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quarta-feira, 31 de julho de 2024

Pressão e rotina intensa de treinos impactam saúde mental de 30% dos atletas de alto desempenho

Psicólogo da Telavita traz recomendações para normalizar discussões sobre o tema e implementar políticas de conscientização

 

Os benefícios dos exercícios físicos para a saúde mental e o bem-estar são amplamente reconhecidos. Atividades físicas regulares são associadas à redução do estresse, ansiedade e depressão, além de promoverem a autoestima e a sensação de bem-estar. No entanto, atletas, especialmente aqueles em competições de alto nível como as Olimpíadas, frequentemente enfrentam desafios significativos em relação à sua saúde mental. 

Algumas histórias de atletas olímpicos que sofreram com depressão ou outros problemas de saúde mental já são de conhecimento público. Michael Phelps, o nadador mais condecorado da história olímpica, falou abertamente sobre suas batalhas com a depressão e ansiedade. Simone Biles, uma das maiores ginastas de todos os tempos, retirou-se de várias competições nos Jogos Olímpicos de 2020 para focar em sua saúde mental. Naomi Osaka, uma das principais tenistas do mundo, também compartilhou sua luta contra a depressão e a ansiedade social. 

Uma pesquisa recente realizada pela Universidade de Campinas (Unicamp) investigou as doenças mentais provocadas pela alta pressão e a rotina intensa de treinos. O estudo, que envolveu 148 atletas e 106 treinadores brasileiros, revelou dados alarmantes: 30% dos participantes apresentam sintomas leves e moderados de depressão, 24% já pensaram em cometer suicídio, 14% sofreram abuso, 8% tomam remédios para dormir e 6% tentaram se matar. 

Para o psicólogo da Telavita, Kleber Kaplar, os atletas enfrentam enormes pressões durante as Olimpíadas, uma competição para a qual se prepararam por anos e que muitos têm apenas uma chance na vida de participar. “Utilizar essa pressão de forma positiva, transformando-a em motivação ao invés de um fator inibidor, é um dos maiores desafios. A percepção do evento é o que determina seu potencial estressor, não o evento em si. Os atletas estão realizando o sonho de uma vida, mas a ansiedade sobre a performance e a alta expectativa podem levar a um desequilíbrio psicológico”, diz o especialista. 

Falar sobre saúde mental ajuda a desmistificar estereótipos de perfeição, principalmente, quando envolve o público masculino, que ainda tem um grande tabu com o tema. Entre as referências, Filipe Toledo retornou ao mundo do surfe para competir nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, o surfista deu uma pausa de seis meses em sua carreira para cuidar da saúde mental. Em 2022, Gabriel Medina ficou cinco meses fora do circuito de surf para tratar uma depressão. Já Richarlison, atacante da seleção brasileira tornou público seu período de depressão após a Copa do Mundo e ressaltou a importância da psicóloga esportiva em seu tratamento. 

“Nos últimos anos, a percepção sobre saúde mental entre atletas e treinadores mudou significativamente. Testemunhos de atletas e maior cobertura da mídia têm impulsionado essa mudança, normalizando a discussão sobre o tema. É crucial implementar políticas abrangentes, recursos adequados, educação contínua e uma cultura de aceitação e apoio para melhorar a saúde mental dos atletas. Organizações esportivas devem desenvolver políticas e programas de saúde mental, criar uma cultura de apoio e garantir acesso a serviços de aconselhamento e terapia para todos os atletas. Afinal, esses atletas acabam sendo referências e exemplos para muitas pessoas”, finaliza Kaplar.

 

Telavita

 

Dor no quadril: síndrome do impacto femoroacetabular é uma das principais causas

Divulgação
Condição cresceu entre idosos, devido à falta de atividade durante a pandemia, e entre praticantes de algumas modalidades esportivas. Ortopedista fala sobre os sinais de alerta e opções de tratamento


A articulação do quadril é uma das mais complexas do corpo humano. A dor na região pode ser causada por diversos fatores, desde lesões traumáticas até doenças crônicas. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a dor no quadril é uma das principais causas de incapacidade física e perda de qualidade de vida em todo o mundo. 

Uma das principais causas de dores no quadril está relacionada a síndrome do impacto femoroacetabular (IFA), que ocorre quando existe um contato anormal entre a cabeça e o encaixe da articulação do quadril. “As dores costumam acometer a virilha, glúteos, a parte lateral da coxa e até mesmo o joelho”, relata o Dr. Luiz Henrique Batata, ortopedista do Hospital Santa Catarina – Paulista. Segundo o especialista, o paciente também apresenta rigidez no quadril durante ou após a atividade física, e pode limitar a capacidade de movimentação. “A fraqueza muscular acarretada juntamente pela dor e a rigidez podem piorar com determinados movimentos, como agachar, girar o quadril, subir e descer escadas, entrar ou sair de um carro, permanecer sentado por longos períodos”, explica. 

O diagnóstico envolve exame físico específico com manobras ortopédicas para identificar o local exato do impacto. Para confirmação, exames radiológicos como radiografias específicas e ressonância nuclear magnética são solicitados, proporcionando uma visão clara das alterações envolvidas.



