A terapeuta da Ixer, Amanda Damasceno, ensina como superar um sentimento sazonal e aproveitar o fim de ano
A
proximidade das festas de final de ano pode despertar um sentimento melancólico
em muitas pessoas. Apesar de não ser uma condição médica oficial, existe um
nome para isso: síndrome de fim de ano. Ela caracteriza o aumento dos
sentimentos de tristeza, ansiedade e solidão que muitas pessoas experimentam
durante essa época do ano. De acordo com a terapeuta Amanda Damasceno, da Ixer,
esse estado emocional vem em dezembro, principalmente, porque representa o
fechamento de um ciclo, e é considerado normal. Mas, caso sobressaiam para o
lado negativo, esses efeitos podem gerar gatilhos para doenças, como depressão.
Quais fatores contribuem para a síndrome de fim de ano?
Para
Amanda, essa síndrome de fim de ano manifestado em algumas pessoas pode estar
relacionada a fatores emocionais, pois geralmente é um tempo de reflexão, onde arrependimentos,
metas não alcançadas e insatisfação pessoal podem emergir com mais força. Além
disso, organizar a ceia de fim de ano, comprar os presentes da família e
amigos, o aumento dos gastos financeiros e outras responsabilidades podem gerar
estresse.
“Existem
também os fatores sociais, que envolvem a pressão por estar feliz e celebrar, e
as comparações com padrões idealizados de família e vida perfeita, geralmente
reforçados por mídias sociais. Inclusive, alguns podem sentir uma ausência
maior de familiares e amigos, especialmente para aqueles que vivem sozinhos ou
perderam entes queridos”, pontua
Por
fim, existem também fatores biológicos, que envolvem pessoas que vivem em
regiões mais extremas onde os dias são mais curtos nessa época. “A falta de luz
solar pode desencadear o Transtorno Afetivo Sazonal (TAS), que é um tipo de
depressão relacionada ao inverno”, diz Amanda.
Como lidar com a depressão de fim de ano?
Para
lidar com os sentimentos negativos que podem nos acometer nesta época, Amanda
dá algumas dicas:
Gerencia suas expectativas: Aceite
que nem tudo será perfeito e evite as comparações. Além disso, foque em
momentos simples e significativos.
Pratique o autocuidado:
durma bem, se alimente de forma equilibrada e mantenha uma rotina de exercícios
físicos. “Reserve também um tempo para si mesmo, para fazer coisas que gosta.
Seja ler um livro, ir à cafeteria, ir ao salão de beleza, spa, ou até mesmo
assistir uma série ou um filme”, pontua a terapeuta.
Busque conexões: a
especialista orienta se voluntariar em projetos, pois podem ajudar a criar um
senso de propósito. Além disso, participar de eventos sociais quando possível,
mesmo que de forma virtual, também é uma boa pedida.
Se exponha a luz solar:
tente passar mais tempo ao ar livre durante o dia e tomar sol. Se expor a luz
solar ajuda a aumentar os níveis saudáveis de cortisol e dopamina, que melhoram
o humor, a energia e a função do sistema imunológico.
Procure apoio profissional:
por fim e não menos importante, Amanda orienta fazer acompanhamento psicológico
ou com terapeuta, principalmente se os sintomas de fim de ano persistirem. “É
importante estar sempre em alerta, pois se os sentimentos de vazio e tristeza,
ansiedade ou irritabilidade, dificuldade de conexão com outras pessoas, fadiga
e falta de energia e perda de interesse em atividades prazerosas persistirem,
pode indicar um quadro de depressão maior, que exige atenção médica e o uso de
medicação”, finaliza.
Embora
a melancolia de fim de ano seja comum, ela não deve ser ignorada,
principalmente se comprometer a qualidade de vida. Reconhecer os sentimentos e
buscar formas saudáveis de lidar com eles é essencial para atravessar esse
período com mais equilíbrio e bem-estar.
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