Calor inspira cuidados, especialmente
nesta população que é mais suscetível à desidratação e hipertermia
No Verão, alguns cuidados são necessários para manter a saúde do organismo e a qualidade de vida. Assim como o sol é importante para a saúde, também inspira cuidados, especialmente para as pessoas idosas, que podem ser mais vulneráveis aos efeitos do calor, podendo levá-las à desidratação ou hipertermia, que ocorre quando o corpo está com uma temperatura mais elevada que o normal. Além disso, há o risco conhecido do câncer de pele.
O vice-presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, Dr. Leonardo Oliva, fala sobre a importância de estar atento aos sintomas do aumento da temperatura do corpo: “Devemos nos preocupar, principalmente com qualquer sinal e sintoma que possa surgir diante de dias muito quentes. Sinais como tontura, dor de cabeça e mal-estar podem evoluir para situações mais graves como desmaios e crises convulsivas”.
Outra questão que vale pontuar é a hidratação. As pessoas idosas tendem a ter a sensação de sede reduzida, além da dificuldade de troca de calor: “O mecanismo da sede pode estar reduzido na pessoa idosa, levando a uma redução no consumo de líquidos. Então existe a necessidade de estimular o consumo de água, utilizando artifícios como água saborizada, sucos leves, chá, água de coco, para garantir uma hidratação adequada”.
Portanto, é importante ficar atento a sinais como
lábios e língua secos, menor quantidade de urina, alterações de comportamento,
confusão mental, dor de cabeça, tonturas, fadiga e mal-estar, que podem indicar
desidratação.
O Dr. Leonardo também reforça os cuidados que as pessoas devem tomar com os idosos que não dispõem de total autonomia, para protegê-los: “Manter os idosos em ambientes frescos e ventilados, incentivar beber bastante água e evitar exposição solar nos horários de pico (entre às 10 da manhã e às 16 horas), usar protetor solar na pele e nos lábios e usar proteções físicas como boné, chapéu e sombrinhas. Além disso, utilizar roupas leves ou com proteção UV são alguns dos exemplos a serem seguidos”.
Por fim, a SBGG reforça que devido às características climáticas do Brasil, em que o clima tem se mostrado quente não apenas no verão, como tem ocorrido nos últimos anos no país e no mundo, é fundamental manter os cuidados com a saúde frente às altas temperaturas, independentemente da estação.
“Em um país tropical e com dimensões continentais
como o nosso, é difícil delimitar os cuidados apenas durante um período do ano.
Eles devem ser contínuos, tanto para situações de temperaturas muito altas ou
muito baixas. A pessoa idosa é mais suscetível a temperaturas extremas e devem
estar atentas, bem como seus cuidadores, para que isso não seja motivo de piora
da saúde geral”, finaliza o vice-presidente da SBGG, Dr. Leonardo Oliva.
Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia - SBGG
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