Síndrome pode causar artrose, se não tratada

“Essa condição pode afetar pessoas de todas as idades, incluindo jovens, adultos e idosos. Nos últimos anos, especialmente após a pandemia, houve um aumento na incidência entre idosos devido aos períodos prolongados de inatividade, que resultaram em perda de massa muscular que podem agravar os sintomas. Nos últimos dois anos, jovens amadores e profissionais também passaram a apresentar a condição, em especial os praticantes de crossfit, tênis, dança e artes marciais”, explica o Dr. Luiz Henrique. 

Embora não tenha uma relação direta com a artrose do quadril, o impacto femoroacetabular pode, ao longo do tempo, levar ao desgaste da cartilagem articular e, eventualmente, à artrose. “Isso ocorre se a condição não for tratada adequadamente, permitindo que o atrito contínuo degrade a cartilagem da articulação coxofemoral. Inicialmente, a dor pode simular sintomas de artrose, mas a origem é distinta e requer um tratamento específico para evitar a progressão para a artrose”, explica o ortopedista.
 

Tratamento e Cirurgia

A prevenção do impacto femoroacetabular depende do estágio em que é diagnosticado. “Nos estágios iniciais, intervenções como fortalecimento muscular, analgesia e fisioterapia direcionada podem ser eficazes. No entanto, em casos mais avançados, a intervenção cirúrgica é frequentemente necessária”, completa o ortopedista, que afirma essa ser uma solução definitiva para muitos pacientes, restaurando a função e aliviando a dor associada a essa condição. 

A artroscopia do quadril corretiva é o tratamento cirúrgico mais comum para o impacto femoroacetabular. Esse procedimento é minimamente invasivo e permite ao cirurgião acessar a articulação, corrigir as deformidades ósseas e tratar as sequelas associadas. Outra vantagem videoartroscopia, é ser utilizada para remover sinovial inflamada ao redor do impacto, corrigindo as estruturas ósseas envolvidas e permitindo que o paciente retorne às suas atividades diárias com menor dor e maior funcionalidade. 

“O tipo de cirurgia é determinado de acordo com o quadro de cada paciente. Em ambos não são realizados corte em ossos, somente o desgaste. Os procedimentos são minimamente invasivos com duas pequenas incisões de 10 cm, onde o cirurgião insere uma pequena câmera e trabalha em tempo real em um monitor de vídeo, com os instrumentos cirúrgicos em miniatura”, explica Dr. Luiz Henrique. Ele destaca também que essas cirurgias apresentam menos danos no quadril operado. “As vantagens dessas cirurgias são que a reabilitação mais rápida, com menos sangramento, menos dor no pós-operatório e, na grande maioria dos casos, o paciente sai andando no mesmo dia do procedimento”, relata o ortopedista. 

Para o pós-operatório, é recomendável auxílio de muletas durante as primeiras semanas, além da fisioterapia, que irá ajudar no fortalecimento muscular e ganho de mobilidade no quadril operado. Os pontos da cirurgia de quadril são retirados em até duas semanas após o procedimento. Já o retorno às práticas esportivas pode acontecer dentro de alguns meses”, conclui Dr. Luiz Henrique Batata.


Paralisia cerebral: atividades que contribuem para a autonomia da criança

De acordo com dados do Ministério da Saúde, duas a cada 1.000 crianças nascidas vivas sofrem de paralisia cerebral 

 

A paralisia cerebral compreende um espectro de alterações neurológicas permanentes que comprometem a atividade motora e a postura, causando limitações funcionais, tais como alterações sensoriais, de percepção, cognição, comunicação e comportamentais. Atualmente, duas a cada mil crianças nascidas vivas possuem paralisia cerebral, segundo o Ministério da Saúde. E com isso, buscar a autonomia da criança é um dos objetivos principais dos pais.

Segundo a fisioterapeuta especialista em fisioterapia neurofuncional da criança e do adolescente, Juliana Bilhar, a reabilitação física é fundamental para proporcionar uma melhor qualidade de vida para a criança. "Com a reabilitação, em conjunto com os tratamentos médicos, ela pode frequentar atividades esportivas, escolares e culturais, o que ajuda no desenvolvimento motor”. Um estudo de revisão sistemática na Journal of Pediatric Rehabilitation Medicine analisou 25 estudos diferentes e encontrou que a fisioterapia neurofuncional resultou em uma melhora média de 20% na função motora global em crianças com paralisia cerebral.

Entre as principais atividades desenvolvidas com crianças com paralisia cerebral estão a mobilidade articular e flexibilidade muscular, o fortalecimento muscular, treinos funcionais — seja com andador, na esteira ou na bicicleta —, além da mobilidade precoce. “Com o suporte de peso ou mesmo nos andadores, a criança executa a movimentação corporal de forma ativa”, explica a especialista.

Além disso, estímulos fora do consultório são também fundamentais. Pais, cuidadores e responsáveis são parte central da reabilitação, estimulando a criança com paralisia cerebral por meio de atividades. Juliana Bilhar cita alguns exemplos: Desenhar com giz de cera, jogos de montar, bolas coloridas, brinquedos de encaixe ou jogos de que incentivem a criança a se mover, como morto vivo, pedalada no parque, boliche adaptado, entre outras opções que garantam a diversão e o engajamento. Assim como atividades rítmicas, como o dançar, podem ser muito motivadoras e estimular novas vivências.

