segunda lição trazida pelo Covid-19 em finanças pessoais foi forçar os investidores a reverem a gestão de sua carteira de investimentos sob a ótica do risco e volatilidade. Os graduais e sucessivos cortes na taxa Selic foram paulatinamente trazendo cada vez mais investidores ao mercado de renda variável. Isso levou com que investidores estivessem muito expostos a volatilidade, desrespeitando seu perfil de risco. Aqueles que não foram capazes de suportar o bombardeio de notícias ruins e sucessivos circuit-breakers no Ibovespa viram o valor de sua carteira de investimentos em renda variável derreter e realizaram prejuízo.

As duas lições destacadas relacionam-se na medida em que uma reserva de emergência subestimada e investimentos em renda variável que desrespeitaram a estratégia e o perfil de risco do investidor fizeram com que fosse necessário vender os ativos de renda variável (mesmo após uma forte queda) para compor a reserva de emergência que estava aquém do ideal. Na prática isso significou um enorme impacto negativo no volume e rentabilidade da carteira de investimentos pessoal.

Sob a ótica dos investidores, aprender as lições trazidas à tona pela pandemia sobre a importância da reserva de emergência e o respeito ao perfil de risco e tolerância a volatilidade são tarefas cruciais para garantir um futuro financeiro com mais segurança e prosperidade.

 



André von Baumgarten Kalim - planejador financeiro pessoal na GFAI


Como ficarão os concursos públicos para o segundo semestre?

 Divulgação de concursos federais aumenta expectativa de candidatos. Especialista comenta que quarentena pode ser bom momento para se aprofundar nos estudos

 

Com o início do segundo semestre, muitas atividades e eventos estão sendo retomados gradualmente. Academias, lojas, empresas e vários outros departamentos já decretaram abertura, e com os concursos públicos não foi diferente. Apesar do adiamento de alguns exames por conta da pandemia, a abertura dos concursos continua, e muitos já estão com provas marcadas para os próximos meses ou com editais previstos para divulgação ainda este ano.

“Mesmo com a suspensão de alguns concursos por conta da pandemia, a preparação deve continuar. Agora é o melhor momento para investir nos estudos”, explica Vinicius Rodrigues, coordenador de carreiras do AlfaCon Concursos. Diante desse cenário, o professor conta que alguns concursos que já estão em andamento nesse segundo semestre são ótimas oportunidades para ingressar no serviço público.

O exame da Polícia civil do Distrito Federal, por exemplo, que está com as provas marcadas para o dia 18 de outubro, é considerado um dos principais do ano. O concurso, com inscrições abertas desde o dia 18 de agosto, até o dia 8 de setembro, vai oferecer 1.800 vagas para o cargo de Agente.

Outro concurso de grande expectativa é o da Polícia Militar do Paraná, que está com as inscrições prorrogadas para até dia 2 de setembro. O concurso terá como objetivo recompor o quadro efetivo de profissionais da corporação com 2.000 novos profissionais.


Carreiras de estado são destaques

Para os alunos que estão apreensivos sobre a divulgação do concurso dos sonhos, Rodrigues recomenda que o ideal é direcionar os esforços para carreiras típicas de estado, como Tribunais de Justiça, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal, que não correm risco de cancelamento. “Segurança pública, carreiras administrativas e tribunais existirão sempre, independente do governo e do momento”, afirma.

Na Polícia Federal, a estimativa de abertura dos editais é para outubro e novembro, de acordo com o Ministro da Justiça, André Mendonça. As tratativas para a autorização do concurso já foram divulgadas. A oferta será de mais de 1.500 vagas para os cargos de Delegado, Agente, Escrivão e Papiloscopista, além de cargos administrativos.

Já para os interessados na Polícia Federal Rodoviária, a expectativa também é grande. Com duas solicitações já encaminhadas ao governo federal para o preenchimento de 2.700 vagas, a previsão é que seja publicado um edital no final do segundo semestre.

Sabendo disso, o AlfaCon Concursos está oferecendo um curso gratuito direcionado ao exame da PRF, disponibilizando aulas pela internet para todos os estudantes interessados na carreira, além de materiais didáticos complementares e um simulado específico.

