Pesquisar no Blog

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Na Proclamação da República quem faz a festa é o leão



Segundo levantamento do IBPT, quem pretende curtir o feriado prolongado de 15 de novembro deverá  pagar até 76,66% em tributos, nos produtos consumidos.


Vai viajar no feriado prolongado? Fique atento aos tributos embutidos nos produtos. A maioria dos itens mais consumidos nessa época são os que possuem maior incidência de impostos, é até maior que o normal, devido a serem considerados artigos supérfluos, de luxo, ou prejudiciais à saúde.

Segundo estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário- IBPT, os contribuintes que decidirem viajar, deverão pagar 29,56% em impostos no preço da hospedagem em um hotel, além disso, nas passagens áreas, 22,32% são impostos. Ou ainda quem pretende ir de carro  é bom preparar o bolso porque a gasolina têm 56,09% de tributos.  Já o pacote de viagem você deverá levar na bagagem 56,34% de impostos.

Por fim, quem pretende curtir uma praia deve se preparar, porque nem mesmo o protetor solar bloqueia a mordida do leão, que dever abocanhar 41,74% do preço do produto. O bronzeador tem uma incidência ainda maior, 49,08% de encargos. O camarão,  por sua vez, um dos petiscos mais desejados à beira-mar carrega 33,29% de impostos. O difícil mesmo é se refrescar com tantos tributos, visto que uma água de coco fatura 34,13% para os cofres públicos.

O IBPT pesquisou ainda os itens com maior incidência tributária e a caipirinha está disparada com 76,66%; acompanhada da cerveja (lata), onde 55,60% do preço são embolsados para os cofres públicos.

Inclusive aqueles que planejam ficar em sua residência e aproveitar o feriado de forma mais “barata”, achando que ficarão livres dos tributos, se enganam, porque almoçar 'fora de casa'  implica em uma carga tributária de 32,31%; Se o contribuinte optar por pegar um cineminha ou assistir a uma peça de teatro pagará 30,25% em encargos.

Ou seja, de acordo com o presidente do IBPT, João Eloi Olenike, é impossível fugir dos tributos. "Infelizmente as famílias brasileiras que gostam de aproveitar o feriado, devem procurar consumir  produtos mais baratos e com melhor qualidade, já que ada incidência tributária, legalmente, não se tem como escapar ", aconselha Olenike.


Conheça a carga tributária dos presentes pesquisados pelo IBPT:

Produto
Tributos

Água de coco
34,13%

Água mineral
37,44%

Álcool combustível
25,86%

Almoço em restaurante
32,31%

Biquíni
33,44%

Bronzeador
49,08%

Cadeira de praia
40,62%

Caipirinha
76,66%

Camarão
33,29%

Cerveja (lata)
55,60%

Cerveja garrafa
55,60%

Gasolina
56,09%

Hospedagem em hotel
29,56%

Hotel para animais
26,86%

Ingressos (tickets)
40,85%

Jantar em restaurante
32,31%

Malas
39,95%

Milho cozido
18,75%

Óculos de sol
44,18%

Pacote de viagem
56,34%

Passagem aérea
22,32%

Protetor solar
41,74%

Refrigerante (lata)
46,47%

Refrigerante garrafa
44,55%

Sorvete de massa
38,97%

Sorvete picolé
38,97%

Teatro e cinema
30,25%

Transporte Coletivo
33,75%

Vara de pesca
48,11%





Primeiro aniversário do bebê


Crianças mais velhas têm menos chances de experimentar novas comidas saudáveis, afirma médico nutrólogo




Especialista da Associação Brasileira de Nutrologia diz que educação alimentar deve partir dos pais e ser ensinada logo após os dois anos


Quanto mais velha a criança, menor a chance de que ela passe a se alimentar com comidas que nunca experimentou. Isso é o que esclarece o médico nutrólogo e pediatra da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN), Dr. Carlos Alberto Nogueira de Almeida, ao explicar que a introdução de uma dieta saudável deve ser precoce, logo após os dois anos. Fazer com que os pequenos consumam alimentos saudáveis é um desafio para muitos pais, sobretudo, a partir do momento em que elas começam a descobrir suas vontades.

“Uma criança de 10 anos que nunca comeu determinado alimento não passará a comê-lo naturalmente. Os pais devem cuidar da própriaalimentação, de forma que ela também seja adequada, para que a criança pequena observe e coma”, pondera.O principal motivo da rejeição de alguns alimentos éa influênciadospais. Crianças em idade de aprendizado observam com atenção o que as outras pessoas comem, especialmente os adultos. “É muito difícil você introduzir uma leguminosa na dieta do seu filho se você não dá o exemplo para ele”, afirma o Dr. Nogueira.

De acordo com um estudo publicado no periódico “Proceedings of the National Academy of Sciences”, realizado por pesquisadores da Universidade Cornell, nos Estados Unidos, crianças de apenas um ano de idade prestam atenção no que as pessoas comem e são capazes de traçar padrões de comportamento de diferentes grupos sociais, conectando as preferências alimentares às relações culturais.

Segundo o médico nutrólogo, a dieta saudável para as crianças deve conter os sete grupos básicos de alimentos: carboidratos (como arroz, batata, macarrão), leguminosas (feijão, lentilha, ervilhas), frutas, legumes, grupo das gorduras(manteiga, margarina, maionese, oleaginosas, óleos e azeites), laticínios, proteínas (carne, peixe, ovos e soja).