“Essas atividades contribuem para a coordenação motora e visomotora, desenvolvendo o raciocínio, o equilíbrio, a agilidade e a concentração. No caso da troca de passos, a criança é estimulada a sustentar o peso e melhorar o controle de tronco, aumentando a força e a e a amplitude dos movimentos”, conclui a fisioterapeuta. 

 

Juliana Bilhar – CREFITO-3/89213-F - Fisioterapeuta, Doutora e Mestre em Ciências pela Universidade de São Paulo (USP), especialista em Fisioterapia Neurofuncional pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e em Doenças Neuromusculares pela Unifesp. Possui também Certificação Internacional – Método Therasuit, formação em Neuromodulação Não Invasiva – HCFMUSP, certificação em Terapia por Contensão Induzida (Universidade do Alabama/AACD), Formação no Conceito Neuroevolutivo Bobath – AconBobath, Curso Básico – General Movements Assessment (2022) e Curso CTF Theratogs – Fisiovital. Instagram: @jubilhar


Mês do cérebro: 5 estudos recentes que ajudaram a entender melhor seu funcionamento

PixaBay
A neurociência avançou muito nos últimos anos e trouxe respostas para algumas perguntas feitas há anos, conta o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela

 

O cérebro é o “centro de controle do corpo humano”, composto por bilhões de células nervosas chamadas neurônios, ele coordena todas as funções corporais, desde movimentos simples até pensamentos complexos e emoções. Mas até poucos pouco se sabia sobre seu funcionamento e processos importantes dele. 

No entanto, com o avanço da neurociência, novos estudos foram realizados e pode-se entender melhor esse órgão fascinante, o que foi fundamental para desenvolver abordagens e tratamentos para, por exemplo, doenças neurodegenerativas, como explica o Pós PhD em neurociências e membro da Society For Neuroscience nos Estados Unidos, Dr. Fabiano de Abreu Agrela. 

Entender melhor como o cérebro funciona, principalmente processos como a neuroplasticidade neurogênese tem ajudado muito a trazer grandes avanços na neurociência, com destaque para a prevenção de doenças neurodegenerativas”, explica. 

Novos estudos neurocientíficos ajudam a entender melhor
 os processos do cérebro
FreePik

5 estudos recentes que ajudaram a explicar melhor o cérebro: 

 

01 - Reserva cognitiva:

Em 1991, o neurocientista David Snowdon liderou o chamado "Estudo das Freiras", que monitorava a saúde mental de 678 freiras ao longo de suas vidas.  Ele descobriu que uma das freiras, a Irmã Mary, além de sua idade avançada, tinha uma função cerebral equivalente a alguém 20 anos mais jovem, mesmo com sinais cerebrais claros de demência avançada. 

O estudo ajudou a identificar a chamada “reserva cognitiva”, uma espécie de "poupança" do cérebro, acumulada ao longo da vida através de aprendizado, atividades intelectuais e um estilo de vida saudável. Ela ajuda o cérebro a resistir melhor aos danos causados por lesões ou doenças, permitindo que as pessoas mantenham suas funções cognitivas por mais tempo. 

Até hoje são conduzidos estudos para entender melhor esse processo, mas o estudo ajudou a indicar os reais efeitos do estilo de vida na prevenção da degeneração cerebral. 

 

02 - D-lay em pessoas com Alto QI:

O estudo recente “Possíveis razões para o “d-lay” específico em pessoas de alto QI”, publicado na revista científica “Veritas de Difusão Científica” conduzido pelo Dr. Fabiano de Abreu Agrela em parceria com a Cirurgiã Plástica, Dra. Elodia Ávila e a estudante da faculdade mineira de direito da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Luíza Oliveira, ajudou a analisar melhor um processo de ‘lentidão’ em respostas para pessoas com Alto QI. 

O 'd-lay' é o tempo extra que o cérebro de pessoas muito inteligentes leva para pensar e responder. Isso não é um problema, mas sim uma vantagem. É como se dessem um tempo maior para pensar profundamente antes de responder, isso permite que eles analisem melhor as coisas, façam raciocínios complexos e dêem respostas mais elaboradas, usando a energia do cérebro de forma mais eficiente”, explica Dr. Fabiano. 

 

03- O cérebro está aumentando

Um estudo recente da Universidade da Califórnia em Davis revela que os cérebros humanos estão aumentando de tamanho ao longo das décadas.  

Comparando pessoas nascidas em 1930 e 1970 através de exames de ressonância magnética, os pesquisadores descobriram que os nascidos mais recentemente têm uma área cerebral 15% maior e um volume 6,6% maior.  

Os autores da pesquisa sugerem que influências ambientais na infância são os principais impulsionadores desse crescimento cerebral. 

 

04 - Mais memória:

Pesquisadores do Instituto Salk, na Califórnia, descobriram algo incrível sobre como nosso cérebro armazena informações em um estudo recente. Eles encontraram que as sinapses, especialmente no hipocampo, podem guardar entre 4,1 e 4,6 "bits" de informação. 

