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terça-feira, 19 de junho de 2018

Doenças já erradicadas tendem a retornar devido baixa adesão às vacinas


Levantamento demonstra que principalmente crianças menores de 1 ano não são imunizadas


Os índices da cobertura vacinal de bebês e crianças tiveram nova queda em 2017 e atingiram o nível mais baixo do país nos últimos 16 anos. O levantamento do Ministério da Saúde identificou que todas as vacinas indicadas para crianças com menos de um ano não alcançaram a meta. A informação causa preocupação aos especialistas que têm identificado o aumento da ocorrência de algumas doenças, como o sarampo.

Entre muitas possíveis justificativas, está o crescimento de movimentos antivacina que ameaça os resultados conquistados nos últimos anos pelas campanhas de imunização, e podem contribuir no retorno de doenças que foram erradicadas ou que já estão controladas no Brasil e no mundo. Para orientar pais e responsáveis pelas crianças, a Dra. Renata Coutinho, infectologista do Hospital Rios D’Or, esclarece dúvidas sobre vacinação, reforçando a importância de manter o calendário vacinal atualizado.


*      Por que é importante manter a vacinação infantil em dia?

A vacinação é um dos melhores métodos para prevenir as principais doenças infectocontagiosas da infância. E, além de ter benefício individual, existe um grande benefício coletivo, pois diminui a circulação dessas doenças na população em que essas crianças convivem. Tem também outros ganhos, como menor taxa de hospitalização, de óbito, de sequelas, de abstinência no trabalho, porque todas essas doenças acabam afetando, inclusive, a vida econômica dos pais e atividade profissional. Sendo assim, os ganhos acontecem em várias áreas, não só na saúde individual.


*      As vacinas são 100% seguras?

As vacinas têm seus riscos e benefícios, e, neste caso, recomenda-se a comparação entre os riscos da doença e os riscos da vacina. Exemplo, a febre amarela: o risco de ter um evento grave pela vacina é de 1 em 1 milhão de doses; e o risco de ter febre amarela selvagem grave é 10 em 100 casos – e mortalidade é muito alta. Matematicamente, é incomparável o risco da doença selvagem e o risco da vacina. Assim, a vacina tem indicação e em caso de dúvidas, deve-se consultar o médico.


*      Ultimamente, vem crescendo um movimento antivacina, liderado por pais que acreditam que são agressivas à saúde e podem desencadear reações adversas. Tem fundamento o motivo desta relutância?

A vacina é um produto médico imunobiológico dos mais seguros que existem por vários motivos. O principal deles é que ela é usada em larga escala. Em todos os programas de vacinação no mundo, o ideal é que se vacine 100% da população alvo. Então, exige-se um tempo bem extenso de estudo para introduzi-la no mercado. Inclusive, um estudo sobre sua funcionalidade. É preciso que esse produto seja de alta segurança, e, realmente, é.


*      Quais as consequências de não imunizar as crianças?

A principal e mais preocupante é o ressurgimento de doenças erradicadas e aumento da incidência de doenças.


*      As reações das vacinas são menos prejudiciais se comparadas aos efeitos da doença em uma criança não imunizada?

Seguramente. E os pais/responsáveis têm que compreender que algumas doenças são graves e inerentes as condições clínicas das crianças. Ou seja, este é um contra-argumento para aqueles que acreditam que crianças saudáveis e bem nutridas estariam imunes de doenças, não precisando ser vacinadas. O ideal é que esta concepção seja aceita por todos, pois, por exemplo, a pneumococcemia pode matar qualquer criança, inclusive as saudáveis. A gente já passou por experiencia de mães que tinham essa filosofia e mudaram de ideia uma vez que os filhos estavam na UTI com doenças que seriam imunopreviníveis, ou seja, que poderiam ser evitadas com a vacinação.


*      Existe algum fator que impeça a criança de tomar vacina?

Dependendo da vacina, sim. Por exemplo, não devem ser vacinadas crianças que têm comorbidade específica, imunodeficiência, portadora de HIV, transplantado de medula, doença renal crônica e transplantado de órgão sólido. Apesar de ser um procedimento seguro, sempre se coloca na balança riscos e os benefícios. Se o risco da vacina for maior que os benefícios, ela é suspensa, pela segurança do paciente. O médico que acompanha a criança deve ser sempre consultado para uma orientação mais específica e segura.


*      Para quais reações deve-se ligar o alerta de que algo deu errado?

Placas ou pintas no corpo até 24 horas depois a vacinação, convulsão com ou sem febre e alguma dificuldade motora. A criança deve ser encaminhada ao serviço de emergência e/ou ao médico pediatra.


*      Qual o melhor período do dia para vacinar as crianças?

Do ponto de vista prático, o ideal seria pela manhã, pois, assim, teria o dia inteiro para observar. De noite, todos estão dormindo. Mas não é um procedimento que exija o acompanhamento dos pais o dia todo, pois, geralmente, as crianças ficam bem.


*      Criança doente pode tomar vacina?

A contraindicação para vacinar são doenças febris agudas graves. Mas, em caso de dúvida, indica-se buscar orientação do pediatra.


*      Pode tomar mais de uma vacina em um dia?