Os doces podem ser introduzidos a partir dos dois anos de idade, de uma a duas porções por dia, com moderação. Para o Dr. Nogueira, o fundamental é respeitar as quantidades. “Não existe alimento bom ou ruim, todos devem estar presentes desde que sejam respeitadas as quantidades”, afirma.




ABRAN



Obesidade infantil: como os pais devem lidar sem restringir?



Nutricionista e autora do livro O Peso das Dietas acredita que dietas radicais são prejudiciais e fazem as crianças engordarem mais


Para Sophie Deram, nutricionista com doutorado no departamento de endocrinologia pela Faculdade de Medicina da USP e pesquisadora na área de obesidade infantil, a maioria dos programas de “combate” à obesidade infantil incentiva as crianças a “fechar a boca e malhar”, ou seja, é a responsabilidade da criança reduzir o que ela come e aumentar exercício físico com a ajuda dos adultos ao seu redor.

A noção de “combate” pressupõe que a criança obesa de alguma maneira tem uma responsabilidade na situação na qual se encontra. Existe uma estigmatização da criança obesa como sendo preguiçosa e sem nenhuma força de vontade ou disciplina.

Isso prejudica muito essas crianças que, na realidade, estão presas num corpo que se adaptou ao meio ambiente no qual vivem, sem saber o que fazer para mudar a situação. Isso pode até levá-las a sofrer bullying.


Fechar a boca e malhar não funciona
É claro que um mínimo de exercício físico é saudável, mas fazer dieta restritiva (fechar a boca) desregula o cérebro, aumenta o apetite, a obsessão por comer e o comer emocional. Também reduz o metabolismo. O cérebro, percebendo uma falta de comida, começa a “economizar”. Esses efeitos são ainda mais fortes em crianças que estão em desenvolvimento. Em vez de ajudar a criança com restrições, se estressa o cérebro dela, levando à tristeza, depressão ou mesmo comer escondido, uma das causas da obesidade infantil.

O comer escondido não é uma escolha dela, dá muita vergonha e isso é o começo de uma vida de compulsão e relação estragada com a comida, algo difícil de reverter. Então, basicamente, fazendo dieta a criança entra no caminho de engordar e/ou de desenvolver um transtorno alimentar.

Estudos mostram que adolescentes que fazem dietas aumentam em duas ou três vezes o risco de se tornar obesas quando comparados a outros que não fizeram restrições. Um estudo mostrou que dietas severas (diminuindo calorias ou pulando refeições) aumentam em 18 vezes o risco de desenvolver transtornos alimentares em adolescentes. Na população geral, 95% dos que fazem dieta voltam a engordar em um prazo de 2 anos, muitas vezes para um peso maior ainda. Dos 5% que não engordam, mais do que a metade (3%) têm um transtorno alimentar. Ou seja, é normal fracassar na dieta!


A obesidade infantil é evitável
Apenas alguns casos são geneticamente inevitáveis. A Organização Mundial da Saúde (OMS) é clara sobre isso: a obesidade é evitável, mas é difícil de tratar. Quando se estuda a genética da obesidade se vê que há mais do que 500 fatores genéticos associados à obesidade. Quem puxa o gatilho é o estilo de vida e também o estresse psicológico, medicamentos, desregulamento de hormônios, falta de sono e muito mais. Não é só comer demais e ser preguiçoso!

Tentativas de tratamento com dietas, remédios e cirurgia, não têm dado resultados satisfatórios e têm muitos efeitos secundários. O corpo volta a engordar na maioria das vezes. Por que? Porque a obesidade é uma adaptação do corpo ao seu meio ambiente e quanto mais se agride o corpo, mais ele reage engordando!

Hoje está cada vez mais claro e comprovado que se deve enfatizar uma abordagem chamada “mindful eating” ou alimentação consciente. É uma forma compassiva e holística para se conseguir uma alimentação saudável. É preciso respeitar a fome e prestar atenção à saciedade, conexões emocionais com a comida e os relacionamentos envolvidos em comer.




Sobre a autora:
Sophie Deram é nutricionista francesa e brasileira naturalizada, com doutorado em pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) no departamento da Endocrinologia. Formou-se originalmente engenheira agrônoma na França e então estudou nutrição, primeiro na França e depois no Brasil. Concentrou suas pesquisas em obesidade infantil, nutrigenômica, transtornos alimentares e neurociência do comportamento alimentar. É também pesquisadora no Ambulatório do Programa de Transtornos Alimentares (AMBULIM) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. É coordenadora do projeto de genética e do banco de DNA dos pacientes com transtorno alimentar no AMBULIM. Como especialista em comportamento alimentar, estilo de vida saudável e perda de peso, Sophie é ativista contra as dietas restritivas e inspira incontáveis indivíduos, no consultório e nas mídias sociais, a viver uma vida mais feliz e a transformar sua relação com os alimentos, mudando seu mundo familiar, e fazendo as pazes com seu corpo e os alimentos. Ela acredita no prazer de comer e no poder dos alimentos verdadeiros para resgatar a saúde e chegar ao peso saudável.




Posts mais acessados