Especialista da
Associação Brasileira de Nutrologia diz que educação alimentar deve partir dos
pais e ser ensinada logo após os dois anos
Quanto mais velha a criança, menor a chance de que
ela passe a se alimentar com comidas que nunca experimentou. Isso é o que
esclarece o médico nutrólogo e pediatra da Associação Brasileira de Nutrologia
(ABRAN), Dr. Carlos Alberto Nogueira de Almeida, ao explicar que a introdução
de uma dieta saudável deve ser precoce, logo após os dois anos. Fazer com que
os pequenos consumam alimentos saudáveis é um desafio para muitos pais,
sobretudo, a partir do momento em que elas começam a descobrir suas vontades.
“Uma criança de 10 anos que nunca comeu determinado
alimento não passará a comê-lo naturalmente. Os pais devem cuidar da
própriaalimentação, de forma que ela também seja adequada, para que a criança
pequena observe e coma”, pondera.O principal motivo da rejeição de alguns
alimentos éa influênciadospais. Crianças em idade de aprendizado observam com
atenção o que as outras pessoas comem, especialmente os adultos. “É muito
difícil você introduzir uma leguminosa na dieta do seu filho se você não dá o
exemplo para ele”, afirma o Dr. Nogueira.
De acordo com um estudo publicado no periódico
“Proceedings of the National Academy of Sciences”, realizado por pesquisadores
da Universidade Cornell, nos Estados Unidos, crianças de apenas um ano de idade
prestam atenção no que as pessoas comem e são capazes de traçar padrões de
comportamento de diferentes grupos sociais, conectando as preferências
alimentares às relações culturais.
Segundo o médico nutrólogo, a dieta saudável para
as crianças deve conter os sete grupos básicos de alimentos: carboidratos (como
arroz, batata, macarrão), leguminosas (feijão, lentilha, ervilhas), frutas,
legumes, grupo das gorduras(manteiga, margarina, maionese, oleaginosas, óleos e
azeites), laticínios, proteínas (carne, peixe, ovos e soja).
Os doces podem ser
introduzidos a partir dos dois anos de idade, de uma a duas porções por dia,
com moderação. Para o Dr. Nogueira, o fundamental é respeitar as quantidades.
“Não existe alimento bom ou ruim, todos devem estar presentes desde que sejam
respeitadas as quantidades”, afirma.
ABRAN
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