Outras oportunidades se encontram nos Tribunais de Justiça, com os concursos TJ-SC e TJ-RJ entre os mais cotados. Embora estejam com os editais abertos, ainda estão em processo de definição das datas de inscrição e realização das provas. Para o especialista, os estudantes devem estar atentos temas relativos ao direito digital e crimes virtuais, que serão tendências nos próximos anos. “Eles com certeza serão objeto de cobrança nos temas de redação e na parte de atualidades e crimes de caso. Outra problemática como o direito ambiental também tem grande probabilidade de ser cobrada”, finaliza.

 



AlfaCon

www.alfaconcursos.com.br


Banco de Alimentos da Prefeitura de SP abre nova chamada para o cadastramento de 50 entidades interessadas em receber doações


 Organizações devem se candidatar e entregar a relação de documentos até segunda-feira, 17 de agosto

 

A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, abriu uma nova chamada para o credenciamento de 50 novas entidades assistenciais interessadas em receber cestas básicas, insumos, frutas, legumes e verduras do Programa Municipal Banco de Alimentos. As inscrições estão abertas até 17 de agosto.

“O Banco de Alimentos tem sido uma importante ferramenta da Prefeitura de São Paulo para mitigar a crise causada pelo coronavírus. Esse trabalho é feito com muita dedicação e apoio das entidades cadastradas, que são responsáveis pela distribuição e entrega dos produtos para a população em vulnerabilidade”, destaca a secretária de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Aline Cardoso. “Abrimos um novo edital para atualizarmos a nossa rede de instituições parceiras, buscando atender mais famílias que passam por necessidade durante a pandemia”, completa.

O credenciamento é exclusivo para organizações da sociedade civil sem fins lucrativos que atuem na cidade de São Paulo. Se aprovada, a entidade será responsável pela distribuição de insumos recebidos pelo Banco de Alimentos, destinadas para a população em situação de vulnerabilidade.

A entidade interessada deve apresentar presencialmente uma série de documentos, além do preenchimento dos anexos disponíveis no edital. É solicitada também a apresentação de fotos que ilustrem a estrutura da instituição, como as áreas internas, fachada, estoque e área de manipulação de alimentos.

A entidade obrigatoriamente deverá possuir um certificado de boas práticas na manipulação de alimentos, reconhecido pela vigilância sanitária ou pela Cosan – Coordenadoria de Segurança Alimentar e Nutricional. Em decorrência da pandemia do coronavírus, o edital permite a entrega do certificado emitido em cursos on-line que possuem o reconhecimento da vigilância sanitária.

As inscrições serão analisadas por uma Comissão de Avaliação, composta por técnicos e servidores da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, o resultado será publicado no Diário Oficial da Cidade e no site: www.prefeitura.sp.gov.br/desenvolvimento.

Caso o edital receba mais de 50 cadastros de entidades aptas a participarem do programa, a comissão utilizará critérios para a avaliação das propostas, cada item terá objetivos com uma pontuação de prioridade. São eles: 1 – Território de atuação; 2 – Público-alvo majoritário; 3 – Tempo de experiência da entidade; 4 – Experiência na execução de atividades voltadas para a geração de renda, qualificação profissional e/ou desenvolvimento social. Todo o detalhamento está disponível no anexo do edital.

A relação de documentos deverá ser entregue em um envelope único até segunda-feira, 17 de agosto, no Cresan Vila Maria, localizado na Rua Sobral Junior, 264, das 8h às 17h, somente em dias úteis. Para evitar aglomerações, é indicado que apenas uma pessoa por entidade efetue a inscrição presencialmente.

Acesse e faça o download do edital completo e modelo de cadastro: clique aqui.

 

Primeira chamada

No mês de julho, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho abriu um edital para o credenciamento de novas entidades interessadas em ingressar no programa. Ao todo, 99 organizações manifestaram interesse em integrar a rede, sendo que 49 instituições foram aprovadas e já passam a receber insumos, cestas básicas e alimentos avulsos que são distribuídos para a população.

O resultado definitivo foi publicado na edição de 8 de agosto do Diário Oficial do município.

 

Sobre o Banco de Alimentos

O Programa tem como objetivo arrecadar alimentos das indústrias alimentícias, redes varejistas e atacadistas que estão fora dos padrões de comercialização, mas sem restrições sanitárias para o consumo. Esses alimentos são doados às entidades assistenciais, previamente cadastradas no Banco de Alimentos, contribuindo assim no combate à fome e ao desperdício de alimentos.

