Ginecologista
explica porque não há necessidade de esperar a menstruação acabar de vez para
realizar a terapia de reposição hormonal
A menopausa assinala o momento na vida da mulher em
que a menstruação cessa naturalmente, uma vez que os ovários deixam de produzir
os hormônios femininos. A entrada na menopausa é confirmada após 12 meses
consecutivos sem menstruação. Esse período é geralmente observado entre 45 e 55
anos, representando, portanto, o encerramento da fase reprodutiva.
Com a chegada desse ciclo, é possível notar
mudanças de comportamento e temperamento feminino. Por que conviver com uma
baixa qualidade de vida se é possível reverter quadros desse tipo? Em situações
em que a mulher se sente depressiva e ansiosa, é possível realizar a reposição
hormonal. “Esperar a mulher ficar um ano sem menstruar para realizar a
reposição hormonal é desnecessário, porém é preciso ter alguns sintomas para
iniciar o tratamento”, relata a médica ginecologista Loreta Canivilo.
Um dos primeiros sintomas que as mulheres relatam é
a irregularidade menstrual. “Menstruar duas vezes no mês ou apresentar
sangramentos de 10, 15 dias são alguns dos sintomas que começam a aparecer na
vida da mulher, porém não são eles que definem se é possível realizar a
reposição hormonal”, conta a especialista.
Para que haja o início do tratamento, critérios
mais importantes devem ser notados. “Sintoma vasomotor (calores), dor de
cabeça, ansiedade, depressão, dores nas juntas, zumbido no ouvido, vertigem e
insônia”. São sinais maiores que vão guiar e quantificar a realização da
reposição hormonal de acordo com a Dra. Loreta. Ela ressalta a importância da
mulher apresentar algum sintoma para fazer o tratamento, pois sem aparentar
essas razões não é possível realizar a reposição hormonal.
A terapia de reposição hormonal manterá os níveis
adequados de hormônios de acordo com a necessidade de cada pessoa e controlará
os sintomas, melhorando a qualidade de vida. Os hormônios predominantes na
terapia de reposição incluem estrogênio e progesterona, sendo que, em
determinadas situações, a testosterona e a gestrinona também podem ser
utilizadas.
“É essencial lembrar que qualquer tratamento deve ser discutido com um profissional de saúde qualificado. Cada pessoa é única, e a escolha da reposição deve ser baseada em necessidades individuais, a saúde e conselhos médicos”, conclui a especialista.
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