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sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Dor nas costas: por que ela atinge 80% dos adultos e como evitar cirurgia

Especialista orienta sobre hábitos saudáveis, diagnóstico preciso e técnicas modernas para aliviar a dor e evitar tratamentos invasivos.


Uma das principais causas de afastamento do trabalho e de consultas médicas, a dor nas costas afeta 80% dos adultos em algum momento, comprometendo a qualidade de vida e a produtividade. O Dr. Anderson Rodrigo Souza, neurocirurgião e especialista em cirurgia de coluna do Centro de Excelência em Medicina (CEM), explica as causas mais comuns, estratégias de prevenção e tratamentos que podem evitar intervenções invasivas.


Causas e fatores de risco: estilo de vida e envelhecimento

Lesões musculares, hérnias de disco e condições degenerativas estão entre as causas mais comuns de dor nas costas. “Frequentemente, o problema decorre de um estilo de vida inadequado, com hábitos posturais ruins e falta de atividade física”, afirma o Dr. Anderson. Atividades que envolvem carregar peso excessivo, longos períodos em posições inadequadas e o uso frequente de dispositivos móveis, que altera a postura do pescoço e coluna, são fatores contribuintes.

Além de hábitos, o envelhecimento também desempenha um papel importante. A dor nas costas é mais comum entre 30 e 50 anos, quando a coluna começa a sofrer desgaste natural. “Condições hereditárias e sobrepeso, que sobrecarrega a coluna e as articulações, também aumentam o risco”, acrescenta.
 

Diagnóstico: a importância dos exames de imagem

Para quadros mais complexos, exames de imagem são essenciais. A ressonância magnética e a tomografia computadorizada costumam ser solicitadas para avaliar discos e estrutura óssea. “Esses exames permitem identificar problemas como hérnias de disco e outras alterações, possibilitando uma abordagem de tratamento mais precisa”, explica o Dr. Anderson.

O especialista alerta que, apesar de importantes, os exames de imagem devem ser acompanhados do histórico clínico do paciente. A decisão por tratamento cirúrgico, por exemplo, depende de uma avaliação completa dos sintomas e da resposta a tratamentos conservadores.
 

Prevenção: pequenas mudanças fazem diferença

Segundo o Dr. Anderson, medidas simples podem prevenir dores nas costas e adiar problemas na coluna. “Exercícios físicos regulares e manutenção do peso são fundamentais. Além disso, a postura correta ao sentar e levantar objetos é essencial para evitar sobrecargas na coluna”, orienta.

Atividades como pilates e ioga fortalecem a musculatura da coluna, aumentam a flexibilidade e fortalecem o core. Alongamentos frequentes ao longo do dia, especialmente para quem passa muito tempo sentado, ajudam a reduzir a tensão na região lombar.
 

Tratamento conservador: opções eficazes antes da cirurgia

A maioria dos pacientes se beneficia de tratamentos conservadores. “A fisioterapia é um grande aliado, com exercícios específicos para fortalecer e estabilizar a coluna. Em casos de dor intensa, medicamentos anti-inflamatórios e, em algumas situações, injeções de corticoides podem aliviar o desconforto”, explica.

Estudos do National Institutes of Health (NIH) indicam que esses tratamentos conservadores têm altos índices de sucesso, especialmente quando combinados com exercícios e mudanças de hábitos, evitando, em muitos casos, a necessidade de cirurgias.
 

Cirurgias minimamente invasivas: opção para casos graves

Para dores persistentes ou perda de função, as cirurgias minimamente invasivas são alternativas com recuperação mais rápida. Técnicas como microdiscectomia e cirurgia endoscópica de coluna, feitas com pequenas incisões e menor risco de complicações, permitem que o paciente retome as atividades mais rapidamente. “Esses procedimentos reduzem o trauma muscular e o risco de infecção, facilitando a recuperação”, destaca o Dr. Anderson.
 

Sinais de alerta: quando procurar um especialista

Embora a dor nas costas seja comum, o Dr. Anderson ressalta a importância de buscar atendimento em casos de dor prolongada ou acompanhada de perda de força ou dormência nos membros. “Esses sintomas podem indicar uma compressão nervosa que, sem tratamento, pode causar danos permanentes”, alerta.



Anderson Rodrigo Souza - médico (CRM 1038.02), especialista em neurocirurgia pela Beneficiência Portuguesa de São Paulo e cirurgia de coluna, e co-fundador do CEM - Centro de Excelência em Medicina de São Paulo. Membro da Sociedade Brasileira de Coluna, da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia e do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, doutor Anderson é especialista em cirurgias de alta complexidade do sistema nervoso central e periférico.


Centro de Excelência em Medicina - CEM


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