A doação é submetida a uma triagem de qualidade antes de ser encaminhada às entidades assistenciais, que por sua vez, distribuem os alimentos à população, seja por meio de refeições prontas ou com pacotes de insumos.

Saiba como doar, acesse a página do Programa Banco de Alimentos no link: https://www.prefeitura.sp.gov.br/bancodealimentos

 

Lei Geral de Proteção de Dados: da garantia de direitos à qualificação de padrões empresariais

As novas condições mercadológicas impulsionadas pela transformação digital, que culminou na mutação de processos do off-line para o on-line e na necessidade de personalizar a experiência do consumidor cada vez mais adepto dos ambientes virtuais, trouxeram à tona o debate sobre o tratamento mais adequado de informações pessoais. 

Nesse contexto, a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) se tornou uma necessidade estratégica para o país, pois a partir da adoção de marcos regulatórios avançados como o europeu General Data Protection Regulation (GDPR) - ou Regulamento Geral de Proteção de Dados, em português, que serviu de base para criação da LGPD brasileira -, aquelas jurisdições que insistirem em não proteger os dados pessoais de seus titulares ficarão de fora da transformação digital que hoje presenciamos no mundo.

Nesse contexto, empresas de diferentes setores - especialmente as chamadas “B to C” - que elevarem seus padrões de tratamento de dados pessoais poderão ter ganhos consideráveis em reputação digital. Além de estarem em conformidade com a lei, o que é condição básica para qualquer operação, terão o reconhecimento de seus consumidores (na LGPD chamados de titulares de dados pessoais) em questões ligadas à segurança da informação, proteção de dados e confiabilidade.

Sancionada pelo Planalto em agosto de 2018, em compasso com o cenário internacional – já que diversos países da União Europeia, entre outros, já buscavam implantar legislações contemplando esta temática naquele período, a entrada da Lei Geral De Proteção de Dados em vigor, no Brasil, foi adiada devido a uma série de alterações legislativas e contextos sociopolíticos domésticos, e, após sucessivos adiamentos, continua uma certa dúvida a respeito do início da vigência da LGPD no país (possivelmente entrará em vigor em agosto deste ano, ainda que as sanções administrativas passem a ocorrer somente a partir de agosto de 2021). 

As novas regras estabelecem procedimentos para o tratamento de dados pelas organizações. Regulamenta, portanto, qualquer processo que envolva a utilização de informações pessoais: a maneira como são coletadas, sua classificação, utilização, processamento, armazenamento, compartilhamento, transferência e eliminação, entre outras ações. Temas muito relevantes para os diversos setores econômicos são como vai atuar a nova autoridade nacional de proteção de dados (ANPD) e como a LGPD se relacionará com outras leis em vigor no Brasil, como a lei do cadastro positivo e o código do consumidor.

Adequar-se à nova LGPD não se trata de um processo trivial. São necessárias medidas técnicas (de TI), físicas (cuidado com documentos impressos, telas de computador desbloqueadas) e organizacionais (normativos, equipes de proteção de dados pessoais) que transformam a maneira de uma organização trabalhar com dados pessoais. É compreensível um certo atraso inicial, desde que não muito longo. Foi assim na Europa e tem sido assim nos EUA, que optou por várias peças normativas regulando a proteção de dados em várias indústrias, ao invés de uma lei única.

Do lado de fora do Planalto, empresários, profissionais de TI e aqueles que atuam em áreas diretamente influenciadas pela nova legislação buscam identificar meios para uma correta adequação de seus processos e de seu pessoal, bem como maneiras de comunicar essas mudanças a seus stakeholders, e principalmente fornecedores. É possível que, embasados nas experiências verificadas no exterior e depois de a lei ser tantas vezes adiada no Brasil, já tenham acesso a boas referências e tido tempo suficiente para adaptações – o que é considerado uma vantagem por alguns, enquanto outros ainda investigam caminhos para uma adequação sem que haja risco para seu modelo de negócio.

Revisar cada operação de tratamento de dados, a fim de verificar o que é preciso ser feito para estar em conformidade com a LGPD é algo essencial. Vale atentar, desde já, se o seu negócio já tem o controle das informações pessoais que coleta, ou seja, como as processa e o que é feito com elas desde seu primeiro registro até o momento em que são apagadas. A partir de agora, implementar políticas corporativas de proteção de dados e de avisos de privacidade é algo fundamental para empresas que atuam no Brasil ou no exterior.

