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terça-feira, 28 de maio de 2024

Alergia à Proteína do Leite de Vaca é a mais comum entre crianças de até 5 anos de idade

APLV causa reações graves, sofrimento para criança e família e risco nutricional se não for tratada rapidamente.
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Por conta da diversidade dos sintomas a doença é difícil de ser identificada. A maioria dos tutores chega a procurar 3 pediatras antes de conseguir diagnóstico. 

 

Seu bebê está com diarréia, vômito, dores de barrica, urticária e não quer comer? Ele pode ter APLV, Alergia à Proteína do Leite de Vaca. Segundo o Consenso Brasileiro sobre Alergia Alimentar de 2018, a Alergia à Proteína do Leite de Vaca, APLV, é uma das mais comuns no primeiro ano de vida.¹ A alergia alimentar aumentou 10 vezes em 11 anos, considerada mais persistente e intensa. Uma em cada 18 crianças apresenta alergia alimentar, porém apenas 50% são diagnosticados.³ 

Este ano, para alertar para essa situação foi realizada a primeira Semana Nacional de Conscientização sobre Alergia Alimentar. A data soma-se a Semana Mundial que acontecer na semana de 18 a 24 de junho. Durante esses 40 dias a Danone junto à Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), promovem uma iniciativa de conscientização sobre a APLV.

A empresa, pioneira nos estudos sobre a Alergia à Proteína do Leite de Vaca, divulga diversos conteúdos educativos para pais e de atualização científica para profissionais da saúde. Além disso, foi criada uma landing page com a ideia de oferecer um ambiente específico com conteúdo gratuito para download, onde é possível encontrar mais de informações sobre a APLV, depoimentos e um e-book gratuito para pais com o tema "O que você precisa saber sobre APLV e Alergias Alimentares".

“Entregar uma nutrição adequada e conscientizar sobre ser possível manter a qualidade de vida durante o enfrentamento da alergia à proteína do leite de vaca e de outras condições clínicas é um compromisso da Danone há mais de 100 anos. Nossa divisão de nutrição especializada, a Danone Nutricia, tem uma longa história de pioneirismo, pesquisa e desenvolvimento de soluções voltadas a quem tem APLV. Com muita informação e uma ampla gama de produtos e serviços, queremos transformar vidas por meio da nutrição”, explica a nutricionista Jady Vidal, gerente médica da Danone.


Intolerância X Alergia

Embora cause confusão em muita gente, por conta de alguns sintomas comuns, como diarreia, vômitos e dores abdominais, a APLV é diferente da Intolerância à Lactose. A Alergia à Proteína do Leite de Vaca é uma reação do sistema imunológico frente à fração proteica do alimento, neste caso, o leite de vaca. Mais comum do zero aos cinco anos de idade, a APLV causa reações reprodutíveis, independentemente da quantidade de leite ingerida e pode levar a reações graves, como a anafilaxia. Já a Intolerância à lactose (IL), atinge em maior número os adultos e é reflexo da má digestão da lactose, o açúcar do leite. A intensidade dos sintomas também é diferente e está associada à quantidade consumida.4

“O diagnóstico da APLV pode ser feito através de uma combinação do histórico clínico detalhado, exame físico e testes específicos. O papel dos pais e cuidadores é fundamental no processo de detecção provendo o detalhamento dos sintomas. A parceria entre a ciência, médicos e familiares contribui tanto para o diagnóstico como para a terapêutica dos pacientes. Fóruns criados no sentido de ampliar o debate e contribuir para um avanço de pesquisas e lançamento de produtos que ofereçam saudabilidade e qualidade de vida são recursos atualmente disponíveis”, explica a pediatra Ana Grubba, diretora médica da Danone.

 

A jornada APLV

Muitos pais chegam a enfrentar uma jornada de mais de três meses e mais de três médicos até conseguirem o diagnóstico correto de APLV.5 A falta da informação adequada de como agir diante das reações da criança causa enorme sofrimento à família e pode levar a problemas mais graves de curto e longo prazo, como baixo peso, falha do crescimento, risco nutricional, risco de fraturas por conta da redução dos níveis de cálcio no organismo e comprometimento da qualidade de vida.