As que são programadas para serem juntas no calendário não têm interferência de resposta vacinal. Mas, existem outras com indicação de intervalo mínimo de aplicação, exemplo da tríplice viral e febre amarela. Isso tudo é respeitado pelo esquema de vacinação pública, que tenta ao máximo simplificar as vacinações, diminuindo as chances de falha de cobertura e o número de visitas dessa criança nos postos.



Compliance: além da esfera jurídica está a gestão com transparência


O termo compliance vem do inglês comply que significa agir em sintonia com as regras. A gestão por processos de compliance ganhou popularidade a partir da Lei Anticorrupção no Brasil e das consequências e análises da Operação Lava Jato.
No Sul do Brasil, o grupo M.Stortti trabalha com a especialista Thompson expandindo a visão de que as empresas têm que trabalhar com o modelo de compliance na forma de gestão, e não como um instrumento jurídico, como ocorre na maioria das empresas nacionais.

A gestão pelo compliance deve adequar o projeto para cada empresa, individualmente, ao um modelo próprio, não distanciando da visão de ganhar dinheiro o obter resultados, visto que esse é o objetivo final de toda a corporação.

Em sua estrutura, o modelo de compliance deve envolver todas as diretorias e áreas. Está se disseminando de maneira similar ao o que ocorreu há algum tempo com a reengenharia na década de 90.

O fluxo de trabalho inicia por um suporte conceitual da alta administração. Segue com a avaliação de riscos que cada empresa apresenta, visto que a realidade do segmento de saúde difere de postos de gasolina, por exemplo.

Depois do suporte e da avaliação de riscos, o terceiro passo é criar um código de conduta e de políticas de compliance a ser cumprido junto aos stakeholders da organização. O trabalho desenvolvido pela Thompson e M.Stortti no Brasil segue então com os controles internos do projeto, com uma lógica concentrada em regras claras internamente.

Treinamento e comunicação para o sucesso do programa estão inclusos no fluxo das atividades e inclui não apenas os funcionários da empresa, mas também fornecedores e até clientes.

Depois, a construção de canais de denúncia são implementados, sendo especialmente importantes nesta comunicação digital que integra o público nas mídias sociais. Esse item é bem importante e, de acordo com a visão da Thompson e da M.Stortti, a administração dessa ação deve ser externa à empresa. Auditorias especializadas vêm ocupando este espaço.

Na sequência estão as investigações internas que acompanham todo o processo de compliance, culminando então na auditoria e na manutenção do projeto.

Esta é a política de gestão que envolve toda a estrutura da empresa, estando todo esse coquetel de ações, regras, linhas de conduta e transparência, integrando a cultura do compliance. Contudo, tanto a Thompson como nós da M.Stortti desmistificamos a ideia de que a empresa se torne uma delegacia de policia e, sim, que siga na sua atuação por meio de linhas de conduta para todos os seus contatos.




Maurenio Stortti - diretor da M.Stortti


Pais precisam ter mais controle sobre o acesso das crianças às novas tecnologias


Especialista comenta sobre os cuidados em relação ao tema e como ele pode afetar a educação dos pequenos


Com o avanço tecnológico e o fácil acesso à informação - que vem por meio dos canais de televisão, tablets, computadores e celulares - fica cada vez mais difícil para os pais e responsáveis filtrarem a grande quantidade de conteúdo transmitido à crianças e adolescentes. Mas o que fazer e como lidar com tanta informação sem privar os pequenos dessas tecnologias?

Para Ana Regina Caminha Braga, psicopedagoga e especialista em educação especial e em gestão escolar, o problema não está na tecnologia em si, mas, sim, nos pais, que muitas vezes usam desses meios como mera distração, sem dar a devida importância ao que a criança está fazendo. “As crianças chegam ao mundo e são apresentadas a uma enxurrada de inversão de valores. Muitos pais e responsáveis acabam deixando os filhos em frente à televisão, tablet, celular, sem se preocupar com o que está sendo transmitido e acabam usando aquele meio apenas como uma distração”, comenta. 

O que os pais lutam para construir dentro de casa e na escola, muitas vezes, é destruído em minutos. É importante que as crianças tenham acesso à tecnologia, desde que sejam orientadas para isso. Pais/responsáveis devem esclarecer suas dúvidas e acompanhar esse processo. “O nosso papel em casa e na escola é orientar. Caso os pais/responsáveis não esteja em casa para acompanhar a criança, é importante que haja uma pessoa que possa instruí-la ou dizer, pelo menos, o que é permitido ou não”, complementa a especialista. 

A psicopedagoga explica ainda que ao assistir a determinado programa, ou ter acesso a determinado conteúdo, a criança/adolescente reflete sobre o que vê, faz conexões com a sua realidade e extrai os pontos positivos e negativos daquilo que acabou de visualizar. Nesses casos, é importante que haja uma conversa com a criança, explicando o que significa aquele programa ou informação, trazendo-a para a realidade de maneira adequada. Para finalizar, Ana Regina alerta que devemos evitar ao máximo o acesso aos conteúdos inadequados e controlar o que está sendo visto, deixando esse tempo para que a criança tenha oportunidade de desenvolver atividades que ajudem significativamente seu aprendizado e evolução.  



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