A descoberta abriu caminho para novas pesquisas sobre como diferentes partes do cérebro processam e guardam o que aprendemos ao longo da vida. 

 

05 - Cérebro “cabeça dura”:

O estudo “Doenças do lobo frontotemporal: Dificuldades de aprendizado”, publicado na revista científica “Cuadernos de Educación y Desarrollo”, analisou a dificuldade de mudar de opinião e identificou mecanismo cerebrais envolvidos no processo. 

Memórias antigas têm um grande impacto na nossa disposição para aceitar novas ideias. Doenças que afetam áreas como o lobo frontal do cérebro podem dificultar a interpretação das interações sociais”. 

Essa região, influenciada pela dopamina, controla nosso julgamento, planejamento e emoções. Problemas nessa região podem levar a decisões baseadas mais em emoções do que em razão, tornando algumas pessoas muito sensíveis à crítica e propensas a interpretá-la como um ataque pessoal. Isso pode levar a comportamentos rudes, exigentes e ingratos, apesar de suas sensibilidades emocionais” explica Dr. Fabiano de Abreu.

 

 

Dr. Fabiano de Abreu Agrela - Pós PhD em Neurociências eleito membro da Sigma Xi, membro da Society for Neuroscience nos Estados Unidos , membro da Royal Society of Biology no Reino Unido e da APA - American Philosophical Association também nos Estados Unidos. Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia e filosofia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. Membro das sociedades de alto QI Mensa, Intertel, ISPE High IQ Society, Triple Nine Society, ISI-Society, Numerical e HELLIQ Society High IQ. Autor de mais de 250 artigos científicos e 23 livros.


Endometriose e sistema imunológico: existe alguma relação entre os dois?

Para a ciência, compreender essa conexão pode auxiliar no desenvolvimento de tratamentos para a doença


Apesar de não haver nenhuma conclusão médica que aponte as causas da endometriose – doença crônica ginecológica, na qual o tecido endometrial se desenvolve fora do útero, atingindo outros órgãos locais –, estudos apontam que o sistema imunológico também é afetado pela patologia. Ainda não está claro, no entanto, se uma falha nele pode ser causadora da doença, ou se existe outro tipo de relação. De acordo com dados do Ministério da Saúde, 8 milhões de mulheres sofrem de endometriose no Brasil.

Um estudo publicado na revista científica Scientific Reports mostrou que as pessoas com endometriose têm alterada a função das células imunitárias, essenciais no combate a vírus e tumores. A pesquisa também descobriu que pacientes com essa condição apresentaram níveis elevados de inflamação – especificamente, níveis mais altos de citocinas, proteínas especiais que dizem às nossas células o que fazer quando o corpo encontra um patógeno nocivo, como um vírus ou uma bactéria.
 

O processo de inflamação é uma característica fundamental de como a defesa do nosso corpo funciona. Na maioria das vezes, inflamações são processos de curto prazo. Mas, às vezes, o sistema imunológico se confunde e o corpo continua a enviar células inflamatórias e citocinas mesmo quando não existe ameaça. 

Justamente por se tratar de uma doença inflamatória é que as pesquisas trazem a hipótese de relação entre a endometriose e o sistema imunológico. No entanto, o médico ginecologista, Patrick Bellelis, especialista em endometriose e colaborador do setor de endometriose do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, ressalta que essa relação ainda não foi comprovada, mas avança, à medida que são feitos estudos a respeito. 

“A inflamação também é uma característica do ciclo menstrual, que é composto por duas fases: a folicular, que vai do primeiro dia da menstruação até a ovulação, e a lútea, da ovulação até a menstruação. A maior parte da inflamação no período ocorre no útero, mas pode se desenvolver fora dele. É daí que vem a relação de estudos que revelam alterações no sistema imunitário de pessoas com endometriose”, relata. 

O revestimento uterino em pacientes com a patologia também produz moléculas em excesso chamadas quimiocinas, que atraem outras células imunológicas, piorando a inflamação. A disfunção do sistema de defesa pode explicar por que existe uma suspeita de associação entre pessoas com endometriose e distúrbios autoimunes, como lúpus, artrite reumatóide e doença inflamatória intestinal.

“Níveis elevados de inflamação significam, ainda, que mulheres com endometriose podem ter maior probabilidade de apresentar sintomas piores durante infecções. Embora atualmente não se saiba com que precisão o sistema imunológico está relacionado à endometriose, trabalhar para entender melhor essa relação pode ser fundamental para ajudar a desenvolver melhores tratamentos”, conclui o médico.
 




Clínica Bellelis – Ginecologia


Patrick Bellelis - Doutor em Ciências Médicas pela Universidade de São Paulo (USP); graduado em medicina pela Faculdade de Medicina do ABC; especialista em Ginecologia e Obstetrícia, Laparoscopia e Histeroscopia pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo); além de ser especialista em Endoscopia Ginecológica e Endometriose pelo Hospital das Clínicas da USP. Possui ampla experiência na área de Cirurgia Ginecológica Minimamente Invasiva, atuando principalmente nos seguintes temas: endometriose, mioma, patologias intrauterinas e infertilidade. Fez parte da diretoria da Associação Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva (SBE) de 2007 a 2022, além de ter integrado a Comissão Especializada de Endometriose da FEBRASGO até 2021. Em 2010, tornou-se médico assistente do setor de Endometriose do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia do Hospital das Clínicas da USP; em 2011, tornou-se professor do curso de especialização em Cirurgia Ginecológica Minimamente Invasiva — pós-graduação lato sensu, do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio Libanês; e, desde 2012, é professor do Instituto de Treinamento em Técnicas Minimamente Invasivas e Cirurgia.