Importante destacar neste contexto a mudança de cultura que as empresas terão que adotar quanto ao ciclo de vida dos dados. Treinamentos, controles, rastreamento e eventuais medidas referentes a condutas, deverão ser continuamente desenvolvidas. No Sicredi, por exemplo, já existem áreas e processos dedicados à melhoria do tratamento dos dados e atendimento à legislação. O processo de mudança ocorre por meio de treinamentos online, workshops, ações de endomarketing, melhorias nos controles de segurança e na formação de facilitadores nas áreas, chamados de Agentes de Riscos.

Todos estamos inseridos em um contexto completamente influenciado e familiarizado com as novas ferramentas digitais – principalmente as mídias sociais e as plataformas de e-commerce. Assim, os dados pessoais tomam um lugar de extrema relevância na concepção e aprimoramento de mecanismos de promoção e manutenção de negócios. A LGPD, portanto, chega como um importante instrumento para elevar os padrões de segurança nas empresas, ao mesmo tempo que, acima de tudo, que preserva direitos fundamentais dos cidadãos no que se refere a eventuais violações de sua privacidade.

 

Julio Cardozo - diretor executivo de riscos do Banco Cooperativo Sicredi

 

 

Descubra dicas de como manter o seu negócio durante a pandemia

 

Para quem se encontra em um momento de dificuldade e está buscando dicas de como atravessar a crise atual, o consultor Renan Galdino explica alguns tópicos importantes que podem ajudar nos negócios


O novo coronavírus deixou um rastro de vítimas ao redor do mundo. Além das internações com os mais variados graus de letalidade, muitas empresas fecharam as portas e outras tantas tiveram que se reinventar para manterem-se no mercado. De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), que entrevistou 402 executivos de indústrias de médio (50-249 funcionários) e grande porte (250 ou mais funcionários), em todas as regiões do país, afirma que cerca de sete em cada dez empresas (70%)  acabaram perdendo o faturamento devido ao novo coronavírus.

“A cultura das empresas terá de mudar, não poderá mais carregar qualquer falha na estrutura dos produtos e custos operacionais. A margem está apertada e a solução da empresa será de dentro para fora. O preço de venda quem decide é quem compra”, afirma Renan Galdino, que, junto com o economista Luiz Lourenço, estão a frente da consultoria empresarial Renan Galdino, a qual tem como objetivo ajudar as empresas a não quebrarem durante a pandemia.

Para quem se encontra em um momento de dificuldade e está buscando dicas de como atravessar a crise atual, o consultor Renan Galdino explica alguns tópicos importantes que podem ajudar nos negócios: 


- Adiando o pagamento do Simples

Para quem está enquadrado na modalidade do Simples, o governo federal prorrogou o prazo de pagamentos das notas, o que pode ajudar nesse período de isolamento. Para não demitir os funcionários, as empresas podem entrar em um acordo e reduzir a jornada e o salário dos colaboradores pela metade.


- Procure se capacitar

Que tal reservar um tempo do dia para realizar um curso de capacitação? Busque algo que possa ser possível encaixar em sua rotina, pois quando a situação melhorar, os empreendedores que estiverem mais capacitados e preparados vão conseguir se levantar mais rapidamente.


- Interação com os clientes

É extremamente importante manter-se próximo aos clientes. Para quem oferece serviços, usar as redes sociais para conversar e interagir com os seguidores é uma ótima alternativa e costuma dar resultado. Vídeos, imagens e outros recursos chamam a atenção no feed e, consequentemente, atrai mais público.


- Promoções

Com o receio de gastar agora e não ter uma economia futuramente, muitos não estão comprando como antes. Por isso é fundamental fazer promoções. Sabe aquele produto que já está há um bom tempo no estoque? Então, esse é o momento de colocar um preço atrativo e fazer com que ele tenha procura. Diversificar o estoque também é importante, então vale a pena ver o que os consumidores estão buscando nesse período.


- Pesquise opções de créditos

Sem recursos para solicitar crédito? A solução é pesquisar bastante quais são os bancos que estão oferecendo modalidades diferenciadas, com as maiores carências e os menores juros para iniciar o pagamento.


