Relação sexual desprotegida é a causa principal de ISTs. Novos casos de HIV se concentram entre jovens de 15 a 24 anos
Nos últimos anos, as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) apresentaram aumento substancial em diversas regiões do mundo, inclusive no Brasil. Além de enfatizar ações contínuas de prevenção e tratamento, a campanha Dezembro Vermelho contribui para a luta contra o estigma e a discriminação associados às ISTs, em particular ao HIV. Diante do aumento de casos, sobretudo entre os jovens, Alexandre Cunha, consultor médico do Sabin Diagnóstico e Saúde, reforça a importância de se prevenir e cuidar da saúde sexual, com atenção ao sexo seguro.
“O sexo seguro, principalmente através do uso de preservativos, é crucial para a prevenção das ISTs. Apesar dos avanços em tratamentos e profilaxias, como a PrEP para o HIV, a camisinha continua sendo a forma mais acessível e eficaz de evitar a transmissão de infecções”, destaca Cunha. O especialista acrescenta que a prática do sexo seguro contribui para reduzir estigmas das ISTs, possibilitando uma abordagem mais saudável e responsável da sexualidade.
Causadas por mais de 30 vírus ou bactérias, essas infecções são transmitidas, principalmente, por meio do contato sexual, podendo ocorrer transmissão da mãe para o bebê durante a gestação, parto ou amamentação. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), as ISTs mais comuns são a tricomoníase, clamídia, gonorreia e sífilis. Todas são tratáveis e curáveis, se o diagnóstico for precoce e o paciente tiver boa adesão ao tratamento. O HIV continua sendo a maior ameaça: não tem cura e requer a utilização de medicamentos para controle da carga viral.
“As
ISTs causam impacto sério na saúde, podendo evoluir de forma grave e gerar
sequelas quando não diagnosticadas e tratadas precocemente. Grande parte delas
não apresenta sintomas facilmente percebidos, o que pode atrasar o diagnóstico
e o tratamento”, revela. Como a prevenção continua sendo a melhor abordagem na
luta contra as Infecções Sexualmente Transmissíveis, é preciso adotar medidas
preventivas para reduzir o risco de transmissão dessas infecções.
Confira
dicas práticas para se prevenir das ISTs:
- Preservativos: o
uso correto e consistente do preservativo (masculino ou feminino) em todas
as relações sexuais, seja oral, anal ou vaginal, é uma das formas mais
eficazes de proteção.
- Testagem regular:
realizar testes regularmente para ISTs, sobretudo após relações sexuais
desprotegidas, exposição de risco ou múltiplos parceiros.
- Imunização:
vacinar contra aquelas ISTs disponíveis, como HPV e hepatite B, é
considerada outra medida relevante de prevenção.
- Educação:
compartilhar informações sobre contágio, risco, atendimento em saúde e
ações preventivas ajuda na conscientização e proteção de todos.
- Tratamento:
tratamento adequado e imediato das ISTs para evitar complicações e
transmissão a outras pessoas.
Exames para detecção de ISTs
O primeiro passo para o diagnóstico é o exame clínico realizado pelo médico, no qual são avaliados os sinais físicos, os sintomas e o histórico do paciente. Exames complementares são necessários para chegar a um diagnóstico conclusivo, compreendendo exames laboratoriais dependentes por meio de amostras de sangue, urina, secreções ou biópsias. Com o avanço da tecnologia, sobretudo na área molecular, é possível detectar agentes causadores de ISTs por meio de painéis moleculares, com maior sensibilidade em comparação a metodologias tradicionais.
Para
incentivar a testagem e promover o acesso de mais pessoas aos cuidados com a
saúde, o Sabin promove a campanha “Melhor que prever é prevenir”. Até o final
de dezembro, são oferecidos pacotes promocionais de exames para o diagnóstico
das principais ISTs, como HIV, sífilis e hepatite, além da vacina contra o HPV
com descontos especiais.
Situação epidemiológica das ISTs
De acordo com o Ministério da Saúde, em 2022 foram notificados mais de 40 mil novos casos de HIV no país, com aumento de 17% em relação a 2020. Os casos se concentram, sobretudo, em jovens de 15 a 24 anos. Além do HIV, outras ISTs, como sífilis, gonorreia e clamídia, têm demonstrado crescimento preocupante. A OMS estima que mais de 1 milhão de ISTs curáveis e não virais ocorrem diariamente no mundo em pessoas com idade entre 15 e 49 anos.
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