BOLETIM DAS RODOVIAS

Sistema Anchieta-Imigrantes opera com tráfego tranquilo 

A ARTESP - Agência de Transporte do Estado de São Paulo informa as condições de tráfego nas principais rodovias que dão acesso ao litoral paulista e ao interior do Estado de São Paulo na tarde desta quarta-feira (31). 

 

Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI)

Operação 5x5 - Tráfego normal, sem congestionamento.

 

Sistema Anhanguera-Bandeirantes

A Rodovia Anhanguera (SP-330) apresenta lentidão do km 58 ao km 61 no sentido interior, no sentido capital o tráfego é lento do km 61 ao km 60.  Para quem segue pela Rodovia dos Bandeirantes (SP-348), tráfego normal nos dois sentidos. 

 

Sistema Castello Branco-Raposo Tavares

A Rodovia Raposo Tavares (SP-270) apresenta lentidão no sentido interior do km 65+500 ao km 66. No sentido capital o tráfego é normal. Na Rodovia Castello Branco o motorista encontra tráfego normal e sem congestionamento nos dois sentidos. 

 

Rodovia Ayrton Senna/Carvalho Pinto

Tráfego normal, sem congestionamento.

 

Rodovia dos Tamoios

O tráfego está interditado no sentido São José dos Campos do km 82+800 ao km 64+900, os usuários com destino ao Litoral ou São José dos Campos devem utilizar o trecho antigo, com uma faixa fluindo no sentido norte e outra faixa fluindo no sentido sul.


Acesso a novas terapias é essencial para melhorar qualidade de vida dos pacientes com DPOC

A segurança particular Patrícia* nunca fumou e foi diagnosticada com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, mais conhecida como DPOC. A doença não tem cura, mas pode ser tratada5.

 

Acesso é basicamente oferecer à população opções de tratamento sem custos. Uma das formas de ampliar o acesso é a realização de Consultas Públicas para ouvir a sociedade em geral sobre a possibilidade de inclusão de novos tratamentos para DPOC no SUS. A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) - órgão responsável por incorporar os tratamentos na saúde pública – abriu, recentemente, uma consulta pública¹ para colher depoimentos de médicos, pacientes e da população em geral sobre a disponibilidade dos tratamentos. A participação acontece por meio do site Link até o dia 5 de agosto. 

Mas, para contribuir, é importante entender do que estamos falando. Afinal de contas, o que é a DPOC? Como o próprio nome já diz, ela é uma doença crônica e está diretamente ligada ao tabagismo e a outros fatores como a poluição². 

A enfermidade é a terceira maior causa de mortes no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS)4. Além disso, ela é uma doença de alta prevalência e de subnotificações.5 O que nos mostra que muitas pessoas não estão diagnosticadas. Além do tabagismo, outros hábitos estão diretamente ligados com o aparecimento da doença, tais como, contato diretamente e regular com agentes poluentes. Por exemplo, uma pessoa que cozinha usando fogão à lenha pode desenvolver no futuro sintomas como falta de ar, dificuldade de respirar, exacerbações e outros ligados a DPOC². 

Embora a doença seja progressiva e não tenha cura, ela pode ser controlada quando o tratamento é feito sem interrupções5. Desta forma, o paciente tem uma melhora considerável. 

O tratamento é feito à base de broncodiladores6, que são dispositivos inalatórios. Eles servem para dilatar os brônquios. Nestes aparelhos, dois tipos de medicamentos são inseridos para auxiliar o tratamento do paciente5. 

O Global Iniciative for Chronic Obstructive Lung Disease (Gold 2024)³ - relatório com informações sobre a DPOC atualizado anualmente – recomendou a terapia tripla, que combina três princípios ativos diferentes no mesmo dispositivo – facilitando a manutenção ao tratamento - para pacientes com a doença em condição muito grave.³ 

O último Protocolo Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT)7 - documento que estabelece critérios para o diagnóstico da doença - de novembro de 20217, permite o acesso a algumas terapias. No entanto, nem todos os tratamentos disponíveis no Brasil estão inseridos no protocolo. 

 



*Preservamos a identidade da paciente por questões éticas.


**Ao clicar no link, estará sendo direcionado a uma página que não é de propriedade ou controlada pela GSK.



Dra. Cláudia Henrique da Costa (CRM: 497527-RJ) - médica pneumologista e professora titular de pneumologia da Universidade do Estado de Rio de Janeiro (UERJ).



Material dirigido ao público em geral. Por favor, consulte o seu médico. A especialista externa contribuiu de forma voluntária na criação deste conteúdo, não tendo recebido qualquer honorário pela ação. Essas páginas não foram desenvolvidas pela GSK e o especialista externo é responsável por quaisquer consentimentos de terceiros necessários.



