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Levar marmita para o trabalho virou hábito entre os brasileiros. Desde a pandemia, o número de trabalhadores que prefere consumir refeição caseira vem crescendo. A pesquisa Panorama da Alimentação no Trabalho, realizada pelo Instituto QualiBest, mostra que 42% de quem trabalha fora já aderiu a essa prática.
O levantamento da
Galunion, consultoria especializada no setor de alimentação fora do lar, traz
números ainda mais expressivos: 71% dos trabalhadores brasileiros optam pela
marmita. Destes, 78% são mulheres.
O hábito de levar
comida para o trabalho tem diferentes motivações. As principais são a escolha
de alimentos mais saudáveis e a economia de tempo ou dinheiro. Seja qual for o
caso, é essencial ter atenção ao tipo de alimento transportado e fazer a
limpeza correta da marmita para evitar riscos à saúde.
De acordo com a biomédica Yasmin Carla Ribeiro, as altas temperaturas registradas neste verão favorecem a multiplicação de microrganismos como Salmonella, Escherichia coli e Staphylococcus aureus – bactérias responsáveis por intoxicações alimentares que podem causar diarreia, vômitos e dor abdominal.
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“Além do cuidado
com a qualidade, a preparação e a refrigeração dos alimentos, os recipientes
usados para levar a comida ao trabalho precisam ser higienizados corretamente”,
alerta a professora do curso de Biomedicina do UniCuritiba – instituição que
integra a Ânima Educação.
Pesquisadora nas
áreas de Nanotecnologia, Cultivo Celular, Microscopia e Biologia Molecular,
Yasmin explica que a combinação de calor, restos de alimentos, umidade ou
contato da marmita com superfícies contaminadas pode colocar a saúde dos
usuários em risco.
Entre as boas
práticas de higiene estão: lavar a marmita com água quente e detergente neutro;
usar uma escovinha se o recipiente tiver muitas frestas ou cantos que podem
armazenar restos de comida e higienizar a marmita com álcool 70% ou uma solução
de água sanitária (uma colher de sopa em um litro de água).
A professora de
Biomedicina do UniCuritiba lembra que separar ou desmontar todas as partes da
marmita facilita a higienização. “Depois de lavar cada peça é importante secar
tudo com um pano limpo, já que a umidade residual pode favorecer o crescimento
de microrganismos. Para guardar a marmita vazia, escolha um local protegido de
poeira e insetos”, ensina a mestre e doutoranda em Biologia Celular e
Molecular.
Segundo a
biomédica, a segurança alimentar das marmitas feitas em casa depende de um
conjunto de cuidados básicos par reduzir o risco de contaminação, como: higiene
da cozinha, dos utensílios, das mãos e dos próprios alimentos; escolha dos
ingredientes; prazo de validade dos produtos; processos de cozimento e preparo
correto dos alimentos; resfriamento das refeições antes de colocá-las na marmita;
armazenamento em temperatura adequada e transporte das refeições em bolsas
térmicas, dependendo da distância entre a residência e o local de trabalho.
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