- Negocie contas

Mantenha o controle do caixa e procure reduzir custos nesse momento. É possível negociar o aluguel do espaço, reduzir a conta de energia e os contratos com serviços terceirizados.


- Redes Sociais

Utilize as redes sociais ao seu favor e explore canais de vendas online. Com receio por conta da pandemia, muitas pessoas estão comprando apenas via delivery, então o importante é oferecer preços atrativos e diferenciais para se destacar da concorrência. 


- Organize as despesas

Projetar despesas e receitas dos meses subsequentes: o ideal é separar as despesas pelo tipo de gasto. Dessa forma é possível saber a quantia necessária para cada despesa e o quanto será preciso para manter o negócio pelos próximos meses.

 

 

Luiz David Lourenço - Economista, pós-graduado em finanças empresariais pela FEA-USP e Banking pela FGV, possuí mais de 37 anos em instituições financeiras, sempre ocupando posições estratégicas.

 

Renan Galdino - Gestor de empresas, pós-graduado em controladoria pela FHO, MBA em gestão estratégica de negócios pela FGV, especialista em gestão e reestruturação de empresas, administrador judicial pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, mais de 10 anos de experiência à frente da gestão de empresas em crise.

 

Renan Galdino Consultoria Empresarial

www.renangaldino.com.br



A NAÇÃO PEDE RESPEITO

O Estadão deste sábado (08/08/2020) estampa editorial atribuindo ao presidente da República responsabilidade pessoal nas 100 mil mortes causadas pelo novo coronavírus. No esdrúxulo raciocínio do editorialista, não fosse Bolsonaro, o vírus, por si só, transitaria pelo Brasil sem produzir vítimas.

 Diz o jornal, novo queridinho da esquerda brasileira: 

"Por fim, construiu-se essa tragédia porque falta a muitos cidadãos um espírito de coletividade, o reconhecimento do passado formador comum e a comunhão de aspirações ao futuro. Com tristeza, viu-se que não raras vezes a fruição imediata de alguns se sobrepôs ao recolhimento exigido para o bem de todos. Aí está o resultado."

         Aí está também, num mau português, o sumário da lição de engenharia social proporcionado pelo coronavírus. A aula virtual, em sala global, é cotidianamente oferecida ao mundo, de modo especial ao Ocidente, pela mentalidade totalitária em suas mais recentes roupagens. Aí estão, igualmente, o desprezo à liberdade individual, ao trabalho humano e a politização do vírus. A propósito, é bom ter em mente que a politização de tudo, a radicalização e o clima de amplo antagonismo não são peculiaridades do tempo presente.  Vista de frente, olho no olho, a verdade mostra que até 2018 a radicalização tinha um lado só. A vanguarda do atraso vencia por WO.

                 Fazer-nos andar na direção dessa engenharia social, exige inibir, coibir, exorcizar a liberdade individual. Disse-me alguém, certa feita: "Observa a atividade das abelhas em uma colmeia. Não há, ali, individualidades e egoísmos. Todas obedecem a uma ordem espontânea, ditada pela natureza. Por que os seres humanos não podem ser assim? Por que não sonharmos com um homem novo, nascido dessa compreensão?". Exasperei-me: "O motivo é muito simples, meu caro. Acontece que, diferentemente do teu delírio coletivista, nós não somos abelhas! Convivem em nós a inteligência, a vontade e a liberdade. Não rebaixes nossa dignidade. 

***

             Desde a campanha eleitoral de 2018, plantou-se a ideia de que a vitória de Bolsonaro representaria um retorno dos militares ao poder, para estabelecer um governo fascista, homofóbico, racista, e sei lá mais o quê, com o intuito de extinguir a democracia no Brasil. Criada a ficção, mesmo em ausência de qualquer sintoma, tanto o Congresso quanto o STF passam o combater o fantasma criado, atacando o Poder Executivo com medidas de viés autoritário, manifesto antagonismo político e real esforço em coibir a liberdade de opinião. Hoje, se há um golpe em curso, ele não se articula em favor do governo, mas contra o governo. Não é devido ao governo, ou ao governante, mas causado pela aversão à agenda conservadora e liberal que, dada por morta no Brasil, renasceu a partir de 2014, ameaçando décadas de meticuloso trabalho político, sociológico e psicológico de engenharia social.  




Percival Puggina - membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.

 

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