Referências:
Diário Oficial da União - Edição Nº 133 de 12/07/2024 - Pág. 122. Disponível em: Link. Acesso em 12/07/2024.
Ministério da Saúde. 21/11 – Dia Mundial da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica – DPOC. Disponível em: Link. Acesso em 12/07/2024.
Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease (GOLD). Global strategy for Diagnosis, Management and Prevention of Chronic Obstructive Pulmonary Disease 2024 Report. Disponível em: . Acesso em 27/02/2024.
Jornal da USP. Enfisema pulmonar é a terceira causa de mortes no mundo. Disponível em: Link. Acesso em 12/07/2024.
Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. Dia Mundial da DPOC: campanha de conscientização é em 16 de novembro. Disponível: Link. Acesso em 12/07/2024.
Ministério da Saúde. Qual o tratamento para Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) na APS? Disponível: Link. Acesso em 12/07/2024.
Ministério da Saúde. Propostas de atualização de Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas recebem contribuições da sociedade até o dia 13 de julho. Disponível em: Link.


Segredos para um sorriso saudável com dicas de especialista em Saúde Bucal

Manter a saúde bucal é essencial para o bem-estar completo. A especialista Juliana Daltro, Implantodontista, Periodontista e Speaker da EMS, compartilha 10 dicas valiosas para um sorriso perfeito, enfatizando a importância de uma rotina de higiene bucal rigorosa.

 

  1. Higiene adequada: A recomendação para a escovação diária dos dentes é bem estabelecida para garantir uma boa higiene bucal e faço questão de orientar cada paciente a importância sobre cada uma delas como, por exemplo, a frequência, que, idealmente, deve ser após cada refeição e antes de dormir, ou ao menos duas vezes ao dia. É necessário, no mínimo, dois minutos para limpar todas as áreas, usando creme dental com flúor e trocando a escova a cada três ou quatro meses.
     
  2. Uso de fio dental: O uso do fio ou fita dental, diariamente, é tão importante quanto a escova de dentes e o creme dental, pois auxilia na remoção da placa bacteriana e dos restos de alimentos entre os dentes, onde a escova não alcança. A recomendação é usar, pelo menos, duas vezes ao dia, sendo indispensável antes de dormir.
     
  3. Limitar o consumo de açúcar: Você já sentiu uma dorzinha de dente após comer algo muito açucarado? Isso ocorre devido às bactérias que moram dentro da boca, as quais se alimentam dos restos de alimentos que ficam nos dentes. Quando elas 'atacam' o açúcar, o resultado é uma acidez que, em contato com o esmalte do dente, acaba causando um processo de corrosão.
     
  4. Cuidado com alimentos ácidos: Frutas cítricas, tomates e vinagres podem enfraquecer o esmalte dos dentes. Modere seu consumo para evitar desmineralização e sensibilidade dental.
     
  5. Evitar o tabagismo: Fumar não só prejudica seus pulmões, mas também destrói seus dentes, contribuindo para o amarelamento e, até mesmo, perda dentária.
     
  6. Água fluoretada: Tomar água com o teor adequado de flúor auxilia o indivíduo na prevenção da cárie.
     
  7. Moderar o consumo de café e chá: Café, chá e vinho tinto podem manchar os dentes. Consuma com moderação e sempre enxágue a boca com água após o consumo.
     
  8. Evitar alimentos resistentes à mastigação: Os alimentos “duros” podem tornar-se verdadeiros vilões. É o caso das balas e pirulitos duros, milho de pipoca ou mesmo gelo, que podem quebrar ou lascar os dentes.
     
  9. Consultar profissionais: Não tire conclusões precipitadas ou “vá na onda” de algo que virou moda. A dica principal é: não leve menos a sério do que todo o conjunto da sua saúde física.
     
  10. Agendar profilaxia dental: Agende a sua profilaxia dental, conhecida no popular como “limpeza profissional”. É um tratamento preventivo que permite a remoção de tártaros e das placas bacterianas, promovendo uma profilaxia eficaz e imediata.
     

Juliana também destaca a importância de procedimentos modernos para a profilaxia dental. “A odontologia está em constante evolução, introduzindo novos materiais e métodos que tornam tratamentos como a profilaxia dental menos incômodos e mais eficientes”, afirma Daltro. Um exemplo é o Protocolo GBT (Guided Biofilm Therapy) da EMS, que utiliza tecnologia avançada para uma limpeza eficaz e confortável. Este protocolo inovador usa o equipamento AirFlow®, que combina água morna, ar e pó de eritritol para uma remoção eficaz e suave do biofilme dental, destacando-se como uma solução moderna e eficiente para manter a saúde bucal.

