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sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

A reforma da Previdência e a dificuldade do idoso no mercado de trabalho



A aprovação da reforma da Previdência, que pode ocorrer nos primeiros meses de 2018, poderá acarretar uma transformação social preocupante para a população acima dos 60 anos no Brasil. Isso porque a proposta do Governo Federal é a de fixar uma idade mínima para dar entrada na aposentadoria de 65 anos para homens e 62 para mulheres, além de 40 anos de contribuição para ter direito ao benefício integral. O grande dilema é se haverá mercado de trabalho para aqueles que possuem mais de 55 ou 60 anos.

Infelizmente, sabemos que pela realidade atual do país muitas pessoas com faixa de idade avançada sofrem preconceito ao procurar trabalho e também enfrentam a dificuldade de conseguir um salário que corresponda a sua experiência profissional. A equipe econômica de Michel Temer, certamente não pensou nesse grande problema futuro, pois parece apenas se preocupar com o jogo político e os números imediatos da economia, quando o assunto é reforma.

Na verdade, o envelhecimento gradual da população brasileira é real e uma reforma do sistema previdenciário se faz necessária, mas não como está que temos na mesa, que visa a tender interesses políticos e empresariais, focada apenas na questão fiscal e deixando totalmente de lado a questão social.

O desafio será, caso a proposta atual seja mesmo aprovada em 2018, ano eleitoral, e ter um projeto para conseguir espaço profissional para os idosos. Entretanto vale lembrar que o país vive uma gigantesca crise quando o assunto é emprego que atinge trabalhadores de todas as idades e classes sociais, são mais de 23 milhões de desempregados.

E outra equação difícil de se encontrar o resultado é a questão do plano de carreira mais longo para trabalhadores conseguirem se manter no mercado até os 62 ou 65 anos. Isso porque a partir de uma certa idade e tempo de empresa a carreira fica vulnerável. No Brasil, os idosos são vistos como trabalhadores menos produtivos e mais caros, porque têm salários maiores. E assim , muitos acabam optando pela informalidade e tendo mais dificuldade em sobreviver, pagar as contas e até contribuir com a Previdência Social.

Apesar do rápido aumento do número de idosos nos últimos anos, o País não está preparado para o envelhecimento de sua população. As empresas não estão preparadas para empregar pessoas mais idosas. Na questão de saúde temos outra enorme crise, com falta de leitos, filas gigantes para procedimentos cirúrgicos e altos e escandalosos preços de planos de saúde para aqueles que passam dos 50 anos.

Assim , se faz necessário apressar o debate e também a apresentação de propostas e projetos de políticas voltadas para a população idosa no mercado de trabalho. Aliás, já deveria ser apresentado em paralelo com a reforma da Previdência tinha uma garantia de empregabilidade dos mais idosos.

Pesquisadores chamam a atenção que se nada for feito de imediato, crescerá ainda mais a a população chamada de “Nem Nem”, ou seja, nem trabalhador, nem aposentado, pois não consegue uma colocação no mercado e nem tem os requisitos necessários para se aposentar. E com o possível aumento da idade mínima para se aposentar, fatalmente essa população terá um aumento significativo, o que aumentará também as dificuldades e a miséria.

Precisamos continuar lutando por uma sociedade mais justa e que tenha realmente voz nas decisões que envolvem seu futuro e seus direitos. Hoje no país, milhões de pessoas não tem perspectivas nem de emprego e muito menos de conseguir se aposentar. A reforma não combate essa deformidade, pelo contrário, só aumentará essa injustiça social.






João Badari - especialista em Direito Previdenciário e sócio do escritório Aith, Badari e Luchin Advogados






Possíveis candidatos à presidência do Brasil apostam nos vídeos para impactar o público nas redes sociais



 Estudo da Socialbakers revela que 8 pré-candidatos foram responsáveis por mais de 14 milhões de interações no Facebook, ao longo do ano. 


A menos de um ano para as eleições de 2018, o movimento nas redes sociais dos possíveis candidatos à presidência começa a crescer, com destaque ao Facebook. Luiz Inácio Lula da Silva, pré-candidato do PT, registrou o maior volume de postagens no ano, um total de 365. O atual prefeito de São Paulo João Doria (PSDB), por sua vez, teve 200 posts em sua página, volume semelhante ao deputado federal Jair Messias Bolsonaro (PSC-RJ) e ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).

Os dados fazem parte de levantamento realizado pela Socialbakers que acompanhou o desempenho de oito perfis de possíveis candidatos à presidência no Facebook de janeiro a novembro de 2017, a fim de avaliar a evolução de cada um. Para a análise comparativa, foram utilizados dados dos meses de outubro e novembro de 2017, que apresentam um retrato mais atual do desempenho de cada político. Os dados foram levantados dos perfis de João Doria (PSDB), Jair Messias Bolsonaro (PSC-RJ), Geraldo Alckmin (PSDB), Aécio Neves (PSDB-MG), Ciro Gomes (PDT), Fernando Haddad (PT), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Marina Silva (Rede).

Segundo o estudo, o vídeo foi o formato de publicação mais utilizado pelos políticos. Bolsonaro, com mais de 160 vídeos postados, e Doria com aproximadamente 150, foram os políticos que mais se apoiaram neste formato para impactar os usuários, sendo que o pré-candidato do PSC utilizou os vídeos para criticar ideias e veículos de mídia e divulgar o seu ponto de vista sobre assuntos ligados a ação da polícia e comunidade LGBT. Doria, por sua vez, se aproveitou deste formato para comunicar principalmente ações, discursos e aparições próprias. "Notamos que os políticos estão acompanhando uma tendência de mercado, que é a maior utilização de vídeos e lives na estratégia de comunicação. Atualmente, as fotos ainda representam cerca de 70% das postagens no Facebook, porém os vídeos têm apresentado, em média, maior relevância na rede e, consequentemente, maior alcance", destaca Alexandra Avelar, Country Manager da Socialbakers no Brasil.

