Com as altas temperaturas e o aumento da exposição solar nas férias, os riscos para a saúde da pele se intensificam
Em 2024, a Sociedade Brasileira de Dermatologia
(SBD) celebra 11 anos do “Dezembro Laranja”, campanha que teve início em 1999
como uma ação de conscientização sobre os riscos do câncer de pele e a
importância da proteção solar. Desde 2014, a iniciativa adotou o formato atual,
com o mês dedicado à prevenção, reforçando os cuidados necessários durante o
verão. Com o tema “Proteger a pele é proteger a saúde”, a campanha deste ano
destaca os riscos do sol mais intenso e das longas exposições típicas da
estação.
Segundo a pesquisa Estimativa 2023 – Incidência de
Câncer no Brasil, o câncer de pele não melanoma é o mais frequente no país,
representando 31,3% dos tumores malignos registrados. Apesar de menos agressivo
que o melanoma, ele pode causar deformações severas e impactar a qualidade de
vida quando não tratado.
O câncer de pele é dividido em dois tipos
principais: melanoma e não melanoma. entenda:
Câncer de pele melanoma:
Origina-se nas células produtoras de melanina,
pigmento que dá cor à pele. É mais frequente em pessoas de pele clara e
corresponde a 3% das neoplasias malignas de pele. Apesar de raro, é o mais
agressivo e com maior potencial de metástase.
Câncer de pele não melanoma:
É o tipo mais comum no Brasil e apresenta alta taxa
de cura quando diagnosticado precocemente. Embora tenha baixa mortalidade, pode
causar mutilações expressivas se não tratado adequadamente.
“Embora o câncer de pele seja o mais frequente no
Brasil, o melanoma exige atenção especial devido à sua gravidade, enquanto o
não melanoma, mais comum, também demanda cuidado para evitar complicações
desnecessárias,” explica o Dr. Aldo Toschi, dermatologista do IBCC Oncologia.
Fatores de risco
Qualquer pessoa pode desenvolver câncer de pele,
mas alguns grupos estão mais vulneráveis:
- Pele,
cabelos e olhos claros ou albinas;
- Indivíduos
com histórico familiar ou pessoal da doença;
- Pessoas
que trabalham sob exposição direta ao sol;
- Usuários
de câmaras de bronzeamento artificial;
- Pacientes
em tratamento com imunossupressores.
Dr. Toschi destaca que a média de idade para
diagnóstico tem diminuído: “Jovens estão mais expostos ao sol de forma intensa
e desprotegida, o que aumenta os casos em pessoas mais novas.”
A exposição excessiva ao sol também pode causar
envelhecimento precoce e lesões oculares, além de aumentar os riscos de câncer
de pele.
Como identificar?
Os sintomas mais comuns incluem:
- Manchas
que coçam, descamam ou sangram;
- Sinais
ou pintas que mudam de tamanho, cor ou forma;
- Feridas
que não cicatrizam em até quatro semanas.
Essas alterações ocorrem principalmente em áreas
expostas, como rosto, pescoço, orelhas, ombros e braços. “Ao notar qualquer
sinal suspeito, procure um dermatologista para diagnóstico precoce e início do
tratamento,” reforça Dr. Toschi.
Prevenção
A melhor forma de combater o câncer de pele é a
prevenção. Algumas dicas essenciais:
- Use
protetor solar com FPS 30 ou superior, reaplicando a cada duas horas;
- Evite
exposição ao sol entre 10h e 16h;
- Use
chapéus, roupas leves e óculos com proteção UV;
- Não
utilize câmaras de bronzeamento artificial.
“A exposição moderada ao sol é benéfica para a
síntese de vitamina D, mas o excesso é cumulativo e prejudicial,” reforça Dr.
Toschi.
Diagnóstico precoce salva vidas
O câncer de pele tem altas taxas de cura quando
detectado precocemente. Consultas regulares com dermatologistas e autoexames
são ferramentas indispensáveis.
O Dr. Aldo Toschi, membro titular da SBD e
coordenador de dermatologia do IBCC Oncologia, foi um dos pioneiros a utilizar
a dermatoscopia digital e a padronizar o exame de mapeamento corporal total,
ambas ferramentas essenciais para a detecção precoce do câncer de pele. Além
disso, o grupo do IBCC reúne especialistas como dermatologistas, cirurgiões oncologistas,
radioterapeutas, geneticistas e oncologistas clínicos, que trabalham em equipe
para oferecer diagnóstico preciso e os tratamentos mais modernos para os
cânceres da pele.
O Dezembro Laranja é um convite para adotar
práticas de proteção solar e conscientizar-se sobre a importância do cuidado
com a pele. “Proteger a pele é, antes de tudo, preservar a saúde e prevenir
complicações que podem ser evitadas com atitudes simples,” conclui Dr. Toschi.
Aproveitar o verão de forma segura é possível, desde que a exposição ao sol
seja feita com responsabilidade e proteção adequada.
https://ibcc.org.br/
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