Para mais informações, acessar as clínicas certificadas através do GBT Finder e mais detalhes no GBT Passo a Passo 



Dra. Juliana Daltro - renomada especialista em periodontia, certificada pela Associação Brasileira de Odontologia (ABO) da Bahia, e em implantodontia pela Escola Bahiana de Odontologia (EBMS). Além disso, possui pós-graduação em cirurgia plástica periodontal e peri-implantar por dois renomados institutos: o Grupo de Plástica Perio-Implantar, onde também atua como professora, e pela Proimperio


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Novo estudo mostra que metade das mortes por câncer são decorrentes de fatores evitáveis

Especialista de centro oncológico israelense destaca que mudanças no estilo de vida poderiam prevenir óbitos e número de doentes

 

Uma pesquisa realizada pela Sociedade Americana do Câncer (American Cancer Society) e publicada no último dia 11 de julho no periódico científico A Cancer Journal for Clinicians revelou que 40% dos casos de câncer entre pessoas com 30 anos ou mais e quase metade das mortes relacionadas à doença são atribuíveis a fatores de risco evitáveis, como o tabagismo e a obesidade consequente do sedentarismo. 

O levantamento levou em conta uma análise de 1,78 milhão de casos de câncer registrados em 2019 nos Estados Unidos. Os pesquisadores observaram 18 fatores de risco modificáveis ​​em 30 tipos de câncer. Naquele ano, esses fatores foram associados a mais de 700 mil novos casos de câncer e mais de 262 mil mortes. O tabagismo foi o principal fator de risco atribuído aos diagnósticos da doença, relacionado a 19,3% dos casos e a 28,5% das mortes de câncer. O excesso de peso ficou em segundo lugar, com 7,6% dos casos e 7,3% dos óbitos; seguido pelo fator consumo de álcool, correspondente a 5,4% dos casos e 4,1% de mortes. 

Para Alona Zer Kuch, diretora de Oncologia Médica do Centro Oncológico Joseph Fishman do Rambam Health Care Campus, localizado em Haifa, norte de Israel, o levantamento indica como mudanças no estilo de vida poderiam colaborar e impactar positivamente na mudança desses números.
 
"O câncer de pulmão é provavelmente o câncer mais evitável que conhecemos, porque mais de 80% dos casos estão associados ao tabagismo. Além disso, alguns casos não diretamente relacionados ao tabagismo podem estar ligados ao tabagismo passivo ou à poluição do ar, que também são evitáveis”, explica Alona.

Tabagismo, um dos itens evitáveis
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“O risco de um não fumante desenvolver câncer de pulmão é menor que um em cem, enquanto um fumante ativo tem um risco de um em três ou quatro”, acrescenta. “Essa forte correlação entre tabagismo e câncer de pulmão prova a importância de se evitar ou parar com o vício do cigarro, que para além de representar um fator de risco para o câncer de pulmão, também gera riscos para câncer de nariz, boca, vias aéreas superiores, esôfago e bexiga”.

Outros fatores evitáveis 

Além do tabagismo, Alona ressalta outros hábitos que, se modificados, auxiliam na prevenção de cânceres. “Tumores de pele causados ​​pela exposição ao sol são um exemplo de câncer evitável. 

Outros fatores de risco significativos apresentados no estudo incluem obesidade, consumo de álcool, inatividade física, dieta inadequada e infecções como o papilomavírus humano (HPV). A obesidade, segunda principal causa de câncer depois do tabagismo, é associada a cerca de 5% dos novos casos entre homens e quase 11% entre mulheres. “O peso também contribui para mais de um terço das mortes por câncer de endométrio, vesícula biliar, esôfago, fígado e rim”, alerta Alona. 

Alguns tipos de câncer, como melanoma e câncer cervical, são altamente preveníveis. “Mais de 90% dos casos de melanoma estão relacionados à radiação ultravioleta, e quase todos os casos de câncer cervical estão relacionados ao HPV, preveníveis por vacinação, que também pode reduzir o risco de outros cânceres relacionados ao vírus, como tumores da genitália, reto, boca e faringe”, diz a especialista do Rambam. 

No Brasil, apesar do câncer de pulmão ser o quarto mais comum em número de diagnósticos, atrás dos cânceres de próstata, mama e colorretal, é o mais letal, ou seja, o que mais tem desfecho com óbito. O estudo recente da Sociedade Americana do Câncer ajuda a mostrar a importância de mudanças no estilo de vida que poderiam ajudar a diminuir a letalidade da doença.


Você já Ouviu Falar da Ortorexia? Conheça a Obsessão por uma Alimentação Saudável que Pode se Tornar Perigosa

 


Nos últimos anos, a busca por uma alimentação saudável tem ganhado cada vez mais destaque. Dietas balanceadas, alimentos orgânicos e práticas de vida sustentável se tornaram parte do cotidiano de muitos. “No entanto, essa busca incessante pela saúde pode se transformar em uma obsessão, levando ao desenvolvimento de um distúrbio alimentar conhecido como ortorexia”, destaca a nutricionista Vivian Sanches.

 

O que é Ortorexia?

A ortorexia, termo cunhado pelo médico Steven Bratman em 1997, refere-se a uma obsessão patológica com a alimentação saudável. Ao contrário de outros distúrbios alimentares como a anorexia ou a bulimia, que estão centrados no peso e na imagem corporal, a ortorexia é focada na pureza dos alimentos e na qualidade da dieta. Pessoas com ortorexia desenvolvem uma preocupação extrema e inflexível com a ingestão de alimentos que consideram saudáveis, frequentemente eliminando grupos inteiros de alimentos que julgam inadequados ou prejudiciais. 