Quando falamos em engajamento (vide gráfico), João Doria saiu na frente no início do ano - aproximadamente 8 milhões nos 3 primeiros meses, período no qual explorou principalmente suas ações como prefeito de SP -, mas após o mês de abril houve uma grande queda em suas interações, chegando a menos de 1 milhão em novembro. Já as interações de Lula e Bolsonaro variaram de acordo com a variação do volume de postagens, indicando públicos mais fieis e ativos durante todo o período. Bolsonaro apresentou o maior volume de engajamento por post, chegando a registrar 300 mil interações em apenas um de seus conteúdos, além de apresentar mais de 50% das interações entre todos os pré-candidatos analisados, o que pode ser explicado pela produção constante de conteúdo aliada à grande base de fãs do deputado.

A variação no número de fãs dos pré-candidatos foi grande principalmente para João Doria, que registrou um aumento de 588% de janeiro a novembro de 2017. Bolsonaro cresceu 35% e Lula registrou um aumento de 24% na quantidade de fãs principalmente durante o primeiro semestre do ano, enquanto o senador Aécio Neves (PSDB-MG) perdeu 6% dos seus fãs. Os demais políticos analisados não apresentaram variação significativa no número de fãs ao longo do ano. 

Ao todo, os oito pré-candidatos analisados fizeram 1.157 postagens que renderam 14 milhões de interações ao longo do ano, sendo 7,4 milhões somente de Bolsonaro, que também foi destaque em compartilhamentos, representando 20% de suas interações. O maior volume absoluto de comentários veio dos posts de Lula, um total de 871,5 mil comentários.

 





Cinco questões fundamentais para planejar a aposentadoria com decisões assertivas sobre investimentos, tempo de poupança e diversificação de ativos



1.  Ao optar por planejar a própria aposentadoria, quais aspectos devem ser levados em conta na hora de se planejar financeiramente? 

Em primeiro lugar, poupar desde cedo, consciente de que um plano de previdência privada é um produto de longo prazo, por exemplo. Em segundo lugar, considerar que a idade mínima estabelecida na reforma da previdência não será abaixo de 60 anos, provavelmente ficando em 65 anos. Como a aposentadoria oficial pagará cada vez menos, adquirir uma previdência privada é vital para que no futuro a pessoa tenha uma renda mensal digna, compatível para manter um bom padrão de vida.


 2.  O que deve ser avaliado ao montar uma carteira de investimentos com foco em uma aposentadoria tranquila, com qualidade de vida?

 Bem, aposentadoria tranquila e qualidade de vida são conceitos que sempre variam de pessoa para pessoa. Em termos gerais, é preciso considerar a idade do investidor, sua composição familiar, o numerário disponível para o investimento, o projeto de vida e a idade pretendida para passar a receber a aposentadoria. 


3.  Que itens precisam ser ponderados antes de optar pelo que vai compor a “ cesta” efetivamente?

No caso de investimentos em planos de previdência, por exemplo, é comum que o produto permita escolher como o patrimônio acumulado ao longo dos anos será transformado, se em renda temporária por um prazo determinado ou  em renda vitalícia. Sendo renda temporária, se o titular vier a falecer o beneficiário continuará recebendo a mesma renda até o final do período.



4. Além de poupar o mais cedo possível, é importante ter uma carteira de investimentos adequada a esse objetivo de longo prazo. Que aplicações podem compor o portfólio?
 
Recomenda-se que o portfólio de aplicações sempre seja  definido conforme o perfil: conservador, moderado ou agressivo, além, é claro, adequado à idade do poupador. Sendo conservador, avesso ao risco, a carteira de investimentos pode ter apenas 5% em renda variável, 40% no Tesouro Direto e 55% em um plano de previdência privada. O plano de previdência deve ter uma taxa de administração de no máximo 1,5%. Mas para este ou para qualquer outro tipo de recomendação é necessário que o poupador ouça ao menos 3 especialistas de mercado, sendo um deles, de preferência, o seu Corretor de Seguros.


5.  Qual a importância da diversificação de ativos para um planejamento de aposentadoria? 

É Fundamental! Hoje, com a redução da taxa Selic, a queda da inflação e as diversas opções de investimentos disponíveis, com amplo, total e irrestrito acesso a todo o tipo de público, é interessante o poupador se interessar por obter uma educação financeira. O mercado é muito competitivo, as possibilidades de comparação de produtos é ilimitada. O cliente precisa entender o conceito da compra de renda, as variações de rentabilidade, os riscos inerentes e as opções que ele poderá ter no futuro. Como Corretor de Seguros, entendo que o mais importante é não acreditar em verdades definitivas: não invista somente em um plano de previdência privada, ou somente no mercado de ações, ou somente no Tesouro Direto, ou somente em fundos imobiliários. Se informe, mas acima de tudo esteja consciente de que é necessário ter uma visão de longo prazo e começar a poupar o quanto mais cedo melhor. Em qualquer circunstância, para qualquer perfil de investimento recomenda-se também que se tenha uma reserva de emergência para o curto prazo, em um investimento de liquidez diária, que corresponda a pelo menos 6 meses da sua despesa mensal.





Grupo Nunes & Grossi




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