A história de Maira Figueiredo com a APLV começou quando sua filha, Helena, recebeu o diagnóstico de alérgica. Na época, a mãe nunca havia ouvido falar sobre a Alergia à Proteína do Leite de Vaca e, como muita gente, entrou em negação. Para ela, era difícil entender que, a partir daquele momento, precisaria existir um grande cuidado em relação a tudo que sua filha iria comer. No entanto, com o passar do tempo, seus estudos e suas vivências foram libertando a família. Foi assim que, em 2017, Maira fundou o aplicativo “NuRÓTULO”, que oferece recomendações alimentares personalizadas de acordo com as restrições de cada um de seus usuários.

"Do fundo do meu coração, eu só espero que as pessoas não passem por tudo que eu passei. Esse é o meu maior objetivo. Por isso que a gente trabalha tanto com a apuração das informações para que elas cheguem no maior número de pessoas possível. Não só das famílias, mas também de quem cuida das crianças. As escolas, os avós, os amigos... todos. Quando a sociedade estiver educada, diminuirá muito o risco de contaminação."


Acesso APLV - Movimento Nutrindo Vidas

O estabelecimento de um sistema universal de saúde também prevê a assistência nutricional para todos os brasileiros, considerando a importância da nutrição adequada no cuidado integral aos pacientes. Entretanto, não há uma previsão legal estabelecida para que todos que precisam recebam a devida atenção nutricional.

O objetivo principal de uma política pública de nutrição é estabelecer critérios para assistência à população de forma eficiente e de acordo com as necessidades de cada região. No caso específico da Alergia à Proteína do Leite de Vaca, atualmente são apenas nove estados brasileiros que possuem protocolos publicados, com diretrizes claras sobre diagnóstico, acompanhamento e tratamento, garantindo acesso as fórmulas nutricionais.

As políticas públicas relacionadas à nutrição têm tido importantes avanços nos últimos anos, porém ainda há espaços para aprimoramento. Precisamos fortalecê-las para que a nutrição especializa seja incorporada ao sistema de saúde e ao cuidado integral ao paciente, garantindo o estabelecimento de parâmetros, de protocolos e de profissionais capacitados. Sem uma política direcionada, pacientes cujas necessidades nutricionais não podem ser atendidas apenas por meio da alimentação regular, por determinadas condições clínicas como a APLV, correm o risco de não receber o tratamento adequado.

Em meio a essa realidade, em 2021 foi criado o “Movimento Nutrindo Vidas”, coalizão formada por representantes do segundo e terceiro setores que, juntos, lutam pelo direito à assistência nutricional especializada para todos os brasileiros que precisam. Em busca desse objetivo, assumimos o compromisso de conscientizar a sociedade e os profissionais de saúde sobre a importância da nutrição especializada, em especial para crianças com alergia alimentar, como APLV.

O movimento destaca também, como a garantia do suporte nutricional adequado representa não só mais qualidade de vida para todos, mas uma economia para os cofres públicos, reduzindo por exemplo custos por internações hospitalares. Segundo o site do MNV, pacientes com suplementação oral adequada tem até dois dias a menos de permanência hospitalar, tempo de internação reduzido em até 13% e redução de complicações hospitalares em até 35%.

“Com a nutrição especializada, ganham todos. Ganham os pacientes, que terão mais saúde, mais qualidade de vida e menos complicações; ganha também o sistema de saúde, com mais opções de tratamento, menos custos e menor sobrecarga. Democratizar o acesso à nutrição especializada é garantir o direito à saúde de cada brasileiro. Convidamos os profissionais de saúde, os tomadores de decisão e toda a população a refletir conosco sobre a importância do acesso a essa terapia.”, texto do Manifesto do Movimento Nutrindo Vidas.


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