Principais características e sintomas

 

1. Preocupação excessiva com a qualidade dos alimentos:

Indivíduos com ortorexia dedicam uma quantidade significativa de tempo planejando, comprando e preparando refeições que atendam a seus rígidos padrões de pureza e qualidade.

 

2. Restrições alimentares rígidas:

Podem evitar rigidamente alimentos que contenham açúcar, sal, gordura, corantes artificiais, conservantes, ingredientes geneticamente modificados e outros aditivos, levando a uma dieta extremamente restritiva.

 

3. Impacto na vida social:

Essa obsessão pode resultar em isolamento social, uma vez que os ortoréxicos evitam situações em que não podem controlar a qualidade dos alimentos disponíveis, como restaurantes ou eventos sociais.

 

4. Autoestima e moralidade:

A autoestima dos indivíduos pode se tornar vinculada à adesão a suas dietas saudáveis, muitas vezes, sentem-se superiores àqueles que não seguem os mesmos padrões.

 

5. Consequências físicas e psicológicas:

A restrição alimentar extrema pode levar a deficiências nutricionais, perda de peso, fraqueza e problemas de saúde. Psicologicamente, a ortorexia pode resultar em ansiedade, estresse e uma qualidade de vida reduzida.

 

Diferença entre ortorexia e outros transtornos alimentares 

Enquanto a anorexia nervosa está centrada na restrição calórica e na obsessão pelo peso corporal, e a bulimia nervosa envolve episódios de compulsão alimentar seguidos de comportamentos purgativos, a ortorexia é distinta por sua ênfase na qualidade e pureza dos alimentos. Não é tanto a quantidade ou o peso que importa, mas sim a ideia de que apenas determinados alimentos são aceitáveis. 

Embora a ortorexia ainda não seja oficialmente reconhecida como um transtorno alimentar pelo DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), pesquisas e estudos sobre o tema têm crescido. Estudos indicam que a ortorexia pode estar associada a traços de personalidade como perfeccionismo, comportamento obsessivo compulsivo e um desejo de controle. 

Um estudo publicado no Journal of Eating Disorders, por exemplo, encontrou correlações significativas entre comportamentos ortoréxicos e transtornos obsessivo compulsivos. Outro estudo, publicado na Appetite, sugeriu que a ortorexia pode estar ligada a preocupações excessivas com a saúde e a um desejo intenso de evitar doenças.

 

Tratamento e abordagem multidisciplinar

O tratamento da ortorexia geralmente requer uma abordagem multidisciplinar, incluindo a psicoterapia, acompanhamento recorrente com nutricionista e apoio médico. 

Para muitas pessoas, a ortorexia pode começar como uma tentativa genuína de melhorar a saúde. O problema surge quando essa tentativa se transforma em uma obsessão que domina todos os aspectos da vida. “É essencial promover uma abordagem equilibrada à alimentação, onde a saúde física e mental é igualmente valorizada. Conscientizar sobre a ortorexia e seus perigos pode ajudar muitas pessoas a reconhecer os sinais de que sua busca pela saúde pode estar se tornando prejudicial”, conclui a nutricionista Vivian Sanches.

  

Nutricionista Vivian Sanches - CRN 3 30-798


SP vai expandir ensino técnico e recebe até a próxima segunda (5) cadastro de profissionais interessados em atuar como professores da rede

São nove cursos diferentes; expectativa da Educação é contratar 3.000 pessoas



A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) vai expandir em quase 140% o número de vagas no ensino técnico para estudantes do Ensino Médio no próximo ano letivo. Para isso, a Educação vai contratar 3.000 profissionais para atuar como professores de nove cursos diferentes: administração, agronegócio, ciência de dados, desenvolvimento de sistemas, enfermagem, farmácia, hospedagem, logística e vendas.

 

A remuneração dos professores de ensino técnico é de R$ 5.300 para jornada de 40 horas semanais e de R$ 3.312,50 para jornada de 25 horas semanais. 

 

“Estamos preparando uma grande ampliação das vagas do ensino técnico na rede estadual paulista, mas, para isso, será preciso contratar muitos mais professores. Nós temos hoje cerca de 1.800 professores de ensino técnico e vamos contratar mais 3.000 para o ano que vem, para 2025. Esses professores são profissionais com formações como administração, economia, engenharia, direito, diferentes áreas da tecnologia, como ciência da computação, engenharia da computação, profissionais também com formação na área de saúde”, afirma o coordenador pedagógico da Educação, Daniel Barros.

 

Para se inscrever no processo seletivo, profissionais interessados devem se cadastrar no site da FGV, responsável pela prova de seleção, no link https://conhecimento.fgv.br/concursos/seducsp24, até a próxima segunda-feira, dia 5 de agosto.

 

Na inscrição, o candidato deve escolher uma Diretoria de Ensino, Seduc-SP,  de sua preferência, dentre as 91 regionais de todo o estado para eventual alocação. Deverá também indicar um Eixo de Prova, de acordo com os cursos em que pretende lecionar. 


No edital do processo seletivo, disponível no portal da Seduc-SP, profissionais formados em diferentes áreas podem checar se estão aptos a lecionar em um dos nove cursos técnicos oferecidos nas escolas estaduais aos alunos do Ensino Médio. 

 

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